Margarida Tereza Nunes Leite
VOLEIBOL FEMININO 1946
Completando o ciclo de vitórias que a secção de Voleibol do Botafogo vinha obtendo nos torneios da F.M.V., as nossas equipes femininas sagraram-se campeãs cariocas de volei. Com êste triunfo, tornaram o glorioso senhor de um título difícil de ser igualado: vencedor único de todos os torneios instituidos por uma Federação. Campeão absoluto de 1946. A campanha efetuada pelas nossas atletas, que terminou cobrindo de glórias o pavilhão alvi-negro, merece um registro à parte, em face dos obstáculos encontrados. Basta dizer que, findo o campeonato, que já lhes exigira esforço e dedicação sem par, achavam-se dois clubes em igualdade de condições: o Botafogo e o seu maior rival no valei feminino, o Grêmio Tabajara. Cada um sofrera uma derrota imposta pelo outro. Sabendo-se que o adversário, além de digno e valente, era bi-campeão da cidade, facil se torna avaliar como era necessário o triunfo. Em busca desta vitoria, iniciou o Botafogo, em 24 de março do corrente, a série de "melhor de três", na quadra do Tijuca Tenis Clube. Com o quadro principal desfalcado de Iracema Uchóa, que, até então, vinha sendo um dos valores positivos da equipe, o Botafogo viu-se obrigado a disputar as finais com a seguinte constituição: Ivete-Elza, Mana-Iraní e Margarida-Roma.
Em 27 do mesmo mês jogavam ambos os quadros a segunda partida da "melhor de três", terminando a luta ainda empatada, com uma vitória cada quadro!
A esta altura, porém, a despeito de qualquer insucesso ocorrido, já se delineava o quadro campeão. Quem acompanhou aquelas moças durante todo o torneio; quem viu o ardor com que se atiravam à luta; a fibra e a vontade férrea de vencer que exibiam em todos os campos, sentia que o Botafogo se aproximava de mais dois titulos de campeão. Tanto Ivete, — essa singular figura: de jogadora — como suas companheiras se desdobravam, fazendo do impossivel uma coisa facil, para conseguirem a vi-ória final. E, na noite de 31 de março do corrente, em memoravel peleja, as nossas valorosas jogadoras conquistaram o título de campeãs do Rio de Janeiro. Glórias assim honram o Botafogo! O "Boletim" sente-se envaidecido de gravar em suas páginas os nomes das campeãs: Ivete, Margarida, Mana, Roma, Elza, Irani, Iracema, Elisse, Zelma, Otilia, Maria da Penha, Manila, Diciola, Suzete, Osvaldinha e Lêda. Releva salientar Irani e Roma, pelo desprendimento, espírito de luta e classe que demonstraram; Elza, por ter sido uma revelação como "levantadora", não permitindo, desta maneira, que se quebrasse a harmonia do conjunto; Mana pelo sacrifício que ,exibiu, sobrepondo-se às suas próprias forças pelo benefício comum; Margarida, pela vivacidade e ardor que demonstrou, voltando a ser um dos expoentes do valei feminino e Ivete, por ter confirmado os seus recursos técnicos, que a tornaram à "número um" dentre todas.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 60 de maio de 1947
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TROFEU JOÃO LYRA FILHO
Constituiu um extraordinário sucesso a disputa do troféu João Lyra Filho, instituído pelo Botafogo em homenagem a este grande desportista, para um campeonato relampago entre as equipes femininas de volleyball, campeãs do Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e Estado do Rio, isto é, Botafogo F. Regatas, E. C. Pinheiros, Minas Tenis Clube e C. R. Icaraí, respectivamente. A competição realizou-se nas noites de 8, 9 e 10 de abril, em nossa quadra do Mourisco, que ficou lotada de espectadores, terminando, finalmente, com a vitoria do valoroso conjunto paulista do Pinheiros, cabendo a segunda colocação á não menos valorosa representação alvi-negra. Espetaculo belissimo constituiu a inauguração do torneio, quando desfilaram as quatro graciosas equipes, conduzindo lindas "corbeilles" de flores, sob os aplausos da multidão e os acordes da banda da Policia Municipal. Os jogos tiveram o seguinte desenrolar:
1ª RODADA — Pinheiro 2 x Icaraí 1 (13x15 - 15x6 - 15x7).
Botafogo 2 x Minas 1 (15x11- 11x15 - 15x7). Nosso quadro: Irani; Acyr; Lêda; Pequenina; Romacild E Yvette.
2ª RODADA — Pinheiros 2 x Minas 1 (12x15-16x14-15x7). Botafogo 2 x Icaraí 1 (13x15-15x10-17x15). Nosso quadro: Téda; Margarida; Lêd; Pequenina; Romacild e Yvette, tendo Iraní e Acyr substituido as duas primeiras. A "negra" desta partida foi sensacional, tendo Yvette consignado o ponto da vitória de maneira simplesmente magistral.
3ª RODADA -- Minas 2 x Icaraí 1 (15x12-12x15-15x6).Pinheiros 2 Botafogo 1 (3x15-15x12-15x13). Nosso quadro: Iraní; Acyr; Lêda (Margarida); Pequenina; Romacild e Yvette. No 1º set, o Botafogo jogou admiravelmente, obtendo a grande diferença de 15x3, mas nos sets finais o Pinheiros reagiu bem, travando formidavel luta, na qual veio a triunfar, maximé devido à notavel atuação de Vera, a terrível cortadora que o público apelidou de "Lélé". O quadro alvi-negro agiu com energia e vontade mas, no final, revelou-se ligeiramente cansado, tendo sobresaído, em todo o prélio, a magnifica atuação de Yvette, nossa consagrada campeã; as cortadas violentas de Pequenina e Acyr; a excelente colocação de Romacild, grande levantadora e a dedicação de Irani e Lêda. Margarida, que entrou no final, surpreendendo como levantadora. Sem que façamos a menor restrição à brilhante vitória do vigoroso quadro paulista, queremos, entretanto, frisar que o Botafogo foi por duas vezes lamentavelmente prejudicado, em ocasiões decisivas, por decisões do arbitro e fiscais, uma no 2º set e outra na "negra", quando a exaltação popular provocou, até, uma ligeira suspensão da partida, tal a injustiça da última resolução. Foram estas as representações dos simpaticos clubes visitantes:
PINHEIROS: Adrienne; Hilda; Bambina; Vera; Zilda; Irene Ruth; Hildegard.
MINAS: Maria Celia; Virginia; Nice; Carmen; Zuleika; Celeste; Margarida; Edelveis.
ICARAI: Nelty; Nilza; Carmen; Adir; Ainda; Veda.
Colocação final: 1º) Pinheiros, 3 vitórias; 2º) Botafogo, 2 vitórias e 1 derrota; 3º) Minas, 1 vitória e 2 derrotas; 4º) lcaraí, 3 derrotas. Roberto Dreyfus, Nelson Santos e Romacild Maria Roma, nossa direção de volley-ball, decisivamente apoiadas pelo patrono da secção, Dr. João Lyra Filho e pelo Presidente Carlos Martins da Rocha, que levaram os seus aplausos entusiasticos às competições, merecem os parabens pelo sucesso do torneio que, estamos certos, muito virá incrementar entre nós o volley-ball feminino, mas, seria uma inju-tiça si não ressaltassemos a figura da simpatica Roma, que foi incansavel na organização dos menores detalhes, que tomou grandes iniciativas e que com dedicação e inteligência invulgares destacou-se como uma grande dirigente, merecendo os aplausos e os agradecimentos do Botafogo.
EXCURSÃO Á CAMBUQUIRA O Botafogo aceitou gentil convite do Cambuquira Tenis Clube para enviar nossa valorosa equipe feminina de volley a “7ª Temporada Desportiva de Cambuquira”, onde deverá disputar, entre os dias 20 e 25 de abril, um torneio com as representações do Pinheiros, de São Paulo, do Atlético Mineiro e de São José dos Campos.
Acervo Particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 68 de maio de 1948
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VITORIOSA EXCURSÃO A CAMBUQUIRA
Nossa valorosa equipe feminina campeã de volley-ball excursionou vitoriosamente levantando o torneio de volley da "7” Temporada Desportiva de Cambuquira". A delegação botafoguense seguiu no dia 20 de abril último, sob a chefia de Romacild Maria Roma, sendo constituida das seguintes pessoas: Gabriel Paes de Carvalho, secretário; Nelson Santos (treinador); Yvette Mariz, Acyr T. Falcão, Irany P. da Cósta, Pequenina de Azevedo, Lêda Garcia Fernandes, Margarida Nunes Leite, Raquel e Maria da Penha Leal Ferreira (jogadoras). Acompanharam a delegação vazios fans, entre os quais. a senhorinha Romilda Roma, irmã de nossa diretora e os srs. Sidney Gregory Sobrinho, José Pereira Malta, Ernesto Montenegro, Moacyr Oliveira e Jose Carlos Teixeira Rocha. Tôdas as jogadoras tomaram parte na competição que venceram brilhantemente, regressando ao Rio em 26 de abril e a dedicada Romacild, talvez a primeira chefe feminino de uma delegação esportiva no Brasil, desempenhou-se magnificamente de sua missão, pelo que, cedemos-lhe a palavra, em seu interessante relatório, dirigido ao Presidente do Clube: "Cumpre-me apresentar a: V. Sa o relatório de nossa excursão á Cambuquira, para a disputa dos Sétimos Jogos Abertos daquela cidade. Embarcamos às 7 horas da manhã na estação de D. Pedro 11 e fizemos boa viagem até o destino. Contávamos com a participação do Pinheiros para uma revanche. Lá chegamos às 8 horas da noite, todos os componentes da delegação, na mais perfeita fórma. As chegar o trem, o aspecto geral era de que alguma alta personalidade estava ali chegando, pois eram inúmeros os foguetes e o entusiasmo do povo era grande. Apresentei-me imediatamente aos organizadores do torneio: Srs. João Silva Filho, Mupir Monteiro e Djalma Dê Vicenzi, que acomodaram todas as atletas em automóveis, rumando para o hotel. Quando lá chegamos, já as demais delegações esperavam-nos festivamente, e, entre foguetes e aplausos, entoaram os conhecidos versos populares: "Se a perpétua cheirasse, seria a rainha das flores, mas como a pe-petua não cheira, não é a rainha das flores". Atravessamos entre as alas formadas sob calorosa salva de palmas.
Após o jantar, fui a reunião dos chefes de delegações. O sorteio dos jogos havia sido feito. Deveriamos, pois, jogar contra o "Caxambu", na quarta-feira. Mas, como o representante do "Caxambú" pediu-me que fôsse feito novo sorteio, por estarem as moças receosas de jogar contra o Botafogo, certamente reconhecendo a capacidade da nossa equipe, concordei. O representante do Pinheiros até então afirmava a ida do seu time, e quis opor-se ao novo sorteio, alegando não ser justo o Pinheiros ter de jogar com o Botafogo logo no início. Disse-lhe, então, que o jogo seria por sorte e, se o Botafogo tivesse como primeiro adversário o Pinheiros, jogaria sem o mais leve sinal de recusa, pois só se sabe quem é vencedor no fim da partida, Achou êle muita pretensão de minha parte. Assim, foi feito novo sorteio e o Botafogo foi o favorecido. Jogaríamos, na quinta-feira, com o vencedor do encontro "São José dos Campos x Pinheiros". Se vencêssemos aquêle jogo, jogaríamos contra o "Atlético Mineiro". Nada mais tendo a tratar, foi encerrada a reunião. Na quarta-feira pela manhã, fomos à fonte a passeio, voltando, em seguida, para o hotel, a fim de tomarmos café. A seguir, encaminhando-nos para a praça de esporte, onde assistimos ao primeiro jogo de volley-ball entre as valorosas equipes de Caxambú x Atlético Mineiro. Assistimos, também, a uma partida de tênis, em que tomou parte a atleta Pequenina de Azevedo, saindo a mesma vitoriosa. Fomos, então, para o hotel, almoçamos e, às três horas começou o treino. A noite, fomos esperar a delegação do Pinheiros. Para nossa maior surpresa, chegou a equipe de basquete em vez da de volley, a qual, mesmo assim, competiu, mas não com o nome de Pinheiros e sim com o de "Mupir Monteiro". Voltamos para o hotel e, ás 10 horas, lá já estavamos todos. Na quinta-feira pela manhã, houve o desfile de tôdas as delegações participantes do torneio e, a seguir, uma prova automobilística intitulada "Gincana", em que tomavam parte um rapaz e uma senhorita em cada carro. Margarida e eu fomos convidadas para participarmos. Aceitamos. A prova consistia do seguinte: o automóvel era dirigido pelo rapaz. A cem metros da saída havia o primeiro obstáculo: enfiar uma agulha. O segundo era para o rapaz: encher um copo de água e fazer uma curva com uma das mãos no volante e o copo dágua do lado de fóra. Terceiro era para a moça: encher uma bola de borracha até que esta estourasse . O quarto: abrir uma cancela para a passagem do carro e feixá-la novamente. O quinto obstáculo consistia em colocar uma carta no Correio. O sexto, para o rapaz, era de tocar um sino, depois fazer urna curva. Finalmente, o sétimo, era cabecear uma bola três vezes. Quem fizesse tudo isso em menos tempo seria o vencedor da prova. Consegui colocar-me em quarto lugar e a Margarida em sexto. A nota elegante foi o carro em que a Ma-garida competiu: era uma barata tipo 1928. Um carro que só servia para o "ferro velho". Não andava como os outros, mas sim aos solavancos. Acabada essa prova, fomos todos para o hotel a fim de assistirmos ao jogo entre o time "Mupir Monteiro" x "São José dos Campos" sendo êste último o nosso adversário, pois foi o vencedor, daquele encontro. A noite houve reunião e o "São José dos Campos" entregou os pontos ao Botafogo, ficando assim apenas o Atlético para jogar com o nosso glorioso. Vencemos a valorosa equipe do Atlético. que soube perder com esportividade, e assim foi o Botafogo consagrado campeão dos Sétimos Jogos Abertos de Cambuquira, com o seguinte escore: 2x0, 15x10 e 15x2. Na reunião em que pediram a participação do Botafogo na disputa do basquete, expliquei-lhes que não possuíamos, no Rio, equipe de basquete, mas, se quizessem os disputantes de volley, poderia-mos fazer, como se diz na gíria, uma "pelada". Concordaram e então demos o nome ao time de "Djalina De Vicenzi", pois fiquei com receio de jogarmos com o nome de "Botafogo", por causa dos rapazes do nosso clube. Apesar de não termos conjunto e de apenas quatro de nós já ter-mos jogado basquete, mesmo assim afastadas desse esporte havia cinco anos, não fizemos feio. Perdemos o primeiro jogo de 20x14 para o Pinheiros, vice-campeão paulista, e o segundo, de 14x7, para o campeão do interior paulista, que é o São José dos Campos. No jogo entre Pinheiros e São José dos Campos, foi aquele o vencedor na prorrogação. Os atiradores de São Paulo, Juiz de Fóra, e do Rio, ficaram fans da delegação do Botafogo, principalmente da Margarida. Ela amanhecia cantando e adormecia sorrindo sendo a mais alegre da embaixada. A alvorada era ás seis horas, com foguetes e ovações pelo nome do Botafogo e Margarida. Domingo, pela manhã, fomos todos a piscina e, em seguida, para o hotel. Atendendo a convite de honra da delegação do Pinheiros, fui almoçar com elas.
A noite houve a festa de encerramento. O mais notável foi o momento do discurso, em que e Botafogo teria de agradecer de qualquer maneira. O discurso foi feito pela Ivete, Margarida e por mim, em menos de meia hora, pois dentre dêsse tempo teria que tê-lo já decorado. Houve alguma confusão na hora do ensaio, mas, finalmente, o texto foi o seguinte: "Senhores João Silva, Mupir Monteiro, Djalma de Vicenzi, Chefes de Delegações e companheiros de luta. Agradeço-vos a honra de terem convidado o Botafogo de Futebol e Regatas para participar do brilhante torneio desta encantadora cidade, idealizado pelos dirigentes dos Sétimos Jogos de Cambuquira. Apenas, desejo exprimir-vos a satisfação pela maneira acolhedora com que foi recebida a nossa delegação e ressaltar o espírito de camaradagem e amizade, que reinou entre todas as equipes, incentivado pelo muito queridos organizadores. Em nome de todos os componentes da nossa embaixada, o mais sincero agradecimento."
No discurso que fêz o Sr. João Silva, falou êle que o Botafogo não seria mais convidado, pois estava intimado a comparecer aos Oitavos Jogos de Cambuquira, em abril de 1949. E, para finalizar este pequeno relatório, desejávamos que os Srs. membros da Diretoria do Botafogo oficiassem a cada um dos organizadores, agradecendo a maneira com que foi distinguido o Botafogo. Peço, também, um voto de louvor a todos os componentes da nossa embaixada, pela maneira com que souberam elevar o nome do nosso clube. Agradecendo todo o apoio da Diretoria, renovo, em nome da equipe de volley-ball feminino, nosso voto de firme cooperação em prol da continuidade das vitórias do glorioso alvi-negro."
SEMPRE CAMPEÕES!
Romacild, Yvette, Irany e Acyr, nossas valorosas defensoras, venceram brilhantemente o torneio de volley-ball de praia, promovido pelo "Jornal dos Sports", figurando no quadro mixto "Rêde Bebe Barreto", sendo que as três primeiras consagraram-se bi-campeãs. No mesmo quadro mixto, brilharam também nossos campeões Sylvio, Lito e Gabriel. A todos, nossos parabens.
TORNEIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Está em plena disputa o torneio supra de volley-ball masculino e o Botafogo vem brilhando em sua série, a série "Simonides Pires". Eis os resultados de nossos jogos: Em 29 de abril, contra o Minerva — Campo do Flamengo. 1ª Divisão: Botafogo, 2x0 (15x3 e 15x7). Quadros: Pons, Glader, Mario Araujo, Hélio, Alvaro Roma, Ary e Benjamin. — 2ª Divisão: Botafogo WO. Em 6 de maio, contra o Vasco da Gama — Campo: Municipal. 1ª Divisão: Botafogo, 2x0 (15x3 e 15x11) — Quadro: Mario, Gabriel, Pons, Helio, Glader, Ary e Benjamin. — 2ª Divisão; Botafogo, 2x0. Em 13 de maio, contra o Realengo -- Campo: America. 1ª Divisão: Botafogo, 2x1 (13x15 —15x5 e 15x13) — Quadro: Glader, Ary; Ernani, Pons, Helio Cerqueira e Helio de Sá Almeida. — 2ª Divisão: Botafogo 2x0. Em 20 de maio, contra o Tijuca. 1ª Divisão: Botafogo, 2x0 (15x10 e 15x4). Quadro; Mario, Agenor, Hélio Cerqueira, Ary, Gabriel e Alvaro Roma. — 2ª Divisão: Botafogo, 2x1. Com esses resultados, o Botafogo terminou invicto as duas divisões do torneio, classificando-se, assim, para a disputa final do mesmo. Na 2ª Divisão, foram estes os nossos defensores: Gabriel Paes Carvalho, Ernani Santos, Carlos B. Virzi, Agenor de Araujo, Hélio de Sá Almeida, Ney de Barros, André Cavalcanti Neto, Victor Belford, José A. Ballard, Alvaro Roma Filho, Benjamin Tissibann e José Aurelio Meira da Costa. A todos, os nossos párabens.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 69 de junho de 1948
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NOSSO QUADRO FEMININO LEVANTOU O TORNEIO INICIO
No ginasio do Tijuca T. C., perante grande assistência que fez forte pressão contra nossas bravas defensoras, na noite de 29 de maio ultimo, o Botafogo venceu brilhantemente o torneio inicio, após abater o Fluminense, por 2x0 (10x6 e 10x7) e o Tabajara, por 2x0 (15x7 e 15x12) . Nosso valoroso quadro tinha a seguinte constituição : Terezinha, Margarida, Irany, Acyr, Yvette, Romacild e Raquel, tendo, sobre sua magnifica atuação, assim se manifestado "A Noite"" — "No quadro do Botafogo, destacaram-se a extraordinaria atleta Yvette, seguida de Acyr e Roma, com jogadas sensacionais, ao lado de Margarida, Tereza e Irany que arrancaram entusiasticos aplausos". E "A Manhã": — "... valendo, dentre as jovens disputantes, ressalta a sensacional exibição de Margarida, da equipe do Botafogo. Jogou galhardamente e a assistência, aliás digna de ser mencionada, devido ao elevado numero — não se fez de rogada; aplaudiu-a, com muita justiça". O quadro botafoguense jogou de luto em sinal de pezar pelo falecimento de nosso querido consocio e ex-diretor José Alarico Coelho Cintra, ocorrido repentinamente naquele mesmo dia.. Do bem circunstanciado relatório apresentado pela dedicada Romacild à diretoria, destacamos o seguinte trecho: — "Falarei, a seguir, sôbre a atuação; de cada jogadora: — Tereza — defendendo muito e com muita dedicação. Margarida — ótima como cortadora, sempre conseguindo vantagem ou ponto. A sua Brilhante atuação é devida á sua vivacidade, Irany — levantando muito bem e apesar de doente, soube confirmar sua classe. Acyr — Cortou e defendeu otimamente, sendo suas cortadas muita precisas e sua defesa muito firme. Yvette. — foi a maior jogadora do torneio. Confirmou, mais uma vez, seu valor entre as grandes jogadoras de volley-ball. Na defesa, foi um grande esteio, defendeu tudo e passando muito betu. Como cortadora, esteve ótima. Raquel -- substituiu Margarida no segundo set. Teve boa atuação, cortou e defendeu bem. Maria da Penha --- Não teve oportunidade de jogar. Roma — Deixo 2 criterios das minhas prezadas companheiras, a opinião a respeito do meu trabalho em prol da vitória obtida. — O "Biriba" tambem esteve presente, como o nosso grito de guerra e como nosso mascote". Comemorando a vitoria, o Presidente Carlito Rocha ofereceu em nossa sede, onde se inaugurará a iluminação do estadio, naquela mesma noite histórica, uma taça de champagne, saudando nossas bravas e dedicadas meninas que, mais uma vez, cobriram de louros o pavilhão alvi-negro. TORNEIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO
(FEMININO)
Já terminou o turno do torneio feminino da Cidade do Rio de Janeiro, com os belos quadros alvi-negros, pela dedicação de Dreyfus, Romalcid e Nelsinho, na leaderança das duas divisões. Os jogos tem oferecido os seguintes resultados: — Contra o Fluminense — Quadra do Botafogo — Em 1º de junho. 1ª Divisão — Botafogo, 2x0 (15x2 e 15x9) Equipe: Tereza Maria, Margarida, Irany Acyr, Romacild e Yvette. NOTA — Nesse jogo teve uma atuação notavel a joven Margarida Tereza Nunes Leite, revelação do ano. 2ª Divisão — Botafogo, 2x0 (15x4 e 15x6) — Equipe: Zelma, Otilia, Diciola, Teresa Jesus, Suzette e M. Penha. — Contra o Tijuca — Quadra do Tijuca — Em 5 de junho. 1ª Divisão --- Botafogo, 2x0 (15x7 e 15x2) — Equipe: Acyr, Irany, M. Penha, Roma, Tereza de Jesus e Tereza Maria. 2ª Divisão — Botafogo, W. O. NOTA — Acyr foi a maior jogadora da quadra. — Contra o Tabajara — Quadra do Botafogo — Em 11 de junho. 1ª Divisão — Botafogo, 2x0 (15x4 e 15x13) -- Equipe: Teresa Maria, Margarida, Irany, Acyr, Roma e Yvette. 2ª Divisão — Botafogo, 2x1 (15x2 —9x15 15x5) — Equipe: M. Penha, Oswaldina, Tereza Jesus, Diciola, Otília, Marita, Zelma e Suzete --- Contra o Fluminense Quadra do Fluminense — Em 19 de junho. 1ª Divisão -- Fluminense, 2x1 (16x14 - 9x15 8x15) — Equipe: Tereza Maria, Margarida (Raquel), Irany, Acyr, Roma e Yvette. Nesse jogo, embora tenha sido brilhante a atuação do quadro tricolor, não podemos deixar de frisar que Romacild e Acyr, nossa valorosa capitã, jogaram muito gripadas, merecendo os nossos aplausos pela abnegação a espirito de sacrificio demonstrados, assim como Yvette Teresinha que machucaram-se e permaneceram em jogo. 2ª Divisão -- Botafogo, 2x0 (15x4 -- 15x10) - Equipe: M. Penha, Osvaldina; Tereza Jesus, Suzete, Otilia e Zelma.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 70 de julho de 1948
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Salve, campeãs !
Nossas valorosas e inegualaveis equipes femininas de volley-ball vêm de levantar brilhantemente, nas duas divisões, o "Torneio da Cidade do Rio de Janeiro", descrevendo uma página belissima de abnegação e ardor, pois que quasi todas as suas componentes achavam-se gripadas ou machucadas em defesa do imortal pavilhão alvi-negro.
Nós, que acompanhamos diariamente a formidavel campanha, sempre em contato com Dreyfus, Romacild e Nelsinho, os abnegados dirigentes da secção, sabiamos que a luta seria dura e chegamos a temer o seu desenlace quando anunciou-se o jogo decisivo, contra o Tabajara, na quadra do Tijuca e sob a direção de um juiz cujo maior divertimento é escrever na imprensa contra as nossas bravas defensoras.
E temíamos porque viamos Acyr e Roma presas de insistente gripe, a ultima tomada de forte dor de ouvidos e a nossa inegualavel Yvette com um joelho machucadissimo, desde o jogo com o Fluminense, quasi sem poder dobrar a perna, mas ainda assim resolutamente disposta a arrancar para a vitória. Assim, sem exagero, podemos afirmar que foi um feito notavel e magnifica vitória de nosso quadro, jogando contra tudo e contra todos, para impor-se pela sua magistral atuação em uni encontro verdadeiramente sensacional. Efetivamente, se no 1º set as botafoguenses impuzeram-se com relativa superioridade por 15 x 10, começaram perdendo o 2º set por 4x0, sob ensurdecedor delírio da grande torcida contrária. Mas reagiram heroicamente e, em um vai e vem realmente emocionado, foi o jogo aos 12 x 12, quando foram vitimas de revoltante injustiça que poderia ter ocasionado o revés. É que ao ser marcado o nosso 13º ponto, uma defensora do Tabajára procurou passar Yvette, para o saque, a bola, que batendo na rêde, ressaltou para fora. Nelsinho, na ancia de ver prosseguir o jogo, segurou-a. Foi o bastante para que trilhasse o apito consignando uma falta técnica contra o Botafogo, cuja severidade não discutiremos, mas que redundou em outra absurda decisão, contrária a todas as regras do volley, a anulação do nosso 15º ponto já legal e insofismavelmente consignado. Acyr, nossa valorosa capitã, no uso de seus direitos, dirigiu-se à mesa para reclamar contra a revoltante resolução, o que acarretou a suspensão da partida por muito tempo e a invasão da quadra, mas tudo foi inutil e, recomeçado o jogo, sob tremendo nervosismo e grande pressão contra o nosso heroico quadro, o Tabajara foi a 14 x 12. Estava liquidado o Glorioso, pensavam todos, mas esqueciam-se de sua fibra e de Yvette, a terrivel Yvette que, chegando rede, em cartadas eletrizantes, marcou os 16 x 14 de nossa formidável vitória!
Foi o campo novamente invadido, mas, ai, pelo delírio das botafoguenses, que queriam abraçar suas campeãs e, qua-do felicitamos Romacild, vimos outra prova de sua abnegação: de extensa ferida de seu braço, o sangue escorria abundante!
Nessa dramática luta, nosso quadro agiu de maneira assombrosa, revelando sua grande classe. Proibida de jogar, como já frisamos, nossa campeonissima Yvette deu o seu quinto campeonato ao Glorioso (39-40-46-47-48), impondo-se como a maior figura da quadra. Suas terriveis cartadas, seus bloqueamentos magistrais, sua maravilhosa atuação provocaram o delírio.
Sabiamos que quando Yvette e sua grande levantadora Roma, chegavam á rede, o Botafogo andava. Sim, porque Roma, como sempre, levantando magnificamente, mais uma vez completou Yvette, revelando valor dessa dupla famosa. Acyr tambem extraordinária, colocando sempre bem a bola a Yrany, admirável, pela precisão, formaram outro terrivel par. Margarida, a vivacidade em pessoa, a alegria de nossas quadras, foi outro elemento magnifico e Terezinha completou-a bem. Raquel, a simpatica Maria, que substituiu Margarida no 2º set, agiu admiravelmente, revelando sua excelente classe de bi-campeã. Queremos salientar também a vitória brilhante de nosso invicto segundo quadro, e dizemos invicto porque ninguém pode considerar derrota a que lhe foi imposta W. O. contra o Tijuca pelo suposto juiz inglês "Mister" Denis, que impediu-o de jogar sob o ridiculo protesto de que estava com um minuto de atrazo! E seria uma injustiça si não salientassemos a sua maior figura na noite do triunfo: Maria da Penha a "Dado" que, embora gripadissima, jogou admirávehnente. Foram estes os resultados finais do torneio, cuja descrição iniciamos no numero anterior: Contra o Tijuca Quadro do Tijuca Em 21 de junho — 1ª Divisão — Botafogo, 2 x 0 (15 x 7 e 16 x 14) —Equipe : Tereza Maria, Margarida, Yrany, M. Penha, Roma e Raquel. 2ª Divisão — Tijuca W. O. — Equipe em campo, impedida de jogar pelo "juiz" Diciola, Otilia, Zelma Tereza de Jesus, Osvaldira e Maria. — Contra o Tabajara — Quadra do Tijuca — Em 24 de junho — 1ª Divisão: Botafogo, 2 x 0 (15 x 10 e 16 x 14) —
Equipe: Tereza Maria, Margarida (Raquel), Yrany, Acyr, Roma e Yvette, 2ª Divisão: Botafogo, 2 x 0 (15 x 14 e 15 x 9) — Equipe: Suzete, Tereza de Jesus, Zelma, Marita (Otilia), Osvaldira e Maria da Penha.
RESUMO 1ª Divisão: Jogos 6, vitórias 5. Derrota 1. Jogaram: Yrany Pereira da Costa, Romacild Maria Roma e Tereza Maria Mascarenhas, 6 vezes Acyr T. Falcão e Margarida Tereza Nunes Leite, 5; Yvette Mary, 4; Raquel Yracy Leal Ferreira, 3; Maria da Penha Leal Ferreira, 2 e Tereza de Jesus Batista Avelar, uma.
2ª Divisão: Jogos: 6, Vitória: 5 Derrota (?) 1. Jogaram : Otilia Machado, Tereza de Jesus Batista Avelar e Zelma Alexandre Meluf, 5 vezes; Maria da Penha Leal Ferreira, Osvaldira Pimentel Nogueira e Suzette Carneiro, 4; Diciola Barbosa e Marieta Thiré, 3.
O PROTESTO DO BOTAFOGO
Foi o seguinte o protesto do Botafogo relativamente à prepotente decisão do juiz "mister" Denis:
"Em 22 de junho de 1948. - (Ofício número 703-948). Exmo. Sr. Presidente da Federação Metropolitana de Volley-Ball:
O Botafogo de Futebol e Regatas, no uso dos direitos que lhe competem e firmado nos arts. 34, 51, 72 (parágrafos 2º e 3º), do Regulamento Geral, vem apresentar a V. Ex., para os fins legais dentro do prazo, o seu veemente protesto contra o esbulho que sofreu por parte do juiz do jôgo feminino Ti:uca x Botafogo, 2ª Divisão, do Torneio da Cidade do Rio de Janeiro, realizado em 21 corrente, considerando vencedor o Tijuco W. O., sob o pretexto de que o nosso quadro não se apresentou em campo.
Foi uma decisão revoltante, que pelo seu cunho altamente anti-esportivo e intransigente, chocou profundamente todos os presentes, contrariando imensamente os nossos fidalgos adversários, que não o apoiaram e castigando com uma tremenda injustiça, como exporemos sucintamente, um clube que pratica o esporte pelo esporte e que em um gesto de cavalheirismo, como sabe V. Ex., concordara em deixar de atuar em sua própria quadra para prestigiar o programa de festejos de aniversário de seu glorioso co-irmão, em absoluto conivente com o que se passou. Efetivamente, quando nossos quadros empreendiarn sua viagem da zona sul para o longinquo campo do Tijuca, deu-se, à altura da Praia do Flamengo, um desarranjo em um dos carros que conduzia o nosso material e algumas de nossas atletas. Estas mudaram-se para o outro carro, onde era materialmente impossível colocar o grande saco com os uniformes e chegando tempestivamente ao Tijuca T. C., vinte minutos antes do início da competição, comunicaram o ocorrido ao juiz e ao adversário, solicitando alguns minutos de espera que lhe foram concedidos.
Pois bem, Senhor Presidente, tendo chegado o material logo após, enquanto nossas atletas trocavam rapidamente de roupa, o juiz ordenava o saque por parte do Tijuca e proclamava vencedor W. O. êste Clube, sob o pretexto de que o boletim oficial dessa Federação marcava o encontro para às 20 horas e 15 minutos e eram, em seu relógio, 20 horas e 31 minutos, exgotado, pois, o prazo de tolerância e exclusivamente baseado em um relógio que não poderá demonstrar que apresentava a hora do Observatório, pois estava em desacôrdo com os de outros circunstantes.
Uns minutos após surgiam nossas atletas devidamente uniformizadas, recebendo a dolorosa surpreza de que haviam sido irremessivelmente condenadas pelo árbitro supremo que, do alto de sua autoridade intangível, qual Jupiter Olimpo, desprezando todas as solicitações dos presentes, principalmente dos cavalheirescos dirigentes do Tijuca que, frizavam não desejar vencer dessa maneira, decretou a derrota do Botafogo, sobrepondo-se à fôrça maior, reconhecida e proclamada por todas as legislações do universo, como causa dirimente da responsabilidade.
Não satisfeito com a sua brilhante decisão e irritado pelas naturais interpelações dos presentes, S.S. ameaçou ainda dar início imediato ao jogo da 1ª Divisão, o que só não fez porque foi-lhe ponderado pelos presentes que tal encontro estava também sujeito a uma tolerância de dez minutos. Prosseguindo em sua série de arbitrariedades, S.S. que já proibira ilegalmente que as nossas atletas usassem uniformes que o Tijuca gentilmente lhes oferecera, recusou-se a registrar na súmula o protesto de nossa capitã e sub-diretora Romacild Maria Roma, contrariando expressamente o disposto nos arts. 34 e 98, letra "i", do Regulamento Geral.
Gestos como êste, Sr. Presidente, só podem contribuir para prejudicar o nosso volleyball, esporte que merece todo o carinho, que pode ser praticado em uma esfera de sadio cavalheirismo e compreensão reciproca, principalmente no setor feminino, onde maior ainda deve ser a delicadeza dos participantes, entidades, clubes e árbitros.
Intransigências absurdas, prepotências descabidas, como a lamentavelmente verificada, só podem afastar de nossas quadras o elemento feminino que não deseja sujeitar-se ás impertinências e ameaças de certos árbitros, como todos ontem presenciaram. Realmente, nada justifica a atitude do juiz, Sr. Dennis Hathaway, desprezando os veementes pedidos de nossos próprios adversários, pois que, na Justiça comum, o sinatário dêste, advogado militante há mais de vinte anos, pode afirmá-lo sem receio de contestação, o magistrado, ante o pedido de uma das partes, adia a audiência ou prorroga o prazo para a apresentação da parte contrária. O BOTAFOGO poderá provar suas alegações, oferecendo o testemunho dos diretores do Tijuca, srs. Fernando Gusmão e Durvalino Ribeiro, bem como da sra. Sandolina Soares e do sr. Wilson Barroso, e o desarranjo sucedido ao automóvel, mas, mesmo que tal não se verificasse, que fôsse um simples atrazo, o caso merecia outra interpretação, pois que ninguém ignora as dificuldades atuais do tráfego em nossa Capital, que tem ocasionado demoras sabidas e reconhecidas no início de outras competições. Pelos motivos expostos e por ser de justiça, aguarda o Botafogo, serenamente, a anulação da injusta decisão e a designação de uma nova data para a realização do encontro.
Saudações Atenciosas Alceu Mendes de Oliveira Castro Diretor do Departamento de Comunicações
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 71 de agosto de 1948
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O Campeonato Brasileiro
Com o mais extraordinário sucesso realizou-se no mês de julho findo o 3º campeonato brasileiro de volley-ball em suas duas categorias - - masculino e feminino tendo brilhantemente levantado o titulo, na ultima, categoria a representação do Distrito Federal.
Defendendo as cores da "cidade maravilhosa", mais uma vez cobriram-se de glórias nossa valorosas campeãs, pois cinco delas integraram o selecionado carioca — Romacild, Yvette e Irany, como efetivas, em todas as partidas e Margarida e Terezinha, em
Bem treinado por Paulo Azeredo, competente técnico do tricolor, nosso selecionado iniciou sua campanha em Niterói, abatendo em 15 e 16 de julho, respectivamente, o forte scratch local, quasi todo ele integrado pelo valoroso conjunto do Icarai, que tanto brilhou em nossa quadra na disputa do Troféu João Lira Filho. No primeiro encontro, as cariocas venceram por 2 x 0 (15 x 9 e 15 8) e no segundo, por 2 x 1 (10 x 15, 15 x 9 e 15 x 6), tendo Margarida substituido Yvette, durante o 2º set.
A 23, em avião especial, seguiu a delegação para São Paulo, sendo hospedada no Pacaembú. E a 24, as cariocas , iniciaram a disputa contra o valo quadro mineiro, bi-campeão brasileiro desde o último torneio, realizado 1946.
Vencemos por 2 x 0 (15 x 11 e 15 x 9) a primeira partida e tambem a segunda efetuada na noite seguinte (15 x 12 e 15 x 11) .
Sobre o primeiro encontro, assim se referiu "Gazeta Esportiva", de São Paulo à nossa inegualável Yvette : "Das vencedoras, impressionou muito Yvette, a mesma Yvette Mariz, que tanto nome teve no atletismo, como campeã sulamericana. Com magnífico senso de colocação, a combativa defensora carioca resolveu muitos pontos, ora com cortadas violentas e certeiras, ora com inteligente colocadas".
Finalmente, a 30 e 31 de julho, em partidas empolgantes, as cariocas abateram o formidável quadro paulista, onde brilharam Vera (a terrivel "Lelé"), Zilda, Normas e outras campeãs. Vencemos dois encontros por 2 x 1 sendo que o primeiro, por 7 x 15, 15 x 14 e 15 x 18 - A prova final foi sensacional, pois as paulistas vencerarn o 1º por 15 x 5 e chegaram a 14 x 9, no set, com Lelé na rêde. Deu-se ai a fase mais brilhante do encontro, pois que Yvette e Roma chegaram, lambem a rede e ganharam o jogo, de maneira fantástica. É que Yvette defendia as violentissimas cortadas de Lelé, passando a bola à Roma. Esta, levantava-a admiravelmente e Yvette, em cortadas fulminantes ia marcando os nossos pontos ate um quasi inacreditável 16 x 14! A "negra”, embora disputada, foi mais facil, pois as cariocas venceram por 15 x 11, levando assim, magnificamente o campeonato brasileiro.
São ainda de "Gazeta Esportiva", estas palavras: — "Yvette, tanto no ataque como na defesa, esteve à altura do seu titulo. Jogadora inteligente, resolveu em grande estilo todas as situações difíceis. Efigênia, logo substituída por Helena, perdeu alguns pontos. Esta ultima, mais eficiente, jogou muito para o conjunto. Roma e Irany, boas na defesa e nos levantamentos".
A 2 de agosto, regressava nossa vitoriosa delegação, tendo a diretoria do Bot-fogo consignado na ata de seus trabalhos, por proposta do Dr. Paulo Azeredo, aprovado por aclamação, um voto de satisfação e de louvor a nossas bravas defensoras consagradas campeãs brasileiras. Quanto aos rapazes, que enfrentaram nas mesmas datas e locais os mesmos adversários, embora tivessem brilhado, ficaram com o vice-campeonato, pois faltou-lhes chance nos jogos finais contra os Paulistas. Gabriel e Corrente, nossos valorosos defensores, figuraram em todos os encontros com grande eficiência e Coqueiro atuou contra os Fluminenses.
Torneio aberto da A. C. M.
O Botafogo inscreveu seu quadro masculino no torneio aberto da A. C. M., ficando colocado na "chave A", com o Sider Club, A. C. M., Grupo dos Tatuis, Combinado I. P. C., Tricolor e Speedmen Volei Clube.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 72 de setembro de 1948
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Marcado o início do campeonato para 9 de outubro, em nossa quadra, com o jogo contra o Tabajara, constituiu grande decepção, pois o grêmio adversário, sem a menor satisfação, não apareceu, sendo o Botafogo proclamado vencedor W. O. Mais não perderam o tempo os que compareceram ao Mourisco, pois foi organizado um excelente treino entre o nosso quadro principal e um quadro integrado pelas duas grandes jogadoras Helena e Efigênia, do Fluminense que, presentes, acederam gentilmente ao convite para reforçarem o nosso quadro secundário.'
O jogo assumiu ótimas proporções e arbitrado pelo Capitão Montenegro , teve como vencedor, após forte luta, o nosso quadro principal, por 2 x 1 (15 x 2, 15 x 17, 15 x 13).
Os quadros foram os seguintes: 1.º Irany, Margarida , Terezinha, Maria, Roma e Yvette. 2º Osvaldira, Bado, Suzette, Helena, Zelma e Efigênia.
Ainda foi organizado um quarto set, com quadras de cinco, pois Terezinha e Suzette retiraram-se e por ultimo demonstrando magnífica resistência física, Margarida, Yvette e Romacild deram as s braçadas na piscina
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial BFR nº 74 de novembro de 1948
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Está em plena realização o campeonato feminino, do qual retirou-se o Tabajara que fundiu-se ao Tijuca T.C., sendo por este absorvido. As valorosas equipes botafoguenses, sempre orientadas pela grande dedicação de Romacild, nossa admiravel defensora, acabam de terminar o turno invictas, na ponta das tabelas. Foram estes os seguintes resultados verificados:
Contra o Tijuca - Em 16 de outubro: Campo Tijuca. 1ª divisão : - Botafogo, 2 x 1 (15 x 8, 5 x 15, 15 x 7) — Irany, Margarida, Tereza Maria, Mana, Roma e Yvette.
2ª divisão: Botafogo, 2 x 1 (15 x 9, 14 x 16, 15 x 13) Diciola, Elice, Suzette, Otilia, Nair e Tereza de Jesus.
Contra o Flamengo Em 22 de outubro Campo : Flamengo 1ª Divisão: Botafogo, 2 x 0 (15 x 9 e 15 x 11) - Irany, Margarida, Tereza Maria (Osvaldira), Mana (Bado), Roma e Yvette.
2ª Divisão : Botafogo, 2 x 0 (15 x 3 e 15 x 11) - Zehna, Otilia (Marita), Nair, Tereza de Jesus, Diciola, e Elice.
Contra o Fluminense em 13 de novembro - Campo: Fluminense. 1ª Divisão: Botafogo, 2 x 0 (15 x 9 e 15 x 6) — Irany, Margarida, Yvone, Carminha, Roma, Yvette, Tereza Maria e Mana.
2ª Divisão - Botafogo, 2 x 0 (15 x 10 e 15 x 8) Osvaldira, Bado, Otilia, Nair, Elice, Diciola, Tereza de Jesus e Zelma.
O jogo contra o Fluminense, dado o valor de seu conjunto, onde brilhando como cortadoras Helena, Efigenia e Anita, despertou grande entusiasmo, sendo magnificamente vencido pelas nossas campeãs, que exibiam admirável atuação, causando verdadeira sensação a estréia notavel de dupla formada por Yvone e Carminha. Um fato curioso foi que com a ausência dos juizes e oficiais indicados pelo F. M. V. os clubes disputantes escolheram os mesmos entre seus elementos e tudo correu as mil maravilhas, com distribuições curiosas como o de Margarida e Efigenia que foram as apontadoras do jogo da 2ª divisão e o dos técnicos Nelsinho e P. Azevedo, juiz fiscal respectivamente da luta principal. Ainda sobre o jogo contra o Fluminense, não podemos deixar de salientar que Yvette e Margarida foram duas cortadoras terriveis.
Acervo particular Alceu Oliveira CastroJungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 75 de dezembro de 1948
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Botafogo, tri-campeão feminino
Completando uni magnífico ciclo de vitórias nosso inegualavel quadro feminino vem de brindar o pavilhão alvi-negro com o tri-campeonato da cidade, coroa do os esforços de nossas extraordinárias atlétas, dirigidas pela abnegação sem par da valorosa Romacild e pela eficiência de Nelson Santos, supervisionadas por Roberto Dreyfus.
A Campanha foi brilhantissima, como aliás, todas as de nossas. bravas meninas culminando na grande vitória obtida contra o aguerrido conjunto tricolor, na tarde de 4 de dezembro, na quadra da A. Banco do Brasil (antigo Cassino Atlantico), para onde a chuva forçou a transferência da pugna, marcada para a nossa quadra do Mourisco.
Tudo parecia conspirar contra as nossas aspirações: a transferencia do local, a doença da grande Yvette, presa a tres dias de forte intoxicação. Mas Yvette sempre resoluta e dedicada saiu do leito para a quadra e jogo iniciou-se sob intenso nervosismo que no 1º set muito prejudicou o nosso team, que baqueou por 15 x 11 provocando varias mudanças. Para o 2º set, embora sem Yvette, Glorioso reagiu esplendidamente e marcou 16 x 6, para na "negra", já com a volta de Yvette, triunfar sensacionalmente por 15 x 11, sob o delirio da torcida eletrizada. Todas as nossas campeãs, quando não eram dominadas pelo nervosismo, estiveram admiráveis. Romacild a tri-campeã que não faltou um unico jogo nas gloriosas temporadas de 1946-47-48, defendeu magnificamente e levantou como nunca, sendo na quadra a mesma figura que é na direção, isto é, esforçada ao máximo, eficientissima e dedicada aos menores detalhes. Yvette, a incomparável, nem parecia doente, pois produziu nas cortadas arrazadoras de sempre, conseguindo mais um título para o Botafogo. Irany esteve superavel nas defesas e nos levantamentos, sempre serena e atenta. Margarida fez um segundo set magistral, arrasando suas rivais, Mana jogou excelentemente, sagrando-se lambem tri-campeã, agindo sempre com calma e dedicação, lendo um dos fatores decisivos. Yvone, a querida "Brotinho", jogou como nunca agil e viva, defendendo bravamente e por ultimo, deixamos propositadamente para o fim, Carminha foi talvez a maior figura da quadra, fulminando com suas terriveis cortadas, o bravo quadro tricolor e agindo com absoluta serenidade.
Romacild, Yvette, Irany, e Mana e, como reserva, Bado, consagraram-se tri-campeães; Margarida e Terezinha, bi-campeães e Yvone, Carminha, Aida e Osvaldira, venceram o seu primeiro campeonato, onde fez sensivel falta a valorosa Acyr que por motivo de saúde, está ainda afastada das quadras.
Foram estes os resultados de nossos unimos encontros:
Contra o Tijuca — Em 20 de novembro - Campo: Botafogo – 1ª Divisão: Botafogo, 2 x 1 (15 x 4, 12 x 15, 15 x 6) Irany, Margarida, Yvone, (Aida), Carminha, Roma e Yvette.
2ª Divisão: Botafogo, 2 x 1 (15 x 9, 11 x 15, 15 x 3) - Osvaldira, Zelma, Manila, Nair, Elice, Fernanda e Otilia.
Contra o Fluminense Em 4 de dezembro — Campo: A. A. Banco do Brasil 1ª divisão: Botafogo, 2 x 1 (11 x 15, 16 x 6 e 15 x 11) - Irany, Margarida, Yvone, Carminha, Roma, Yvette e Mana.
2ª divisão: Fluminense, 2 x 1 (13 x 15, 15 x 9 e 7 x 15) Zelma, Tereza de Jesus, Diciola, Elice, Osvaldira, Bado, Suzette e Otilia.
Contra o Flamengo - Em 11 de dezembro - Campo : Botafogo 1ª divisão: Botafogo, 2 x 0 (15 x 7 e 17 x 15) - Aida, Mana, Irany, Margarida, Roma e Ivette.
2ª divisão: Botafogo, W. O. - Suzette, Bado, Diciola, Elice, Nair e Marita.
NOTA: — Na 2ª divisão, Botafogo e Fluminense desempatarão o titulo em "melhor de tres".
Dados estatísticos 1ª Divisão: Jogos: 6 — Jogaram: Irany, Margarida, Roma e Yvette, 6 vezes; Mana, Tereza de Jesus, Yvone e Carminha, 3; Aida, 2; Osvaldira e Bado, uma vez. Total: 11 atletas.
O festival da A. A. Banco do Brasil — Em sua magnifica quadra do antigo Cassino Atlantico, a A. A. Banco do Brasil realizou na noite de 29 de novembro, brilhante festival, que teve o concurso de nossos quadros masculino e feminino de volleyball. Nossos rapazes enfrentaram o forte quadro do Banco do Brasil, verdadeiro combinado onde militam cracks da força de Bétinho, Gil, Hugo, Bolonha e outros, e, após ardua luta, foram vencidos por 2 x 1, apresentando o seguinte conjunto: Sylvio II, Glader, Any, Benjamin, Alvaro e Sylvio I. As nossas invenciveis campeães abateram o Flamengo por 2 x 0 (15 x 10 e 15 x 4), jogando com esta constituição: Irany, Margarida, Yvone, Carminha, Aida (Roma), Mana (Yvette). A Direção da A. A. Banco do Brasil foi prodiga em gentilezas para com as nossas representantes, pelo que ficamos-lhe muito gratos.
Yvette Mariz
Festejou a 8 de dezembro o seu aniversário natalicio, a nossa querida consocia emérita Yvette Mariz que recebeu de seus inumeros amigos provas inequívocas de estima e admiração. Homenageando sua inegualavel atleta o Botafogo enviou-lhe delicadas flores, com os seguintes dizeres: "A Yvette Mariz, sua grande, leal e dedicada campeã, o Botafogo saúda na data de hoje, formulando votos de perene felicidade". Apresentamos os nossos votos de felicidades.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungstedt
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 76 de janeiro de 1949
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O jantar da vitória
Preparado com todo o carinho por nossas próprias atletas, realizou-se a 11 de dezembro ultimo, no restaurante do clube, o jantar da vitória, tendo tudo decorrido na maior alegria, embora sob a preocupação do desenlace do campeonato de futebol que, no dia seguinte provocaria o delírio de todos os botafoguenses. Compareceram ao banquete, que foi presidido pelos diretores Alceu de Oliveira Castro, Julio Azevedo, Roberto Dreyfus e Romacild Maria Roma, quase todas as nossas bravas campeãs, ou sejam Yvete, Margarida, Acyr, Yvone, Aida, Irany, Mana, Bado, Oswaldira, Zelma, Otilia, Suzete, Marita, Diciola, Elice, Fernanda e mais o Dr. Newton Paes Barreto, Nelson Santos, Zezé Moreira, Moacyr Oliveira, Alvaro Roma, Coqueiro e outros desportistas. No final, a diretora Romacild M. Roma pronunciou emocionante discurso, relembrando a campanha de três anos de lutas e agradecendo o concurso de todas suas companheiras e o da diretoria. Pela diretoria, falou o Dr. Alceu Oliveira Castro, que proferiu as seguintes palavras: "Botafoguense da velha guarda, com trinta e seis longos anos vividos sombra do pavilhão alvi-negro, cujos dias mais gloriosos e os mais sombrios conheci, ao voltar, este ano, à administração do clube por imposição de nosso grande Presidente Carlos M. da Rocha, devo proclamar que uma das maiores satisfações que encontrei no Glorioso de hoje, nessas horas de trabalho e de luta, foi secção feminina de volleyball. Desde as primeiras palestras que mantive com esta abnegada diretora que é Romacild M. Roma, no começo do ano percebi que lidava com uma admiravel condutora de admiráveis atletas e não me enganei, pois logo após, na realização do troféu João Lvra, tive a confirmação de minhas impressões iniciais. E liguei-me com orgulho e satisfação, penso que indissoluvelmente, a esta extraordinária secção que tem dado as maiores glorias ao nosso querido clube culminando com a conquista do tri-campeonato da cidade, façanha magistral produto de fibra, eficiência e dedicação forças irresistíveis que levaram tudo de roldão. E, sinceramente, não sei quem mais admirar, se a nossa querida Roma, pequenina de tamanho, mas grande pela ação, quer na direção, quer na quadra qual guarda como recordação algumas cicatrizes dadas ao nosso pavilhão; se extraordinária Yvette Mariz, uma maiores glorias do atletismo nacional e do Botafogo, que deixou o leito para na tarde decisiva arrancar para a vitoria, sempre irresistivel com suas fulminantes cortadas; si Irany, calma e serena grande levantadora; si Margarida, seguindo de perto as pegadas de sua professora, sempre alegre e viva; si a simpática Mana valorosa e dedicada; si Tereza, otima levantadora ou si a "arma secreta" que foi a nova dupla extraordinaria, formada por Yvone, nossa muito querida "Brôtinho" e Carminha, terrível nas cortadas. E não posso olvidar também Aida, Oswaldira e Bado, que integraram o team; todas defensoras valorosas de nosso 2º quadro que, tenho certeza, levantarão tetra-campeonato e esta simpática e admiravel Acyr que não disputou o campeonato porque teve sua saúde compro-etida em defesa de nosso pavilhão, na magnifica conquista do Torneio Cidade do Rio de Janeiro, do qual foi um dos principais fatores. E ainda o meu bom amigo Roberto Dreyfus, diretor geral da secção e o técnico Nelson Santos, nosso bravo tetra-campeão.
Minhas queridas campeãs, meus bons amigos, faço votos pela vossa felicidade pela de Roberto e Nelson, pela de nosso grande Presidente Carlos Marfins da Rocha e pela do Botafogo, indomavel e eterno, glorioso, quer vencedor ou vencido!" Falaram, ainda, Yvette Mariz, agradecendo em nome das campeãs e fazendo a entrega de uma delicada lembrança a Romacild; Roberto Dreyfus e Julio Azevedo enquanto Yvone, alegremente, chefiava os "hips" que se sucediam ruidosos, na grandiosa expetativa da magistral vitoria do dia seguinte que foi a conquista do campeonato carioca de futebol.
Romacild assim se dirigiu às setas valorosas atletas: "Não é só o primeiro time merecedor das honras de campeão. O segundo também o merece, assim como o meu agradecimento, mui sincero, por meio desta coluna. Agradeço pois, de todo coração, a maneira com que se portaram durante o ano de 1948, o espirito de lealdade, camaradagem, e o apoio que me deram nos momentos precisos.
Não sou tecnica mas poderei, ainda asssim, fazer um comentário especial sobre cada urna separadamente. Alice - Veterana das quadras, soubeste conquistar mais êste titulo juntando-o aos que já possuías no "Glorioso". Diciola — Jogadora leal, sempre pronta para fazer com que o Botafogo fôsse campeão. És também uma veterana. Oswaldira — Três anos de Rio, três títulos conquistados. És uma bôa atleta. A tua atuação foi ótima. Espero que para o ano consigas outro titulo. Zelma — Contribuiste para a nossa vitória. És uma grande atleta, sempre pronta para a defesa das nossas cores. Olilia - Veterana botafoguense sempre disposta a trabalhar por êste clube já és emérita, título adequado a tua fibra. Tereza de Jesus — Otima companheira, bôa atleta, sempre pronta a contribuir para a nossa vitória. A tua bôa vontade já é conhecida por todos nós. Nair — Vinda de longe, do norte do país, já fazes parte da família botafoguense, e já conseguiste um título: és campeã. Fernanda - Quando entras na quadra ou na pista, vemos um vulto pequenino: és campeã. Com a tua fibra, porém, cresces bastante e conquistas a admiração de todos. Manila — Não falo de diretora para diretora. Hoje és minha atleta. Já conseguiste diversas vitórias, não só no Volley como no atletismo. Espero que continue a brilhar. Bado, Suzete, Carminha Aida e Brôto. De vocês já disse o suficiente, pois já eram campeãs da primeira, e agora também o são da segunda. Com estes títulos demonstram que são realmente grandes atletas, e que por certo continuarão a conquistar novas vitórias para o nosso Glorioso".
Mana, Bado e Suzete.
Sobre Mana, Bado e Suzete, as valorosas atletas que tendo concluído brilhantemente o curso da Escola de Educação Física, seguiram para o Norte, assim exprime Romacild: "E' penoso para mim, despedir-me vocês, pois não há palavras que possa exprimir a tristeza que sentimos atletas do glorioso. Três anos de convivência foram suficientes para a construção da grande amizade que nos une, e quem teve a feliz ventura de competir lado a lado e vocês, poderá confirmar o que digo.
Vocês foram exemplos de lealdade, fibra e vontade de vencer e, nesse período em que estiveram conosco, elevaram sempre o pavilhão alvi-negro ao mastro da vitória sem que uma só vez fosse conhecida a palavra derrota.
Mana — Não obstante os obstáculos opostos pela tua saúde, és uma grande atleta. Somente isto serviria para o teu elogio porém é mister que fale mais de ti sempre, na hora precisa, tudo fizeste pela nossa vitória. Nunca negaste a competir. Esperando, portanto que sejas feliz na tua terra, desejo que consigas ensinar fazer de tuas alunas a atleta que foste aqui conosco, sem esquecer estas companheiras.
Bado — O nome da família Leal Ferreira será sempre lembrado nesta casa e com maior prazer. Conseguiste dois títulos: o de tri-campeã da 1ª divisão e tetra da 2ª. Por este motivo, não preciso dizer-te que atleta fôste no Botafogo. Espero que nunca esqueças do Glorioso, e, se algum dia vieres ao Rio, teu clube te receberá de braços abertos. Cabe-me, portanto, desejar-te muita felicidade e que na tua vida, consigas muitas vitórias como as conseguiste na parte esportiva.
Suzete -- Tiveste sempre o sangue fervendo de esportividade, com perseverante vontade de vencer. Com teus sonhos, fizeste com que o Botafogo um gigante nas quadras e nas pistas. O Botafogo perde, portanto, uma grande atleta, mas sabe que, contará sempre com uma grande amiga. Com tua vontade de vencer, hás de triunfar brilhantemente, na carreira que abraçaste".
Nova grande vitória no volley feminino
Completando o seu magnifico ciclo de vitóiriasas em 1948, nossa secção feminina volley-ball, sempre comandada pela Romacild, vem de levantar o campeonato da 2ª divisão, após sensacional "melhor de três" com o Fluminense, conquista esta que significa o tetra-campeonato, já que o mesmo quadro foi o triunfador de 1945 e 46 no campo, em 1947, por falta de adversários. O Botafogo venceu logo os dois primeiros jogos, ambos disputados na quadra do Flamengo, em 16 e 21 de dezembro, respectivamente, marcando as contagens de 2x1 (15x6 12x15 - 15x11)e 2x0 (15x13 16x14), sendo que no ultimo set disputado, produziu magistral “virada", obtendo, a vitoria depois de perdendo de 14x7, tendo Bado eletrizado a assistência com sua notável atuação.
O quadro, no primeiro jogo, foi constituído por Aida, Bado, Yvone, Carminha, e Otília e Elice, contando, no segundo, com mesmas jogadoras e mais Nair e Diciola.
Com esta vitoria, nossos quadros femininos venceram todos os torneios oficiais do ano, ou seja, 1ªa e 2ª divisão do Campeonato Carioca, 1ª e 2ª divisão do “Torneio Cidade do Rio de Janeiro" e Torneio Inicio, merecendo os maiores parabéns.
Eis os numeros do torneio da 2ª divisão - Jogos: 8. Vitorias: 7: Derrotas:1 - Jogaram: Elite, 8; Otilia, 7; Diciola, Nair e Bado, 6; Tereza de Jesus a, 4; Suzete, Manila e Osvaldina, Aida, Yvone e Carminha, 2 e Fernanda 1. Total: 14 jogadoras.
Observação : — Bado jogou no returno o Tijuca, embora o seu nome fosse omitido no ultimo Boletim.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungstedt
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 77 de fevereiro de 1949
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Ainda o tricampeonato feminino
Foi este o magnifico discurso de Romacild M. Roma, no jantar da vitoria: "Minhas colegas: Quero manifestar-lhes de viva vóz e com o testemunho de todos os presentes nêste momento, o meu profundo reconhecimento, pela brilhantissima atuação na temporada dêste ano e que culminou na conquista do tri-campeonato da cidade. Mais uma vez, tremúla no mastro da vitória, a bandeira do Glorioso! É pouco o que tenho para dizer-lhes, mas, é sincero. É o meu agradecimento apenas, o agradecimento que lhes venho exprimir com o espírito e o coração, pelas alegrias que, vezes sem conta, todas vocês me proporcionaram nêstes três anos anos em que dirigi esta seção e pelo incentivo que todas vocês representaram para mim, nas horas de amargura, e que nunca me deixou esmorecer na luta!
Embora não queiram acreditar, reafirmo-lhes no entanto, que deixarei o cargo de diretora da Seção de VolleYball Feminino; serei, todavia, a mesma companheira de sempre. Vocês devem ter notado em mim, nêste final de ano, todos os sintomas de um grande cansaço porque é evidente o meu esgotamento. Cheguei, apezar de tudo isso, como diretora, ao fim do campeonato; não foi somente, porém, pelo empenho da minha palavra, mas, sobretúdo, por êsse decidido e irrestrito apóio de todas vocês em conjunto, e, de cada uma, em particular. Peço-lhes agora, mais uma coisa, quanto lhes tenho pedido eu, quanto já lhes devo —; é que não guardem ressentimentos de mim; si os tiverem, porém os esqueçam.
É muito árdua a missão de quem dirige! Si, malaventuradamente, algum dia usei palavras que as tivessem maguado, acreditem-me, foram todas elas irrefletidas. Penitencio-me, nêste momento, de tão grave falta. Tê-las-ia dito nêsses terríveis e angustiosos momentos, em que parece escapar-se das nossas mãos a tão ambicionada vitória e com maior razão, porque, de todas nós, reconheço ser eu a menos capaz . Quanto a mim, levarei de todas, indistintamente, estejam certas disso, uma grande, uma transbordante saudade no meu coração! Por mais que rebuscasse, não encontrei qualquer sinal de leve azedume contra quem quer que fosse de vocês, só recordações felizes, dias de excelente camaradagem, de alegria, sã e comunicativa, momentos de intenso júbilo, emfim! Mana, Bado, Suzete, Margarida e Carminha, o famoso "Bando da Lua", que, no ano de 1949 já se avizinhando, estará êle reduzido a duas figuras. Que convívio! Como se evaporaram estes 3 anos e como se consolidaram os laços desta amizade com vocês!
Mana: — uma grande jogadora e maior companheira, máu grado o seu estado de saúde. Empregou a última reserva das suas energias para, na hora exata de avançar e combater, dar a vitória ao clube.
Bado — outra cooperadora infatigável, quer na primeira ou na segunda divisão. É bem merecido o seu destaque como jogadora de real valor. Junta ela, ainda, a essa posição que já ocupa no desporto, um incomparável espirito de camaradagem, que fará sempre lembrada com prazer, nesta Casa, a familia Leal Ferreira.
Suzete espírito combativo! vontade férrea de vencer! sangue que fervilha! uns pontinhos de Suzete — eis um Botafogo que se agiganta no atletismo e na quadra! É também uma grande estréia.
Margarida — ótima discípula! grande valôr, feito aqui, no Botafogo! Uma das figuras mais em evidência nas quadras de volley-ball. Qual o aficcionado que não conhece Margarida? Criatura que tem o privilégio de entusiasmar... até a torcida adversária. Desejo que caminhe sempre assim, brilhando pela vida em fóra e no esporte, para a sua completa felicidade a perene alegria dos nossos corações.
Carminha — o meu vocabulário é muito pobre, para te exprimir, como desejava, meu profundo reconhecimento. Adoeceste. Houve proibições médicas, mas, a velha classe predominou em todos os momentos. Estiveste sempre ao nosso lado; espero que não abandones também o nosso glorioso. E a turma que fica? Não desejava tornar-me extensa, mas, seria injusta silenciar nesta hora.
Irany — um dos pontos altos da nossa equipe. Grande colaboradora da nossa brilhante vitória. Lutadora ,exemplo da corágem e do heroismo de resistência ao adversário nos lances mais difíceis. Portadora de títulos que muito nobilitam qualquer atleta. Faço votos, Irany, para que consigas muitos outros títulos mais.
Brôto — caçula da família botafoguense. Vai fazer um ano. Grande jogadora e que muito veio reforçar êste grande time.
Aida - Caloura no nosso time, mas, veterana nas quadras. Nome já muito conhecido e vindo de um grande clube. Faço os mais ardentes votos para que tenhas sempre razões de contentamento entre nós e continues envergando a camisa alvi-negra .
Terezinha Mascarenhas — Exemplo da tenacidade e do esforço. Já tem a emerência do Clube e, por isso, ficará sempre comnosco. Boa companheira, excelente colega, melhor amiga.
Acyr — Sentimos falta da tua companhia e tenho os votos que todas nós formulamos para o seu completo restabelecimento em 1949.
Yvete — Quanto sacrifício o teu, nêste final de campeonato! E não o fizeste somente pelo Botafogo, mas, também, por mim! Competimos sempre juntas; faz já oito anos. Como o tempo passa! Não te pude escrever uma só palavra, das que eu te queria dizer e, mesmo que o fizesse não as poderia pronunciar agora, sem que me encha de grande emoção e em que mais sinto esta grande amizade entre nós, que tem sabido envelhecer e que não se rende ao avanço do tempo. Muitas vezes, não sei em que mais deva pensar: — si admirar-te como perfeita atleta que és ou felicitar-se pela excelente amiga que possúo em ti.
Ao 1ºtime, me dirigirei em outra oportunidade, isto é, depois da melhor de três. Antecipo-lhes, porém, em nome do Botafogo e por mim mesma, os mais efusivos agradecimentos, seja qual fôr o resultado dessa.
Roberto Dreyfus - A êste grande amigo o agradecimento unânime do time, de vez que a vitória se deve á sua clara visão como diretor e constante dedicação. Ao Nelsinho o nosso agradecimento também mui sincero, esperando que em 1949 posamos repetir a façanha de 48. Ao sr. Julio Azevedo, pelas inúmeras atenções que nos prodigalizou aqui lhe manifesto, igualmente, a gratidão de todas as atletas.
Senhor Presidente e mais dignos diretores: Peço-vos permissão para citar um dentre vós, para quem não encontrei palavras que pudessem exprimir exatamente o profundo sentimento de gratidão de todas nós. Trata-se do Dr. Alceu Mendes de Oliveira Castro, o nosso maior amigo, o nosso grande advogado de todas as causas, o nosso maior incentivador nos momentos de desventura, o nosso maior companheiro de entusiasmo nos dias gloriosos da vitória. Tivemos sempre a sua honrosa companhia, o seu decidido apôio, todo o seu concurso, enfim, para conseguirmos êste tri-campeonato. A diretoria do Botafogo, na pessoa de seu ilustre Presidente, aqui consigno também a palavra de reconhecimento, pela distinção que sempre me dispensou no exercício de minha funções como diretora do Volley-ball Feminino.
E, agora, a minha despedida: rogarei a Deus para que esta união e esta amizade inquebrantável continuem imperando nesta seção, pois, foram estes os fatores primordias da brilhante campanha que hoje encerramos com este ágape íntimo. A todas o meu grande e saudoso abra-o, pelas constantes demonstrações de cavalheirismo e lealdade, polo requintado procedimento que pautaram em todo o transcurso, desta vitoriosa temporada, pelos sentimentos da honra, do respeito e da cordialidade com que sempre se conduziram e que, para mim, constituiram motivo de tão alto júbilo quanto o da conquista do TRI-CAMPEONATO DE VOLLEY-BALL".
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 78 de março de 1949
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Inicio de atividades
Já se encontra em franca atividade a nossa gloriosa secção de volley-ball, pois o início dos vários torneios, em número, êste ano, já foi marcado F. M. V., em cujas assembléias de reforma de regulamentos, o Botafogo foi sentado com grande brilho e eficiência, por uma abnegada diretora Romacild M. Roma.
Os treinos foram iniciados sob a direção do novo técnico, de quem muito se espera - Herbert Dutra, que durante anos dirigiu o selecionado mineiro e a secção masculina recebeu considerável forço, com a volta ao clube dos granes jogadores que são os irmãos Damazio de Sá (Betinho e Everest). A secção feminina teve sua primeira exibição na noite de 25 de março, quando o seu segundo quadro, após grande luta, foi vencido pela fortíssima equipe principal do Tijuca apenas por 2 x 1 - 11 x 15 - 15 x 8 - 13 x 15), no festival de aniversário da valorosa A. A. Grajau, apresentando a seguinte constituição: Yvone, Théda, Nair, Norma, Marita, Zelma, Otilia e Elice.
Na noite de 29 em nossa quadra, realizou-se animadíssimo match-treino, em "melhor de cinto sets", contra o forte quadro do_Icarai Praia Clube, vice-campeão de Niterói, sendo, infelizmente, o jogo suspenso devido à chuva, isso ao iniciar-se o 5º set, ficando, assim, empatado por 2 x 2, pois que o I.P.C. venceu o 1º e 3º set e o Botafogo o 2º e o 4º. Nosso quadro, foi, inicialmente, Irany, Margarida, Nair, Norma, Yvone e Emilia, entrando, mais tarde, Aida, Théda e Glicinia e no 4º set, a grande dupla de Yvette e Romacild, que se encontravam enfermas.
No dia 1º de abril, houve proveitoso treino no Ginástico Português e no dia seguinte, sábado, 2, no Mourisco, novo ensaio, entre estes quadros: A — Roma, Glicínia, Irany, Margarida, Nair e Norma. B — Yvone, Romilda, Zelma, Otilia, Osvaldina e Elice.
Findo o exercício, nossas valorosas atletas passaram a ensaiar basket-ball, pois que espera-se que êste ano a F. M. B. reorganize o campeonato feminino de basket-ball que não se realiza desde 1944 e no qual o Botafogo terá um grande "team, pois que possue todas as antigas componentes da seleção carioca, ou sejam Yvette, Roma, Irany, Elice, Diciola, Otilia além de Osvaldira, que fêz parte do selecionado baiano.
No dia 9 efetuou-se outro rigoroso ensaio, tendo o quadro titular enfrentado o conjunto masculino de aspirantes e pois, outro quadro feminino, toma parte no exercício: Roma, Yvone, Margarida, Téda, Otilia, Zelma, Marita, Norma, Elice, Diciola e Romilda.
Torneio feminino do Icaraí Praia Clube
O Icarai Praia Clube, o valoroso clube de Niteroi, promoveu na noite de 19 abril um interessante torneio feminino sistema eliminatorio, ao qual concorreram as aguerridas équipes do Gragoatá, Botafogo, Tijuca e Icarai Praia Clube.
O torneio foi vencido pelo Tijuca e o quadro, desfalcado de sua extraordinária cortadora Yvette, foi vencido pelo Icarai P. C. por 2 x 1 (10x6 8x10), após sustentar intensa luta, apresentando seguinte constituição: Roma, Irany, Margarida, Yvone e Norma.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 80 de maio de 1949
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Homenagem a Roberto Dreyfus
Homenageando Roberto Dreyfus, seu grande abnegado diretor que breve viajará para os Estados Unidos, a secção de volley-ball promoveu na tarde de 21 de abril, na quadra do Mourisco, animado festival, que consistiu em um torneio eliminatório entre quadros mistos, composto de moças e de rapazes juvenis. Foram organizados quatro "teams" que receberam os nomes de botafoguenses que muito têm feito pela secção: Carlos Martins da Rocha, Alceu de Oliveira Castro, Julio Azevedo e Roberto Dreyfus e que, com os seus respectivos técnicos, assim ficaram constituidas: "Carlos M. da Rocha": — Elice, Otilia, Manila, Gizelda, C. Bruni e J. Roberto. Técnico: Caruso. "Alceu de Oliveira Castro": — Roma, Théda, Aida, Glicinia, Didio, Pedro e Aluisio. Técnico: Roma. "Julio de Azevedo" Irany, Margarida, Nair, Francis, Solik, Antonio. Técnico: Betinho. "Roberto Dreyfus": Yvone, Norma, Osvaldira, Zelma, M. Adriano, Sergio e Cornélio. Técnico: Seixas.
No intervalo de uma das provas, no meio da quadra e na presença dos patronos dos "teams", Anibal Cavalcanti Caruso novo diretor da secção, saudou Roberto, fazendo-lhe ainda a entrega de delicada lembrança, ao que Roberto agradeceu emocionadissimo. O torneio, que findou com a brilhante vitória do quadro "Julio Azevedo" (como êle estava radiante!), foi disputadissimo, maxime na partida final, que ofereceu lances empolgantes. Foram êstes os resultados:
1º jôgo — Alceu x Roberto -- Alceu, 2 x 0 (10 x 3 — 10 x 3); 2º jôgo Julio x Carlito — Julio, 2 x 1 (10 x 4 - 8 x 10 — 10 x 5); 3º jôgo — Julio x Alceu — Julio, 2 x 1 (11 x 15 - 15 x 11 — 15 x 13).
Excursão a Cambuquira
Para competir no “8º” Jogos Abertos da Temporada de Cambuquira" e como premio pela brilhante conquista dos campeonatos de 1948, seguiu, a 22 de abril, a nossa secção feminina de volley, sob a chefia de sua diretora Romacild Maria Roma e levando o técnico Herbert Dutra e as atletas Irany, Margarida, Yvone, Norma, Théda, Aida, Elice, Nair, Osvaldira, Marita, Zelma, Otilia, Dicioia e Rornilda.
O embarque efetuou-se em ônibus, ir 7 horas, na Praça Mauá e a viagem decorreu na maior alegria, chegando a delegação, às 17 horas, a Cambuquira, onde foi magnificamente recebida pelos promotores da temporada, Srs. João Silva e Mupir Monteiro e instalada no Hotel Silva.
No volley-ball o nosso quadro, na manhã de 27, enfrentou o forte "team" da Varginha, que possue em suas fileiras três cortadoras da seleção mineira e embora lutasse bravamente, muito sentiu a falta de Yvette e Acyr, sendo vencido por 2 x 0 (15 x 13 — 15 x 10). O team foi inicialmente o seguinte: Irany, Margarida, Roma, Théda, Yvone e Norma, entrando, mais tarde, Aida, Nair e Elice em lugar de Yvone, Théda e Roma. No basket-ball, as botafoguenses enfrentaram também valorosamente o São José dos Campos, perdendo por 18 x 16; nos últimos segundos de luta ,quando as adversárias, em uma escapada, fizeram a cesta da vitória.
O quadro começou o jôgo com Elice, Margarida Irany e Osvaldira entrando, posteriormente, Otilia e Yvone. Na interessante prova automobilistica da "gincana", Ivone chegou em 1º e Romacild em 2º, ambas em tempo record, tendo Yvone recebido como premio um minusculo automóvel de ouro.
No torneio de Tenis de mesa, Nair, Irany e Diciola obtiveram os 2º, 3º e 4º lugares respectivamente, embora só jogassem ping-pong.
E a 1º de maio, pela Central, regressavva ao Rio nossa delegação, reconhecida aos locais pela ótima hospitalidade e muito grata ao nosso jovem técnico Herbert Dutra, que foi dedicadíssimo.
Torneio Inicio Feminino
Vitória da libra e do coração
Com grande concorrência efetuou-se no sábado, 7 de maio, à tarde, no ginásio do Tijuca, o torneio início feminino, que foi galharda e magistralmente levantado pelo nosso inigualável team numa impressionante demonstração de fibra e de coração. Realmente com o quadro ainda mal preparado, com a grande Yvette chegada apenas há quatro dias do sul-americano de atletismo de Lima, tudo parecia conspirar contra o Botafogo, pois que a tabela marcava como primeiro jôgo, Flamengo x Tijuca, prova fácil para o forte quadro dêste clube, ao passo que o segundo jôgo reunia em tremenda luta o nosso quadro e o do Fluminense, cujo vencedor, logo após, enfrentaria o descansado vitorioso do primeiro encontro.
E foi o que se deu. O Tijuca venceu fàcilmente o Flamengo e descansou, cabendo ao Botafogo sustentar terrível peleja contra os tricolores, que tinham como cortadoras, Helena, Efigenia e Carminha, luta que se resolveu em três sets com a empolgante vitória botafoguense por 2 x 1 (7x10 — 10x6 — 11x9).
Nosso bravo conjunto — Yvone, Norma, Irany, Margarida, Yvette e Roma - logo voltou à quadra para o final e sob os alegres sorrisos das adversárias, perdeu o 1º set por 15 x 4— Estavam esfalfadas nossas jogadoras, quando, no 2º set, o técnico Herbert substituiu Yvone e Norma, que, aliás jogavam muito bem, por Aida e Elice (a arma secreta, com sua canhota) e o Glorioso, que chegou a ter o marcador de 11 x 4 contra si, em impressionante reação, veio a vencer por 16 x 14, causando o delírio de sua torcida que julgava nada mais poder pedir. No intervalo, conversamos com Roma e Margarida, ambas pálidas e exaustas, mas convictas em sua fibra e na de suas heroicas companheiras, porém, confessamos, nunca esperávamos vencer. Veio a "negra" e nossas bravas meninas jogando com assombrosa coragem, reproduziram a façanha do 2º set e, depois de estarem perdendo por 11 x 4 e 13 x 9, em incrível e eletrizante virada, venceram por 15 x 13, levantando pela terceira vez consecutiva o Torneio Inicio, sob o delírio de nossa pequena, mas desassombrada torcida, que promoveu um verdadeiro carnaval de alegria. Seria injustiça se destacassemos qualquer das oito campeães, pois tôdas executaram milagres de fé e de coragem, mas não podemos deixar de proclamar que a nossa inigualavel Yvette vale quatro Pequeninas juntas; que Romacild foi a inexedivel diretora e defensora de sempre; que Margarida foi assombrosa; que Irany, embora machucada, deu tudo; que Norma surpreendeu; que Ivone multiplicou-se, machucando-se bastante uma queda; que Elice agiu com calma e segurança e que Aida defendeu excelentemente.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jusgsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 81 de junho de 1949
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TROFÉU JOÃO LYRA FILHO
Pela segunda vez foi disputado o troféu João Lyra Filho, instituído pelo Botafogo, por iniciativa de sua dedicada diretora Romacild Maria Roma, cabendo, êste ano, o patrocino das provas ao glorioso C. R. Icaraí que foi o seu merecido vencedor.
O Botafogo, atravessando a baia por três vêzes, nas noites de 19, 20 e maio, por circunstâncias várias, não foi feliz, tendo assim transcorrido os jogos:
Contra o Minas Tenis Clube - Vencedor: Minas, 2 x 1 (12 x15 — 15 x 8 - 9 x 15) - Quadro: Yvone Norma (Elite), Roma, Yvette, Irany (Ivone) e Margarida. Irany sofreu uma queda, machucando-se.
Contra o Pinheiro, de São Paulo - Vencedor: Pinheiros. 2 x 1 (8 x 15 x 11 - 11 x 15) — Quadro: Irany, Margarida, Yvone Ula, Roma e Yvette. Foi um belíssimo jogo, no qual a chance não nos foi favorável, tendo sido, o Botafogo prejudicado pelo juiz em dois lances clamorosos. Quase ao final pugna, Roma, em um choque com Margarida, sofreu impressionante queda tendo com a cabeça no chão e quase falecendo, ficando, ainda assim, em jogor, bem como Margarida, que machucou o joelho. Após o encontro Roma foi carinhosamente socorrida no departamento medico do Icarai, pelo Dr. Alvaro Tate, medico do clube local.
Contra o C. R. Icaraí — Vencedor: Icarai, 2 x ) (10 x 15 5 x 15) -- Quadro: Irany, Margarida, Aida (Yvone), Elice (Norma), Roma e Yvette.Já sem pretensões ao titulo, e com Roma e Margarida seriamente ressentidas das contusões da véspera, o nosso quadro não pôde corresponder, encerrando assim o torneio. Finalizando, queremos consignar aqui os nossos sinceros agradecimentos à ilustre diretoria do C. R. Icarai e, em particular, ao Dr. Gastão Mariz Figueiredo, pela maneira fidalga com que acolheu nossa delegação, a todos cativando.
Festival da A. A. Banco do Brasil
A 30 de maio em seu ginásio do antigo Cassino Atlântico, a A. A. Banco do Brasil realizou um grande festival esportivo, com o concurso dos segundos quadros femininos do Botafogo e do Tijuca. Após interessante luta, o Glorioso triunfou por 2 x 1. (12 x 15 — 15 x 10 — 15 x 11), com o seguinte quadro: Théda, Glicinia, Nair, Romilda, Zelma (Otilia) e Tereza de Jesus. Antes do encontro, a direção do A. A. Banco do Brasil prestou uma gentil homenagem ao Botafogo, fazendo entrega de uma flâmula a Romacild M. Roma, nossa querida diretora.
Brilham as campeãs
Está em plena realização o Torneio Cidade do Rio de Janeiro e os nossos quadros femininos vêm como sempre brilhando nas duas divisões.
O torneio iniciou-se a 14 de maio, no Mourisco, com o jôgo Botafogo x Tijuca, cuja luta principal não se realizou, devi-o à chuva que também tendo o Botafogo triunfado na 2ª divisão por 2 x 0 (15 x 13 — 15 x 8), com êste quadro: Aida, Glicinia, Zelma, Romilda, Otilia e Tereza de Jesus.
Na noite de 24 de maio, três dias após o término do troféu João Lyra, com Roma ainda muito machucada, foi o Botafogo enfrentar o poderoso quadro tricolor, em Alvaro Chaves. Nosso quadro — Irany, Margarida, Roma, Yvette, Yvone e Elice (Norma) — dirigido tècnicamente pela extraordinária Ivette Mariz, obteve uma de suas maiores vitórias dêsses últimos tempos e depois de perder o 1º set por 15 x 5 e de vencer o 2º por 15 x 13, na "negra", após estar perdendo por 14 x 9, quando faltava, pois, um pontinho só para a vitória tricolor, em impressionante e fenomenal virada, venceu de maneira eletrizante por 16 x 14, sendo que durante a reação, nosso quadro, em vários rodizios, perdeu inumeras vêzes o saque, reconquistando-o sempre e não permitindo que o adversário terminasse o jôgo!
No jôgo da segunda divisão, venceu o Fluminense por 2 x 0 (13x 15 — 7 x 15), sendo êste o nosso "team" : Zelma, Romilda, Otilia Tereza de Jesus, Glicinia e Théda, tendo o Flamengo feito a entrega dos pontos dos dois jogos que deveria disputar contra nós a 28 de maio em sua quadra. Finalmente, na noite de 31 de no Mourisco, realizou-se o grande encontro que fôra adiado do dia 14, contra Tijuca, e o Botafogo, embora tendo Margarida, gripadissima e contrariando ordens médicas expressas, deixado o leito para a quadra, e Yvette sujeita a rigoroso regime alimentar, reproduziu maravilhosamente sua façanha triunfando "negra" quando já perdia por 14 x 11 de maneira alucinante, pelos 16 x 14 que já estão praxe entre nossas indomaveis campeãs. Frise-se, ainda, que hora da reação, a abnegada Roma o dedo polegar da mão direita pisado, sentindo dores atrozes, continuou a levantar para Yvette como si nada houvese sucedido. Tôdas jogaram admiravelmente e igualável fibra, eletrizando nossa torcida, sendo êste o quadro: Yvone, Norma, Irany, Margarida, Yvette e Roma, e a contagem: Botafogo, 2 x 1 (15 x 6— 7 x 15— 16 x 14). A 11 de junho, à tarde na quadra da rua Conde de Bonfim, o Botafogo iniciou o returno, enfrentando novamente o quadro tijucano, e abatendo-o, de maneira insofismável, por 2 x 0 (15 x 6 — 15 x 10). Dessa vez, não sofremos como por ocasião das sensacionais viradas, pois que o "team" Irany, Margarida, Roma, Yvette, Yvone e Norma, agindo admiravelmente, sem falhas e fazendo garbo de uma classe impecável, venceu como quis seu perigoso competidor. A luta da 2ª divisão foi intensa, findando também favoràvelmente ao Gloriso, por 2 x 1 (15 x 6— 15 x 17 - 15 x 11), sendo este o quadro: Ramilda, Nair, Glicinia, Otilia e Tereza de Jesus.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 82 de julho de 1949
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Torneio feminino
O segundo torneio feminino "Cidade do Rio de Janeiro" vem de terminar com a brilhante vitória do Fluminense, nos dois quadros, sendo que no principal após sensacional "melhor de três" com o Botafogo. Nossas valorosas campeãs que, há anos, não perdiam um torneio, tombaram lutando brava e heroicamente, mas não puderam dominar a falta de chance que as vem perseguindo concretizada pelas inúmeras contusões que as têm atingido e pela falta que fazem em suas fileiras cortadoras como Acyr, Raquel e Bodo. Na primeira da melhor de três, o Botafogo foi prejudicadíssimo pelo juiz Sylvio Cintra, classificado pelo "Correio da Noite" como apitador do jogo de gude. De fato, no 3º set. Margarida cortou uma bola que batendo na mão de uma defensora tricolor, ressaltou para fora. Lance claro e insofismável que todos presenciaram e que dar-nos-ia a vitória por 15 x 13, mas S.S., ante estupor geral, deu vantagem para o tricolor, que acabou vencendo o set por 17 x 15. A seguida melhor de três teve um terceiro set magnifico, arrancando estas palavras do "Correio da Noite": — "Helena, Efigênia e Marli, pelo Fluminense, Margarida, Norma e Yvete, pelo Botafogo, "bombardearam" as defesas dos dois quadros. De início, levou a melhor a "artilharia" tricolor. conduzindo o placard aos 12 x 2 para suas côres, mas nessa altura, o "sangue alvi-negro pegou fogo” e começou a recuperação por parte das gloriosas defensoras do clube da estrela solitária. Como vibrou a torcida! E que jogo, caros leitores! Alvi-negras com Irany e Roma, e tricolores da tempera de Hilda e Marlene Nieva, não defendiam com as mãos e sim com os corações! Viam-se na quadra não 12 jogadoras defendendo 2 times e sim, 12 corações por 2 bandeiras! Misturava-se suor em suas camisetas com sangue de ferimentos provenientes de quedas quando procuravam defender as violentas cortadas que se seguiam rapidamente, umas após outras! Mas aquelas 12 estrelas não sentiam dôres nem cansaço, pois que o entusiasmo e a vontade ferrea de ganhar de que estavam possuídas eram muito maiores!" Eis os resultados gerais dos jogos:
Contra o Fluminense — Em 18-6-49 -- Campo: Botafogo, 1ª divisão -- Fluminense, 2 x 1 (11x15 — 15x8 - 7x1,5). Quadro: Yvone, Norma, Irany, Margarida, Yvete e Roma.
2ª divisão: Fluminense, 2 x0 (10x15- 5x15). Quadro: Otilia, Glicinia, Nair, Teresa de Jesus, Théda e Romilda.
Contra o Flamengo — Em 25-6-49 — Campo: Botafogo – 1ª Divisão: Botafogo, 2 x 0 (15x7 - 15x12) . Quadro: Yvone, Norma, Otilia, Margarida, Yvete e Roma (Théda).
Melhor de três com o Fluminense –1º jogo — Em 30-6-49 — Campo: Flamengo — Fluminense, 2 x 1 (14x16 —15x12 — 15x17) Quadro : Yvone, Norma, Irany, Margarida, Roma (Otilia) e Yvete. 2º jogo — Em 2-7-49 — Campo: Tijuca Fluminense, 2 x 1 (6x15 15x4 -- 11x15) . Quadro: Otilia (Yvone), Norma, Irany, Margarida, Roma e Yvete. Não podemos terminar sem, ainda uma vez, ressaltar o espirito de sacrifício e a abnegação de nossa grande campeã e diretora Romacild, que, com um dedo engessado e seriamente machucado, contrariando as ordens do Dr. Paes Barreto, disputou todos êsses jogos, retirando o gêsso na hora da luta, enchendo o dedo de cloretil e engessando-o novamente, após o prélio, para sentir dôres atrozes por muito tempo, pelo que o Botafogo, aproveitando a passagem de seu natalicio, a 8 de julho, homenageou-a com uma delicada cesta de flores e um expressivo ofício.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 83 de agosto de 1949
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TORNEIO INICIO FEMININO
No campo do C. R. Vasco da Gama iniciou-se, na tarde de 26 de abril, a temporada oficial da F. M . V ., com a disputa do torneio início feminino que foi vencida pela valente representação do Fluminense. Precedeu ao torneio, um desfile de tôdas as equipes, que despertou entusiasmo pelo garbo com que se apresentaram as atletas, tendo conduzido o pavilhão botafoguense, a atleta Irany Pereira da Costa. A equipe botafoguense, muito desfalcada e constituída por Irany, Marise, Judy, Margarida, Ivany, Yvone, Suzete e Elice, foi vencida pelo América por 2 x 0 ( 10 x 6 - 10 x 4).
Acervo Particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 92 de junho de 1952
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Campeonato Carioca
O Botafogo tem obtido os seguintes resultados no Campeonato da Cidade:
Contra o Tijuca, em 3 de maio — Campo: Tijuca 1ª Divisão — Tijuca — 2 x 1 — (13x15 15x6 16x14). Equipe: Yvone, Nivea, Irany, Marise, Ludy, Margarida e Oswaldira. 2ª Divisão — Tijuca W . O .
Contra o Bangu, em 10 de maio — Campo: Botafogo 1ª Divisão — Botafogo — 2 x 0 — (15x3 - 17x6) Equipe: Yvone, Nivea (Fátima), Ivani (Abigail), Marise, Ludy e Margarida.
Contra o Vasco da Gama, em 17 de maio — Campo: Botafogo 1ª Divisão — Botafogo — 2 x 0 — (15x3 15x6). Equipe: Yvone, Nivea, Oswaldira, Marise, Irany (Ludy) e Margarida. 2ª Divisão — Botafogo — W.O. Equipe em campo: Sônia, Jeanette, Abigail, Fernanda, Suzete, Fátima e Mafalda.
Contra o Flamengo, em 24 de maio — Campo: Botafogo 1ª Divisão — Flamengo — 2 x 0 — (15x10 15x7). Equipe: Yvone, Nivea, Oswaldira, Marise, Ludy e Margarida. 2ª Divisão — Flamengo — 2 x 1 — (15x13 - 7x15 15x7). Equipe: Abigail, Suzete, Sônia, Fátima, Terezinha, Irany e Fernanda.
Contra o Grajaú T. C., em 31 de maio — Campo: Grajaú 1ª Divisão — Botafogo — 2 x 1 — (15x12 14x16 15x12). Equipe: Yvone, Terezinha, Oswaldira, Marise, Ivani, Margarida, Elice, Suzete e Ludy.
COMPETIÇÕES COM OS CLUBES DE NITERÓI
Margarida Nunes Leite, nossa dedicada Diretora de volley-ball, com o intuito sadio de estreitar as relações com os simpáticos clubes niteroienses Icaraí Praia Clube e Clube Central, idealizou uma série de torneios que têm alcançado completo êxito. Três torneios já foram realizados, contando um dêles com o concurso do nosso América F. C., tendo-se verificado os seguintes resultados que por duas vêzes coroaram nossa equipe:
1º Torneio — Promovido pelo Icaraí Praia Clube, em sua quadra, a 14 de março: 1º Jôgo — Botafogo 2 x Central 1 (15x9 12x15 - 15x12). Equipe: Irany, Margarida, M. Lúcia, Nivea, Abigail e Marise. 2º Jôgo — Botafogo 2 x Icarai 1 (15x4 - 9x15 - 16x14). Equipe: a mesma.
Vencedor do Torneio: BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS.
2º Torneio — Promovido polo Botafogo de Futebol e Regatas, em 29 de março, no Mourisco 1º Jôgo — Central 2 x América 0. 2º Jôgo — Botafogo 2 x Icaraí 0 (15x7 16x4). Equipe: Irany, Marise, Ludy (Suzete), Margarida, M. Lúcia (Yvone), Terezinha (Acyr). 3º Jôgo — Central 2 x Botafogo 1 (12x15 - 15x1 - 15x12). Equipe: Irany, Marise, Suzete (Yyone), Margarida, M. Lúcia (Ludy), Terezinha, Ivani, Elice e Jeanette.
Vencedor do Torneio: — Clube Central
3º Torneio — Promovido pelo Clube Central, em sua quadra, a 18 de maio: 1º Jôgo Icaraí 2 x Central 0. 2º Jôgo — Botafogo 2 x Icarai 0 (15x6 - 18x16). Equipe: Yvone, Nivea, Oswaldira (Ivani), Marisa, Ludy e Margarida.
Vencedor do Torneio: BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS a
FESTEJOS DA A. A. BANCO DO BRASIL
Colaborando nos festejos de aniversário da simpática A. A. Banco do Brasil, nosso quadro feminino, a 27 de maio, competiu amistosamente com o do Fluminense Futebol Clube, sendo vencido por 2 x 0 (15x9 - 15x6). Foi a seguinte a constituição das equipes: BOTAFOGO: Yvone, Nivea, Oswaldira, Marise, Ludy e Margarida. FLUMINENSE: Efigênia, Marli, Lilian Collier, Helena, Lilian, Hildda Lassen, Miriam e M. Luzia.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 94 de julho de 1952
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Campeonato Carioca
Eis os nossos ulimos resultados:
Contra o Vasco da Gama — Em 12 de Julho — Campo do Vasco. 1ª Divisão: — Botafogo, 2 x 1 (15 x 6 — 12 x 15 — 15 x 13) Equipe — Ludi, Margarida, Suzette, Marise, Ivani e Maria Lucia. 2ª Divisão: — Botafogo 2 x 0 (15 x 9 — 15 x 10) Equipe: — Angelica, Elice, Fernanda, Fatima, Smary e Alda.
Contra o Flamengo — Em 2 de Agosto — Campo do Flamengo. 1ª Divisão: — Flamengo, 2 x 0 (15 x 11 - 15 x 7) Equipe: — Ludi, Margarida, Suzette, Marise, Ivani e Maria Lucia. 2ª Divisão: — Flamengo, 2 x 0 (15 x 3 — 15 x 2) Equipe: — Angelica, Elice, Sonia, Fatima, Smary e Alda.
Contra o Grajaú — Em 9 de Agosto — Campo do Botafogo. 1ª Divisão: — Botafogo, 2 x 1 (15 x 5 — 10 x 15 — 15 x 10) Equipe: — Ludi, Margarida, Suzette, Marise, Ivani e Maria Lucia.
A FESTA DO VOLLEY-BALL FEMININO
Por iniciativa de Margarida Leite, nossa dinâmica diretora de voley-ball e consagrada campeã, efetuou-se na tarde de domingo, Mourisco, um torneio interno de volley-ball que ofereceu e entusiasmou a seleta assistência presente, que aplaudiu notável renovação de valores que Margôt vem preparando carinho. Quatro quadros se apresentaram envergando pela primeira vez o novo uniforme branco e os lindos agasalhos constantes de jaqueta cinza e calças negras, quadros êstes que receberam os nomes de Leonel Peixoto; Henrique Diniz; Heitor de Lima e Silva e Alceu Mendes de Oliveira Castro, no fim de porfiadas pelejas, o team Peixoto, comandado por Marise, o brotinho querido de todo o Botafogo.
Competiam nada menos do que 25 moças, assim distribuídas:
"PEIXOTO": — Marise, Maria Lucia, Fátima, Elice, Angélica e Daise. "DINIZ": — Margarida, Yvette Gevaer, Alice, Eliana, Celma e Nelmen.
"HEITOR": -- Ludi, Gilda, Alda, Nalita, Fernanda, Glória e Aneliese. "ALCEU": — Ivani, Suzette, Sônia, Smary, M. Lucia II e Ana Maria.
Os resultados foram os seguintes:
1º Jôgo — DINIZ x HEITOR — Diniz, 2x0 (15x7 15x10) . 2º Jogo — PEIXOTO x ALCEU — Peixoto, 2x0 (15x7 15x10). 3º Jôgo — PEIXOTO x DINIZ — Peixoto, 2x1 (15x4 15x17 — 15x11) . Arbitraram os jogos as consagradas campeãs flamengas Leila Peixoto e Carmen Godinho e serviu como apontadora, Lilian, do Fluminese, contribuindo as três, gentil e decisivamente, para o sucesso da festa.
Finda a última partida, o Presidente Ibsen De Rossi, que compareceu acompanhado de sua Exma. Senhora, felicitou, entusiasmado, Margarida e suas dedicadas companheiras, concitando-as a prosseguir com o mesmo sadio ardor.
O quadro vitorioso recebeu medalhas de prata, que lhe foram entregues por Leila, em nome de seu pai, Leonel Peixoto. Encerrou-se a festa com uma mesa de salgados e refrigerantes oferecida pelos diretores João Citro e Alceu de Oliveira Castro as valorosas desportistas, no restaurante da séde, onde tudo decorreu com a maior alegria, tendo Ludi apresentado a surprêsa da tarde: um magnífico e gostosíssimo bôlo encimado por um grande escudo do clube, o que foi um sucesso.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 96 de setembro de 1952
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Brilhante Vitória
Na noite de 21 de agôsto, na quadra do Tijuca, competindo amistosamente com o América, o Botafogo logrou brilhante vitória, por 2x1 (15 x 11 — 14 x 16 — 15 x 12), conquistando a taça "Florito Neves", oferecida pelo valoroso clube rubro. Em nossa equipe estreou Alice Borél, outro futuroso "brotinho", que correspondeu plenamente, sendo a seguinte a constituição da mesma: Lucy, Margarida, Alice, Marise, Suzete e Terezinha.
RENOVAÇÃO DE VALORES
Em sua extraordinária campanha para a renovação de valores, Margarida, com auxílio eficiente de Afonso Caminha, tem transformado a quadra do Mourisco em uma verdadeira escola de volley-ball, onde se exercitam, às segundas e quintas, à tarde, e aos domingos, de manhã, dezenas de meninas. Além de Marise, Maria Lucia, Ivany, Terezinha, Alda, Angélica, Smary, Fátima e Alice, que já brilham em nossas equipes oficiais, Margarida vem preparando um punhado de futuras estreantes, que animam o velho Mourisco, com a sua alegria e a sua vontade de brilhar proximamente, destacando-se, entre muitas, Daise Lessa Bar-reira, Marisa Cotrim da Cunha, Eliana Soares de Paula, Amnebrese Von Villan, Geargina Gersosino, Lucia de Oliveira Castro, Nelmen Vilhena, Onergelina de Moraes, Celina, Doris, Yvone Rivera e Maria Inez.
CAMPEONATO FEMININO
Vem de terminar o campeonato carioca feminino no qual o Botafogo, apesar dos pesares, logrou seis vitórias e oito derrotas, maugrado as modificações constantes que teve de sofrer o seu quadro. Não podendo contar com o concurso de suas extraordinárias campeães Yvette e Romacild, que abandonaram as quadras cobertas de glórias, o Botafogo entregou a direção da secção não menos extraordinária Margarida Leite, que apresentou, no comêço da temporada, o team com os seus grandes valores de sempre, estes, infelizmente, na maioria, não corresponderam, pois não quiseram compreender a orientação de ordem e disciplina exigida pela direção, provocando por duas vezes, modificações radicais na equipe, em pleno campeonato, o que afetou a produção da mesma. Mantendo os princípios do Botafogo acima de qualquer interêsse técnico, Margarida, com extraordinária fibra e com o apôio resoluto de toda a Diretoria do clube, não se abalou e contando com o auxilio inestimável de Ludy de Lima e Silva, seu verdeiro braço direito, organizou um quadro novo que soube lutar com ardor em defesa de nossas tradições, revelando, entre outras, três "brotinhos" feitos em nossa quadra Marise, Maria Lucia e Ivany — das quais muito esperam os botafoguenses. Foram êstes os resultados técnicos dos dois ultimos encontros:
Contra o América — Em 16 de agosto — Campo do América. 1ª Divisão — América, 2 x 0 (15 x 13 — 15 x 11). Equipe — Ludi, Margarida, Suzete, Marise, Ivany e Maria Lucia.
Contra o Fluminense — Em 23 de agôsto — Campo do Botafogo. Divisão Fluminense 2x0 (15 x 2 — 15 x 8). Equipe — Ludi, Margarida, Suzete, Marise, Maria Lucia, Terezinha (Yvette Gevaerd). 2ª Divisão — Fluminense, W.O.
FESTEJOS DO AMÉRICA F. C.
O Botafogo obteve bonita vitória no quadrangular promovido a 8 de setembro, à noite, pelo América F. C., como parte integrante de seus festejos de aniversário. Desfalcado de Marise e Alice, o Botafogo recorreu ás magníficas jogadoras flamengas Leila Peixoto e Carmen Godinho, e levantou a taça “José Pimenta de Melo", abatendo o Icaraí Praia Clube por 2 x 1 (15 x 11 - 15 x 13) e o América por 2 x 0 (15 x 9). Nosso quadro foi constituído por Ludi, Margarida, Ivani, Suzete, Carmen e Leila, tendo Terezinha jogado algum tempo contra o América.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 97 de outubro de 1952
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Bonita vitoria sobre as mineiras
Achando-se no Rio, a passeio, as componentes do valoroso Velocino Volley-ball Clube, de Belo Horizonte, procuraram o Botafogo para a realização de um prélio amistoso. Embora, no momento, estejam paradas as atividades de nosso volley-ball, pelo termino da temporada ha dois meses e se achem ausentes desta capital, as excelentes jogadoras Idalina e Gilda, nossa diretora Margarida Leite aceitou o encontro, em carater de treino. Às pressas foi preparada a quadra improvisada na sede de Wenceslau Bras, já que a do Mourisco acha-se em obras e na noite de 18 de Janeiro feriu-se o encontro, que despertou bastante interesse. Jogando com grande fibra contra o homogêneo conjunto mineiro, nossas meninas Ludy, Terezinha Leite, Alice, Marise, Ivany, Mirene, Margarida e Carlinha, impuzeram-se por 2x1: 8x15 — 16x4 e 15x12, destacando-se as atuações de Carlinda e Alice.
Causou sensação a entrada em campo de Margarida que, vendo a vitória periclitar, embora tendo sido operada de apendicite ha dezenove dias apenas, não hesitou, em mais um de seus milhares de gestos de total abnegação ao nosso pavilhão, de acorrer em sua defesa : jogou quase um set, restabeleceu a calma entre suas valorosas comandadas e retirou-se como si nada de extraordinário tivesse feito! O Botafogo homenageou suas simpáticas visitantes com flamulas e emblemas e com uma lauta mesa de salgados e doces, tendo recebido também uma linda flamula do Velacino.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 100 de fevereiro e março de 1954
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RUMO A CAMBUQUIRA
A 17 do corrente seguirá para Cambuquira, afim de participar dos tradicionais jogos Abertos daquela famosa e linda estância de águas, a delegação botafoguense de volley-ball feminino, que será chefiada pelos nossos diretores Alceu Mendes de Oliveira Castro e Margarida Tereza Nunes Leite.
Participarão da excursão as seguintes atletas: Marise Macedo Ribeiro, Terezinha Leite da Silva, Idalina Menezes Peralva, Roma Zanzoni, Gilda Boettcher Sales, Yara Rodrigues Fernandes, Ivany e Yvone Rivera, Suzana Bokor, Guiomar Gomes de Sá, Mirene Campos Furtado, Ana Maria Cerqueira Leite, Lébia de Melo lacovo, Lucia Mendes de Oliveira Castro, Ilse e Vera Doerzapff.
A delegação terá, ainda, a companhia dos consócios Andor Bokor e Exma. Senhora Elza Bokor, Claudio Pontual da Costa Ribeiro e Exma. Senhora Dora Pinto da Costa Ribeiro, José Brito Freire, Francisco Brito, Raul Fioralti Filho, Antonio Anibal Gomes e Erasmo Casal.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 102 de maio de 1954
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Jogos Abertos de Cambuquira
Do relatório do Dr. Alceu de 0liveira Castro, extraímos o seguinte: "Senhor Presidente : Sob nossa chefia, na manhã de sábado 17 do corrente mês, seguiu a delegação volley-ball feminino para os XIV JOGOS ABERTTOS DE CAMBUQUIRA, deixando Mourisco às 7 horas da manhã, em camionete alugada por intermédio do Sr. Andor Bokor e no carro de propriedade dêste prezado consócio. A delegação ficou assim constitui Chefe, Dr. Alceu Mendes de Oliveira Castro; atlétas: Margarida Tereza Nunes Leite (diretora de voleibol feminino), Marise Macedo Ribeiro, Terezinha Leite da Silva; Idalina Menezes Peralva, Roma Zanzoni; Gilda Boettcher Sales, Ivany Benita Rivera, Yara Rodrigues, Myrene Campos Furtado, Ana Maria S. W. Cerqueira Leite; Suzana Bokor; Yvone Amelia Rivera, Lucia Mendes de Oliveira Castro; Ilse Kostanze Doerzapff e Vera Doerzapff; acompanhantes, sr. Andar Bokor e exma. senhora, Sr. Claudio Pontual da Costa Ribeiro, Raul Fiorati Filho, Antonio Anibal Gomes, José Brito Filho e a filhinha e progenitora da atléta Yara Rodrigues. Almoçámos às 11,30 em Rezende, lanchamos às 16,30 em Caxambú e chegamos estafados a Cambuquira, pois a estrada está pésima, às 19,15, sendo hospeda como no ano anterior, no Hotel Elite cujo proprietário, Sr. Jary, grande amigo dos botafoguenses, fizera questão de hospedá-los, não deixando submeter-nos sorteio que distribue as delegações vários clubes pelos diversos hoteis cidade. Na manhã seguinte, em companhia Margarida Leite, comparecemos ao congresso dos clubes, que teve a assistência do Fluminense e Tijuca, do Rio; Atlético Mineiro, Minas T. C. e Velocino, de Belo ante; Santos e Jaraguá, de São Paulo, Muriaé, da cidade de igual nome e Santo Antonio, de Três Corações, tendo normalmente organizadas as tabelas.
Na mesma ocasião recebemos veemente apelo do distinto desportista Mupyr Monteiro, um dos tradicionais e principais organizadores dos JOGOS ABERTOS, para que cedessemos quatro jogadoras, para, com do S. C. Pinheiros, de São Paulo, constituirem o quadro do Jaraguá, pois, ao contrário, êste não poderia participar dos jogos.
Considerando as grandes gentilezas que desde vários anos o Botafogo vem recebendo de Mupyr Monteiro e não havendo inconveniente algum, cedemos quatro de nossas atlétas novatas, Lucia de Oliveira Castro, Yvone Rivera, Ilse e Vera Doerzapff, que, com grande desportividade, compreenderam perfeitamente que cooperavam para uma retribuição de delicadezas, tendo ainda a vantagem de poder jogar e ganhar cancha e experiência.
A tarde de domingo fizemos um set de apresentação contra o Velocino e perdemos por 15 x 12, apresentando um quadro improvisado, pois tal jogo não contava pontos.
Segunda-feira, 19, pela manhã, realizou-se o grande desfile pelas ruas da cidade, tendo sido aplaudidíssima a nossa delegação, que desfilou garbosamente, conduzindo o pavilhão alvi-negro a valorosa atléta Ivany Benita Rivera.
À tarde do mesmo dia, estreámos nos jogos abertos e vencemos nossa filial — o Jaraguá, por 15 x 14 e 15 x 9, atuando
nessa as quatro atlétas cedidas e, à noite, Margarida serviu de árbitro no jôgo Atlético x Muriaé, tendo recebido expressivas manifestações como primeiro juiz feminino que atuou nos JOGOS ABERTOS e, quiçá, no Brasil.
A 20, o Jaraguá, sempre com Lucia, Yvone, Ilse e Vera, foi desclassificado pelo Santo Antonio, perdendo por 2 x 0 (15 x 12 e 15 x 2), e, a 21, o Botafogo, em tarde bastante infeliz, foi vencido pelo forte quadro do Velocino por 15 x 12 e 15 x 3.
Na manhã seguinte, 22, porém, a equipe reabilitou-se, vencendo brilhantemente o Atlético Mineiro por 2 x 1, em magnífica luta.
Após o almôço, nesse dia, homenageamos com uma flâmula e uma fotografia da equipe, o Sr. Jary, proprietário do Hotel, e, à noite, acompanhámos nossa querida atléta Marise Macedo Ribeiro, Princesa do Botafogo, ao concurso da Rainha dos Jogos, o qual foi vencido pela atléta Celma, do Minas Tenis Clube.
A 23, pela manhã, nossa equipe enfrentou bravamente o esquadrão do Fluminense, campeão carioca, e, lutando de igual para igual, não teve chance e foi derrotada por 15 x 11 — 15 x 13, encerrando, assim, em 4º lugar, os seus compromissos, ocupadas as três primeiras colocações pelo Minas T. C., Fluminense e Velocino, respectivamente.
No sábado, 24, pela manhã, realizou-se a Gincana Automobilística, dela participando Marise, que obteve a segunda colocação, Margarida e Myrene. A 25, às 8 horas cia manhã, na mesma condução, seguimos de volta ao Rio, onde chegámos às 19 horas, após nova estafante viagem, que teve como fato digno de realce, o gesto de Margarida Leite, dirigindo, com grande perícia, em largo trecho da Estrada Presidente Dutra, a camionete.
DADOS TÉCNICOS
Jôgo de apresentação, contra o Velocino, em 18/4, à tarde. Resultado: Velocino, 15 x 12 (set único). Equipe: Idalina, Terezinha, Ivany, Marise, Suzana (Gilda) e Ana.
TORNEIO ABERTO jôgo contra o Jaraguá, em 19/4, à tarde. Resultado: Botafogo, 2 x 0 (15 x 4 - 15 x 9).
Equipe : Gilda, Roma, Vara (Ivany), Marise (Margarida), Idalina (Suzana) e Terezinha (Ana).
2º jôgo — contra o Velocino, em 21/4, à tarde. Resultado: Velocino, 2 x 0 (15 x 12 - 15 x 13). Equipe: Idalina, Terezinha (Margarida), Gilda (Ivany), Roma, (Aana), Yara e Marise.
3º jôgo — contra o Atlético Mineiro, em 22/4, pela manhã. Resultado: Botafogo, 2 x 1 (13 x 15 - 15 x 8 - 15 x 11) . Equipe: Idalina, Roma (Terezinha), Gilda (Yara), Margarida, Ivany e Marise.
4º jôgo - contra o Fluminense, em 23/4, pela manhã. Resultado : Fluminense, 2 x 0 (15 x 11 — 15 x 13)
Equipe: Idalina, Terezinha (Roma), Gilda, Margarida, Ivany e Marise.
RESUME
JOGOS, 5. VITÓRIAS, 2. DERROTAS, 3. Jogaram: Idalina, Terezinha, IvanY, Marise e Gilda, 5 vezes; Margarida e Roma Zanzoni, 4; Yara e Ana, 3; Suzana, 2.
Encerrando, Sr. Presidente, queremos ressaltar que, se não foram grandes os resultados técnicos alcançados, de qualquer maneira, pela sua desportividade, lisura e correção, nossas valorosas atletas, tendo à frente a figura ímpar de nossa consagrada campeã Margarida Leite, souberam elevar bem alto o nome e o conceito do Botafogo de Futebol e Regatas merecendo nossos sinceros aplausos".
GRANDE EXIBIÇÃO CONTRA O SELECIONADO
Nossas valorosas atletas de volley-ball, ensaiando contra o selecionado carioca. ao Campeonato Brasileiro, na noite de 4 de Maio, no ginásio do Tijuca, exibiram-se magnificamente, em combinado com Enid, Euridice e Aleth, do Tijuca e contando com Margarida, Marise, Gilda, Idalina, Terezinha Leite, Roma e Ivany enfrentaram bravamente o selecionado feminino, perdendo por 2 x 1 (15 x 13 - 13 x 15 — 15 x 10).
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 103 de junho de 1954
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O MATCH DA SAUDADE
VICE CAMPEÃS TROFÉU JOÃO LYRA FILHO
Acervo particular Alceu Oliveira Castro JungstedFonte: Boletim nº 106 de set/out/nov de 1954
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Prata da casa do melhor quilate, Margarida Tereza Nunes Leite, natural da capital de Alagoas, onde só praticara esportes em colégio, transferiu sua residência para o Rio em 1943, afim de cursar a Escola Nacional de E. Física, de onde é hoje professora, ingressando incontinente e garotinha, no Botafogo onde começou a praticar a natação sob o comando eficiente de Maria Lenk.
E, em pouco tempo, no nado de peito e no livre, tornou-se a mais vitoriosa nadadora botafoguense de todos os tempos, conseguindo, de 12 de setembro de 1943, data de sua estreia, a 31 de março de 1948, 23 primeiros e 19 segundos lugares; oito títulos de campeã do Rio de Janeiro; 2 de juniors, 2 de novíssimas e 2 de principiantes; vice-campeã brasileira por equipe e em revezamento; recordista de classe em 100 metros, peito (principiantes) duas vêzes; revezamento de 4x100 metros livres (novissimas).
Na lista geral de nadadores adultos vitoriosos do Botafogo — homens e moças — Margarida tem o terceiro lugar, cabendo o primeiro e Edgard Julius Barbosa Arp (36 primeiro e 1 segundo) e o segundo, a Ilo Monteiro da Fonseca (27 primeiros e 25 segundos).
No volley-ball Margarida estreou em Agosto de 1944 na invicta excursão do Botafogo ao Paraná. Em 1945, estagiando em Maceió, não jogou para, em 1946, ser incluída definitivamente na equipe alvi-negra, que logrou o título de campeã carioca. Em 1947 só atuou em amistosos e, indo fazer um curso em Florianopolis, logrou o título local. Em 1948 colecionou títulos: campeã brasileira; campeã carioca; campeã do Torneio Cidade do Rio de Janeiro; campeã do Torneio Início e campeã dos Jogos Abertos de Cambuquira. Em 1949 foi campeã do Torneio Início e vice-campeã no brasileiro extra de São Paulo; em 1950, novamente campeã carioca e brasileira, tendo reforçado o quadro do C. R. Icaraí em sua excursão a Montevidéu. De 1952 a meados deste ano, exerceu com rara eficiência e dedicação o cargo de diretora de volley-ball, sendo, em certas ocasiões, diretora, técnica e jogadora, dando ao clube os títulos de bi-campeão de estreantes de 1952 e 53 e de campeão do torneio de apresentação de estreantes de 1952.
Na época do Cinquentenário, distinguiu-se pela sua eficiência: criou o escudo comemorativo; preparou em sua própria residência e com o auxílio de suas pupilas, tôdas as belíssimas bandeiras do desfile monumental de 7 de Agôsto de 1954 e nessa recebeu em pleno campo, única moça entre 16 rapazes, a medalha Honra à Fidelidade, conferida aos atletas da ativa com um decênio, pelo menos, de lutas em defesa de nossa bandeira. No basket-ball, Margarida iniciou-se em 1949, sendo vice-campeã carioca e vice-campeã dos Jogos da Primavera. Depois, atuou em 1952 e no ano passado e êste ano, foi algumas vêzes reserva de nossa jovem poderosa equipe, inclusive na conquista do Troféu Armando Albano.
No atletismo, desde 1946, embora com largas interrupções, Margot tem defendida as nossas cores em barreiras, saltos, corrida raza, revezamento e arremessos, tendo, em outubro de 1949, logrado brilhantemente o Título de Campeã Carioca de Salto em Altura.
Ainda no ano passado, foi 1º em peso, na competição Botafogo-Flamengo; segunda em revezamento de 4x100 nos Jogos da Primavera e terceira em barreiras.
No remo, nesses mesmos Jogos, em 1954, Margarida logrou o título de campeã em yoles a quatro e de vice, em yoles a oito; em vela, foi terceira colocada e em ciclismo, quinta, na Primavera de 1949. É atleta que por maior número de anos., temporadas e competições tem defendido as nossas cores, com entusiasmo, abnegação e absoluta fidelidade, pelo que é com tôda a justiça apontada como a Atleta Símbolo do Botafogo, tendo sido a discípula querida de Yvette Maris, nossa inegualável Atleta Padrão.
Acervo Particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 118 de outubro de 1955
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Torneio Inicio Feminino
No domingo, 6 de maio, no ginásio do Tijuca, iniciou-se a temporada oficial da F.M.V., com o Torneio Início, tendo o BOTAFOGO, em sua primeira apresentação, com Ivany, Roma, Yara, Margarida, Lélia e Marise e, depois, Lúcia e Anah, sobrepujado o Bangu por 20x5 (set único de vinte pontos).
No segundo jôgo, sensacionalmente disputado, ponto a ponto, nossa valorosa equipe, com Ivany, Roma, Yara, Margarida, Leila (Anah) e Marise, foi vencida pelo América, que seria o vencedor do Torneio, por 22x20, tendo sido bastante prejudicado pela disparatada atuação do árbitro.
É preciso salientar que, não dispondo de quadra própria, nossa valorosa equipe atuou sem dar um único treino, sendo que desde Cambuquira não atuava em conjunto.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 115 de junho de 1956
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PANORAMA DO TURNO
Vem de encerrar-se o turno do Campeonato Carioca Feminino, com o BOTAFOGO em primeiro lugar, juntamente com o Flamengo e o Fluminense e portanto, finalista para o desenlace do certame disputado, este ano, em turnos independentes.
Não se esperava tanto de nossas valorosas atletas que, dispondo para seus ensaios, da quadra aberta da E.N.E.F.D., somente às terças e quintas-feiras, das 18 às 20 horas, não puderam, durante todo o mês de maio, dar um único treino, já que choveu sempre naqueles dias!
O quadro entrosou-se em campo, frente a seus aguerridos adversários, que dispõem de ginásios e de todas as comodidades e venceu cinco de suas seis partidas, iniciando a campanha a 12 de maio, na quadra da Escola, contra o forte quadro do América que, uma semana antes levantara o Torneio Inicio.
Formamos com Yvone, Marise, Ivany, Roma, Yara e Margarida e, em prélio disputadíssimo, vencemos por 2 x 1 (15x8 - 8x15 e 15x11), ficando na reserva Marlene Bento.
Na 2ª Divisão, com Lélia, Guiomar, Yvone Rivera (Maria do Carmo), Anah, Lúcia e Acyr, triunfamos por 2 x 0 (16x14 - 15 x 4) .
A 15, à noite, na rua Marquez de Olinda, abatemos o Sírio e Libanês por 2 x 0 (15 x1 - 15x8), atuando o mesmo conjunto, tendo, no 2º set, entrado Lelia e Anah em lugar de Ivany e Roma, que voltaram no final, em lugar de Yara e Margarida.
A 19, em Bangu, com a formação efetiva - Yvone, Marise, Ivany, Roma, Yara e Margot, sobrepujamos a equipe local por 15x1 e 15x11 e a 26, em nossa quadra, frente ao poderoso esquadrão bí-campeão do Flamengo, sofremos fragorosa. Derrota por 15x2 - 15x2.
Nossa equipe, que não conseguira dar um único ensaio, ainda se viu desfalcada da valorosa Roma que, com uma fissura em um dedo, não pôde jogar, sendo substituída por Marlene José Bento, a, extraordinária pivot de nossa equipe de basketball que, mão grado sua boa vontade, sem treino não conseguiu se entrosar em nossa equipe que, aliás, perdeu na defesa dos saques.
Em tarde azarada, nosso segundo quadro, com Lélía, Acyr, Yvone Rivera, Anah, Nivalda e Aida, foi também vencido por 15x11 - 15x3.
Melhorando o tempo, a equipe conseguiu treinar duas vezes para o jogo com o invicto Fluminense, na quadra da rua Alvaro Chaves e contrariando prescrições médicas, Roma retirou o gesso do dedo e foi para o campo, assim como Margarida e Yara, ambas febris e violentamente gripadas.
E a 2 de junho, lutando com ardor e um elan que tiveram algo de selvagem, nossas bravas meninas assombraram o público desportivo, derrotando sensacionalmente o tricolor completo e em grande forma, por 2 x 1 (16x18 - 15x 13 - 15x 3).
Formamos com Yvone, Marise, Ivany, Roma, Yara e Margarida, tendo Anali entrado um momento, em lugar de Margot, no sensacional primeiro set que, disputado ponto por ponto, perdemos, como poderíamos ter ganho, por 18x16.
Começamos o 2º set com a vantagem de 9 x 0. O Fluminense reage, empata e vai a 11 x 10, mas as nossas heróicas defensoras reassumem o controle do jogo e vão a 15x13.
Na «negra», no inicio, dá-se o inverso e o Fluminense consigna um alarmante 9 x 0, mas Yara obtém dois pontos de saques americanos, as alvinegras vão se recuperando, passam a defender fantasticamente todas as cortadas e diminuem: 5 x12 - 9x13.
Parecia tudo perdido quando, com uma fúria impressionante, o quadro reage, se agiganta e com Yara terrível nos saques, vence irresistivelmente por 15x13 sob o delírio da torcida eletrizada!
Todas as seis jogadoras estiveram formidáveis e seria injustiça realçar alguma, mas podemos observar por exemplo, que Roma fez uma de suas maiores partidas, vencendo sempre o bloqueio duplo; que Yvone cortou esplendidamente de improviso três bolas sensacionais e que os saques americanos dados por todas, com exceção de Roma, desmantelaram o grande e leal adversário.
No prélio secundário, também sensacional, fomos vencidos mais pelo parcial juiz improvisado na hora da luta, do que por nosso digno rival, que assinalou a contagem 2x1 (11x15 - 15x8 -15x12), jogando LéIia, Acyr, Nivalda, Aida, M. do Carmo (Lúcia) e Regina.
Finalmente, a 9 de junho, na quadra da E.N.E.F.D., encerramos o turno como campeões do mesmo, juntamente com o Fluminense e o Flamengo, que à mesma hora degladiavam na Gávea, com a vitória tricolor.
Com Yvone, Marise, Ivany, Roma, Yara e Margarida, abatemos o Valoroso quadro
do Tijuca por 2x0 (15x8 - 15x10), sendo que no 2º set, uma contagem de 7x0 contra, provocou nova linda virada botafoguense, com Yvone Santos esplendida nos saques americanos e Marise cortando magnificamente.
Lúcia e Regina ficaram na reserva da primeira e, na segunda divisão, triunfamos igualmente por 2x0 (15x8 - 15x5), atuando Lélia, Acyr, Nivalda, Aída, Yvone Rivera (Maria Lúcia) e Anah.
Sobre a grande vitória contra o Fluminense, eis alguns comentários da imprensa:
«O GLOBO» - «Individualmente podemos destacar Yara, com ótimos saques à «americana» e Ivany, na defesa das cortadas adversárias, ao passo que Marise, Roma e Margarida estiveram bem, no ataque e Yvone surpreendeu, inclusive cortando 2 ou 3 bolas com endereço certo».
«TRIBUNA DA IMPRENSA» - «As grandes figuras do quadro foram as botafoguenses Ivany e Yvone Santos. Sem desmerecer o trabalho das demais, pode-se dizer que estas duas jogadoras deve o BOTAFOGO seu triunfo contra o Fluminense. Ivany cumpriu um desempenho notável, principalmente no setor da retaguarda, onde teve oportunidade de defender bolas consideradas perdidas. Yvone Santos surpreendeu a todos, relembrando seus tempos de cortadora. Além de levantar com calma e precisão, «cortou» algumas bolas (inesperadas) com pleno sucesso».
«A NOITE» - «As botafoguenses, sem grandes cartazes, deram uma verdadeira lição de conjunto. A ponto do observador ficar sem chance de destacar a melhor jogadora. Pois Yvone Santos, Margarida, Marise, Ivany, Roma e Yara atuaram como eximias Controladoras da pelota».
«JORNAL DOS SPORTS» - «No sexteto botafoguense, não há nomes a destacar.
Todas com muita fibra e vontade de vencer».
Encerrado o turno, o campeonato foi suspenso em virtude dos preparativos da seleção brasileira para o mundial de Paris e assim sendo, o BOTAFOGO resolveu disputar uma série de partidas amistosas, tendo inicialmente participado de um Torneio Triangular promovido pelo Tijuca T.C. em comemoração de seu 41º aniversario.
Nossa equipe, com Yvone, Marise, Ivany, Roma, Yara e Margarida, estreou na noite de 14 de junho, contra o Tijuca, confirmando por 2x1 - (15x13 - 11x15 - 15x 8), sua vitória do dia 9, preliando, na noite seguinte, contra o poderoso esquadrão do Minas T.C., quando foi vencida por 2x0 (15x4 - 15x11).
Nosso quadro, que foi o mesmo, com Lélia em lugar de Ivany, no 2º set, esteve em noite infeliz, para a qual contribuiu a F.M.V. escalando um juiz que não merece a confiança do Clube e cuja só presença alterou o ânimo de nossas atletas, tendo o BOTAFOGO disputado o encontro apenas em consideração ao valoroso clube aniversariante e ao bravo Minas T.C., pois do contrário, teria desistido do mesmo.
Acervo particular Ângelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 116 de julho de 1956
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Moças do Botafogo nas Seleções
Por outro lado, nossa grande defensora Margarida Leite esta integrando a seleção carioca de volleyball, tendo dado todo o seu apôio à F.M.V. que, confiou-lhe os treinos individuais da própria seleção.
Sobre ela, assim se pronunciou «Última Flora»: ---- Margarida (BOTAFOGO), veterana de seleções, sente-se satisfeita por ter novamente contato com as colegas de outros clubes e tudo fará para corresponder. Considera, também, as mineiras, como sérias adversárias».
Margarida seguiu para Recife a 11 de janeiro, levando a importante missão de comandar as moças da seleção, cuja guarda lhe foi entregue pela F .M. V. .
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 123 de fevereiro de 1957
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XVII JOGOS ABERTOS DE CAMBUQUIRA
Senhor Presidente:
Tendo recebido de V. Sa. e Diretoria a incumbência de, com amplos e ilimitados poderes, organizar e chefiar a delegação de basket e volleyball femininos, aos XVII Jogos Abertos de Cambuquira, agimos em conformidade, e, na manhã chuvosa de sábado, 6 de abril, em ônibus especial da Empresa de Turismo Saturin Ltda., às 8,30 horas, deixamos a séde do Clube, rumo àquela cidade mineira, com a delegação assim constituída: Chefe, Dr. Alceu Mendes de Oliveira Castro; dirigentes, José e Romacild Carneiro Felippe e Dr. Altair Fonseca, acompanhantes, Senhoras Maria Carneiro Matos de Macedo avó de Marise e Lívia Silyleira (mãe de Wilma); masagista, Jorge Coutinho; atletas: Yvette Mariz, Margarida Teresa Nunes Leite, Marise Macedo Ribeiro, Guiomar Gomes de Sá, Yara Rodrigues Fernandes, Yvone de Araújo Santos, Lúcia Mendes de Oliveira Castro, Ana Maria e Maria Lúcia Wendel Cerqueira Leite, Marlene José Bento, Wilma de Souza Silveira, Daisy Miguel, Dircy Santos Ferreira, Aymara de Paula, Walkiria Andrade Oliveira, Norah Assumpção e Shirley Terezinha Botelho, acompanhando a embaixada a senhora Lolita Fernandes dos Santos, José Brito Freire, José Fernandes, Antonio Anibal Gomes, Eduardo de Castro, o jornalista Victor Garcia e as meninas Yara e Elizabeth Regina, filhinhas, respectivamente, dos casais José Fernandes e José Carneiro Felippe. Almoçamos na Fazenda Tres Pinheiros, em Engenheiro Passos, das 13 às 14,30 horas, e, embora sob chuva, a viagem decorreu bem até Caxambú, onde chegamos às 18 horas; mas, dessa cidade em diante, principalmente próximo a Conceição do Rio Verde, encontramos a estrada de barro quase impraticável, com caminhões atolados e tombados, motivando a paralisação do nosso ônibus por quase duas horas e a sua passagem, no trecho mais difícil, inteiramente vazio, acompanhado a pé, perto de trezentos metros, por todos nós.
Finalmente, exaustos, às 23,30 horas, chegamos a Cambuquira, onde, no nosso querido Elite Hotel, aguardávamos o Sr. Jary, que, com a melhor das boas vontades, acomodou a delegação, após uma certa confusão, motivada pela falta de quartos para todos os acompanhantes.
No dia seguinte, 7, para o habitual desfile das delegações pelas ruas da cidade, às 8 horas da manhã, deixamos nossas atletas exaustas à vontade, para desfilar ou não, mas, ante a pressão da comissão organizadora, que nos fez ver que considerava uma desfeita o pequeno número que se apresentou - 6 – (Marise, Lúcia, Guiomar, Anah, M. Lúcia e Dircy), conseguimos, à última hora quatorze atletas, tendo conduzido nosso pavihão, com notável garbo, a valorosa Marise. E, desde logo, queremos aqui ressaltar o espírito de sacrifício e abnegação, de nossa extraordinária atleta Yvone de Araújo Santos, que, tendo viajado em péssimas condições físicas, sob violenta intoxicação alimentar, vendo a dificuldade que sobre nós tombara, foi, espontâneamente, envergar o seu uniforme e desfilar contra nosso próprio desejo.
As 13,30 horas, na Prefeitura, efetuou-se o congresso dos clubes, para o sorteio dos jogos, ao qual comparecemos com Carneiro Felippe e Yvette Mariz, ficando decidido que no volleyball, dada a sua condição de vice-campeão de 56, o Botafogo seria "by", assim como o Minas T. C. (dez concorrentes) e que no basket, só hatendo dois competidores - Botafogo e Pinheiros, de S. Paulo - o titulo seria disputado, em melhor de três".
A tarde, após forte chuva, realizaram-se os jogos de volley de apresentação, em set único de dez pontos, tendo o Botafogo, sob a orientação técnica de sua grande campeã Yvette Maris perdido para o Atlético Mineiro, por 12 x 10, atuando com Yvone, Margarida, Yara, Marise, Guiomar e Anah.
No dia seguinte, 8, não tivemos jogos, tendo Yvette dado um treino de volleyball, do qual participou também nossa veterana e consagrada Romacild tendo as meninas ficado entusiasmada, com a orientação técnica de Yvette.
A tarde, chegaram do Rio o técnico Charles Borer, em seu chevrolet e as atletas Eugenia Borer e Neucy Ramos da Silva, e, na terça-feira retornou a esta capital o Dr. Altair Fonseca, chegando por sua vez, a atleta Leny Gonçalves.
A 9, terça-feira, deu-se a nossa estréia nos jogos, com bastante infelicidade, pois, pela manhã, no volley, perdemos para a A.A.B.B. por 2 x 1 (2 x 15 - 16 x 14 - 15 x 13), contribuindo para esse inesperado resultado a parcial e revoltante atuação do árbitro Walter Alves, contra o qual protestamos violentamente, com o veemente apôio de Carneiro Felippe, Romacild, Yvette, Margarida e Neuci.
Sua “arbitragem” escandalizou a tôdas as delegações, que, posteriormente, recusaram-no inúmeras vêzes para juiz e a opinião unânime foi a de que o Botafogo fôra pura e simplesmente espoliado.
Nessa partida, na qual a valorosa Neuci fez a sua tão desejada estréia em nosso volleyball, apresentámos a seguinte equipe: Yvone, Margarida, Yara, Marise, Neuci e Guiomar (Anah). No jantar comemorou-se o natalício da atleta WaIkiria, com o clássico bolo de velinhas e às 20 horas, fomos novamente infelizes, no basketball, perdendo para o Pinheiros, que contou com Coça,Cida, Nair, Marta e Hungara, por 47 x 43, formando a nossa equipe com Marlene (12), Wilma (9), Eugênia (4), Daisy (4), Neuci (14), Shirley e Yvone.
Sensacional foi na manhã de quarta-feira, 10 de abril, a rentrée de Yvette Mariz, a incomparável ATLETA-PADRÃO, afastada das quadras desde 1951, que, atendendo ao caloroso apêlo de sua pupilas, voltou a vestir a gloriosa camiseta alvi-negra, com a sua técnica e a sua fibra tradicionais, derrotando por 2x1 (17x15 - 5x15 - 15x8), a equipe do Pinheiros, onde pontificava a grande Coca, tendo o Botafogo formado com Yvone, Margarida, Yara, Marise, Guiomar (Anah) e Yvette.
Às 14 horas, na Prefeitura, realizou-se o concurso para Rainha dos Jogos, tendo sido o Botafogo representado pela sua linda atleta Wilma de Souza Silveira e à noite, após forte chuva, conseguimos adiar o basketball, contra os desejos do Pinheiros, pois estávamos com duas de nossas maiores defensoras — Neuci e Marlene — sèriamente machucadas.
Na manhã seguinte, às 8 horas, efetuou-se o encontro e a nossa equipe, ainda muito ressentida, embora lutasse valentemente, foi vencida por 52x47, atuando com Eugênia (13), Wilma (6), Daisy (7), Neuci (7), Marlene (12), Walkiria e Yvone (2).
Logo a seguir, feriu-se o encontro de volley com o homogêneo e forte conjunto do C. A. Paulistano e Yvette, já estando desclassificado o badsket , aproveitou Neuci e Marlene, que atuaram esplêndidamente.
E vencemos com galhardia, por 2x1 (15x7 - 5x15 - 15x11), formando a equipe com Yvone, Margarida, Yara, Marise (Guiomar), Neuci e Marlene.
As 14 horas dêsse dia, em concurso efetuado na piscina, nossa linda e elegantíssima atleta Daisy Miguel, foi proclamada sob aplausos estrondosos, Miss Objetiva, título a que fez juz pelas suas inconfundíveis qualidades de beleza, linha e fina educação.
Na sexta-feira, 12, ainda pela manhã, fomos desclassificados do volleyball, ao perdermos do Mackenzie, de Belo Horizonte, por 2x0 (15x6 - 15x13). A equipe com Yvone, Margarida (Anah), Yara, Marise (Guiomar), Neuci e Marlene, chegou a estar vencendo o 2º set por 13x7, mas, com vários elementos machucados, caiu bruscamente de produção, colocando-se, afinal, em 3º lugar, entre dez concorrentes, já que o primeiro ficou empatado entre o Flamengo e o Minas, ambos proclamadas campeães e o segundo coube ao Mackenzie.
A tarde, atendendo a um gentil convite do desportista Moupir Monteiro, da Comissão Organizadora, levamos o nosso basketball a Três Corações, para representar os Jogos de Cambuquira, em uma partida de pólo, disputada por oficiais da E. S. A. (Escola de Sargentos das Armas), tendo nossa valorosa atléta Eugenia, corajosamente, montada a cavalo, feito a entrega da taça à equipe vitoriosa.
Para a exibição de basketball, resolvemos apresentar contra a equipe atual, uma equipe de veteranas do Botafogo, às quais denominámos Veranistas, contando, para isso, com Yvette, Dircy, Nivea, Glicinia, Yvone e Abgali, mas, como as duas últimas não puderam atuar, utilizamos três reservas do Pinheiros.
O jogo, disputado em dois meios-tempos, de quinze minutos cada um, findou com a vitróia do Botafogo por 26x22, atuando Eugenia (4), Marlene (11), Wilma (6), Daisy (4), Walkiria, (1) e Shirley contra as veteranas Nivea (8), Yvete (4), Glicina (4), Dirce (3), Yara (2), Odete (1) e Eunice.
No sábado, com toda a delegação, comparecemos à festa de encerramento efetuada na boite do Hotel Silva, onde tivemos a satisfação de abraçar nossos eminentes amigos Deputado Geraldo Starling Soares e Canor Simões Coelho, Presidente e Secretário do C.N.D., respectivamente, que foram especialmente a Cambuquira para a cerimônia da entrega dos prêmios.
E no domingo, às 7,40 horas, dia 14 de abril, no onibus da Saturin, deixamos Cambuquira, encantados com a acolhida que tivemos e à qual nossa delegação soube corresponder plenamente e, desta vez, após almoço em Três Pinheiros e esplêndida viagem chegámos ao Clube às 17,30 horas, encerrando-se, assim, uma excursão, na qual nossas valorosas atlétas, como sempre, souberam galhardamente defender o pavilhão alvi-negro, não conseguindo melhores resultados por motivos alheios aos seus anseios.
O dedicado técnico Charles Borer viajou em seu carro com Eugenia, Wilma, Marlene e a Senhora Livia Silveira, que muito nos auxiliou na fiscalização das meninas, e Neuci também regressou em seu carro, em companhia de seus queridos progenitores, chegados a Cambuquira na sexta-feira.
Encerrando êste relatório, queremos ressaltar ainda que nomeamos nossa Secretária Tesoureira particular, a extraordinária campeã Margarida Leite, que se houve com a mais completa eficiência, sendo mesmo o nosso braço direito o que de nosso diretor de volley-ball Wilcker Moreira Carneiro, presente em Cambuquira, como membro da Comissão Organizadora dos jogos, recebemos a mais decidida assistência.
DADOS TÉCNICOS
VOLLEYBALL — Jogos, 5 vitórias, 2; derrotas, 3. Jogaram: Yvone, Margarida, Yara, Marise e Guiomar, 5 jogos; Anah, 4; Neuci, 3; Marlene, 2 e Yvette, 1. Total: 9 atlétas.
BASKETBALL — jogos, 3; vitória, 1; derrotas, 2. Pontos: pró, 116; contra, 121. Jogaram e marcaram: Marlene, 3 jogos e 35 pontos; Wilma e Eugenia, ambas com 3 jogos e 21 pontos, Neuci, 2 jogos e 21 pontos; Daisy, 3 jogos e 15 pontos; Yvone, 2 jogos e 2 pontos; Walkiria, 2 jogos e 1 ponto; Shirley, 2 jogos. Total: 8 atlétas.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 126 de maio de 1957
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Torneio Inicio
A 4 de maio no ginásio do Tijuca, efetuou-o torneio inicio da Federação Metropolitana de Volleyball, como sempre precedido do desfile das equipes disputastes, tendo conduzido magnificamente o pavilhão alvi-negro, a valorosa Anah, comandando a nossa formação em coluna de dois, formada por Yara-Yvone, Margot-Guiomar, Marise-Lucia e Alice.
Coube-nos, na disputa do certame enfrentar o Flamengo, perdendo por 20 x 10, Yvone, Margarida, Yara, Marise, Anah e Guiomar: dirigidas técnicamente por Serpa Coelho Junior, o nosso jovem e valoroso Lulú, que, com a melhor boa vontade prestou mais esse serviço ao Clube, que, momento, encontra-se sem técnico para s equipes principais.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 127 de junho de 1957
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CAMPEONATOS DAS 3ª E 4ª DIVISÕES
Encerraram-se os campeonatos da 3ª Divisão (qualquer classe) e 4ª Divisão (juvenis), torneios êstes que eram sempre promovidos pela F.M.V. no final da temporada e que êste ano foram antecipados para março e abril. Tal antecipação surpreendeu o BOTAFOGO, que se inscrevera na convicção de que os torneios seriam efetuados no fim do ano, criando-se perigosa situação pela entrega de pontos, por falta de jogadoras, nos três primeiros jogos de juvenis: com uma quarta entrega, o BOTAFOGO incidiria no absurdo dispositivo que manda excluir o Clube não só do torneio onde se verifica o W. O., como também de todos os outros campeonatos e torneios da temporada!
Contando somente com duas juvenis "— Maria Lúcia e Marilda, o BOTAFOGO foi salvo de tão angustiosa situação pelo seu dedicado técnico de atletismo Ernani Costa — que ofereceu ao nosso diretor Carneiro Felippe suas jovens alunas do Colégio Juruena que, embora sem treino, souberam dedicadamente levar a cabo sua árdua missão, disputando, efetivamente, os sete jogos restantes. Margarida Leite, com sua dedicação habitual, também prestou grande serviço ao Clube, dirigindo a equipe improvisada com a melhor das boas vontades e sem o menor receio de críticas aos revezes inevitáveis que poderiam atingir suas esplendidas qualidades técnicas.
Quanto à 3ª divisão, a equipe, organizada por Margarida, que recuperou cinco ótimos elementos que não haviam atuado em 56, isto é, Idalina, Alice, Ilse, Vera e Eliana foi a melhor do torneio, eficientemente completada por Marlene e Ana Célia, tendo perdido o titulo por extranha perseguição do destino: perda de pontos contra o Tijuca motivada pela mudança de horários, que fez com que começassemos um jogo facílimo com uma juvenil sem condições de jogo; derrota no returno com o Flamengo, quando dificuldades de tráfego atrazaram Marlene que só pôde entrar no 3º set, quando o quadro, que atuára ótimamente, se exgotara e novamente perda de pontos com o Tijuca, motivada pelo tráfego, quando só contávamos na hora do jõgo com cinco elementos — Ana Célia, Ilse, Vera, Naila e Vania, tendo Alice chegado logo após.
Foram os seguintes os resultados técnicos:
Contra o Fluminense. Data: 23-3-57. Quadra: F. F. C. — 4ª Divisão: Fluminense, W. O.
Contra o America. Data: 30-3-57. Quadra: A. F. C. — 4ª Divisão: America, W. O.
Contra o Bangu. Data: 6-4-57. Quadra: B.F.R. 4ª Divisão: Bangu, W. O.
Contra o Flamengo. Data: 18-4-57. Quadra: C.R.F. – 3ª Divisão: Botafogo, 2x0 (15x9 16x14). Equipe: Idalina, Ilse, Alice, Marlene, Ana Célia (Vera) e Eliana. — 4ª Divisão: Flamengo, 2x0 (15x1 15x3), Equipe: Ana Maria, Lilíana, Marcia, Dirce, Dulce e M. Lúcia.
Contra o Tijuca. Data: 20-4-57. Quadra. B. F. R. 3ª Divisão: Botafogo, 2x0 (15x3 15x0). Equipe: Alice, Marlene, Idalina, Eliana, Ana Célia (Ilse) e Vilma (Vera). — 4ª Divisão: Tijuca, 2x0 (15x4 e 15x12). Equipe: Dirce, Marcia, M. Lúcia, Marilda, Liliana, Dulce e Ana Maria.
Contra o Fluminense: Data: 28-4-57. Quadra: B.F.R. 4ª Divisão: Fluminense, 2x0 (15x4 r 15x3). Equipe: Ana Maria II, M. Lúcia, Vilma, Dírce, Marilda e Marcia.
Contra o Flamengo: Data: 5-5-57, Quadra: B.F.R. 3ª Divisão: Flamengo, 2x1 (6x15 16x14 15x6). Equipe: Idálina, Ilse, Ana Célia (Marlene), Alice, Eliana e Véra. 4ª Divisão: Flamengo, 2x0 (15x6 15x7). Equipe: Liliana, Ana Maria, Marcia, Marilda, M. Lúcia e Dalva.
Contra o Bangu. Data: 18-5-57. Quadra: B.A.C. 4ª Divisão: Botafogo, 2x0 (15x8 15x9). Equipe: Ana Maria, Marcia, Marilda, Dalva, M. Lúcia e Dirce.
Contra o Tijuca. Data: 23-5-57. Quadra: T. T. C. – 3ª Divisão: Tijuca, W.O. — 4ª Divisão: Tijuca, 2x0 (15x5 e 15x11). Equipe: Liliana, M. Lucia, Marilda, Ana Maria, Dalva e Marcia.
Contra a América. Data: 26-5-57. Quadra: B.F.R. — 4ª Divisão: America, 2x1 (13x15 15x13 e 16x14). Equipe: Liliana (Ana Maria), Marilda, Dalva, M. Lúcia e Dirce.
3ª Divisão jogaram: Dalina Menezes Peralva, lisa Konstanze Doerzapff, Alice Borel Gomes, Marlene José Bento. Ana Célia Becker Pinto Aranha, Lowndes, Vera Ely Doerzapff e Eliana Glória Soares de Paula, 3 jogos cada uma; Vilma Maria Guidacci da Silveira, um. Total: 8 atletas.
4ª Divisão — jogaram: — Marcia Maria de Figueiredo e Maria Lúcia Wendel Cerqueira Leite, 7 jogos: Ana Maria Alonso Cerneli e Marilda Araujo Gonçalves, 6; Liliana Argolo Maia e Dirce de Moraes Valente, 5; Dalva Castro da Silva, 4; Dulce Pereira de Almeida, 2; Ana Maria de Moraes e Vilma Maria Guidacci da Silveira, 1. Total: 10 atletas.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 128 de julho de 1957
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Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim nº 129 de agosto de 1957
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RECORDANDO O PASSADO
Recordando o passado, desta vez, inclue também o presente, pois que compreende 15 fotografias de Margarida Leite, nossa extraordinária campeã, uma correspondente a cada uma das quinze temporadas (1957 inclusive), em que defende o nosso pavilhão, sendo algumas de ocasiões Memoráveis, como, por exemplo, a de 1943, que a representa em seu primeiro record de natação: a de 1949, que focaliza a conquista do campeonato carioca de salto em altura; a de 7-8-54 que a representa no momento em que recebeu a medalha "Honra à Fidelidade" e a de 56, de sua espetacular vitória no remo da Primavera.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 129 de agosto de 1957
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O Ranking impressionante de Margarida Tereza Nunes Leite
Quinze temporadas em defesa do Glorioso
Organizado com o mais afetuoso cuidado, pelo nosso historiador e Grande-Benemérito Dr. Alceu Mendes de Oliveira Castro, eis o ranking impressionante de Margarida Tereza Nunes Leite, verdadeiramente a Atleta-Símbolo do Glorioso, em sua 15ª temporada consecutiva em desassombrada e abnegada defesa do inigualável pendão alvinegro:
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial BFR nº 129 de agosto de 1957
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O Ranking impressionante de Margarida Tereza Nunes Leite
Quinze temporadas em defesa do Glorioso
MARGARIDA TEREZA NUNES LEITE
MARGARIDA
FATOS MARCANTES DE SUA VIDA ESPORTIVA
No momento em que se comemora a décima quinta, temporada consecutiva em que a nossa Margarida defende com fibra, coração e total abnegação, o pavilhão alvinegro, não nos furtamos ao prazer de recordar fatos, uns pitorescos, outros impressionantes, que assinalam de maneira marcante a carreira esportiva de nossa extraordinária e modelar campeã.
Ei-los:
RECORDISTA — frizaremos que Margarida possue um título invejável: é a atleta que por maior número de temporadas (15), anos (14) e competições (361 até 6-7-57) defende e defendeu o Glorioso em seus 63 anos de vida, recordista absoluta, que faz jus à nossa eterna admiração e gratidão, sendo, também, a nossa mais vitoriosa nadadora de todos os tempos, com 25 primeiros lugares e 21 segundos em 65 provas!
TOLHIDA PELA EMOÇÃO — A garotinha-de Maceió que fez do Mourisco sua casa carioca e que estreando a 12 de setembro de 1943 na natação botafoguense, sob a direção da grande Maria Lenk, em abril de 1944 - já era campeã da cidade, foi escalada, com todos prognósticos favoráveis, para defender o Distrito Federal no brasileiro da natação em São Paulo, de 13 a 16 de abril. Entretanto, Margarida nunca tomara parte em competição de tal vulto e, a piscina do Pacaembu, o desfile, o juramento, o Hino Nacional, impressionaram-na, de tal forma, que, ao cair nágua, para os 200 metros, nado- de peito, sentiu-se totalmente tolhida pela emoção. "Era", explica, "como se me segurassem as pernas. Fiquei paralisada" E Deus sabe como, chegou em sexto lugar, atraz de sua própria companheira da clube Neuza Zulmira dos Santos, que ela sempre vencia no Rio. Foi o tributo à inexperiência...
Na época, escreveu Armando Santos: a tremedeira da recordista carioca? Esta foi das notas cômicas do certame. Margarida Leite, jovem e simpática nadadora do BOTAFOGO e sua companheira Neuza Zulmira eram as nossas representantes na prova de nado de peito. Mas a própria piscina foi contra Margarida e na hora da prova, já dentro dágua, ela "sentia" que uma coisa esquisita estava puxando sua perna. Fazia uma fórça incrível para sair do lugar. No fim, a jovem e simpática nageuse carioca teve de se conformar com a "forrinha" que sua companheira tirou, chegando em 5º lugar e lhe deixando a incumbência de fechar a raia. É que Margarida, dominada pelos cervos, tivera uma tremedeira dentro da piscina.
lMPAGAVEL ESTREIA — Em 1944, Margot estava no auge da natação e apenas aprendia volleyball na E.N.E.F.D. com a grande Yvette que, gostando muito de sua risonha aluna, conseguiu incluí-la na delegação de volley do BOTAFOGO que excurcionou a Curitiba durante o mês da agosto. Lá, resolveram lançar Margarida, pois o adversário era fraquíssimo. Margot entra no centro da rede. O BOTAFOGO saca. Uma adversária defende e passa a bola na direção companheira frente à Margot, que acha um grande recurso em lhe fazer uma careta, gesticular, e rugiu feito féra: a pequem apavora-se e deixa cair a bola. Resultado: falta técnica contra o BOTAFOGO e Margot subustituida sem ter tocado na pelota.
DURA LIÇÃO - Em 1947, devido aos seus constantes resfriados, Margarida abandonára praticamente a natação. Maria Angélica, nossa grande nadadora, campeã sulamericana, transferira-se sem mais nem menos para o Fluminense. Os alvi-negros queriam dar-lhe uma lição, vencendo-a. Mauricio Bekenn mandou buscar Margot em casa para enfrentá-Ia a 23 da outubro, na dura piscina do Caio Martins, na prova de 100 metros, nado de peito, moças seniors. Quando Margarida aproximou-se da borda da piscina ouviu risinhos de mofa de elementos tricolores. Embora sem ensaios, não se abalou e, com a sua fibra e o seu amor ao Glorioso, deixou sua adversária atraz cinco segundos e um décimo, assinalando sua mais querida vitória na natação, que foi aliás, sua última grande na natação.
DESCLASSIFICADA - Atleta exemplarmente disciplinada, sofreu duro e imerecido vexame ao ser expulsa de uma competição, o campeonato carioca de atletismo de 1948, efetuado em São Januário, a 31 de outubro Margarida que estava disputando a prova de disco nos intervalos dos arremessos, sorria para assistir a prova de salto em distância e, em sua torcida por sua colega Suzete, debruçou-se inadvertidamente sõbre á pista. Foi o bastante para que o árbitro a advertisse brutalmente. Margarida estranhou o tom desse e protestou. O arbitro insistiu aos berros e Margot, perdendo a paciência soltou um "Não chacoalha", que redundou na única penalidade de sua vida esportiva, ã exclusão da competição. E chorou, aos soluços, o resto da tarde, porque esperava vencer barrreiras e assim prejudicára o BOTAFOGO que, aliás, a defendeu com veemente protesto à F.M.A., por nós redigida.
AGREDIDA — Baskethall da Primavera - Botafogo x Tijuca, na noite de 19 de outubro de 1949, na quadra do Grajau T. C. Com quatro faltas, Margarida deixara a quadra e, adoentada como se açhava logo recolhera-se ao vestiário, onde penteava-se despreocupadamente, quando lhe bateram no ombro. Ao se virar, para atender, Margarida recebe inopinado e violento ponta-pé no estõmago, tombando semi-desfalecida enquanto sua covarde agressora - Pequenina — fugia vergonhosamente, após vingar-se, sõbre nossa defensora, da raiva gratuita que devotava à nossa grande Yvette. A revolta foi geral e do Tijuca, o BOTAFOGO recebeu nobre ofício desaprovando sua própria defensora.
E tres dias após, na tarde de 22, no jogo oficial de volley, quando as duas atletas iam novamente de defrontar, o BOTAFOGO em pêso, com o Presidente Carlito Rocha e sua senhora à frente, compareceu ao Mourisco, para desagravar Margarida que, polida, resoluta, lábios cerrados de indignação, ganhou o jõgo com formidáveis cortadas. E, enquanto era abraçada por todos, Pequenina retirava-se entre quatro guarda-costas e ao som de latas batidas pela garotada..
OH! MARGARIDA. É o título de impagável crônica de A. Buono Junior, em "A Noite Ilustrada", focalizando a "proeza” de Margarida, na noite de 3 de dezembro de 1949, na quadra do Flamengo, no internacional de basket Botafogo 17 x Boca Juniors 43. No auge da animação, Margarida arrebatou a bola a uma argentina, girou e encestou esplendidamente, porém, a cesta era a nossa.. Vendo sua bobagem, Margot caiu sentada e soltou sua tradicional gargalhada, recebendo esportivamente a "rata"... Frizou a crónica: "E quando Yvette disse a voce "Margarida "esse" é o nosso goal!" e voce percebeu que a torcida, atônita, não aplaudia, teve então a revelação trágica: a sua única cestinha havia sido contra. Nesse instante, então, eu gostaria que todos os esportistas do mundo — toda esta "raça" estivesse presente para receber esta maravilhosa lição de espírito esportivo: foi apenas a deliciosa gargalhada que voce mesmo deu, acompanhada pelas suas colegas de clube e por todos quanto assistiam à peleja entre Brasil x Argentina. Um amor... Aquilo que começára como "grande peleja internacional", terminou por sua culpa, Margarida, numa excelente e sadia demonstração de espirito esportivo. A sua gargalhadazinha adolescente, significou naquele instante, a mais perfeita demonstração da delicadeza e da espontaneidade do seu espiritozinho de adolescente e sem rancores. Fique certa, Margarida, em todo o mundo, nêsse momento, há uma carência absoluta de gargalhadas como a sua, colocadas com esta precisão nos momentos que imaginamos cruciais e decepcionantes." Rimos, também, mas ao nosso lado, o Presidente Carlito Rocha, seu grande amigo, sussurrou: "Ela devia chorar..."
SUPREMA ABNEGAÇÃO - Durante todo o returno da temporada de volleyball de 1953, Margarida revelou-se doente e o diagnóstico foi preciso: apendicite, devendo operar-se quanto antes, o que Margot se recusou a fazer, para não desfalcar o quadro. Finalmente, a 30 de dezembro, foi operada, não passando nada bem. Encontramo-la na maca, que, após a intervenção, a conduzia ao quarto. Passamos-lhe a mão na cabeça e ela que, sob os efeitos dos anestésicos vinha de olhos cerrados, abriu-os ligeiramente e reconhecendo-nos, sussurrou-nos, pensando logo em seu querido Clube: Dr. Alceu, quero ganhar os pontes do Flamengo...". E ganhou mesmo, pois, por causa disso, fomos buscá-los em Niteroi, garantindo o título de Estreantes de 53, (o Flamengo incluíra Daisy Miguel sem condição). Mas isso, é um detalhe... Dezenove dias depois, 18 de janeiro de 1954, interestadual de volley contra o forte quadro do Velocimo, de Belo Horizonte, na quadrinha de General Severiano.
Espantamo-nos ao vê-Ia uniformizada. Respondeu-nos: É para assistir o jogo a vontade, Dr Alceu, pois está muita quente...". Perdíamos o jogo e aproveitando de uma distração nossa, ei-la em campo loucamente, de onde arrebatamo-la a fõrça quando, ao defender uma cortada, teve indisfarçável contração de dôr: seu gesto impressionante, entretanto, eletrizára a equipe que marchou irresistivelmente para a vitória, em linda virada.
HONRA A FIDELIDADE — Margarida viveu como ninguém o grande ano de 1954, quando comemoramos inegualavelmente o sexagésimo aniversário do C. R. Botafogo e o Cinquentenário do Botafogo F. C., dedicando totalmente sua vida ao Clube, quer como diretora, técnica e jogadora de volleyball, quer como colaboradora em todos os setõres dos memoráveis festejos.
Foi de seu espírito creador que nasceu o escudo do cinquentenário, reunião dos emblemas dos tres Botafogo, concretizado em desenho de sua autoria, por todos apreciado e aplaudido. Sua casa, transformou-se em sucursal do BOTAFOGO, onde toda a Diretoria comparecia e onde Margarida confeccionou com suas próprias mãos e com o auxilio de suas pupilas, as dezessete belíssimas bandeiras do clube que abrilhantaram todas as nossas secções desportivas no monumental desfile de agosto: e enquanto tomavamos parte no grande almoço da família botafoguense, antes efetuado, Margarida, quase sem comer, enrolava os mastros dos pavilhões com fitas alvi-negras para momentos após, apresentar-se simplesmente com a camisa alvi-negra, sem nenhuma medalha, ela que possuia centenas, contrariando, sua modestia, o nosso desejo de vê-la com todos os seus galhardões. Momentos após, em pleno campo, face à Tribuna de Honra, a Atleta-Símbolo do BOTAFOGO recebia sua justa consagração das mãos de Flávio Ramos, nosso grande e querido fundador número um à medalha de prata "Honra à Fidelidade", outorgada pelo BOTAFOGO aos seus atletas em atividade ininterrupta por mais de dez anos, ela, única menina entre dezesseis rapazes! É esta, entre suas 111 medalhas e 14 troféus, a que mais venera, recebida no momento mais emocionante de sua exemplar vida de botafoguense.
GRANDE AMISADE - Primavera de 1956. Acalentávamos ardentes desejos de uma revanche no quadro de remo feminino sôbre guarnição pernambucana que nos vencera deslealmente em 1955 e, para isso. Contávamos com a eficiencia e a fibra de Lúcia, Margarida e Eliana, já consagradas há dois anos e com a mocidade estuante de Anah. Mas eis que, logo após o primeiro treino. Margarida adoece sériamente, presa de insidiosas otite e sinusite, que a afastam de qualquer atividade esportiva e fazem-na passar longas noites de insónia. Dias antes da regata ouvimos desolados a opnião do diretor de remo:— Clovis Dutra. — sobre o nosso quadro, não poderia vencer. Tomados de iressistivel impulso telefonamos à Margarida, pedindo sua visita.
Seguiu-nos na Secretaria, pálida e desfigurada, queixando-se de vigílias de um mes. Fizemos-lhe caloroso apelo e ela que estava proibida de molhar a cabeça, após refletir um instante, respondeu-nos com simplicidade: "Eu vou morrer, Dr. Alceu, mas corro!
Era a nossa Margarida de todas as épocas! Deu-se isso a 20 de outubro. Margarida ensaiou duas vezes, equilibrando nossa yole e na grande manhã da regata, 28, surgiu-nos resoluta, embora enfraquecida, para na sota--voga da veterana "Antares", vencer a prova por bico de prôa, em virada eletrizante!
Ao cruzarem a linha da vitória, Lúcia, nossa filha, também doente e Margot, nossa filha espiritual, fulminadas pelo esforço e pela emoção, tombaram desmaiadas no fundo do barco: em nossa baleeira sentimos uma punhalada no coração, éramos realmente os "criminosos” como assim havíamos sido classificados por vários companheiros.
Mas, um pouco dágua e o delírio da vitória„ logo reanimaram nossas campeãs momentos após, sentada na amurada do Sacopã, reencontrávamos Margarida, lívida; mas com o seu bom sorriso, chupando suas , queridas laranjas e preparando-se para outro páreo...
Em nosso velho gesto paternal, apertamos-lhe a cabecinha contra o peito, exclamamos exuberantes:-"Margôsinha, estou orgulhoso de você!” E ao nos afastarmos, ouvimos distintamente ela sussurrar para suas bravas companheiras: "Só para ver a alegria do Dr. Alceu, vale qualquer, sacrifício..."
É assim que, nas sadias lutas desportivas, à sombra de uma mesma bandeira, sublimam-se as amizades imensas e eternas!
IDEAL MÁXIMO — Fazer seu Jubileu Esportivo de Prata no BOTAFOGO, isto é, defender durante vinte e cinco anos consecutivos o glorioso pavilhão que tantas vezes elevou ao mastro do triunfo.
Que Deus a ouça e que tenhamos a ventura de assisti-lo: serão mais dez anos...
Acervo particular Margarida Tereza Nunes Leite
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 130 de setembro de 1957
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O Ranking impressionante de Margarida Tereza Nunes Leite
Quinze temporadas em defesa do Glorioso
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 131 de outubro de 1957
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A Grandiosa Olimpiada Botafoguense
No domingo ensolarado de 6 de outubro, no estádio de General Severiano, teve início com grandioso desfile, a I Olimpíada Interna Botafoguense, dirigida por dedicada Comissão Executiva, composta pelos consócios Angelino Cauto Simões, presidente; José Carneiro Felipe Filho, Alceu Mendes de Olivieira Castro, Cidio da Silveira Carneiro, Margarida Tereza Nunes Leite, Sandro Moreyra; Yvone de Araujo Santos, Sylvio José Gomes e Carlos José Renault.
Cêrca das 15 horas e trinta, ingressou na cancha a brilhante banda da Polícia Militar, seguida da minúscula e encantadora balisa — Maria Regina Simões - graciosíssima e da faixa anunciando a Olimpiada, conduzida pelos atlétas Ana Maria Cerqueira Leite, Ney Roberto Mota Paes e Murilo Castilho Gomes, logo surgindo o Pavilhão Nacional, portado admiravelmente pela máscula figura de nosso Grande-Benemérito Carlos Martins da Rocha, seguido de garbosa guarda de honra formada pelos atletas Marise Macedo Ribeiro, Lúcia de Oliveira Castro, Luiz Serpa Coelho Junior, Edgard Soares Dutra Filho e Gelson Moreira Carneiro.
Logo após, a linda Sandrinha, outra minúscula balisa e as bandeiras botafoguenses, a do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, nas mãos do Presidente Paulo Azeredo; a do C. R. Botafogo, nas mãos do Vice-Presidente Dr. Ibsen De Rossi e a do Botafogo F. C. nas do Dr. Flávio da Silva Ramos, seu grande fundador.
Como guarda de honra às três gloriosas bandeiras, Yvone de Araujo Santos, Ivany Benita Rivera e Pantaleão Rinaldi, seguindo-se imponente grupamento de bandeiras alvi-negras, os atletas premiados com a "Honra à Fidelidade", a Seção de Halterofilismo, tri-campeã carioca, com sua bandeira nas mãos do diretor e campeão Adolpho Maranhão e os campeões infanto-juvenis de futebol de 1957.
Em seguida, em longas colunas, com atletas de ambos os sexos e de tôdas as idades, as duas equipes em que se divide o Clube para a disputa da Olimpíada — a da Estrela Solitária, sob o comando de seu patrono, o benemérito Clovis Soares Dutra, acompanhado de sua linda Mis Daisy Miguel e a do Glorioso, sob a direção de seu patrono, o prestimoso e dedicado João Citro, acompanhado também da sua Miss, a não menos linda Ana Célia Lowndes.
Feito alto no centro do campo, face à Tribuna de Honra, foram executados os Hino Nacional e do BOTAFOGO, concedendo, a seguir, o Dr. Sergio Darcy, Presidente em exercício, a palavra ao Dr. Alceu de Oliveira Castro que, pelo microfone, convocou os seguintes atletas: Adhemar Cecilio Manes, Margarida Thereza Nunes Leite, Fernando Pinto Dias, Armando Caetano, Nuno Alvares Linhares Veloso, Nadim Severo Marreis, Manoel Adolpho Pereira Gomes Filho e Ricardo Osborne Manso da Costa (os dois últimos ausentes desta capital), dirigindo-lhes as seguintes palavras: "Botafoguenses! Neste inolvidavel momento, honrando a fidelidade, a Diretoria do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS fará a entrega dos prêmios a que fazem jús, a oito de seus mais dedicados e eficientes atletas que, através os anos, vêm defendendo desassombradamente as suas côres, nas boas e nas más ocasiões, sempre com inabalavel fé e invariavel ardor.
Com 15 impressionantes temporadas de lutas, receberão medalhas de ouro: Margarida Tereza Nunes Leite que, nos mais variados desportos, deu ao BOTAFOGO a fabulosa soma de 62 títulos, 27 vezes campeã e 35 vezes vice-campeã, honra e orgulho de sua prata de casa e verdadeiramente a Atleta Símbolo do GLORIOSO, que lhe deve as mais notáveis iniciativas, como esta I Olimpíada Interna da qual vem sendo a mais dinâmica realizadora; Adhemar Cecilio Manes; com 40 triunfos, o mais vitorioso timoneiro botafoguense de todos os tempos, glória e segurança das embarcações que sob a Estrela Solitária, singram impavidamente os mares e Fernando Pinto Dias, coberto de vitórias, na natação e no remo, dedicação personificada ao nosso pavilhão!
Com 10 temporadas, receberão medalhas de prata, três herois de nosso Water-polo — Armando Caetano, Nuno Alvares Linhares Veloso e Manoel Adolpho Pereira Gomes Filho que, embora já há três anos sem piscina, prosseguem sua dedicada luta pela nossa bandeira; Nadim Severo Marreis, nosso mais vitorioso atleta de todos os tempos e Ricardo Osborne Manso da Costa, valoroso representante de nosso basketball que sempre contou com o seu entusiástico apôio!
Glória a êles e Glória ao BOTAFOGO Indomavel e Eterno!"
A seguir, o Dr. Sergio Darcy promoveu a entrega das medalhas aos nossos fiéis e heroicos defensores, confiando ao Dr. Alceu de Oliveira Castro, a missão de colocar a da abnegada e inegualavel Margarida e aos fundadores Augusto Fontenelle, Jacques Raymundo e Miguel Raphael de Pino a de seus destemidos companheiros, todos ovacionadíssimos.
Foi anunciada simpática surpreza - uma linda medalha gentilmente oferecida pela A.C.D. ao mais antigo atleta do desfile e que coube, de fato e de direito, ao benemérito fundador Dr. Flávio da Silva Ramos, nosso primeiro meia-direita.
Em seguida, o atleta Celso Juarez de Lacerda, nosso destacado campeão do remo, proferiu o compromisso olímpico, nos seguintes termos: "Prometo competir com lealdade, ardor e cavalheirismo, respeitando os juizes, dirigentes, companheiros e adversários, contribuindo assim para a maior glória do BOTAFOGO e do Brasil".
E o presidente em exercício Dr. Sergio Darcy, declarou aberta a Olimpíada, em formidavel improviso, saudando com a sua impressionante palavra, as novas gerações botafoguenses, o futuro grandioso do Clube.
Encerrado o desfile e sob a arbitragem do Coronel Saddock de Sá, seguiu-se o tão ansiado encontro de futebol entre os cracks do passado, que assim se alinharam: — "GLORIOSO" — Arizio (Ary); Bibi e Aloysio Bastos, Richard, Danilo e Pamplona (Octavio Romano e Antonio Rindeika), Gustavo Fernades (Paulo Amaral), Geninho, Carvalho Leite (Charles Bore e ainda C. Leite), Nilo e Pedro Ivo Tovar. "ESTRELA SOLITÁRIA" — Germano, Paraguaio e Renato Estelita (C. Rangel), João Saldanha, Rodrigo Tovar e Joãozinho, Sandro Moreyra, René, Odak Paulo Tovar e Pirica, entrando ainda, Antonio Martins Filho e Valed Perry.
Aos cinco minutos da primeira faze Nilo Murtinho assinalou o 1º goal com um de seus assombrosos tiros de outrora e, aos trinta, Danilo aumentou a contagem terminando o 1º tempo, de quarenta minutos, com o score de 2x0 favoravel ao Glorioso.
No segundo tempo, que durou vinte minutos, Carvalho Leite consignou dois goals magnificos para o Glorioso, intercalados pelo tento de honra da Estrêla Solitária, obtido por João Saldanha com um penalty muito bem batido, findando o inesquecível encontro, que tanto emocionou nosso veterana torcida, com a vitória do Glorioso por 4x1.
Causou sensação o goal do grande Nilo, com irresistivel e bem colocado sem pulo e sua excelente atuação, bem como as de Pamplona, Carvalho Leite, Geninho, Danilo, Paulo Tovar, Paraguaio (embora na zaga) e outros, que demostraram sobejamente que quem foi rei nunca deixa de ter magestade, encerrando-se, assim, esta tarde inolvidavel.
DIÁRIO OLIMPICO
7 DE OUTUBRO - Segunda Feira
VOLLEYBALL
MENINOS DE 10 A 14 ANOS
Quatro equipes, às 18 horas, enfrentaram-se com grande animação, sendo que no primeiro jôgo, a Estrela Solitária "B" venceu o Glorioso "B" por 20x12; no segundo cotejo, a Estrela Solitária 'A" derrotou o Glorioso "A" por 20x16 e, no match decisivo, entre os quadros da E. Solitária, triunfou o "B" por 20x15, tornando-se campeão. Eis as equipes: E. Solitária "B" Durval de Lima caldeira, Carlos Daniel Gamboa, Luiz Felipe Reis Martins de Barros, Luiz Humberto de Figueiredo, Leonel M. Rezende e Luiz Carlos Torres. E. Solitária "A" — Roberto Mac Dowell, Victor Serpa Coelho Sobrinho, José Almiro Prado, Marco Antonio Reis Martins de Barros, José Artur Donat Medeiros e Luiz Carlos Pereira.
Glorioso "A" — Mario Romeu de Novaes Mendonça, Afonso Brito Pereira, Paulo Cesar de Oliveira, Paulo de Tarso N. Larini, Pedro M. Aguiar, Nelson Mareio Silva e Henrique Ventura. Glorioso "B" — Paulo Roberto de S. Pereira, Paulo Roberto Torres, Armando Arthur R. Leitão, Francisco Alves Pereira/Luiz Augusto de Castro Neves e Paulo Antonio Guimarães.
Juiz: Luiz Serpa Coelho; fiscal, Lúcia de Oliveira Castro e apontador, Margarida Leite.
8 DE OUTUBRO — Terça Feira.
VOLLEYBALL FEMININO
QUALQUER CLASSE
Perante grande assistência realizou-se o volleyball feminino, triunfando brilhantemente a equipe da Estrela Solitária "B", capitaneada pela valorosa Marise, que foi, realmente, o quadro mais eficiente.
No primeiro cotejo, o Glorioso "B", com Wilzete, Guiomar (capitã), Ivany, Margarida Coelho, Naila e Dalva derrotou por 2x0 (10x8 10x8), a Estrela Solitária "A", com Suzete, Margarida, Romacild, Yvette (capitã), Leny e Daisy, servindo de árbitro José Fernandes; de fiscal, Ney Mota Pais e de apontador, Luiz Serpa Coelho.
No segundo encontro, o Estrela Solitária "B", com Joelma, Marise (capitã), Lúcia, Jaira, Maria Lúcia e Yara, abateu o Glorioso "A", com Anah, Yvone Rivera, Ana Célia, Yvone Santos (capitã), Maria do Carmo e Acyr, por 2x1 (10x7 8x10 10x1), atuando como árbitro, Ney; fiscal, Lulú e apontador, Margarida Leite.
Na peleja decisiva, a Estrela Solitária "B" abateu o Glorioso "B" por 2x1 (9x11 10x2 10x7), atuando as mesmas equipes e sendo árbitro, Gelson Carneiro, fiscal, Ney e apontador, Lulú.
Como nota de destaque, salientamos a presença na quadra das queridas veteranas Yvette Mariz, Romacild Carneiro Felippe, Acyr Teillon Falcão e Suzete Craveiro Costa, que mataram as saudades da bola branca.
9 DE OUTUBRO — Quarta-feira.
BASKETBALL
MENINOS DE 15 a 17 ANOS (Curiosos)
Esta competição foi vencida pela equipe da Estrela Solitária A. No primeiro jôgo, o E. Solitária A, com Joathas Geraldo, 21; Pedro Augusto Gomes, Eduardo Alberto Murtinho, 2 e Sergio Machado Rezende, 8, derrotou o Glorioso A por 31x4, atuando por êste Sylvio França Morand; Antono Luiz Jorge Duarte, 4; Roberto Guimarães e Léo Giffoni Martinez, e sendo árbitros Dato e Julien e apontador Nadim Marreis.
Na segunda peleja, o E. Solitária B, com Paulo Roberto Tavares, 3; Luiz Felipe Meninéa, 3; Alberto M. Oliveira, 2 e Milton P. Bastos, abateu o Glorioso B por 8x7, jogando Alberto Francisco, 2; Valter da Rocha, 3; Helio Antonio G. Nobre e Arnaldo de Souza Pereira, 2 e sendo árbitros João da Costa Côrtes e Oscar Moura da Cruz e apontador Carlos Alberto Serra.
Na peleja decisiva, após prorrogação, o E. Solitária A derrotou o B por 18x17, atuando Sergio 5, Eduardo, Joathas 10, Pedro e Roberto Silva Di Martino 3 contra Décio Mauro Rodrigues da Cunha 9, Paulo Roberto 6, Milton. Luiz Felipe, Alberto e Roberto Braz Rodrigues 2, sob a arbitragem de Oscar Zelaya, João da Costa Côrtes e tendo Carlos Alberto como apontador.
10 DE OUTUBRO — Quinta-feira.
VOLLEYBALL FEMININO MENINAS DE 10 a 15 ANOS
Disputado em melhor de cinco sets, a equipe do Glorioso, com Liliane Magalhães, Ana Lúcia B. de Souza, Marilda Dias de Azevedo, Lúcia Elena Ro-ha Serra, Walma Soares Solano, Ana Maria da Costa Cruz, Marilda Araujo Gonçalves e June Figueiredo Silva, derrotou a da Estrela Solitária, com Maria Antonia de Abreu Cezar, Mathilde Henriques, Heloisa Helena F. Alvarenga, Dulce Teixeira Barreto, Lenita Modalk., Joelza Figueiredo Silva, Suely Madureira Freire e Josette Figueiredo Silva, por 3x2 (8x10 10x2 10x3 9x11 10x6).
11 DE OUTUBRO Sexta-feira.
FUTEBOL DE BOTÃO MENINOS ATÉ 14 ANOS
1º lugar — Alberto Galvão (Glorioso); 2º — Luiz Felipe (E. Solitária); 3º — Sergio Madeira (Glorioso); 4º — Luiz Araujo (E. Solitária).
Alberto Galvão venceu Luiz Fernando por 6x2, Sergio Madeira por 3x2 e Luiz Felipe por 4x3, na prorrogação Luiz Felipe venceu Jorge Mondar 3x2 e Luiz Araujo também por 3x2 e êste derrotou Alcindo por 4x2.
TÊNIS DE MESA
RAPAZES DE 15 a 17 ANOS
1º lugar — Roberto Carlos A. Reis (Glorioso; 2º — Luiz G. Santana (E. Solitária); 3º — Jorge Peçanha (Glorioso); 4º — Sergio Rezende (E. Solitária).
Roberto Carlos venceu Bruno Mendonça por 21x8, Antonio Duarte por 21x12 e Jorge Peçanha por 21x12; Luiz G. Santana venceu Marcos Caboudy Reis (Glorioso); 2º — Luiz G. Santana por 21x17 e Sergio Rezende por 21x4; Jorge Peçanha derrotou Joaquim Carlos por 21x19 e êste venceu Arnaldo Pereira por 21x9; Antonio Duarte derrotou Atanagildo Indio por 21x16; Sergio Rezende venceu Milton Bastos por 21x17 e Homero Alvim por 21x18 e êste derrotou Paulo Gustavo por 21x17, tendo Marcos Caboudy vencido Edvaldo Nunes por W.O.
HOMENS
1º lugar — Oscar Cruz (E. Solitária), 2º Gil Saa vedra (Glorioso), — Carlos José Renault (E. Solitária), 4º - Angelino Couto Simões (Glorioso); Oscar Cruz venceu José Lemos por 21x16, Carlos Renault por 21x17 e Gil Saavedra por 24x22; êste derrotou Arizio Marçal da Cruz por 21x12 e Angelino Couto Simões pelo mesmo score, tendo êste derrotado Cláudio Pontual por 21x19; Carlos Renault venceu Antonio - por 22x20.
MOÇAS
1º lugar — Liliane Chaves de Castro Magalhães (Glorioso), 2º — Lenita (E. Solitária), 3º — Marilda (E. Solitária), 4º — Guiomar Gomes de Sá (Glorioso). Liliane venceu Ana Lucia por 21x15, Guiomar por 21x8 e Lenita por 21x10; esta, abateu Heloisa por 21x8 e Marilda por 21x19, que, por sua vez, sobrepujou Valma por 21x10, tendo Guiomar derrotado Marise por 21x18.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 132 de novembro de 1957
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PRIMAVERA DE 1957
Sob a direção de uma comissão composta pelos dedicados botafoguenses Angelino Couto Simões, Alceu de Oliveira Castro, Margarida Tereza Nunes Leite, Marise Macedo Ribeiro, Claudio Pontual da Costa Ribeiro, Wilcker Moreira Carneiro e Charles Borer, o BOTAFOGO participou dos IX Jogos da Primavera do "jornal dos Sports", com a seguinte atuação: DESFILE: — Teve lugar a 13 de outubro no estádio do Fluminense, tendo o BOTAFOGO apresentado um contingente pequeno de vinte e seis atletas que, porém, brilhou extraordináriamente, pela sua tradicional formação olímpica, sem fantasias e macacadas, destacando-se o garbo e a beleza de seus uniformes e pavilhões.
A frente de nossa formação, a extraordinária baliza Leila Jabour, resplandencente e que, no conceito geral, obteve a primeira colocação, embora o Juri a classificasse em segundo.
Seguia-se uma "coisinha linda", a minúscula Maria Regina Simões, a menor baliza do mundo, cuja graça e decisão poz de pé, em delírio, todo o estádio e que o Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek fez questão de abraçar e beijar, quando Daisy Miguel a levou à Tribuna de Honra: foi a maior vitória do BOTAFOGO na memorável jornada.
Com a bandeira do Clube, linda, empolgada e maior do que nunca Margarida Tereza Nunes Leite, acompanhada por uma esplendida guarda de honra, constituída pela "prata da casa': Lúcia de Oliveira Castro, Ivany Benita Rivera e Marise Macedo Ribeiro, primeira e a última, portando garbosamente os pavilhões dos tradicionais C. R. Botafogo e Botafogo F. C. E por fim, nossas valorosas atletas admiravelmente uniformizadas e portando outras bandeiras alvi-negras.
VOLLEYBALL
Iniciou-se na noite de 21 de outubro, na quadra do América, série de principiantes, quando nossa jovem equipe, magnificamente dirigida por Margarida derrotou a do Olaria por 2 x 0 (15 x 4 -- 15 x 9), formando com Liliane, Marilda, Maria Antonia, Sara, Mathilde e Wilzette e entrando, posteriormente, Heloisa, Walma e Marilda Dias de Azevedo.
Na noite seguinte, 22, no Anglo Americano, perdemos para o Flamengo, em grande luta, por 2 x 0 (15 x 17 --13 x 15), atuando Liliane, Sara Wilzete, M. Antonia, Marilda, Mathilde Heloisa.
Em qualquer classe estreamos a 26, à tarde, quando, no Anglo Americano, vencemos por W.O. o Ginástico, de Juiz de Fora, alinhando Lúcia, Margarida, Ana Célia, Guiomar, Yvone Rivera e Maria do Carmo, para, à noite, no ginásio do Tijuca derrotarmos por 2 x 0 (15 x 2 — 15 x 8), o Serrano, de Petrópolis, jogando Daisy, Margarida, Miara, Marise, Ivany (Guiomar) e Anah.
A 4 de novembro, entretanto, no Anglo Americano, em disputado jogo, perdemos para o América por 2 x 1 (7 x 15 — 15 x 11 — 15 x 13) apresentando Daisy (Guiomar), Margarida, Yara, Marise, Ivany e Anah (Ana Célia).
GINASTICA
Realizou-se a bonita exibição de ginástica na noite de 8 de novembro, no Anglo Americano, tendo o Botafogo, dedicada e eficientemente comandado pela professora Marise Macedo Ribeiro, nossa querida Marisinha, logrado a quarta colocação no, cômputo geral, com 163,92 pontos e vice-campeonato na prova de conjunto, com 16',37 pontos contra 17,37 ao primeiro colocado, o C.D.G. 1909, resultado este que consideramos profundamente injusto, pois a equipe vencedora errou varias vezes, ao passo que a nossa agiu com grande graça e harmonia.
Nossos uniformes, pretos para as provas individuais, quando fomos defendidos por Marise, Guiomar, Anah, Simei Bilio de Castro, Nena Augusta de Moraes (5º lugar em trave) e Lucira Oliveira de Souza, e brancos para as de conjunto, causaram sensação pela sua beleza.
A equipe vice-campeã de conjunto foi constituida por Marise Macedo Ribeiro, Margarida Tereza Nunes Leite, Guiomar Gomes de Sá, Lúcia Mendes de Oliveira Castro, Ivany Benita Rivera, Maria Antonia de Abreu Cesar, Simei Bilio de Castro, Leila Yone do Nascimento, Euse Emildes do Nascimento, Marilia Vasconcelos Avelar, Marna Melo Coelho e Heloisa Woisky Gonçalves, que merecem os maiores parabens.
BASKETBALL
A 9 de novembro, no Maracanã, vencemos W. O. o Sírio, de São Paulo, apresentando Vilma, Maria do Carmo, Neuci, Walkiria e Marlene.
A 10, frente ao forte quadro dar S.E.R.T., de São Paulo, perdemos por 41 x 38, atuando a nossa equipe com Marlene 9, Neuci 11, Vilma 6, Walkiria 6, Daisy 6, Maria do Carmo, Leny e Joaninha, devendo-se salientar que Marlene saiu com cinco faltas e que Neuci e Wilma jogaram em péssimas-condições físicas.
LANCE-LIVRE
Levantamos lindamente, a 19 de novembro, o torneiro de Lance-Livre, com Wilma totalizando os 4 arremêssos, sendo, também, a campeã. Individual, Maria do Carmo 3, Neuci 2, Leny 2 e Daisy 29 em um total de 13 em 20 pontos.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 133 de dezembro de 1957
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TORNEIO ABERTO DO TIJUCA
Para encher os dias vagos pelo término dos torneios oficiais, o Tijuca promoveu um Torneio Aberto, ao qual o BOTAFOGO concorreu com quatro equipes, duas femininas e duas masculinas, que receberam os nomes de Glorioso e Estréla Solitária.
A 15 e 16 de novembro, efetuou-se o torneio inicio, sendo que, na primeira etapa, no feminino, o E. Solitária, com Ivany, M. Antonia, Liliane M. Carmo (Yvone Rivera), Guiomar e Anah, venceu o Tijucano por 15x8 e o Glorioso, com Lúcia, Margarida, Yara, Marise, Ana Célia (Marilda) e Daisy, perdeu para o Sputnick Z R (F. F. C.), por 15x7.
No masculino, o Glorioso, com Gelson, Aldo, Ney, Benito, Geraldo e José Luiz (Décio), venceu o Cajuti, por 15x13 e o E. Solitária, com Lulú, Henning, João Luiz, José Fernandes, Castilho e Flores (Antonio) abateu o Tijucano por 15x11.
No segundo dia, o E. Solitária feminino sagrou-se vice-campeão, vencendo o "Leila. Peixoto” por 15x13 e o Jacarepaguá pelo mesmo score e perdendo para o Montanha por 2x1 (4x10 e 10x2 10x4), jogando com Ivany, Neuci, Anah, Guiomar, Liliane e Maria Antonia, tendo Maria do Carmo entrado, também no 2º e no 3º jôgo, em lugar de Maria Antonia.
A 23, à tarde, em jogo posteriormente anulado, o nosso feminino da E. Solitária, com Anah, Guiomar, M. Carmo, Neuci, Marlene Wilzete (Ivany) derrotou o "Leila Peixoto" por 2x1 (3x15 — 15x2 — 15x4) e o masculino foi desclassificado, ao perder para o Sírio por 15x11 15x10, atuando com Lulú, Castilho, Antonio, Hekel, J Fernandes e Menezes.
O Glorioso estreou na noite de 28 de novembro e o feminino, com Lúcia (Ana Celia-Sara), Margarida, Yara (Marilda), Marise, Ilse, Daisy, sobrepujou o Timinho (T.T.C.) por 2x0 (15x5 15x13), enquanto o masculino perdeu para o Cajuti por 2x0 (17x15 —19x17), atuando com Aldo, J. Brito, Mario, Gelson, Geraldo e Ney (Eduardo Brito Pereira), para, a 30, vencer o Montanha B por 2x0 (15x3 15x6), quando alinhou Aldo, Mario, Ney, Geraldo, Benito e Eduardo.
A 3 de dezembro, nova vitória do Glorioso, com Gelson, Geraldo. Aldo, Ney, Mario e Eduardo, por W.O., sôbre o Sul America e o E. Solitária feminino confirmou seu triunfo sôbre o "Leila Peixoto", derrotando-o por 2x0 (15x9 15x10), com M. Carmo, Guiomar, Wilzete, Ivany, Neuci e Anah, tendo esta última atuado estupendamente, com tremendas cortadas e Maria do Carmo dado séria torção em um joelho.
Adiado, devido à chuva, de 5 para 7 e não podendo contar com Margot e Marise, nêsse dia, o Glorioso feminino estabeleceu em interessante acôrdo com o Sputinick Z R (F. F. C.): jogarem a 6, à tarde, no ginásio tricolor, assumindo, o vencido, a obrigação de entregar os pontos, no dia seguinte, no jogo programado para o Tijuca. Após uma grande luta, perdemos por 2x1 (15x11 13x15 e 15x8), atuando Yara, Marise, Lúcia (Ana Célia-Sára), Margarida, llse e Daisy.
A 7 de dezembro, à tarde, boa vitória do E. Solitária, com Maria Antonia, Guiomar, Marlene, Ivany, Anah e Neuci, sôbre o Sírio Libanês, por 2x0 (15x5 e 15x10).
A 10, à noite, o Estrêla Solitária, com a mesma equipe, derrotou por 2x0 (15x9 — 15x11), o Glorioso, que atuou com Lúcia, Margarida, Daisy, Marilda, Ilse e Marise e o Glorioso masculino, com Aldo, Gelson, Mario. Ney, Eduardo e Geraldo, venceu W.O. o Tijucano, para a 12, por sua vez, perder os pontos para o Colégio Militar, quando, à hora dos jogo, só contava com quatro elementos Mario, Bonito, Eduardo e Ney.
No sábado, 14 de dezembro, boa vitória do E. Solitária, com M. Antonia (M. Carmo), Neuci, Anah, Ivany, Marlene e Guiomar, por 2x1 (15x6 12x15 15x3), sôbre o Jacarepaguá.
A 17 de dezembro, à noite, infelizmente, após dura luta, o E. Solitária encerrou sua campanha, ao perder por 2x1 (7x15 15x4 16x14) para o Montanha, atuando Anah. M. Carmo (Y. Rivera), Ivany, Neuci, Guiomar e Marlene.
Acervo particular Roberto Castro Barbosa
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 134 de janeiro de 1958
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Competições Amistosas
Nossa equipe feminina, a 22 de maio, nos festejos de aniversário da A.A.B.B., enfrentou no ginásio dessa agremiação, na Tijuca, a poderosa representação local, sendo vencida por 2x0 (15x13) - 16x14), em disputado prélio, formando com Margarida, Ilse (Daisy), Neucí, Ivany (Celi), Yara e Anah (Marise).
Nesse mesmo dia a equipe feminina derrotou o Estrela do Norte de Cachoeiro de Itapemirim, em Vitória onde excursionou sob a chefia do dedicado diretor Claudio Pontual, que apresentou o seguinte circunstanciado relatório, sobre esta mnagnífica viagem promovida, através da F.A.B., por iniciativa do nosso prestigioso consócio Coronel Jeronymo Bastos.
"Assunto Relatório da excursão do "VOLLEYBALL FEMININO" a Vitória, no Estado do Espírito Santo, no dia 7-6-1958.
Chefe - Cláudio Pontual; técnico Hekel Raposo; Secretário - Geraldo Pimentel; Afletas - Iyany Benita Rivera, Coeli Pimentel, Yara Rodrigues Fernandes, Ana Maria Cerqueira Leite, Anna Célia Lowndes, IIse Konstange Doerzepff e Guiomar Gomes de Sá
“ Saímos no dia 7-6-1953 às 9,25 horas. Chegamos à Vitória às 11,15 horas. Fomos recebidos em Vitória pelo Sr. Antonio Balbi, Presidente da Federação Amadorista Capixaba de Esportes. Ficamos hospedados no Hote Lux. Às 20 horas, fomos jogar contra a equipe do Estrela do Norte, na quadra do Saldanha da Gama. Vencemos por 2x0, com parciais de 15x4 e 15x10. Nossa equipe formou inicialmente com: Ilse, Coelí, Ivany, Anah, Yara e Guiomar, e, no segundo set, Ivany foi substituída por Ana Célia. O juiz foi o senhor Newton Leibnítz, com boa arbitragem. O jogo foi realizado diante de grande assistência, que não poupou aplausos às nossas atletas.
A equipe do Estrela do Norte é uma equipe nova e briosa, com bons valores. Não posso deixar de mencionar que, no Clube Saldanha da Gama, fomos recebidos com toda simpatia e fidalguia pelo seu Presidente Sr. Beraldo Madeira da Silva, que foi de uma gentileza infinita com nossa delegação. No dia 8, fornos a um coquetel dançante, das 10 às 14 horas, oferecido pelo Sr. Antonio Balbi, no Clube Saldanha da Gama, onde fomos recebidos com simpatia por toda a Diretoria do Clube, assim como pelos associados que prestaram homenagens à nossa delegação.
No domingo, dia 8, às 18,25 horas, saímos de Vitória e chegamos ao Rio às 20 horas. A excursão foi feita em aviões da Força Aérea Brasileira.
Quero mencionar que toda oficialidade da Aeronáutica, foi pródiga em esforços para nos proporcionar , o máximo conforto durante as viagens, que foram magníficas.
Quanto ao comportamento de nossos atletas, durante a excursão, é digno dos maiores elogios, tanto defendendo o Clube na quadra, como moralmente souberam honrar as tradições do nosso querido BOTAFOGO.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim oficial BFR nº 140 de julho de 1958
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O Turno
Em março, mais cedo do que nunca, iniciou-se a temporada oficial de volleyball, isto prejudicou tremendamente nossas equipes, privadas de ensaiar, pela absoluta falta de quadra, já que este a E.N.E.F.D. nos recusou o uso da sua, medida tomada à última hora.
Assim, não poderia ser boa, como não foi, nossa atuação, tendo o BOTAFOGO estreado a 29 de março, na Gávea, contra o Flamengo, quando perdeu por 2x1(15x17-15x7 - 15 X 6), formando com Ivany, Ilse, Yara, Margarida (Sara), Ana Célia (Marise) e Guiomar.
A 2ª divisão, ainda menos treinada, foi, vencida por 2 x 0 (15x6-15x4), atuando Maria Antonia, M. Carmo, Naila, Yvone Rivera (Wilzete), Lúcia (Marilda) e Liliane.
A 5 de abril, no ginásio do Fluminense perdemos para as poderosas representações do clube local, na 1ª divisão por 2x0 (15x8-15x7), com IIse, Ivany, Yara, Margarida, Guiomar e Anah e na 2ª, por 2x1 (16x14-14x16 - 15x3), com Liliane, Sara, M. Antonia, Naila, Lúcia, M. Carmo, Y.Rivera, Marilda e Wilzete.
A 9 de abril, à noite, com mando de campo, o BOTAFOGO indicou a quadra do Flamengo, onde abateu o Bangu por 2x0 ( 15x13 - 15x7), jogando com Ivany, (Marise), Ilse, Guiomar, Anah, Yara e Margarida.
A 26 de abril, vencemos o Sirio e Libanês, em sua quadra, por 2x0(15x6-15x10), com Margarida, Ilse, Guiomar, Anah, Yara e Ivany e, a 3 de maio, no mesmo local, que nos foi fidalgamente cedido, nossa 2ª divisão sobrepujou o Tijuca por 2x0 (15x2-15x9), atuando com Lúcia, Maria Antonia, Liliane, Yvone Rivera, Sara e Naila.
O jogo da 1ª divisão, ao iniciar-se o segundo set, foi suspenso, em virtude de chuva, terminando a 10 de maio, com a vitória do Tijuca por 2x1 (20x18-6x15-15x9), jogando Yara, Marise (Guiomar), Ilse, Margarida, Ivany e Anah.
Encerramos o turno com péssima atuação, a 17 de maio, perdendo para o América, em seu ginásio, por 2x1 (11x15-15x6-15-4), quando atuaram Yara, Marise, lise, Margarida (Guiomar), Ivany (Ana Célia) e Ànah.
Foi, em seguida, suspenso o campeonato, devido aos preparativos para o Campeonato Brasileiro, tendo sido convocada para os treinos da seleção, nossa valorosa atleta Ilse.
Dados técnicos:
1ª divisão - Jogos: 6. Vitórias: 2 Derrotas 4.
Jogaram: Margarida Tereza Nunes Leite, Ivany Beníta Rivera, Yara Rodrigues Fernandes, Ilse Konstanze Doerzapff e Guiomar Gomes de Sá, 6 vezes; Ana Maria Wendel Cerqueira Leite, 5; Marise Ribeiro Brito Freire, 4; Ana Célia Pinto Aranha Lowndes, 2 e Sara Mac Dowell de Brito Pereira, uma. Total: 9 atletas.
2ª divisão - Jogos: 3. Vitórias: 1. Derrotas: 2.
Jogaram: Lúcia Mendes de Oliveira Castro, Maria Antonia de Abreu Cesar, Liliane Chaves de Castro Magalhães, Yvone Amélia Rivera e NaiÍa Waquim Bucar de Arruda, 3 vezes; Maria do Carmo Cabral Fraga, Wilzete Isabel Masson, Marilda de Araújo Gonçalves e Sara Mac Dowell de Brito Pereira, duas vezes: Total: 9 atletas.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 140 de julho de 1958
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RETURNO
Ainda sem quadra, o BOTAFOGO iniciou o returno na tarde de 26 de julho, no ginásio da A.A.B.B., em Haddock Lobo, perdendo para o Flamengo por 2x0 (15x3 15x13), contagem que não expressa com justiça a valorosa atuação de nossa equipe que formou com Lúcia, Guiomar, Ivany, Anah, Marise e Yara (Yvone Santos).
Ressalte-se o lindo gesto de Yvone Santos que, tendo desde à começo do ano, abandonado o esporte sabedora de que o Clube não poderia contar com Margarida, operada do menisco e com Ilse, ausente em São Paulo, reapareceu expontãneamente no Clube, colocando-se à disposição do técnico Hekel Raposo e jogando com a sua categoria de todos os tempos.
Na 2ª divisão, com Maria do Carmo, Ana Célia, Yvone Rivera, Liliane, M. Lúcia (Marilda) e Sara, obtivemos uma linda vitória por 2x0 (15x6 15x12).
A 2 de agôsto, no Tijuca, obtivemos ótima vitória sobre o forte quadro local por 2x1 (15x7 - 7x15 —15x9), atuando Yara, Ivany (Yvone Santos), Anah, Ilse, Guiomar e Marise para, na 2ª divisão, com Maria do Carmo doente, perdermos por 2x1 (12x15 15x7 15x8). com M. Carmo doente, perdemos por 2x1 (12x15 -15x7 – 15x8) com Maria do Carmo, (Wilzete), Ana Célia, Lúcia, Maria Lúcia, Sara (Yvone Rivera) e Liliane.
A 13, na quadra do Sirio, perdemos para o poderoso esquadrão campeão do Fluminense, por 2x0 (15x3 - 15x19), jogando Yara (Neuci), Ivany; Anah, Ilse, Guiomar e Marise e na 2ª divisão, também por 2x0 (15x7 15x8), com Lúcia (Wilzete) , M. Lúcia (Naila), M. Carmo, Ana Célia, Sara (Y. Rivera) e Liliane.
A 16, ainda no Sírio, com a equipe muito desfalcada, impuzemo-nos, assim mesmo, às locais, por 2x1 (15x11 13x15 16x14), atuando Yara, Ilse, Guiomar, Ivany, Marise e Liliane (Yvone Rivera).
A 23 de agôsto, na quadra do C. I. B., boa vitória sôbre o América por 2x1 (12x15 15x11 15x7), quando Margarida, operada a menos de um mês, vendo que a equipe só dispunha de seis elementos, já agora também desfalcada de Ivany, que fraturara a mão, mudou a roupa e, embora sem poder saltar, entrou em campo ainda no 1º set e foi fator decisivo para a vitória, estimulando suas companheiras, levantando para Marise e desfechando verdadeiras "folhas secas" fatais as americanas! Mais um gesto de Margot a reunir-se á dezenas de outros, que merecem a admiração e o aplauso do BOTAFOGO à sua tradicional e incomparável campeã.
Nessa equipe, que lutou bravamente e onde todos brilharam, formou nessa ótima revanche, com Lúcia, Marise, Liliane (Margarida), Ilse, Guiomar e Yara.
A 4 de setembro, à noite, finalmente, encerramos o campeonato, em Bangú, com Ilse, Ivany, Yara, Margarida Lúcia e Liliane, que venceram W. O. a equipe local, que só se apresentou com cinco elementos.
Números finais:
1ª Divisão - jogos: 12. Vitórias: 6. Derrotas: 6. jogaram: Yara Rodrigues Fernandes, 12 vezes; Ivany Benita Rivera, Konstanze Doerzapff e Guiomar Gómes de Sá, 11; Marise Ribeiro Brito Freire, 9; Margarida Tereza Nunes Leite e Ana Maria Wendel Cerqueira Leite, 8; Lúcia Mendes de Oliveira Castro e Liliane Chaves de Castro Magalhães, 3; Ana Célia Pinto Aranha Lowndes e Yvone de Araujo Santos, 2; Sara Mac Dowell de Brito Pereira, Neuci Ramos da Silva e Yvone Amélia Rivera, 1. Total: 14 atletas.
2ª Divisão — jogos: 6. Vitórias: 2. Derrotas: 4. jogaram: — Liliane Chaves de Castro Magalhães e Yvone Amélia Rivera, 6 vezes; Lúcia Mendes de Oliveira Castro, Maria do Carmo Cabral Fraga, Wilzete Isabel Masson e Sara Mac Dowell de Brito Pereira 5, Naila Waquim Bucar de Arruda, 4; Maria Antonia de Abreu Cesar, Marilda de Araujo Gonçalves, Ana Célia Pinto Aranha Lowndes e Maria Lúcia Wendel Cerqueira Leite, 3. Total: 11 atletas.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 142 de setembro de 1958
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Torneio aberto do Tijuca
Participando do Torneio Hugo Ramos Filho, promovido pelo Tijuca, T.C. o BOTAFOGO fez-se representar por uma equipe que armou com a denominação de Estrela Solitária, tendo perdido, a 13 de dezembro, no Torneio de Apresentação, para o Kanguru (F.F.C.), por 20x3, quando formou com Margarida, Ivany, Valéria, Guita, Lúcia e Sara (Liliane).
No torneio propriamente dito também não fomos felizes, pois a 18, com Margarida, Lucia, Ivany, Sara, Valéria (Guita) e Marise (Regina), perdemos para o Cajutí por 2x0 (15x6 - 15x12) e, a 8 de janeiro, novamente para o Kanguru por 2x0 (15x7 - 15x6), quando atuaram Lúcia, Marise, Marilda, Margarida, Ivany e Valéria (Liliane).
Excursão a Corumbá
DADOS TÉCNICOS
1° jogo - Contra o Corumbaense F.C. Em 15-1-59 - BOTAFOGO, 2x1 (15x13 - 12x15 - 15x10). Equipe: Ivany, Mercês, Georgia, Aglali, Celi, Margarida II, Valéria e Yvone.
2° jogo - Contra o Turista E. C. - Em 16-1-59 - BOTAFOGO, 2x1 (14x6 - 15x2 - 15x8). Equipe: Ivany, Mercês, Georgia, Aglali, Celi, Margarida II e Valéria.
3° jogo - Contra a seleção de Corumbá - Em 18-1-59 - BOTAFOGO 2x1 (15x17 15x11 - 15x13). Equipe: a mesma.
4° jogo - Idem - Em 19-1- 59 - BOTAFOGO, 2x1 (9x15 - 15x10 - 15x11). Equipe: a mesma.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 147 de fevereiro 1959
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Torneio Início
No ginásio do Tijuca T. C. deu-se a 21 de março último, o Torneio Início, tendo o Botafogo obtido a terceira colocação, ao derrotar o América por 20 x 7, com Marise, Sara, Valéria, Ana Célia, Ivany e Lúcia e ao perder para o Fluminense por 20 x 3, quando atuou com Neuci, Valéria, Marise, Sara, Ivany e Lúcia.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR º 149 de abril de 1959
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O Campeonato Carioca de Volleyball Feminino disputado, este ano, pelo Flu., Fla., Tijuca, América e BOTAFOGO, com a ausência, portanto, do Bangú, que se desfiliou e do Sirio e Libanês, teve início em fins de março, ficando nossa representação sob a direção dedicada de Cláudio Pontual Costa Ribeiro e Wilcker Moreira Carneiro, diretores da secção e Heckel de Miranda Raposo, técnico.
Estreamos na tarde de 28 de março na quadra do Mourisco-mar, contra o poderoso esquadrão do Fluminense, em jogo que, ao iniciar do segundo set, foi suspenso pelo árbitro.
Mas os homens são assim mesmo Luciano Segismondi, alegando ter recebido uma pedrada de uma torcida, fato que ninguém viu. Foi uma decisão arbitrária e absurda pois o árbitro recebeu todas as garantias de nossos dirigentes, circulou a vontade na quadra e retirou-se sem ser molestado por ninguém, e a F.M.V. acha-os notáveis (I). pelo que marcou o final do encontro para a noite de 2 de abril, quando efetivamente terminou, registrando-se a vitória do Fluminense por 3x0 (15x3 15x11 15x7). Nossa equipe atuou com Sara, Marise, Ivany, Valéria, Lúcia e Margarida, verificando-se na 2ª divisão efetuada na primeira data e quando fomos representados por Lelia M. Antonia (Flora), Liliane, Guita, Ana Célia e M. Helena, a vitória tricolor por 2x1 (15x6 13x15 15x11).
A 4 de abril, na Gávea, perdemos para o Flamengo por 3x0 (15x2 15x9 15x5), atuando Marise (Leny), Ivany (Alice), Margarida, Lúcia, Valéria e Sara e vencemos bem na 2ª divisão, com M. Antonia, Ana Célia, Acyr, Liliane, Guita e Sônia (Marilda-Lélia), por 2x1 (5x15 15x7 15x13), em prélio em que perdemos o ponto porque Sônia ainda não tinha condição de jogo.
Interrompido o certame, devido aos jogos Abertos de Cambuquira recomeçou a 2 de maio, onde, em nossa quadra, abatemos o América por 3x0 (15x5 15x9 15x12), tendo ressurgido a figura querida da grande Yvone Santos, nessa desfalcada equipe. Lúcia, Valéria, Marilda (Sônia) Ivany, Yvone e Margarida.
Encerramos o turno a 9 de maio no ginásio do Tijuca, em dura prova que durou perto de tres horas e na qual, com Sara (Lúcia), Marise, Yvonne, Valéria (Marilda), Ivany e Margarida, derrotamos o Tijuca por 3x2 (13x15 15x10 14x16 18x16 15x12), sendo que na 2ª divisão com Sônia, Lélia, Ana Célia, Guita, Liliane (Leny) e M. Antonia, triunfamos por 2x1 (15x4 13x15 16x14).
A 16 de maio, no América, iniciando o returno abatemos o quadro rubro por 3x2 (13x15 15x9 15x11 12x15 15x7), atuando Sara, Marise, Ivone,Valéria (Ana Célia-Guita), Ivany (Lúcia) e Margarida.
Infelizmente, por motivo de doença, Marise deixou de jogar, fazendo grande falta e a 30 de maio, no Fluminense, perdemos para o clube local por 3x0 (15x2 15x1 15x5) jogando Margarida, Valéria, Ivany, Sara e Ana Célia (Lúcia).
O BOTAFOGO jogou sob protesto, fato que se repetiu nos jogos restantes, porque a diretoria da F.M.V. desrespeitando o passe cedido pela C.B.V., não deu condição de jogo a nossa atleta Celi Vertan Pimentel, transferida da C. R. Icarai, sob o pretexto de que em ela fora registrada pelo Fluminense.
No jogo secundário venceu a o Fluminense, por 2x0 (15x3 15x12 ) , atuando a nossa equipe com Guita, M. Antonia, Liliane, M. lena (Lélia), Sônia (Marilda), Acyr.
A 6 de junho, no Mourisco, perdemos para o Flamengo, na 1ª divisão por 3x1 (15x4 15x4 12x15 15x7), com Yvone, Valéria (Lúcia), A. Célia (Sara), Acyr, Ivany e Margarida e na 2ª por 2x1 (15x11 15x17 15x13 ), com Alice, Lélia, Marilda, M. Helena, Sonia e Guita.
Terminamos o campeonato a 13 ainda no Mourisco, quando perdemos para o Tijuca por 3x2 (12x15-13x15 15x12 15x13 15,13 1ª na divisão com A. Célia (Sara), Acyr, Yvone (Lúcia), Valéria, Ivany e Margarida e vencemos na 2ª, com Lélia, Marilda, Helena, Sonia, Guita e M. Antonia, por 2x0 (15x5 15x8 ) .
DADOS TÉCNICOS
1ª DIVISÃO — Jogos: 8. vitórias: 3. Derrotas : 5. Jogaram: Margarida Tereza Nunes Leite, Ivany Benita Rivera, Lucia Mendes de Oliveira Castro e Carmen Valéria Carvalho Gama, 8 jogos. Sara Maria Mac Dowell de Brito Pereira, 7; Yvone de Araujo Santos 6, Marise Ribeiro Brito Freire e Ana Célia Pinto Aranha Lowndes, 4; Marilda Araujo Gonçalves e Acyr Teilon Falcão, 2; Leny Gonçalves, Alice Borel Gomes, Sonia Margarida Costa Gordilho e Brigitte Keydel (Guita), Total: 14 atletas.
2ª DIVISÃO — Jogos: 6. Vitórias 3. Derrotas: 3. Jogaram: Lélia lacovo de Souza Costa e Brigitte Keydel (Guita), 6 jogos; Maria Antonia de Abreu Cesar e Sonia Margarida Costa Gordilho 5; Liliane Chaves de Castro Magalhães, Maria Helena Ferreira Veloso e Marilda Araujo Gonçalves, 4; Ana Célia Pinto Aranha Lowndes, 3, Acyr Teillon Falcão, 2; Flora Paiva Mera Leny Gonçalves e Alice Borel Gomes, um. Total. 12 alletas,
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 152 de julho de 1959
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No feminino enfrentamos a 12 de novembro, o Fluminense perdendo por 3x0 (15x9 15x6 15x7) com Sônia Gordilho (Lúcia), Celi (Marilda), Margarida, Neuci, Yvone e Valéria (Guita), jôgo éste anulado por não ter o Fluminense apresentado as carteiras de suas jogadoras e que, na nova data, 12 de dezembro, fizemos entrega dos pontos pelo fato de já terem sido licenciadas nossas atletas.
A 19 de novembro, em belíssima partida, na qual a vitória nos foi arrebatada pela calamitosa arbitragem de Edson Fonseca, perdemos para o Flamengo por 3x2 (8x15 15x13 15x5 12x15 15x10), jogando Neuci, Marise (Sônia-Lúcia), Ivany (Regina), Valéria, Yvone (Marilda) Margarida.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 158 de janeiro de 1960
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XX Jogos Abertos de Cambuquira
Eis como é relatada a participação do BOTAFOGO, pelo Dr. Alceu de Oliveira Castro, chefe da delegação, nos XX Jogos Abertos de Cambuquira:
25 de abril de 1960. Senhor Presidente:
Ainda uma vez foi o BOTAFOGO honrado com o convite da Prefeitura Municipal de Cambuquira para participar, com as suas equipes masculina e feminina de volleyball, dos tradicionais Jogos Abertos daquela encantadora cidade, completando, agora, seu vigésimo aniversário. Infelizmente, com o embarque já determinado para o dia 16, fomos obrigados, à última hora, a cancelar a parte masculina, já que não poderiam viajar seis de nossos melhores atletas.
Coube-nos a honra de chefiar a delegação botafoguense e cumprindo nosso dever, oferecemos o seguinte relatório sôbre a magnífica excursão:
Frente ao palanque desfilam Marise, Lucia, Mercês, Elmaq, Inge e Margot
16 de abril, sábado
Deixamos a sede do Clube às 7 horas da manhã, em ônibus da Emprêsa de Turismo Saturin Ltda., com a seguinte delegação: Chefe, Alceu Mendes de Oliveira Castro; sub-chefe, Cláudio Pontual da Costa Ribeiro; técnico, Hekel de Miranda Rapõso; atletas, Margarida Tereza Nunes Leite, Marise Ribeiro Brito Freire, Ivany Benita Rivera. Lúcia Mendes de Oliveira Castro, Yvone de Araujo Santos, Ingeborg Ingrid Crause, Mercês Vieira Santos, Elma da Costa Martins, Celi Verran Pimentel e Norma Gantert; acompanhantes. Senhora Erica Crause, Senhora Lili da Costa Martins, José Brito Freire Sobrinho e Senhora Lolita Fernandes dos Santos. Cedemos ainda as vagas do ônibus à delegação de ballet aquático e agua-loucos da E.N.E.F.D.. chefiada pelo Dr. Waldemar Areno, que se féz acompanhar de sua exma. senhora e ao jornalista Victor Garcia, do Jornal do Brasil" e exma. senhora, pelos preços constantes de nossa prestação de contas em anexo.
Campeãs do desfile - Yvone, Celi, Lucia, Inge, mascote Elizabeth Regina, Marise, Mercês, Ivany, Elma e Margot
As 8 e 25 paramos no Belveder para um café, seguindo às 8 e 50. Ás 11 e 15 nova parada, em Três Pinheiros, para o almôço, seguindo às 12 horas, correndo a viagem excelentemente até Pouso Alto, onde paramos ligeiramente às 13,30. Infelizmente, por volta das 14 horas, rutura do tubo de óleo, forçou a parada do ônibus por meia hora e, após a nossa chegada à Caxambu, às 15 horas, por duas horas, para os indispensáveis reparos.
Em Caxambu, tivemos um "assalto apavorante" de três gaúchos a cava-lo, nêles reconhecendo, após o "susto", nosso querido diretor Cidio da Silveira Carneiro, senhora e filha, todos três vestidos a caráter, com ponchos e chapéus desabados e que nos culminaram de gentilezas. Margarida não perdeu a ocasião e cavalgou pelas ruas de Caxambu na garupa do cavalo de Ana Lúcia Carneiro. As 17 seguimos para Cambuquira, onde finalmente chegamos às 18 e 50, recebidos no Elite Hotel pelo querido casal José e Romacild Carneiro Felippe, que já antecipara todo o nosso trabalho de distribuição de quartos; Wilcker e Wlander Carneiro, nossos diretores de volleyball e membros de destaque da comissão organizadora dos jogos e Mário Miranda, considerado o melhor apontador de nosso volleyball.
Marise, Lucia, Celi, Mercês, Ivany e Yvone
17 de abril — domingo —
As 8 e 30, concentração em frente ao Hotel Silva, para o desfile inaugural pelas ruas da cidade, que o BOTAFOGO venceu de maneira magnífica, com Yvone Santos de porta-bandeira; a garotinha Elizabeth Regina, filhinha do casal Carneiro Felippe, de mascote, conduzindo a bola, ladeada por Celi e Ivany e uma fileira esplendidamente sincronizada, formada por seis atletas — Marise, Lúcia, Mercês, Elma, Ingeborg e Margarida.
Após o almôço, nosso técnico Hekel Rapôso compareceu à reunião onde foram sorteadas as tabelas, prevalecendo, como sempre, o sistema de dupla eliminatória para o volleyball feminino, que teve a participação dos seguintes clubes: BOTAFOGO, Flamengo, Fluminense, Tijuca e A.A,B.B. do Rio; C.A. Paulistano, de S. Paulo; Minas T.C., Atlético Mineiro e Mackenzie, de Belo Horizonte e Santa Rita, de Sapucai.
Às 15 e 30 efetuou-se o Torneio de Apresentação, em set único de quinze pontos e participamos logo do primeiro encontro, sob terrível sol, derrotando o Mackenzie por 15 x 7, com Ivany, Marise, Celi, Margarida, Elma e Ingeborg.
18 de abril, segunda-feira —
Às 15 horas, sob o mesmo terrível sol, estreamos no torneio propriamente dito, perdendo para a A.A.B.B., em dramática partida, por 2 x 1 (10 x 15 — 15 x 7 — 15 x 12) . Com Ivany, Marise, Celi, Margarida, Mercês e Inbegorg, começamos bem, vencendo com autoridade o 1º set, mas, no segundo, jogando contra o sol, nossas meninas cairam de produção, tendo Yvone e Elma substituido Margarida e Marise. O intervalo para a negra foi dramático; Margarida teve de levar um balde dágua pela cabeça e Mercês sentiu-se mal, com ameaça de insolação, sendo carinhosamente socorrida pelo Dr. Waldemar Areno e forçando a entrada definitiva de Elma, que febril e com angina, são se encontrava em condições de jôgo.
Elma, Mercês, Lucia, Inge, Marise, Celi, Margot, Ivany e Yvone
A equipe formou nesse set com Ivany, Marise, Celi (Lúcia), Margarida, Elma e Ingeborg e jogando ainda contra o sol, até o oitavo ponto, começou mal, para reagir quando mudou de lado, empreendendo linda rea ção que levou a contagem de 6x14 a 12 x 14, reação que, iniciada mais cedo, teria dado resultado, prejudicada também pela atuação do árbitro, que não deu uma bola visivelmente conduzida pela atleta Marlene Rosa e que seria nosso 13º ponto.
19 de abril, têrca-feira —
Passando para a chave de perdedores, o BOTAFOGO enfrentou e venceu, às oito horas da manhã, o team do Atlético Mineiro, por 2 x 0 (15 x 13 - 15 x 7), atuando com Ivany (Lúcia), Marise, Celi, Margarida (Yvone), Elma e Ingeborg. Começamos mal o primeiro set, perdendo por 7 x 1, mas o técnico Hekel resolveu tentar o tradicional sistema de três-três, substituindo Margarida por Yvone e acertou a equipe, que reagiu e venceu com categoria.
Após o jogo, na piscina, realizou-se o Concurso Miss Objetiva, magnificamente levantado por nossa representante, uma linda lourinha — Norma Gantert, aluna da E.N.E.F.D., irmã de nossa atleta Wilma Gantert e escolhida por Margot para portar as nossas cores e que homenageamos, à hora do almôço, com uma flâmula e um escudo do Clube.
Às 15 horas, de ónibus, chegou do Rio nossa atleta Georgia Vieira Santos, para integrar a equipe e à noite, de trem, exausta e com a sua mão esquerda ainda engessada, a querida Neuci Ramos da Silva, especialmente convidada pela comissão para uns dias de descanso e que ficou conosco no Elite, sendo mesmo, nossa companheira de mesa.
20 de abril, quarta-feira –
Único dia chuvoso da temporada, que forçou o adiamento da tarde para a noite, de nosso jogo com o Tijuca T . C. Às 14 e trinta, também de ónibus, chegou do Rio, nossa jovem atleta Carmen Valéria Carvalho Gama, completando-se, assim, a delegação. Às 21 e trinta, em noite gelada e úmida, enfrentamos e perdemos para o Tijuca por 2 x 1 (10 x 15 — 15x11 --- 15 x 6) ficando à margem do torneio. Vencemos com relativa facilidade o primeiro set mas para o segundo, Hekel substituiu Valéria, que se queixava de forte dor de ouvidos, por Georgia que, em noite de grande infelicidade, deu vários pontos ao adversário: a equipe desentrosou, foram feitas inúmeras trocas, com recurso, inclusive, à Elma, que continuava doente e tomando terramicina, mas, desgraçadamente, nada mais deu resultado.
A equipe, em resumo, formou com Valéria (Georgia-Yvone), Ivany, Marise (Mercês-Elma), Margarida, Celi e Ingeborg, tendo havido várias outras saídas e voltas de atletas.
21 de abril quinta-feira –
A zero hora do histórico dia da inauguração de Brasília, repicaram os sinos em Cambuquira e estrugiram os foguetes. Passamos o dia assistindo as competições de volley e basketball e pela primeira -vez, as meninas compareceram à boite do Hotel Silva, sob o comando de Margarida.
22 de abril, sexta-feira –
Às 14 horas acompanhamos nossa atleta Celi Verran Pimentel, linda e com belo vestido de passeio, ao Concurso Rainha dos jogos, no qual representou condignamente o BOTAFOGO, tendo sido vitoriosa a não menos linda atleta do Fluminense F .C., Lygia de Alencar Azevedo.
Na mesma ocasião, efetuou-se na piscina a grande novidade dos Jogos a exibição do ballet aquático e aqualoucos da E.N.E.F.D., que alcançou extraordinário sucesso, sob o comando de nossa benemérita, a Professóra Margarida Leite, tendo integrado o lindo corpo de ballet, nossa atleta Alice Borel Gomes e a turma de aqualoucos, nosso antigo remador João Carlos de Oliveira Barbosa (China).
23 de abril, sábado —
Pela manha foi encerrado o volleyball, com as vitórias do Fluminense, no feminino e da Seleção, de Volta Redonda, no masculino.
Com a quadra vaga, à tarde, as móças resolveram efetuar uma "pelada" de basketball, completando as nove participantes, com o atleta Johnny do Flamengo. E, tendo como apontador e cronometrista nossos diretores Carneiro Felippe e Cláudio que receberam as deno-duas equipes que receberam as denominações de "Bossa Nova" e "Ginga Velha".
Margot, Lucia, Valeria, Mercês e Romacild
Venceu "Bossa Nova" por 55 x 46, com Ivany 31, Irany 3, Norma Vaz, 4, Abigail 5 e Johnny 12, contra Neuci 12, Luci 24, Yvone 6, Doramita 2 e Heleninha 2. Neuci, com a mão esquerda engessada, mostrou o quanto vale assim mesmo; Luci encestou esplendidamente e ã grata surprêsa, foi a veterana Yvone Santos, que não praticando o basket já há vários anos, foi a maior figura da quadra, exibindo-se com a mais absoluta categoria.
À noite, por ocasião do jôgo decisivo de basketball masculino, no qual a equipe da FU.M.E. derrotou a do Flamengo, houve a entrega de prêmios em plena quadra.
Recebemos, em nome do BOTAFOGO lindo medalhão e diploma, como campeões femininos do desfile e homenageamos o Prefeito, Sr. Arnaldo Lemos Siqueira e o Cambuquira Ténis Clube, com flâmulas de nosso Clube, tendo Norma Gantert, nossa Miss Objetiva, recebido, igualmente, medalha e diploma.
24 de abril, domingo –
Todos, cedo, prontos para a viagem de retorno, marcada para às 7 horas. Estretanto, como às 7 e 30 o ônibus ainda não aparecera, a pedido nosso. Romacild telefonou para o Rio, onde a Saturin informou que, por engano de seus escritórios, o ônibus só chegaria à Cambuquira ao meio-dia, o que, para nós foi um contra tempo, mas para muitos, uma boa diversão, como, por exemplo, para Lúcia, Valéria e Ingeborg, que deram bons passeios a cavalo.
No meio tempo, seguiram para o Rio, em um automóvel, Wlander Carneiro, Mario Miranda, Hekel e Neuci e, em outro, Yvone Santos, Romacild e Carneiro Felippe.
Almoçamos às 11 horas, ainda no Elite e, com a chegada do ônibus, deixamos Cambuquira às 13 horas, com ligeiras paradas em Caxumbu, às 15 e Rezende, às 18, entrando em nosso querido Rio, que deixáramos ainda Distrito Federal e que encontramos Estado da Guanabara, às 21 e quinze, para chegar ao Clube, após várias paradas para deixar alguns dos viajantes, pouco depois de 22 horas.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 163 de junho de 1960
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CAMPEONATO CARIOCA
1ª divisão: Géo, Marise, Mercês, Ivany, Lúcia, Valéria, Elma, Inge e Margot
1º jôgo-Contra o Tijuca — Data:26-3-60 — Local: B.F.R. 1ª divisão: BOTAFOGO, 3x1 (18x20 - 16x14 - 15x9- 15x6). Equipe: Ingeborg, Celi, Margarida, Marise, Ivany (Yvone) e Valéria (Elma).
2ª divisão: BOTAFOGO, 2x0 (15x12 — 15x7). Equipe: M. Helena, Marilda (Leonor), Ana Célia (Charlote), Sônia (Analúcia), Solange e Lúcia.
2ª divisão: Sônia, Marilda, Charlote, Leonor, Ana Célia, M.Helena, Solange, Lúcia e Ana Lucia.
2º jôgo - Contra o Flamengo — Data: 2-4-60 — Local: CRE. 1ª divisão: Flamengo, 3x1 (10x15 — 15x9 — 15x3 — 15x8). Equipe: Ingeborg, Celi, Margarida, Elma (Yvone-Marise), Ivany(Neuci) e Valéria.
2ª divisão - Flamengo 2x0 – (15x3 – 15-10) . Equipe: M.Hele4na, (Analucia), Marilda (Charlote), Ana Célia,, Sônia, Solange e Lúcia.
3º jôgo Contra o Fluminense — Data: 9-4-60 Local: B.F.R. 1ª divisão: Fluminense, 3x1 (12x15 15x1 15x4 15x3) . Equipe: Ingeborg, Marise, Margarida, Elma (Celi), Ivany (Yvone) e Valéria. 2ª divisão: Fluminense, 2x0 (15x12 15x10) Equipe: Helena, Marilda (Charlote-Leonor) , Ana Célia (Analúcia), Sônia, Solange e Lúcia (Lilliane).
4º jogo - Contra o America . Data: 27-4-60. Local: B.F.R. 1ª divisão: BOTAFOGO 3x0 (15x10 15x9 — 15x13). Equipe: Ingeborg, Celi, Elma (Yvone), Margarida, Ivany (Lúcia) e Valéria.
5º jôgo - Contra o Municipal — Data 7-5-60 — Local: B.F.R. 1ª divisão: BOTAFOGO 3x0 (15x5 15x8 15x7). Equipe: Valéria (Margarida), Sônia (Marilda), Elma, Ivany, M. Helena e Celi.
— RETURNO —
6º jôgo - Contra o Tijuca. Data: 14-5-60. Local: T .T . C . 1ª divisão: Tijuca, 3x1 (15x6 11x15 15x13 15x11). Equipe: Ingeborg, Celi, Margarida, Sônia (Leonor), Elma e Ivany.
2ª divisão: Flamengo, 2x0 (15x3 15x10) Equipe: M. Helena ( Analúcia), Marilda (Charlote), Ana Célia, Sônia, Solange e Lúcia.
7º jôgo Contra o Municipal — Data: 21-5-60 Local: C.M. . 1ª divisão: Botafogo 3x0 (15x4 15x3 15x6). Equipe: Valéria, Ivany, Elma (Solange), Cleide (Lucia), Celi(Marilda) e Ana Celia (Ingeborg).
8º jogo – Contra o Flamengo – Data: 25-5-60. Local: B.F.R. 1ª divisão: Flamengo 3x0 (15x3 15x7 15x9). Equipe: Ingeborg, Celi (Yvone), Cleide (Marise), Elma, Ivany, (Ana Célia) e Valéria.
2ª divisão – Flamengo 2x1 (11x15 15x5 15x5). Equipe: M.Helena (Analucia), Charlote, Marilda (Leonor), Sônia, Solange e Lucia.
9º jogo – Contra o Fluminense. Data: 28-5-60. Local: F.F.C. 1ª divisão: Fluminense 3x1 (15x7 15x8 11x15 15x6). Equipe: Valéria, Yvone (Ana Celia), Marise, Elma (Cleide) Celi e Ingeborg.
2ª divisão: Fluminense, 2x0 (15x1 15x9) Equipe: M.Helena (Analucia), Charlote (Leonor) Marilda, Sônia, Solange e Lúcia.
10º jogo - Contra o America . Data: 04-6-60. Local: A.F.C. 1ª divisão: BOTAFOGO 3x2 (15x8 11x15 4x15 15x8 15x3) . Equipe: Ingeborg, Charlote (Ivany), Cleide, Elma (Marilda-Solange), Yvonee Valéria. (Lúcia) e Valéria.
RESUMO
1ª Divisão — Jogos: 10. Vitórias: 5, Derrotas: 5.
Jogaram: Elma da Costa Martins, 10 jogos; Ivany Benita Rivera, Ingeborg Ingrid Crause, Carmen Valéria Carvalho Gama e Celi Verran Pimentel, 9; Yvene de Araujo Santos, 7; Margarida Tereza
Nunes Leite, 6; Marise Ribeiro Brito Freire, 5; Cleide Magalhães, 4; Marilda Araujo Gonçalves e Ana Célia Becker Pinto Aranha Lowndes, 3; LúciaMendes de Oliveira Castro, Solange Augusto Verol e Sônia Margarida Costa Godilho, 2; Neuci Ramos da Silva, Maria Helena Ferreira Veloso Leonor Campos Nogueira e Charlote Campos Nogueira, 1. Total: 18 atletas.
2ª Divisão — Jogos: 6. Vitórias: 2. Derrotas: 4,
Jogaram: Lúcia Mendes de Oliveira Castro, Maria Helena Ferreira Veloso, Marilda Araujo Gonçalves, Charlote Campos Nogueira e Solange Augusto Verol, 6; Sania Margarida Costa Gordilho e Analúcia de Albuquerque, 5; Ana Célia Pecker Pinto Aranha Lowndes e Leonor Campos Nogueira, 4; Liliane Chaves de Castro Magalhães, 1, Total: 10 atletas.
A secção estêve a cargo dos dedicados diretores Cláudio Pontual da Costa Ribeiro, Wilcker Moreira Carneiro e Wilander Moreira Carneiro,
cabendo a direção técnica a Hekel Miranda Rapôso.
Nosso primeiro quadro foi inicialmente comandado por Margarida Leite e, posteriormente, por Ingeborg Crause e, o segundo, por Lúcia de Oliveira Castro.
Acervo Particular: Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 164 de julho de 1960
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HONRA À FIDELIDADE
Como nos anos anteriores, no monumental desfile que inaugurará sua Olimpíada Interna, o BOTAFOGO fará a solene entrega do Prêmio Honra à Fidelidade, e criado em 1954, por ocasião do Cinquentenário, para enaltecer os amadores que então estivessem em atividade, com dez temporadas sucessivas, em defesa do pavilhão alvinegro.
Posteriormente, em 1957, a Diretoria tornou o prêmio permanente, regulamentando-o, mas ficou uma falha, quanto á temporada para a contagem inicial, que, nas condições existentes, era a de 1945, quando o mais justo seria fazer retroagir tal contagem, a partir de 1943, ano primeiro contagem, BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS.
Aprovada tão equitativa sugestão, beneficia ela, um único atleta, que cessou suas atividades antes de 1954 — o veterano Domingos César Câmara (Mingote), nosso bravo defensor em remo, natação e water-polo, que esteve em ininterrupta atividade, de 1940 a 53, e agora receberá sua medalha de prata.
Dos novos, temos Efrânio Caboudy, que se iniciou em 1951, nos Jogos Infantis do jornal dos Sports" e prosseguiu, primeiro na natação e, depois, no basket, até hoje.
E, com quinze temporadas — medalha de ouro — o extraordinário e dedicadíssimo atleta Nadim Severo Marreis, que tendo estrelado em 1946, reune em seu acervo os títulos por equipe, de campeão de novíssimos de 1946 e carioca de 48-49-50-51; campeão carioca individual de disco em 47-48-49-50-51 e 52 — novíssimos de 46 e juniors de 46-47; campeão carioca de pêso em 47-48-49-5031, de novíssimos em 46 e de juniors em 46 e 47; campeão carioca de martelo em 1949 e de novíssimos em 46; campeão brasileiro de disco em 49, 51 e 56 e de pêso em 49 e 51, com 56 primeiros lugares e 33 segundos em defesa das cores botafoguenses. Nadim possue, ainda, os seguintes resultados:
DISCO
23-6-46 — Carioca — 42m69
28-7-46 Carioca 43m58
24-8-46 — Carioca 45m01
14-9-46 Juniors 41m30
30-10-46 Juniors 40m26
30-8-47 — Juniors 43m88
9-11-47 juniors 44m80
20-6-48 Brasileiro — 46m46 20
PÊSO
23-6-46 — Novíssimos 13m82 12—
12-9-47 Trofeu Brasil - 14m03
21- 3 -48 Carioca e Brasileiro -14m83
11- 11-50 — Troféu Brasil - 14m55
MARTELO
23-6-46 Novíssimos e Juniors — 44m37
Portanto, 29 títulos de campeão e 14 records reune o querido Nadim que, na secção de atletismo, é o nosso mais vitorioso atleta de tôdas as épocas.
Com os novos premiados, fica assim constituido o invejável Quadro Honra à Fidelidade":
OURO
1 — Adhemar Cecilio Manes; 2 —, Fernando Pinto Dias; 3 Margarida Tereza Nunes Leite; 4 Nadim Severo Marreis.
PRATA
1 — Álvaro Roma Filho; 2 — Armando Caetano: 3 — Ariel Léo Rosemberg; 4 — Domingos César Câmara; 5 — Edinaldo Cavalcanti Ramalho; 6 Efránio Caboudy; 7 —Hermes Krohne; 8 — Ilo Monteiro da Fonseca; 9 --- Irwin Steinberg; 10 Ivany Benita Rivera; 11 — José Augusto Didier Barbosa Viana; 12 -- José Roberto Haddock Lobo; 13 — Julien Gomes de Oliveira; 14 — Manoel Adolfo Pereira Gomes Filho; 15 Marise Ribeiro Brito Freire; 16 — Mauricio de Toledo; 17 — Nuno Álvares Linhares Veloso; 18 — Raul Gonçalves Soares; 19 — Ricardo Osborne Manso da Costa; 20 — Samuel Schemberg; 21 — Vercingetorix de Souza Rosas; 22 William Scheirnberg.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro JUngsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 167 de outubro de 1960
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No dia 16 de Outubro de 1924 nasceu, em Maceió (Alagoas), a multi-atleta botafoguense Margarida Tereza Nunes Leite, a ‘Margot’, mais tarde Margarida Tereza Nunes da Cunha Menezes, que se destacou no voleibol do Botafogo e em outros esportes.
A profª. Margarida Menezes começou a competir em natação quando chegou ao Botafogo em Fevereiro de 1943. Campeã de voleibol, foi laureada Emérita do Botafogo em 1948 e Emérita da Federação de Voleibol do Rio de Janeiro e Benemérita do Glorioso em 1959. Mais tarde, emprestou o seu nome a uma das quadras do complexo esportivo de General Severiano e, recentemente, foi consagrada como Grande Benemérita do nosso grandioso clube.
Fonte : Acervo e pesquisa de Claudio Falcão
Publicado 15/10/2009 por Ruy Moura
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MARIA MAGDALENA PINTO VELLOSO
D. MAGDALENA e seus 34 anos de serviço ao BFR
A vida de um grande clube, sempre dinâmica, trepidante, com inúmeros afazeres e compromissos absorventes, leva o dirigente facilmente ao quase desconhecimento do que acontece em seu redor, bem próximo. Não tem tempo, seu tempo é muito limitado, nem sensibilidade necessária para observar todas as pessoas, em seus detalhes, que vivem nos diversos setores do clube. Isso, aliás, acontece em qualquer ambiente de muito trabalho e muita movimentação. Principalmente quando os problemas são apressados e não há, muito tempo para conversa, como nos clubes de futebol, hoje em dia. Cria-se, às vezes, sem essa intenção, uma couraça de indiferença e egoísmo, com quem convivemos. Mas, felizmente, aqui, nesta reportagem, vai haver um gesto de afeto, compreensão, simpatia a quem já muito contribuiu, no anonimato, para a grandeza do BFR, ao longo de muitos anos. Vamos, assim, reconhecer de público, o trabalho de uma grande funcionária: Maria Magdalena Pinto Veloso, filha de Valentim Pinto Rollo e Maria de Lourdes Souza Rollo, que nasceu no dia 22 de novembro de 1922 e foi admitida, no BOTAFOGO, em 27 de maio de 1942, após três meses de experiência. Era, então, um brotinho, de apenas 20 anos. Hoje, ela é casada e tem dois filhos, Cristina e Cláudio.
A filha, já casada, é estudante e está fazendo o vestibular para o curso de Nutrição e Letras. E o filho, técnico de eletrônica vai, agora, fazer o vestibular de Engenharia. Por tudo isso e outros motivos, ela e uma apaixonada da sua familia: marido, filhos e mãe. E também do “Glorioso”.
JÁ CONHECEU MUITA GENTE NO BOTAFOGO
D. Magdalena, segundo ela informou, veio para o BOTAFOGO em substituição a uma ex-colega de escola, que havia sido aprovada em concurso para o Ministério da Justiça, e saiu. Seu salário inicial foi de trezentos mil réis e sempre trabalhou na Secretaria do clube.
Não foi fácil fazer esta reportagem. Ela não queria, por nada, responder as nossas perguntas. Muita coisa soubemos com dificuldades por intermédio de outras pessoas. Mas tínhamos que faze-la, por dever de justiça e reconhecimento pelos relevantes serviços já prestados ao BFR, durante 34 (trinta e quatro) anos, uma existência.
D. Magdalena é como uma espécie de arquivo botafoguense. É a fonte de informação segura, sempre procurada. E conversando conheceu muita gente no clube, ela respondeu, apenas, que “nesses 34 anos, muitos passaram por aqui e adquiri boas amizades". E quais as pessoas que mais me impressionaram, como dirigentes, ela, muito inteligentemente, declarou:
“Todos os dirigentes, aos quais tive o prazer de servir, num total de 13 (treze) Presidentes, me impressionaram, cada qual por uma razão diferente, além, naturalmente, das qualidades comuns a todos: administração segura e dedicação ao BOTAFOGO. E, com relação ao corpo de funcionários do clube, todos sempre foram ótimos colegas. Destaco, porém, três pessoas que, até o momento, muito me impressionaram: meu chefe, Horácio Machado, já falecido, que foi quem me ensinou a trabalhar, pois eu havia saído da escola; Sr. Adolpho Schennann, que foi Superintendente do clube, em 1969, pela organização dada na parte administrativa e Walter Jose dos Santos, conselheiro de todos os funcionários".
GUARDA TODOS OS SEGREDOS ADMINISTRATIVOS DO CLUBE
Como disse, D. Magdalena é uma espécie de arquivo. Ela sabe tudo. Conhece, inclusive, todos os segredos administrativos do clube. Todos os assuntos lhe são familiares. Tem, geralmente, um ar triste, não é muito risonha. Pouco fala, mas é muito inteligente, redige muito bem e é ótima datilógrafa. Tem, assim, todas as qualidades de uma boa Secretária. E é discreta, como convém à sua função.
Nunca se nega a trabalhar, está sempre disposta a colaborar, sem apresentar problema de horário. Atende a todo o serviço da Secretaria e de outros Departamentos, quando solicitada. Divide esse serviço com a sua colega, D. Anthea (Aga), com quem se dá muito bem. Alias, diga-se de passagem, D. Magdalena só tem amigos entre os demais empregados, dirigentes e sócios. É muito educada e atenciosa. Tem, sempre, para todos, uma atitude compreensiva e indulgente. Nunca discute. Não se irrita, não julga mal, tudo compreende, tudo desculpa. Nada reclama.
Transcreve inclusive, nos livros próprios, pela confiança nela depositada, as atas de reunião dos Conselhos Dirigentes do clube. É pontualíssima no horário e nunca se ausente da sua mesa de trabalho, durante o expediente, de seis horas. Lancha (e isso, naquela horinha, ela não perdoa) na sua própria mesa de trabalho.
SENTIU TAMBÉM A DEMOLIÇÃO
Indagada se sentiu a demolição, ela vacilou um pouco e respondeu: "Assim como todos os colegas, a demolição do campo é muito sentida, pois já estávamos acostumados em ver as arquibancadas, tribuna social etc, e quando só vemos ruínas, só pensamos na demolição da bela sede colonial".
Não gosta muito de futebol. Não consegue prender sua atenção durante os 90 minutos de jogo. Mas adora o BOTAFOGO e conhece todo mundo.
D. Magdalena, qual foi a sua maior alegria dentro do clube?
“Quando foi apresentado um plano de expansão imobiliária, na administração do Dr. Ney Cidade Palmeiro, em reunião do Conselho Deliberativo, parecendo-me que o BOTAFGGO iria crescer muito com isso".
E a sua maior tristeza?
“Com relação ao trabalho, ainda não a tive. Tristeza, acredite, temos todos os funcionários do clube, quando sabemos que algum colega ou dirigente se vai para sempre. E quantos têm ido! "
Durante todo esse período de trinta e quatro anos no BOTAFOGO, D. Magdalena nunca interrompeu seu tempo de serviço. Quando completou o tempo necessário, ela se aposentou, em 1972, pelo INPS, sendo, logo em seguida, readmitida com novo salário, de Cr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros), hoje já bem melhorado. É segredo, nós não vamos revelar. Ela pode não gostar...
E, além de trabalhar no BFR, D. Magdalena é, ainda, lá fora, uma das Secretárias da “Escola Daisy Serra", aqui no bairro, onde exerce essa função no horário das 7 às 11 horas, dirigindo-se, logo ao término desse expediente, para a sede do BOTAFOGO aqui permanecendo até as 18 horas ou mais tempo, quando preciso. A vida está, realmente, muito difícil... não é?
Agora, algumas indiscrições a seu respeito: a) Seu maior sonho é dar um apartamento para cada filho; b) Gosta muito de viajar; c) Adora bater a máquina d) Gosta de trabalhar em colégio: e) Gosta de aprender a fazer quitutes, para agradar seu marido f) Gosta de fazer “crochet” e adora aprender um ponto novo g) Paparica os filhos e os sobrinhos; e h) Gosta de boas piadas (ela não conta, mas gosta de ouvir).
Acertamos?
Cumprimos, assim, com esta reportagem, um dever de justiça e reconhecimento a uma grande funcionária, que já prestou e presta relevantes serviços ao BFR. Sabemos que outras pessoas também merecem. Chegaremos, com o tempo, a todos esses servidores do clube.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR no 224 outubro de 1976
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Botafogo começa a ficar sem estádio
Vinte e cinco operários deram início à demolição do Estádio de General Severiano. As arquibancadas do lado do Hospital Rocha Maia não existem mais e as do lado da rua Lauro Muller e da Avenida General Severiano começaram a ser derrubadas ontem. O trabalho de demolição deve estar concluído dentro de 6 meses segundo promete o encarregado Arlindo da Demolidora Sansão.
- Na verdade não há um prazo determinado, mas não creio que seja possível terminar antes disso.
Apesar do início recente as obras já estão transformando a figura do clube. Em volta do campo o lixo começa se acumular; no corredor embaixo das arquibancadas da na Lauro Muller, a visão é de fim festa destroços de mesas e cadeiras, garrafas quebradas e restos da decoração do carnaval passado.
Maria Magdalena Pinto Velloso, a funcionária mais antiga em atividade na sede onde trabalha há 34 anos, recusa-se a olhar para o campo condenado.
- É triste ver tudo isso ir abaixo. Sou botafoguense como toda minha família e não pretendo parar de trabalhar no clube. Vou para onde ele for. O Botafogo também não vai parar de jeito nenhum.
Fonte: O Globo 28 05 1976
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Dona Magdalena - 56 anos de dedicação ao Botafogo
Dona Magdalena é um patrimônio humano do BOTAFOGO, não só pelo tempo de serviços prestados ao Clube, mas, principalmente pelo amor com tem desempenhado suas funções ao longo desses 56 anos, amor este que se converte em qualidade, competência, aplicação e cultura profissional. Atualmente, D. Magdalena é a mais antiga funcionária de clube do Estado do Rio de Janeiro, quiçá do Brasil. Aos 20 anos, a jovem Maria Magdalena Pinto Veloso, carioca, veio trabalhar no BOTAFOGO FUTEBOL CLUB em fevereiro de 1942, portanto antes da Fusão, consolidada em dezembro.
- Cheguei ao BOTAFOGO, por intermédio de uma amiga, que trabalhava aqui. Ela fez um concurso para o Ministério da Justiça, e passou, sobrando a vaga de auxiliar de secretaria. Com eu estava formada em contabilidade, fui convidada para substitui-Ia no cargo. Adorei a idéia. Fiz a prova de admissão com o senhor Horácio Machado, que era o chefe. Recorda-se Dona Magdalena.
Naquele tempo, conta, morava na Penha, vinha de trem até o Centro e depois pegava o bonde 13 (Leme) ou o 5 (Ipanema), no Tabuleiro da Bahiana, hoje Largo da Carioca, para chegar ao BOTAFOGO.
Em 1943, Magdelana se mudou, com toda a família, para uma casa de vila no n° 113 da rua Voluntários Pátria. Em 1963, comprou o apartamento onde mora até hoje, na mesma Voluntários, no n° 230.
Dona Madalena adora o BOTAFOGO:
- O BOTAFOGO é a minha vida. Aqui vivi momentos magníficos e de muita emoção. O pior deles foi no dia em que assisti a demolição do campo de futebol de General Severiano. O mais feliz, foi o da nossa volta para essa Sede.
Humilde, Magdalena sempre esteve alheia às questões políticas:
- Funcionário não toma partido; nossa obrigação é servir ao BOTAFOGO. Ensina.
Dona Magdalena datilografou o Contrato do maior zagueiro de todos os tempos, Nilton Santos, na época do inesquecível Presidente Carlito Rocha. Trabalhou para todas as gestões do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, conviveu e hoje sente saudade de personalidades como o Dr. Adhemar Alves Bibiano, Alceu Mendes de Oliveira, Ney Cidade Palmeiro, Paulo Azeredo e Sergio Darcy, dentre outros.
Para ela, que já passou por cinco mudanças no Clube, "esse é um dos melhores momentos da história BOTAFOGO, um período de serenidade e muito trabalho, em que o BOTAFOGO tem tudo para ser cada vez mais e mais GLORIOSO.
Fonte: Site Oficial do BFR 1998
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Dona Magdalena Pinto Veloso viveu intensa -mente alguns dos principais momentos do Glorioso. Funcionária número 1 do Botafogo, ela começou a trabalhar no setor administrativo do clube aos 19 anos, em maio de 1942 —quase sete meses antes da fusão. Até hoje, dona Magdalena, aos 81 anos, serve diariamente à sua paixão, na sede. São 62 anos de trabalho e, cheia de vitalidade, a simpática senhora nem pensa em aposentadoria. "Sou Botafogo e não abro. Quando comecei aqui, cumprimentava o Heleno de Freitas e aquela turma toda. O Nilton Santos, por exemplo, me lembro bem, assinou seu primeiro contrato profissional na minha frente. Até hoje sou tratada com carinho no clube'', sorri, realizada.
Por mais que tentem, quem não é botafoguense jamais terá essa elegância. Não há fórmula para isso. É batismo, tradição mantida a ferro e fogo por gerações. É uma aura especial revestida ao longo do tempo por cavalares doses de sacrifício e perseverança. É ultrapassar obstáculos como se numa maratona olímpica, para na hora da vitória sorrir por último e melhor. Mesmo que seja preciso galgar um tenebroso calvário, tendo em mente o encontro com a redenção ao fim do túnel.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Revista Lance Edição Especial de 2005
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No dia 17 de fevereiro de 2011, Maria Magdalena Pinto Veloso, 88 anos, secretária do Conselho Deliberativo do Botafogo de Futebol e Regatas, partiu de uma vida inteira dedicada ao Glorioso. Representante histórica do nosso clube, Maria Magdalena era a nossa funcionária mais antiga, tendo dedicado espantosos 69 anos da sua existência ao Glorioso. Ela chegou a General Severiano em 1942, uns meses antes da fusão do Club de Regatas Botafogo com o Botafogo Football Club.
Paulo Marcelo Sampaio testemunha que “nunca houve em General Sveriano pessoa mais prestativa do que Maria Magdalena Pinto Veloso. Discreta, era a funcionária mais antiga do clube. Não usava esse prestígio para nada. Servia o Glorioso desde 1942”.
Memória viva botafoguense e ciosa do seu destino, Maria Magdalena foi a responsável pela preservação de atas e álbuns históricos, documentos fundamentais que o clube nunca soube realçar devidamente. Mas, felizmente, existia Maria Magdalena para salvaguardar a nossa memória escrita.
Luís Eduardo Miranda reitera que Maria Magdalena “era uma funcionária muito querida e parte da história do Botafogo. Tinha guardado as atas de todas as reuniões do conselho do clube.”
Antônio Carlos Mantuano realça que Maria Magdalena “era um símbolo do Botafogo, uma senhora que sempre se dedicou muito ao clube. Vai nos deixar muitas saudades por todo seu empenho e dedicação. (…) Ela era a memória viva do clube. Só tenho que dizer um muito obrigado por ela ter existido e ter vivido tanto para o Botafogo”.
OBRIGADO, MARIA MAGDALENA!
hangman20 de fevereiro de 2011 às 09:07
Lastimável perda para a história!
É uma pena que foi embora sem deixar por escrito, para nós botafoguenses, algumas de suas memórias. Pelo seu caráter, revelado por amigos e admiradores, lógico que apenas as boas histórias seriam reveladas. Mas, só o fato de ter guardado tudo o que foi possível, já foi muito!
Ruy Moura20 de fevereiro de 2011 às 09:39
Eu pensei o mesmo, Hangman. Mas a responsabilidade não era dela, mas de quem escreve sobre o Botafogo. Em todo o caso, creio que, embora anonimamente, ela participou na narração de acontecimetos. Por exemplo, faz parte dos agradecimentos inseridos no livro 'Nunca Houve um Homem como Heleno'.
Abraços Gloriosos!
Solange 30 de março de 2011 às 14:53
Nossa, que notícia triste, só agora fiquei sabendo, lamento muito o ocorrido, fui nora dela e sei o quanto ela ajudava a todos da família e o quanto levava à sério os assuntos do Botafogo...que Deus lhe dê o descanso eterno...Solange.
Ruy Moura30 de março de 2011 às 16:49
Solange, foi uma vida inteira de alegria a servir o Glorioso. Compreendo a sua comoção, mas não temos que lamentar que ela tenha sido feliz com as cores alvinegras. Tal como diz, Solange, ela ajudou a todos e serviu intensamente o Glorioso. A sua missão foi cumprida e partiu certamente em paz. Um exemplo.
Fonte: mundodobotafogo.blogspot.com de fevereiro de 2011
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MARIA MADALENA PINTO VELOSO
(52 anos como funcionária do BOTAFOGO) no retorno à General Severiano
"Minha emoção é muito grande, mas garanto que continuará a ser grande, pois voltarei para a mesma sala em que trabalhei na ocasião da antiga Sede. Encontrar os amigos que tantas histórias têm ligadas ao Clube não' acontece todo dia. O BOTAFOGO, a partir de agora, vai mostrar a sua verdadeira força."
Fonte: mundodobotafogo.blogspot.com de 2011
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D. Madalena em sua mesa de trabalho
Maria Madalena Pinto Veloso — Dona Madalena, funcionária do Botafogo há 63 anos:
“Quando o Botafogo perdeu para o São Cristóvão por 4 a 0, aqui em General Severiano, na primeira partida do campeonato carioca de 1948, a repercussão foi muito grande e os sócios rasgaram as carteiras.
Assisti uma vez à cena do Carlito Rocha com os jogadores sentados na varanda; chamava um por um para dar mel de abelha. Ele era muito católico e foi uma figura importantíssima no Botafogo. Contam que ele não gostava de passar na porta de cemitério nem de automóvel e que carro em que ele estivesse não dava marcha a ré.”
Fonte: site abi.org.Br
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Nota pessoal
Durante os anos que trabalhei no Botafogo, e foram muitos, sempre tive contato muito próximo da sra. Maria Magdalena. Sempre muito atenciosa, carinhosa, nunca negava ajuda a quem recorria a ela. Trabalhamos juntos, eu no Departamento Social e ela na Secretaria Geral do clube, na sede de General Severiano, antes da venda para a Cia. Vale do Rio Doce. Anos depois nos reencontramos agora na sede do Mourisco Pasteur para onde a administração tinha sido realocada. Eu ainda no Departamento Social. O tempo foi passando e eu já estava no Departamento de Desportes Terrestres numa sala contígua a da sra. Magdalena. Constantemente ia na sua sala para conversarmos, tomar um cafezinho, trocar idéias sobre nosso trabalho. Nessa época já trabalhava com ela a sua sobrinha Maria Luiza. Uma das coisas que me impressionava na sra. Magdalena era sua memória privilegiada. Sabia de memória nomes, situações, locais das mais diversas situações que a ela chegavam. Tinha um zelo excepcional pelo seu trabalho. Como morava na rua Voluntários da Pátria, no seu tempo de Mourisco Pasteur ia e voltava a pé para o trabalho. Sempre respeitando horário não importando se o tempo estivesse bom ou mesmo com muita chuva. Não tinha horário fixo pois quando havia reunião do Conselho Deliberativo ficava de plantão muitas vezes até o término da reunião. O tempo foi passando e foi acertada a troca da sede do Mourisco Pasteur pela antiga sede de General Severiano. Ela então retornou ao antigo casarão e nessa época eu não mais era funcionário do clube mas como também era sócio proprietário constantemente ia revê-la e conversar muito. Nesse retorno a Secretaria Geral foi instalada na sacada do salão nobre à direita de quem ingressava no salão. Ao começar a escrever esse blog tenho que agradecer e muito pois se não fosse a ajuda dela na época quando me presenteou com vários Boletins do Botafogo, não teria tanto material como fonte de pesquisa. Sinto imensa saudade dela mas nosso convívio harmonioso, delicado e com extremo respeito de ambas as partes vai ficar na minha memória para sempre. Saudades eternas
22/11/1922 - 17/02/2011
Ângelo Antonio Seraphini
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A sra. Maria Madalena trabalhou até os 85 anos no clube uma pessoa muito competente e deixou saudades com sua passagem !!!
Depoimento ex-atleta de pólo-aquático Solon dos Santos
14/06/2020
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Quem não conhece Mario Monaco? Em qualquer rede, inclusive das praias, ele está "olhando" as qualidades dos garotos, na esperança de encontrar um futuro atleta do Botafogo. Muitos têm sido campeões assim, nas várias categorias do Clube. Mario tem realmente colaborado muito nesse sentido, trazendo também jogadores já feitos de outros times, dizendo que para ser campeão de vôli no Rio tem que jogar no Botafogo, detentor este ano, mais uma vez, de vários títulos. Mario Monaco, no entanto, não é um profissional, é um diretor dedicado, nada recebe muito pelo contrário, muitas vezes comparece "com o dele", num quebra-galho qualquer. E apesar do seu trabalho permanente no Clube, ele acaba de concluir, brilhantemente, o curso de Engenheiro Eletricista pela Escola de Engenharia Veiga de Almeida, com o termo da colação de grau a ser conferido no dia 18 de janeiro, às 20,30 horas, na sede do América Futebol Clube. Que ele, agora, cumpra também o juramento de que, no exercício da sua profissão, honrará os deveres que ela impõe e, sempre dignificando a pessoa humana, contribua, com, o poder de seu espírito, para o desenvolvimento da Engenharia — progresso e glória do Brasil. E disso estamos certos e ele merece. Nossos parabéns, Mario.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 237 de dezembro de 1979
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MARINA CAMPOS DE MELLO
GRANDE ATLETA DO PASSADO
O titulo de sócio-emérito é concedido a quem tenha prestado serviços relevantes ao Botafogo, na qualidade de atleta amador, preenchendo para isso os seguintes requisitos: a) — contar mais de 17 anos de idade; b) — não tiver sido punido pelo Clube, com suspensão ou desligamento nos últimos cinco anos; c) — tiver participado, pelo Clube, de campeonatos, torneios e competições oficiais, durante seis anos consecutivos ou doze alternados. Ou ainda se houver conquistado, quando em atividade desportiva, campeonato individual olímpico ou mundial. Essa distinção honorífica só será concedida ao atleta amador, após haver abandonado a sua atividade desportiva que o tornou merecedor da referida homenagem. Usando, portanto, das suas atribuições estatutárias e na forma do regulamento para a concessão de títulos honoríficos, o Presidente do Botafogo apresentou várias propostas ao Egrégio Conselho Deliberativo, devidamente justificadas e posteriormente aprovadas. Dentre elas, muito merecidamente, estava o nome da nossa antiga e consagrada atleta Marina Campos de Mello. Que beleza rever essa gente! Marina começou no Botafogo em 1959, ainda muito garota, como atleta juvenil nos arremessos de peso e disco, tendo sido logo campeã no mesmo ano, além de outros títulos conquistados. Posteriormente, além do atletismo, passou a disputar basquetebol, não só no time juvenil como depois no quadro principal. Também foi logo campeã pelo Botafogo, em vários anos sucessivos, tendo então como treinador o nosso querido Honorato, também nosso sócio-emérito, e o atual Presidente do Clube, Charles Borer. Encerrou sua carreira de atleta em 1966, não tendo jogado em nenhum outro Clube, pois sempre foi grande botafoguense, integrando até agora o nosso quadro social. É bom lembrar aqui que o atletismo já teve também a sua glória no alvi-negro, tanto na parte masculina como na feminina, chegando mesmo a ser tetra-campeão, de 1948 a 1951 e penta-campeão de 1964 a 1968.
Na foto, quando a nossa grande atleta do passado, Marina, recebia satisfeita das mãos do Presidente Charles Borer, seu honroso diploma de sócia-emerita, muito aplaudida na ocasião.
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 238 de maio de 1980
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Marise Macedo Ribeiro
Mineirinha de Juiz de Fora, Marise Macedo Ribeiro, prata da casa legítima, "menina dos olhos" de três próceres de nosso volley-ball Romacild, Margarida e Alceu da Oliveira Castro — bateu suas primeiras bolas naquela quadrinha pitoresca e arborisada do Colégio Imaculada Conceição, na praia de Botafogo. De lá para o Mourisco, foi um salto ligeiro e em meiados de 1950. encontramos a garota Marise sob os cuidados dedicados de Romacild para ser lançada em nossa segunda equipe, juntamente com Ivany, a 25 de novembro, estreando em jogo oficial com uma vitória sôbre o Flamengo, seu único prélio, aliás, na-pele ano.
No ano seguinte, 1951, Marise progrediu tanto que Nelsinho destacou-a para reserva da equipe principal no torneio inicio, tendo Marise brilhado durante toda temporada em nossa segunda equipe.
Em fins de outubro de 1951 encontramos o Botafogo arrumando as malas para a disputa do Troféu João Lyra Filho em Belo Horizonte e em difícil situação: sem tecnico e sem três de suas estraordinárias cortadoras — Yvette Maris, Acyr e Margarida.
Foi quando Romacild e Alceu de Oliveira Castro lembraram-se daquela garotinha do segundo team que revelara tanto geito e logo entraram em ação, encontrando forte oposição da digníssima progenitora da mesma, que não desejava seu jovem "broto" entre "malucas" do desporto: uma acompanhante de confiança, a prima Marialva, resolveu a hipotese e Marise seguiu radiante da vida integrando a delegação botafoguense. Com a equipe desfalcada, o Botafogo ia apenas honrar um compromisso, não deixando de disputar o troféu que instituira em 1948 e assim perdeu para o Pinheiros e para o Icarai, mas, contra toda a espectativa, realizou a incrível façanha de abater as donas da casa, o Minas Tenis Clube, com uma de suas maiores vitórias de todos os tempos. E a garota Marise? Para a grande alegria de seus "padrinhos", foi a maior figura da equipe, a mais grata revelação da temporada, conquistando definitivamente a posição onde brilha até hoje como a atleta segunda colocada em número de jogos de volley-ball disputados pelo Botafogo: 127 até 26-9-55, sendo 66 oficiais e 61 amistosas.
Em 1952 assumindo a direção de nosso voley, Margarida Leite burilou definitivamente Marise, que foi um espetáculo em Cambuquira, embora chorando como uma criança quando perdia um jogo ou errava uma cortada, tornando-se a nossa querida "Marisinha".
Batendo bem na bola, passando e levantando magnificamente, cortando do violentamente, Marise foi adquirindo cancha e hoje, sendo seguramente das melhores jogadoras da cidade, não mais enche de lágrimas seus lindos olhinhos azues mas, muito emotiva, ainda tem seus dias de desnorteamento e, ai, só há um remédio: sentar um pouco, recuperar a calma e voltar como uma leôa, como há pouco sucedeu em nossa grande vitória sôbre o Mackenzie, quando Marise, após um momento de depressão e vingando-se de sua má atuação de Belo Horizonte, arrazou a brava equipe campeã mineira.
Linda, alegre e elegante, foi a Miss Botafogo nas temporadas de Cambuquira de 1952 e 54, sendo professora de educação física diplomada pela E.N.E.F.D. e ótima jogadora de basket-ball, esporte que quase não pratica para não contrariar os desejos de sua presada mãe, tendo, entretanto, brilhado em nossa equipe de 1952 e integrado este ano, no Troféu Armando Albano, a nossa valorosa equipe que derrotou a do Fluminense, fazendo, assim, jús a uma medalhinha de campeã reserva.
Acervo particular: Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 109 de novembro de 1955
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MARLENE JOSE BENTO
Aquela menina esguia, alta e elegante, o "Marlenão'" da nossa intimidade, "pivôt" brilhante da equipe de basket, é Marlene José Bento, a grande cestinha da cidade, que iniciou sua carreira esportiva, praticando volley e basket, em fins de 1952 no A.C. Tupi, de Oswaldo Cruz, de onde passou ao Clube dos Sub-Oficiais e Sargentos da Aeronáutica e depois ao América F. C. No grémio rubro, em 1953, Marlene excurcionou com o volley á Cambuquira e brilhou no campeonato de basket, integrando a seleção carioca terceira colocada no certamen nacional de Curitiba, efetuado em fevereiro de 1954.
Nesse ano transferiu-se para o Quintino que, porém, extinguiu sua secção, pelo que Marlene acompanhou Charles Borer ao Botafogo, onde logo se impôs, vencendo o triangular do Cinquentenário e obtendo o terceiro lugar nos Jogos da Primavera e no Campeonato Carioca, quando assombrou, logrando o título de cestinha máxima da cidade, com 161 pontos em dez pelejas e a magnífica média de 16,1 por partida.
Em janeiro de 55, no campeonato brasileiro realizado no ginásio de Caio Martins, foi a revelação do certamen, tendo dominado a grande Aparecida, da seleção paulista, em duelo impressionante, conforme foi proclamado e reconhecido pela "Gazeta Esportiva", de São Paulo: — "Embora pareça incrivel, a carioca levou a melhor, já que em alguns lances conseguiu neutralizar a ponta de lança da seleção bandeirante, além de ter o mérito de ter feito bastante numa partida em que todas foram grandes".
Impôs-se, assim, Marlene para a seleção brasileira que em março, logrou a terceira colocação no Pan-Americano do México, tendo Marlene disputado seis partidas, só não atuando nos dois jogos com o Chile.
E, de regresso ao Rio, Marlene colheu pelo glorioso, nova messe de vitórias, sagrando-se campeão do Torneio Armando Albano e dos 1º Jogos de Inverno de Santos, quando marcou, respectivamente, 133 e 55 pontos.
Apesar de sua pouca idade, verdadeiro brotinho, Marlene já participou de grandes pelejas, mas, fato curioso, sua maior emoção colheu-a em defesa de seu colégio, o Piedade, pelo qual é campeã de basket e atletismo nas Primaveras de 1953 e 55: em prelio duríssimo com o Ateneu, achava-se o jogo empatado, com trinta segundos para o término, quando em uma disputa de bola, perdendo a noção do local, Marlene encestou sensacionalmente contra as suas cores para logo a seguir, alucinada, reagir e empatar magistralmente a luta que veio a vencer na prorrogação, por sete pontos de diferença.
No volley-ball, mercê de sua excepcional estatura Marlene possue todos os predicados para brilhar; tendo atuado muito bem no América, sob o comando de Nelson Santos, sendo que no Botafogo, para onde se transferiu este ano, integrou duas vezes a nossa segunda equipe campeã, ocupada, como se achava, pelo basket, mas pretende atuar futuramente com maior efetividade.
No atletismo, Marlene, d fendendo o Clube dos Sub-Oficiais, o Colegio Piedade e o Botafogo, revelou grandes qualidades, tendo estreado em defesa de nossas cores, a 21 de agosto de 1954, na competição interclubes contra o Vasco da Gama, na categoria de juvenil, quando, com 10;09m., bateu o record de classe no arremesso do piso e logrou um 4º lugar nos 75 metros rasos para, na competição contra o Fluminense, lograr o 1º lugar em salto em altura, com 1,35 m. e o terceiro no arremesso de dardo.
Encerraremos esta rápida biografia com rara e impressionante façanha de Marlene: às 22 horas e 45 minutos de 17 de novembro, consagrou-se campeã invicta de basket-ball do Rio de Janeiro e cestinha máxima da cidade com 151 pontos em oito jogos e às 21 horas e 30 minutos de 13 de novembro, como verdadeira arma secreta da equipe, consagrou-se campeã da segunda divisão de volkey-ball: dois títulos para o glorioso, em menos de 24 horas!
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 110 de dezembro de 1955
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Torneio Inicio Feminino
No domingo, 6 de maio, no ginásio do Tijuca, iniciou-se a temporada oficial da F.M.V., com o Torneio Início, tendo o BOTAFOGO, em sua primeira apresentação, com Ivany, Roma, Yara, Margarida, Lélia e Marise e, depois, Lúcia e Anah, sobrepujado o Bangu por 20x5 (set único de vinte pontos).
No segundo jôgo, sensacionalmente disputado, ponto a ponto, nossa valorosa equipe, com Ivany, Roma, Yara, Margarida, Leila (Anah) e Marise, foi vencida pelo América, que seria o vencedor do Torneio, por 22x20, tendo sido bastante prejudicado pela disparatada atuação do árbitro.
É preciso salientar que, não dispondo de quadra própria, nossa valorosa equipe atuou sem dar um único treino, sendo que desde Cambuquira não atuava em conjunto.
Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 115 de junho de 1956
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