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segunda-feira, 9 de março de 2020

MARECHAL HERMES


A Bandeira do BFR hasteada também em Marechal Hermes 

ASSINADA A ESCRITURA DE INCORPORAÇÃO DO SPORT CLUB UNIÃO 

Diante da situação urgente e inadiável da entrega da sede social da Av. Wenceslau Brás e, em consequência, do campo de futebol, à Cia. Vale do Rio Doce, em razão do compromisso assumido através de escritura assinada a 30 de janeiro deste ano, o Presidente do BFR se viu na contingência de procurar rapidamente uma praça de esportes para que o clube possa efetuar, logo no início de janeiro de 1977, o treinamento dos atletas do seu Departamento de Futebol, visando as atividades do ano entrante. 
Dessa maneira, após realizar vários estudos, chegou à conclusão de que o patrimônio do Sport Club União era o que melhor atendia às necessidades do Botafogo, já que, se efetuando benfeitorias na sua praça de esportes, com um melhor aproveitamento de sua área, propiciará não só um, campo de futebol para treinamento, mas também para jogos de relativa expressão, construções de locais para competições de esporte amador, circunstâncias essas que, sem dúvida, por outro lado, atrairão os moradores de Marechal Hermes e redondeza a se tornarem associados do BFR. 
Após entrar em entendimentos com os responsáveis pelo Sport Club União, foi nomeada uma Comissão mista de três peritos, constituída dos drs. Rogerio Lundgren Carneiro, Araken de Carvalho Novaes e Paulo Posado Cruz que avaliaram o patrimônio daquela agremiação em Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros). E diante das providências preliminares foi aprovado o referido valor para efeito de incorporação. 
ASSINADA A ESCRITURA DE INCORPORAÇÃO 
Assim, concluídos esses estudos, no dia 23 de dezembro último, na sede do BFR., à Av. Venceslau Brás, foi assinada a escritura de incorporado daquele em Mahechal Hermes, representado na ocasião pelo seu Presidente, Roberto Carvalho Rennó, na presença de várias testemunhas. 
A referida escritura com a presença do nosso Presidente, foi lavrada, desde que fossem atendidas ainda as seguintes condições: 
1) — o Patrono do Sport Club União, Sr. Felisberto Gomes Coelho, receberá do BFR a distinção de Honorário; 
2) — os sócios contribuintes do incorporado, em número de 36, se subordinarão às seguintes regras: a) — serão portadores de direitos e obrigações dos sócios da mesma categoria do Botafogo, estabelecidos nos seus estatutos e regimentos internos; b) — a taxa de mensalidade será mantida em Cr$ 20,00 (vinte cruzeiros) e nos aumentos futuros que venham a ocorrer para a mesma categoria, será respeitada a proporção de 2/5 (dois quintos) ora existentes; 
3) — os sócios Beneméritos, Beneméritos-Atletas, Remidos, os membros do Conselho Diretor, Deliberativo e Fiscal do Sport Club União passarão a pertencer à categoria de sócios remidos do BFR; 
4) — os membros dos órgãos institucionais do incorporado que exerceram seus mandatos integralmente, em períodos anteriores, bem como os ex-atletas que prestaram serviços relevantes, especialmente, os que se distinguiram com o Prêmio "Belfort Duarte", poderão ingressar na categoria de remidos, observadas as seguintes regras: a) — a pretensão será oferecida em requerimento dirigido à Comissão especial, então designada, que deverá, diante das provas indicadas, dar parecer no prazo de 30 dias; b) — aprovada, por unanimidade, pela Comissão Especial, esta, em parecer circunstanciado, remeterá a indicação ao Conselho Diretor do BFR, que só não o acolherá em casos que venham a ferir, comprovadamente, os interesses do clube; c) — das decisões da Comissão Especial não caberá recurso; 
5) — O BFR, no mesmo prazo, procederá a entrega do titulo de Honorário ao patrono do União, bem como os títulos de remido aos sócios que ficarão nessa categoria; 
6) — O BFR manterá em Marechal Hermes pessoa credenciada para receber as mensalidades dos sócios contribuintes; 
7) — a nova praça de esportes terá a denominação seguinte: "BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS — Praça de Esportes União de Marechal Hermes"; 
8) — 0 BFR se obriga a realizar, todos os anos, no dia 15 de novembro, festa comemorativa de aniversário do União, sendo sempre necessário sejam convidados o patrono e os demais associados que se originaram dele; 
9) — O BFR se obriga a manter uma sala denominada SPORT CLUB UNIÃO onde serão guardados os troféus e de-ais objetos representativos da atividade e história do incorporado e que serão confiadas ao Sr. Euclydes Carlos da Silva e, na sua falta, por qualquer outro, originário do União. 
Foi, assim, naquela data e nestes termos, incorporado ao BFR o Sport Club União, de Marechal Hermes, através es-ritura passada, gratuitamente, diga-se de passagem, pelo Tabelião do 2º Ofício, Sr. Eros Magalhães de Mello Vianna, ilustre botafoguense, e cujo escrevente presente ao ato, Sr. Sergio Figueiredo, antigo torcedor do clube, aproveitou e assinou a sua proposta de sócio. 
UM NOVO GRAMADO E UM PEQUENO ESTÁDIO 
A entrega do terreno à Vale do Rio Doce, obrigou o nosso empregado, Sebastião Alves Segundo a abandonar seu velho hábito de passear pelas praias da Zona Sul depois de cuidar do gramado de General Severiano. Ele agora, na Rua Xavier Curado, em Marechal Hermes, trata do antigo campo do União, que tem cerca de 120 metros de comprimento por 80 de largura, e garante que, em matéria de qualidade, o novo gramado será superior ao de General Severiano. — Aqui não tem buracos e a grama crescerá melhor, devido à maior umidade da terra. 
Esse bom mineiro, hoje de 60 anos, é antigo torcedor do Botafogo. De espírito alegre e comunicativo, Sebastião conseguiu logo a amizade dos jogadores, que passaram a chamá-lo de "meu tio". E não precisou procurar casa. Acomodou-se num dos quartinhos debaixo do corredor das arquibancadas, que já serviram de moradia para os juvenis vindos do interior em busca de um lugar no time. 
Agora, ele mora numa casa velha de alvenaria. Apesar da saudade, diz que já se acostumou à nova moradia. — Gostava muito de General Severiano, mas a gente tem de se conformar. O importante é que o Botafogo não fique sem campo para treinar. Enquanto 11 operários descarregam a grama, trazida de Caramujo, Bairro de Queimados, na Baixa Fluminense, Sebastião falou sobre a "operação gramado". 
- Estamos plantando uma grama idêntica à do Maracanã, chamada "barbante". Antes, os operários da firma encarregada fizeram bom serviço de drenagem, que evitará alagamento depois das chuvas e formação de lodaçais. 
Sebastião Alves já passou a hastear a bandeira do Botafogo, em Marechal Hermes, diariamente, às seis horas da manhã. Sob seus cuidados, ela fica no alto até as 18 horas. Nota-se, com as obras no local, grande entusiasmo por parte dos moradores e comerciantes da redondeza. É o primeiro grande Clube da Zona Sul que passou a ter dependências nos subúrbios cariocas. O próprio Fluminense tentou recentemente, um convênio de utilização das dependências de um clube da Zona Rural. E o Flamengo, na plataforma eleitoral de seus candidatos à Presidência, também pensa da mesma forma. Mas os planos do presidente Charles Borer não se limitam ao gramado e aos vestiários: — Estamos negociando com o Exército permissão para construirmos no local um estádio para os jogos contra os times pequenos. Será semelhante ao do Volta Redonda, com capacidade para 35 mil pessoas em confortáveis arquibancadas de alumínio. 

Acervo particular Marcelo Serafim
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 226 de dezembro de 1976
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Inauguração do Estádio Mané Garrinha em Marechal Hermes

Estádio Mané Garrincha, também conhecido como Marechal Hermes, ou anteriormente, Estádio Glorioso de Marechal Hermes, foi um antigo estádio de futebol do Botafogo de Futebol e Regatas no bairro de Deodoro, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Antes, porém, o campo pertencia ao Sport Club União (clube este fundado em 5 de Novembro de 1915, alvinegro também), atual União Futebol Clube. O campo foi inaugurado em 1922.
O maior artilheiro do Estádio é o ex-jogador Mendonça.
Atualmente, em Marechal Hermes, ficam localizados os times de futebol das categorias de base do Botafogo de Futebol e Regatas. Integram o local, as equipes:
Além dessas divisões, no local são realizadas as "peneiras" com o objetivo de selecionar os novos jogadores do clube.
Em Marechal Hermes, existe também escolinhas de futebol que atendem à população local

História

Foi reinaugurado em 22 de outubro de 1978 numa partida entre Botafogo e Portuguesa da Ilha, vencida pelo alvinegro por 2 a 1. O Botafogo passou a realizar apenas alguns de seus jogos como mandantes em Marechal Hermes pois havia perdido a sede de General Severiano no bairro de Botafogo. A última partida do Botafogo lá foi realizada em 20/07/1986, vencendo o Goytacaz de Campos por 1 a 0.
As arquibancadas do estádio eram sobre armações tubulares.
Na década de 1990, ao recuperar General Severiano e arrendar o Estádio Caio Martins, o time profissional do Botafogo deixou de utilizar o estádio de Marechal Hermes, que foi demolido e passou a ser a casa das divisões de base do clube. As equipes inferiores do Botafogo mandam algumas partidas no local.

Partida inaugural

22 de outubro de 1978   Botafogo    2 - 1   Portuguesa-RJ
                                       Dé 46'
                                       Mendonça 79'                                                                                                                      Luisinho 84'


·                    Botafogo: Zé Carlos, Perivaldo, Osmar, Renê e Ademir Vicente; Wecsley, Mendonça e Ademir Lobo; Gil (Cremílson), Luizinho Lemos (João Paulo) e Dé. Técnico: Danilo Alves.
·                    Portuguesa: Chico, Sérgio Roberto, Márcio, Fernando e Dori; Édson, Carlinhos (Emílio) e Jair; Zair, Luisinho e Bruno. Técnico: José Storino.

Fonte : WikipédiA
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A história de um estádio do subúrbio carioca e a mudança da cultura do futebol

Gilmar Mascarenhas 

Dos mais de 60 (ou 70) estádios que pude conhecer nesta longa trajetória de “boleiro viajante” (ou coisa que o valha), guardo com carinho e nostalgia maior o pequeno estádio Marechal Hermes. Situa-se no bairro homônimo, planejado em torno da caprichosa estação ferroviária inaugurada em 1913, certamente uma das mais belas dentre as dezenas de estações da cidade do Rio de Janeiro, com tijolos maciços ingleses, azulejos belgas e alemães, telhas e arcos de ferro fundido franceses, conjunto devidamente tombado pelo Patrimônio Histórico. Sua vila operária, fundada, não casualmente, no dia 1 de maio do mesmo ano, em especial projeto do então presidente da República, o positivista Marechal Hermes da Fonseca (que empresta seu nome ao bairro), demarca para alguns estudiosos o verdadeiro início das políticas públicas de habitação social no Brasil. Ao menos foi a primeira iniciativa contundente do governo federal nesse sentido, conforme atesta Nelson Nóbrega Fernandes no livro “150 anos de subúrbio carioca”; geógrafo sagaz e grande amigo que infelizmente nos deixou, repentinamente, em 2014.

Situado a aproximadamente 25 quilômetros do centro da cidade, o então longínquo bairro foi planejado para ser um modelo moral de existência digna, higiênica e devidamente controlada da classe trabalhadora, em oposição aos cortiços, com moradias sólidas, ruas largas e arborizadas, escolas profissionalizantes e biblioteca. Não por acaso, o bairro é vizinho da Vila Militar, projetada pelo mesmo Marechal Hermes em 1908, quando ministro da Guerra. Uma aposta na “cidade disciplinar” para combater ao mesmo tempo a efervescência do movimento operário e os comportamentos enquadrados como “malandragem”.

Os planejadores “esqueceram” algo fundamental no bairro que rapidamente se urbanizava, mas sua gente tratou de resolver a grave lacuna com autonomia e espírito lúdico, fundando seu clube de futebol, já em 1915: o União de Marechal Hermes Futebol Clube. O que não surpreende, pois aquela segunda década do século 20 registrou a impressionante criação de dezenas ou centenas de clubes de futebol pelo subúrbio carioca, bem como ligas de bairro, expressão maior do intenso processo de popularização do futebol na capital federal, conforme o livro “Footballmania”, valiosa contribuição de Leonardo Afonso Pereira (2000). Alguns desses clubes suburbanos alcançaram longevidade e êxito entre os “grandes da cidade”, tais como o Olaria (também fundado em 1915), o Bonsucesso (de 1913) e o Madureira (de 1914).

O União de Marechal inaugurou em 1922 o estádio que agora ocupa o centro de nossa conversa. Podemos imaginar a animação e os sentimentos identitários fervendo (e se constituindo) nas disputas locais, bem como no campeonato carioca (o clube foi vice-campeão dos “segundos quadros” no primeiro certame profissional, o de 1933). Entre os anos 1920 e 1950, a cidade provavelmente acolheu muitas dezenas de vibrantes pequenos estádios, numa poderosa rede de sociabilidade que alimentava os circuitos cotidianos de reprodução sociocultural das classes trabalhadoras.


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 TIME DO UNIÃO DE MARECHAL HERMES EM 2011

Muito pouco sabemos desta história, cuja materialidade foi se perdendo com o progressivo desaparecimento daquelas agremiações, associada também à adesão crescente da gente suburbana aos cinco clubes do circuito midiático (então radiofônico e da imprensa escrita), situados todos em bairros nobres ou centrais. Cumpre registrar que desde os anos 1980, dentre nossos colegas historiadores, crescia a vertente da história cultural, e nela o campo da história oral, que permite o resgate de aspectos não documentados da vida cotidiana de outrora. Mas o futebol não despertou interesse, ao menos no Rio de Janeiro (em São Paulo alguns poucos trabalhos foram realizados, resultando inclusive no tombamento do Parque do Povo), de forma que perdemos definitivamente a grande oportunidade de entrevistar pessoas que presenciaram e foram sujeitos atuantes daquele vibrante universo popular do futebol nos anos 1920 a 1950.

Pois bem, no contexto de decadência do futebol suburbano, o pequeno estádio Marechal Hermes, 56 anos depois de sua inauguração, era apenas mais um dentre tantos que agonizavam (ou mesmo desapareciam), deitando um rastro de saudades das tardes animadas de outrora. Foi quando o Botafogo, que havia perdido em meio à crise político-administrativa sua sede histórica de General Severiano, reformou e reinaugurou esse mesmo estádio, passando a mandar ali os seus jogos.

Naquele 1978, eu era aluno secundarista do Colégio Estadual Visconde de Cairu, no Méier, subúrbio um pouco mais bem situado. Aos 15 anos, minha vivência de estádio se restringia ao Maracanã, que era então o centro de tudo (apenas numa ocasião estivera no estádio Conselheiro Galvão, em Madureira, grande centro comercial e cultural suburbano). Já começara a frequentar, com colegas, a excitante e arriscada geral do Maraca, deixando para trás a experiência da infância, de sentar na arquibancada acompanhado de responsáveis.

Aliás, peço licença para deixar aqui registrada minha primeira (e inesquecível, claro) partida no Maracanã (os que preferirem podem saltar para o parágrafo seguinte): tinha dez anos quando, no dia 20 de maio de 1973, o Botafogo enfrentou o Flamengo pelo Campeonato Carioca. Logo aos 15 minutos do primeiro tempo, pênalti para o Flamengo, alvoroçando os cerca de 70 mil presentes (público pagante oficial: 56 mil). Paulo César Caju, craque revelado no clube, havia sido dispensado por sua atitude considerada irresponsável e agora atuava no time inimigo. Bem, torci muito para o “traidor” PC Caju perder aquele pênalti, defendido pelo magnífico goleiro Wendell. O Botafogo venceu o duelo por 2 a 0. Era o jogo de despedida do Roberto Miranda (centroavante que atuava na seleção brasileira), que fez um  belo gol tocando de cobertura. Vitória sem surpresas, numa época em que o Flamengo era freguês do Glorioso (ficara quatro anos sem vencê-lo, no final dos anos 1960, quando o goleiro Manga costumava dizer que gastava o bicho bem antes de entrar em campo contra o rubro-negro). A goleada por 6×0 (jamais devolvida integralmente, pois com requintado gol de calcanhar e aplicada justo no dia do aniversário do rival) estava bem fresca, ocorrida seis meses antes. E o Botafogo tinha disparado o melhor esquadrão da cidade e por que não do Brasil, disputando naquele ano a Libertadores (foi vice do Brasileirão de 1972), dela eliminando o campeão brasileiro, o Palmeiras, com duas vitórias nos dois confrontos diretos, e mais tarde deixando, por um gol apenas, dolorosamente sofrido no último minuto, de decidir a final continental contra o Independiente. Foi justamente no empate em 3×3 contra o Colo-Colo, em Santiago (80 mil pessoas no estádio com capacidade para 40 mil), no jogo que adiou o golpe militar chileno, conforme título do livro de Luis Urrutia: O Colo-Colo abriu 2 a 0, mas o Botafogo tinha o controle do jogo e conseguiu virar () O empate foi nos acréscimos. O país estava paralisado pelos choques políticos, mas aquele gol gerou uma festa incrível. Foi uma noite de Carnaval em Santiago.

Arroubos botafoguenses à parte, a nova casa do clube foi reinaugurada em 22 de outubro de 1978 numa partida entre Botafogo e Portuguesa da Ilha, vencida pelo alvinegro por 2 a 1, diante de 20 mil pessoas acotoveladas, entre elas este que agora escreve. Era um simpático estádio de madeira, como foi a totalidade da primeira geração de nossos estádios. Há poucos remanescentes, pois em diversos países e cidades eles foram interditados e obrigados a reformas, devido ao grave risco de incêndios. Destes, experiência marcante foi para mim assistir no ano 2000, em Buenos Aires (por ocasião do III Encuentro Deporte y Ciencias Sociales promovido pela equipe Area Interdisciplinaria del Deporte, da qual fui membro), junto a Christian Bromberger (nosso mestre), Tulio Gutterman e outros pesquisadores a um jogo no estádio do lendário Ferro Carril Oeste, el templo de madera em Caballito, igualmente situado em subúrbio ferroviário.

O estádio Marechal Hermes foi logo rebatizado, homenageando Mané Garrincha. Naqueles idos de 1978 e 1979, o Botafogo voltava a apresentar um bom time (ainda que bem inferior aos esquadrões de 1961-62, 1967-68 e 1972-73), liderado agora pelo craque Mendonça e tendo como dupla de ataque os ariscos Luisinho Tombo e Dé (o Aranha). No Brasileirão de 1978, na semifinal contra o São Paulo, no Morumbi, após vencer no jogo de ida, precisando apenas do empate para decidir o título nacional, sofremos uma virada de 3 a 2 com polêmica arbitragem. Aliás naquele ano o Botafogo alcançou a invencibilidade de 52 partidas oficiais, recorde nacional jamais ultrapassado, apenas igualado pelo Flamengo no ano seguinte, justamente interrompido pelo alvinegro carioca, em jogo histórico que pude presenciar, posicionado junto a mureta de proteção da arquibancada (a mesma que fatalmente desabou em 1992), agachado de lado para o campo e assim usando quadris e ombros para não ser esmagado pela multidão (lembro de não poder sair dali no intervalo). Em jogos do Campeonato Brasileiro, o Botafogo ainda detém o recorde inigualado de 42 jogos sem derrota, conquistado exatamente naquela época. Marechal Hermes foi um autêntico alçapão a colaborar nesta façanha.


O time reanimou a vida suburbana em Marechal Hermes, ao longo daquele 1979, com algumas goleadas no Campeonato Carioca (7 a 1 sobre a A.D. Niterói, antigo clube Manufatura, de fábrica, e 6 a 0 sobre o Bangu), bem como no Campeonato Nacional (6 a 1 no São Bento-SP). Alegrias que não esqueço, em meu último ano colegial. Eu mesmo não entendia plenamente por que amava tanto aquele estádio “precário”, símbolo da decadência e da má gestão do clube. Sentia-me em casa ali. Gostava da possibilidade de interlocução direta com os jogadores, juiz e comissão técnica: nossos gritos e xingamentos sendo ouvidos, bem como nossas valiosas “dicas” aos jogadores (“abre mais”, “avança”, esse marcador tá com medo, vai nele, tá cansado, pega fulano, etc.). Éramos autênticos protagonistas da festa, diferentemente do Maracanã. Bem mais tarde, estudando as feiras livres (mestrado) e o futebol (doutorado), pude entender essa inclinação pessoal pelo estudo dos espaços públicos, seu espírito lúdico e suas sociabilidades.

Importante registrar como era plenamente acessível aos mais pobres comparecer ao estádio. O bilhete de trem custava algo inferior a 1,00 (hum real) de nossos dias, já que o salário-mínimo de 1979 permitia adquirir mais de 1.000 bilhetes. Quanto ao valor do ingresso aos jogos em Marechal Hermes, ouso supor que custariam algo entre R$ 5 e R$ 10. Decerto, tábuas de madeira não são confortáveis, tampouco ter suas sandálias furtadas por moleques brincalhões que transitavam por baixo das arquibancadas, e que frequentemente davam beliscões, arrancavam pelos de nossas pernas ou mesmo nos cutucavam com cabos de vassoura. Mas era bem divertido. Ambiente de circo mambembe, ainda uma experiência urbana comum (embora já em declínio) naquela época.

Abruptamente, a partir do ano seguinte (1980), com meu ingresso como estudante de Geografia na UFF, simplesmente abandonei o futebol, que era então visto como maldito e poderoso ópio do povo, inimigo das causas populares, para mim uma súbita e desconcertante descoberta. Aqueles que frequentaram o movimento estudantil de então sabem do quanto os torcedores eram considerados idiotas alienados. Ainda que movimentos como a Democracia Corinthiana contribuíssem mais tarde para atenuar esse preconceito contra o futebol. E assim, somente em 1986, já como professor, retornei paulatinamente aos estádios. Tive que esperar por três anos até gritar é campeão, agora frequentando outro pequeno estádio muito simpático, o Caio Martins, escalando o alambrado junto com os goleadores Maurício e Paulinho Criciúma.

O estádio que guardo comigo, colorido pelo sol e pelos gols nas tardes de festa, choca-se profundamente com a imagem atual. O clube ainda usa o equipamento como Centro de Treinamento, reflexo direto dos descuidos para com as categorias de base. Reflexo também do abandono de nossos subúrbios. E do abandono de certa cultura torcedora pela nova economia do futebol, enamorada do conforto frio das luxuosas arenas. Felizmente, temos ainda estádios residuais, onde se pode ter alguma ilusão de reviver a incontornável atmosfera de outrora. Bem gostaria de assistir novamente a bola rolando em Marechal Hermes

ESTE TEXTO É UMA REPUBLICAÇÃO DE ARTIGO PUBLICADO NO SITE LUDOPÉDIO
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INÍCIO DAS ATIVIDADES DO BFR EM MARECHAL HERMES

As instalações do campo de Marechal Hermes já estão quase prontas, faltando apenas a conclusão das obras de construção dos vestiários e alojamentos, o e se dará dentro de poucos dias. O gramado, aliás magnífico, com as balisas colocadas das e o alambrado fixado, já está sendo usado pelos nossos jogadores.

No primeiro treino, a galera local tornou conta do campo para ver de perto os cobras do Botafogo. Está tudo uma beleza, como se esperava. Para conhecimento dos sócios e torcedores em geral, o clube está. providenciando, para o próximo mês de junho, uma reunião no local, que marcará, oficialmente, o inicio das atividades do clube em Marechal Hermes, quando, inclusive, recepcionará as autoridades civis e militares e a população da região. Do programa já traçado pelo Presidente Charles Borer, haverá pela manhã, alvorada, hasteamento da bandeira alvinegra, missa campal, desfile de todas as seções esportivas do clube e, por fim, depois da colocação de uma placa comemorativa, a realização de um jogo de futebol com a presença de antigos e consagrados jogadores do Botafogo contra um time de veteranos do Esporte Clube União.

Vamos ainda, na ocasião, prestar uma homenagem ao Neném Prancha, "o filósofo do futebol”, que dizia, entre outras coisas, que o pênalti no futebol é tão importante que o Presidente do clube é que devia bater, e vai acontecer em Marechal Hermes. .

E dentro de seis meses serão erguidas, pelo lado esquerdo, arquibancadas de cimento com 37 degraus. Pelo lado direito, as arquibancadas metálicas e a parte social.

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do  BFR nº 228 abril e maio 1977
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PRAÇA DE ESPORTES DE MARECHAL HERMES




No próximo dia 12 de agosto, justamente na data em que o Botafogo de Football Club comemora mais um aniversário de seu fundação, em 1904, portanto, a setenta e três anos, o Botafogo de  e Regatas fará realizar, oficialmente as 10 horas, o inicio de suas atividades nas novas instalações esportivas de Marechal Hermes, a Rua  Xavier Curado, n.° 1.705, no antigo campo do Sport Club União, incorporado através de escritura assinada no dia 23 de dezembro de 1976.

Essa incorporação, como se sabe, foi em virtude da situação urgente e inadiável  da entrega da sede da Avenida Venceslau Brás; e em conseqüência do campo de futebol, a Cia. Vale do Rio Doce, em razão do compromisso assumido com a sua venda, com o que se viu o BFR na contingência de procurar rapidamente uma praça de esportes para que a clube pudesse efetuar o treinamento dos atletas do seu Departamento de Futebol.

Dessa maneira, após realizar vários estudos, sua Diretoria chegou a conclusão  de que o patrimônio do Sport Club União era o que melhor atendia às necessidades do Botafogo, já que, se efetuando benfeitorias na sua praça de esportes, com um melhor aproveitamento de sua área, proporcionaria não só um campo de futebol para treinamento, mas também para jogos de relativa expressão, circunstâncias essas que, sem dúvida, por outro lado atrairiam os moradores de Marechal Hermes e, redondeza a se tornarem associados do BFR.

Após entrar em entendimentos com os responsáveis pelo Sport Club União, foi nomeada uma Comissão mista de três peritos, que avaliaram o patrimônio daquela agremiação. E, diante das providências preliminares, foi aprovado o seu valor para efeito de incorporação. A área é maior do que a área de General Severiano.

OS TERMOS DA ESCRITURA DE INCORPO RAÇÃO

Assim, concluídos esses estudos, foi assinada a escritura de incorporação daquele clube, em Marechal Hermes. A referida escritura foi lavrada, desde que fossem atendidas as seguintes condições: 

1) - o Patrono do Sport Club União, Sr. Felisberto Gomes Coelho, receberia do BFR a distinção de Honorário;

2) - os sócios contribuintes do incorporado, em número de 76, se subordinariam às seguintes regras: a) - serão portadores de direitos e obrigações dos sócios da mesma categoria do Botafogo, estabelecidos nos seus estatutos e regimentos internos; b) - a taxa de mensalidade seria mantida em (vinte cruzeiros) e nos aumentos futuros que venham a ocorrer para a mesma categoria será respeitada  a proporção ele 2/5 (dois quintas) ora existentes; hoje, essa taxa de mensalidade é de Cr$ 40,00;

3) - os sócios Beneméritos, Beneméritos-Atletas, Remidos, os membros do Conselho Diretor, Deliberativo e Fiscal do Sport Club União passariam a pertencer  a categoria de sócios remidos do BFR;

4) - os membros dos órgãos institucionais do incorporado que exerceram seus mandatos integralmente, em períodos anteriores, bem como os ex-atletas  que prestaram serviços relevantes, especialmente, os que se distinguiram com o Prêmio "Belford Duarte", poderiam ingressar na categoria de remidos, observadas as seguintes regras: a) - a pretensão seria oferecida em requerimento dirigido a Comissão especial, então designada, que deveria, diante das provas indicadas, dar parecer no prazo de 30 dias; b) - aprovada, por unanimidade, pela Comissão Especial, esta, em parecer circunstanciado, remeterá a indicação ao Conselho Diretor do BFR, que só não o acolherá em casos que venham a ferir, comprovadamente, os interesses do clube; c) - das decisões da Comissão Especial não caberá recurso.

5) - O BFR, no mesmo prazo, procederia a entrega do titulo de Honorário ao patrono do Unido, bem como os títulos de remido aos sócios que ficaram nessa categoria;

6) - O BFR manterá em Marechal Hermes pessoa credenciada para receber as mensalidades dos sócios contribuintes;

7) - A nova praça de esportes terá a denominação seguinte: "BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS - Praça de Esportes União de Marechal Hermes":

8) - O BFR se obriga a realizar todos os anos no dia 15 de novembro festa comemorativa de aniversário do União, sendo sempre necessário sejam convidados o patrono e as demais associados que se originaram dele;

9) - O BFR se obriga a manter uma sala denominada SPORT CLUB UNIÃO onde serão guardados os troféus e demais objetos representativos da atividade e história do incorporado e que serão confiados ao Sr. Euclides Carlos da Silva e, na sua falta, por qualquer outro, originário do Unido.

Foi, assim, naquela data e nestes termos, incorporado ao BFR o Sport Club União, de Marechal Hermes, através escritura passada pelo Tabelião do 2o Oficio.

UM PEQUENO ESTÁDIO

No dia 12 de agosto haverá, oficialmente, a inauguração do campo, já com alambrado em redor, instalações de vestiários e alojamentos, e com a presença de sócios, autoridades e convidados especiais, além da torcida em geral. O gramado, que já vem sendo usado segundo a opinião dos jogadores, é melhor do que o do Maracanã. A bandeira do Botafogo já tremula no mastro para ali levado.

A solenidade, de alta significação para o clube, constará, além da visita as suas instalações, de uma missa ao ar livre e a colocação de uma placa comemorativa do evento. Vale a pena conhecer essas novas dependências do BFR, onde, em breve, serão levantadas as suas arquibancadas para um pequeno estádio, com capacidade de 30 mil espectadores e dependências esportivas menores para recreação dos sócios principalmente dos novos, residentes naquela faixa de Marechal Hermes. Há estacionamento, perto, para cerca de seis mil carros. Todas as plantas já estão aprovadas, para o inicio das obras.

O acontecimento esta ensejando grande entusiasmo a comunidade local, inclusive, de ter um clube da Zona Sul, de grande tradição como é o Botafogo de Futebol e Regatas. Podemos afirmar mesmo que essa nova praça de esportes, em Marechal Hermes, vem despertando o maior interesse de todos, naquele populoso bairro, inclusive por parte do comércio local e das industrias existentes na redondeza, pelas manifestações de adesões recebidas pelo nosso clube. Tudo por ali esta se valorizando, nestes últimos meses.

Quem sabe, se já em 1978, o BFR não estará disputando seus jogos menores em Marechal Hermes? É bem possível.

OS SÓCIOS DO UNIÃO ADMITIDOS NO BOTAFOGO

São em número de 132 os sócios do antigo Sport Club Unido, com situação regularizada até dezembro de 1976, admitidos no BFR, de acordo com a sua categoria: 1 sócio Honorário; 55 sócios remidos e 76 sócios contribuintes, nas condições expressas na escritura de incorporação e lista fornecida ao Botafogo.
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O Botafogo de Futebol e Regatas fará realizar, no próximo dia 12 de agosto, a solenidade que marcará, oficialmente, o início das atividades do Clube, nas novas instalações de Marechal Hermes, no antigo campo do Sport Club União, à Rua Xavier Curado, nº 1.705.

 Haverá, na ocasião, missa campal e colocação de placa comemorativa, com a presença de autoridades civis e militares, sócios em geral, Beneméritos, Conselheiros, especialmente convidados, além da população daquele importante bairro carioca. 
Nesse dia será, ainda, lançada uma espécie de campanha para construção do estádio de Marechal Hermes, ou seja, das arquibancadas, para cerca de 30 mil pessoas, onde, futuramente, serão realizados os jogos menos expressivos do Clube, do Campeonato Nacional e amistosos. 
Vale a pena ir conhecer, desde já as instalações prontas, vestiário e alojamento, e seu magnífico campo de futebol, todo cercado de alambrado. A área de Marechal Hermes é maior que a de General Severiano. 
Ainda, em prosseguimento a essa solenidade, haverá, no dia seguinte, sábado, dia 13, naquele mesmo local, pela manhã, duas partidas de futebol, uma entre as torcidas organizadas do Botafogo e um outro jogo entre antigos craques do alvinegro, como Nilton Santos, Garrincha, Joel, Paulistinha, Neivaldo, Pampolini, Ermelindo Matarazzo, Roberto, Richard e muitos outros contra um time de veteranos do antigo Sport Club União, de Marechal Hermes. 

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 229 junho e  julho de 1977
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COLONIA DE FÉRIAS FOI UM SUCESSO 

Com a presença do presidente Charles Borer, de sua esposa D. Eugenia Borer, de vice-presidentes e diretores do Clube e convidados, realizou-se, na Praça de Esportes de Marechal Hermes, no dia 30 de janeiro, o encerramento da I Colônia de Férias do Botafogo de Futebol e Regatas que se processou durante todo aquele mês e se constituiu em sucesso absoluto com a participação de mais de 400 crianças. Divididas em várias turmas participaram das mais variadas atividades de recreação e lazer, além de participarem de várias provas que serviram assim como iniciação esportiva para os meninos e meninas de 4 a 12 anos. Foi sem dúvida um grande sucesso, êxito mesmo, a 1ª Colônia de Férias, em Marechal Hermes. 


O Zagalo, inclusive, assinou o seu contrato durante uma manhã da Colônia. Toda manhã era movimentada, inclusive com a presença dos responsáveis pelas crianças que não se cansavam de elogiar a iniciativa do Botafogo, coisa inteiramente inédita naquela localidade. As inscrições foram encerradas antes do prazo, por falta de espaço para receber a garotada, sempre alegre e feliz com a promoção de nosso Clube. 

A Colônia ainda não tinha começado e já muita gente perguntava se haveria repetição no próximo ano. A festa de encerramento foi uma beleza e obedeceu a um programa especialmente elaborado pela Direção da Colônia, sempre prestigiada com a presença de d. Eugenia Borer, que ali comparecia quase todas as manhãs. 
Constou do seguinte: 
I — Desfile da criançada, cada grupo homenageando um Estado do Brasil; 
II — Hasteamento das "bandeiras do Brasil, do Estado do Rio de Janeiro e do Botafogo; 
III Hinos Nacional e do Botafogo, cantados pelos colonins; 
IV Leitura de versos referentes aos Estados; 
V — Leitura do discurso da menina Valeria Regina, pelo encerramento da Colônia, 
VI — Entrega de placa a d. Eugenia Borer, como lembrança da turma da I Colônia de Férias do Botafogo, 
VII - Entrega de diplomas àqueles que colaboraram para o êxito da colônia de Férias; 
VIII — Entrega de diplomas aos colonins, 
IX — Lanche. 

DESPEDIDA DE TODOS, ATÉ 1979: 

A menina Valeria Regina disse ao microfone: — "Venho, em nome de todas as crianças da primeira Colônia de Férias do Botafogo e Regatas, agradecer a acolhida que tivemos neste período, que não foi senão de alegria e divertimento, embora tenhamos também, aprendido muitas coisas dentre elas, a sermos bons patriotas. Foi uma ótima experiência que tivemos e esperamos que as outras colônias sejam realizadas com o mesmo êxito. 
Foram dias maravilhosos que passamos juntos: quizeramos que esses dias se prolongassem ainda mais por um bom espaço de tempo. Cada dia que passava, sentíamos mais animação, pois o entrosamento entre os instrutores e as crianças foi muito bom. Surgiu uma amizade muito grande entre nós. Agradecemos ã Senhora Eugenia, Borer que muito contribuiu cara o sucesso da Colônia aos nossos instrutores e a todos aqueles que colaboraram conosco. Até a próxima Colônia de Férias!" Foi muito aplaudida por todos os presentes. 

COLABORADORES E AGRADECIMENTOS ESPECIAIS 
Colaboradores da 1ª Colônia de Férias do B.F.R: Diretor, Honorato Bernardo de Oliveira; Coordenadores, Armindo Gomes Leonor; Professores, Pedro Manoel Fernandes, Eduardo Giardini Tavares, Wiliam Paschoal Bezerra, Heitor Lopes de Campos Filho, Tania Regina da Silva Santos, Vanda Santos de Oliveira, Fátima Vitória de Jesus, Spencer Xavier e Claudia Maria. 
Agradecimentos especiais pelo trabalho prestado à Colônia: Alda Rodrigues, Maria José Belém da Cunha, Darcy Correia de Jesus, Vera Lúcia Alves de Souza, Nilza Martins, Nilza da Silva Santos, Miriam Soares Duarte, Irene Lima, Cyrlene Francelina da Silva Lima, Otávio Martins, Olímpio Pigatti e Dark da Ré. Cabe ainda, em nome do BFR, agradecer a colaboração da Coca-Cola, Café Palheta, Banco Itaú e .... ADIDAS, pelo que ofereceram para a Colônia de Férias, em Marechal Hermes. É isso aí o que muita gente não compreende e ainda tenta destruir. Mas Deus é grande. 
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Aplausos Gerais a Marechal Hermes 
Ainda a propósito de Marechal Hermes, perante uma multidão que ali se encontrava, por ocasião do lançamento, da pedra fundamental, de tão desejado estádio alvinegro, é bom recordar, mais uma vez, que dentre de inúmeras autoridades presentes, estava também o comandante Jovino Pavan, da SUDERJ, que, na qualidade de representante do Governador do Estado, aplaudindo a solenidade, assim se manifestou, na ocasião, pós ter hasteado a Bandeira, Nacional em nosso mastro: — "É uma alegria muito grande nesse instante em que o- esporte carioca está mais uma vez em festa. Estamos aqui numa festividade que marca mais um empreendimento, de grande valia para o futebol brasileiro e para o futebol carioca especialmente, de vez que o Botafogo, num esforço muito grande, empresta torcida brasileira mais essa colaboração no sentido de incentivar o futebol, e aqui está inaugurando e lançando a pedra, fundamental do seu novo Estádio : E acrescentou — "Esperamos,  num futuro bem próximo, contar com mais um estádio, para, que possamos dar ao público, à comunidade de Marchai Hermes e circunvizinhanças mais oportunidades de lazer aos sábados e domingos, assistindo à sua partida de futebol, não tendo dessa maneira, que se deslocar para um lugar tão distante daqui, como é o Maracanã. Eu queria acrescentar as minhas felicitações e em nome do Governo do Estado, pelo empreendimento que ora inicia o Botafogo: dar ao povo do Rio de Janeiro mais um estádio de futebol para que o público tenha maior conforto e maior oportunidade de assistir aos seus jogos." Na foto, o Comandante Pavan, representante do Governador do Estado, na companhia do Almirante Heleno Nunes, presidente da CBD, General Brum Negreiros, Secretário de Segurança, Deputado da Arena Luiz Fernando e Otávo Pinto Guimarães, presidente da Federação Carioca de Futebol, batendo as mais entusiasticas palmas na solenidade de Marechal Hermes. 

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial nº 232 janeiro e fevereiro de 1978
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ADEMAR BEBIANO APROVOU O CAMPO DE MARECHAL HERMES 

Ademar Bebiano, ex-presidente do Botafogo e seu Grande Benemérito, depois ,de 18 anos afastado do clube, vi-sitou no dia 19 de agosto último, pela manha-, o campo de Marechal Hermes e saiu entusiasmado. Acompanhado de Marcelo Bebiano e do Presidente Charles Borer, que foi buscá-lo na Fábrica Nova América, em. Del Castilho, chegaram às 8,45, quando os jogadores ali treinavam. Os três visitaram os alojamentos, quase concluídos, os vestiários, a rouparia, o Departamento Médico, a Secretaria, etc... Quando Ademar Bebiano entrou em campo abraçou Zezé Moreira, que foi "haf-back" de um dos grandes times do Botafogo. Em volta, o Presidente Charles Borer, o Vice Rogério Correia, Marcelo e outras pessoas. O encontro com Zezé revolvia a memória do grande paredro botafoguense e as lembranças voltaram nítidas e vivas. Bebiano perguntou por vários jogadores. Recordou episódios do Perácio. Mas o contato com o antigo treinador e com o time, não ficou apenas no passado, eis que, em poucos minutos, estavam ao redor do Ademir os craques atuais, com os quais conversou e abordou assuntos do atual futebol. E Bebiano se emocionou muito quando foi procurado pelo menino Marcos, de 7 anos, que mora em Oswaldo Cruz, e foi até Marechal Hermes, com a camisa do Botafogo, para ver o time treinar. Ouviu falar que aquele senhor era um homem importante do seu clube e queria conhecê-lo. Antes de sair, acompanhado por todos os dirigentes presentes, Ademar Bebiano declarou à imprensa que ficara encantado. — "Acho que foi um passo certo. Foi formidável para o local e para o clube. Numa zona popular o clube ganhará contingentes novos de torcedores e, por outro lado, também traz grande progresso para este lugar. Cumprimento o Presidente Charles Borer pelo passo que ele deu, pela coragem que demonstrou ao efetivar esta mudança para cá." O Presidente Charles Borer sentiu que a presença do Ademar Bebiano fora uma injeção de otimismo para todos, notou a emoção do Grande-Benemérito e voltou a dizer que ali o Botafogo construirá o seu grande futuro. Na verdade, para todos os botafoguenses, aquele dia foi muito importante. Marcou a volta de Ademar Bebiano ás primeiras linhas, à vanguarda da vanguarda, onde sempre esteve, quando o clube precisou dele. Assim, todos quantos conhecem a história do futebol carioca, de um modo geral, e a do Botafogo em especial, podem avaliar a grande força que a simples presença deste homem, nas dependências do seu clube, em Marechal Hermes, transmite ao Presidente, aos dirigentes aos velhos torcedores e ao próprio time do Botafogo. 


Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 230 de agosto e setembro de 1977
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ETERNA FIDELIDADE

50 ANOS DE BOTAFOGO

Na solenidade da inauguração de seu Estádio em Marechal Hermes, em 21 de outubro de 1978, o Botafogo de Futebol e Regatas promoveu uma homenagem aqueles que, por mais de 50 (cinqüenta) anos permaneceram no Clube, mantendo a mais absoluta fidelidade e amor ao alvinegro pendão do nosso afeto.
Assim, naquela ocasião, tivemos a grande satisfação de convidar cada um dos prezados companheiros para receber, de público, o louvor e reconhecimento do Glorioso pela eterna fidelidade a ele dedicada, através de significativa plaqueta, com a inscrição de seu nome, que jamais será esquecido, em qualquer época.

Foram eles:

Augusto Paranhos Fontenelle (Fundador); Emanuel de Almeida Sodré (Fundador); Carlos Martins da Rocha (Grande Benemérito); Paulo Antonio Azeredo (Grande Benemérito) ; João Iara Filho (Grande Benemérito); Benjamin de .Almeida Sodré (Grande Benemérito); Henrique Carlos Meyer (Grande Benemérito); Mario Ferreira (Grande Benemérito); Armando Victor Ebraico (Benemérito); Carlos Eduardo Osório (Benemérito); Gastão Hugo Teixeira Lobão (Benemérito); Jorge Ferreira dos Santos (Benemérito); Luiz Dias (Benemérito); Oswaldo Pessoa (Benemérito); Roberto de Lyra Tavares (Benemérito); Alkindar Dutra de Castilho (Benemérito); Paulo Teixeira soares (Benemérito); Althemar Dutra de Castilho (Grande Benemérito); Alfredo silva (Proprietário); Oswaldo do Rego Macedo (Proprietário); Raul do Rego Macedo Sobrinho (Emérito); Carlos Leal Burlamaqui (Emérito); Abelardo De Lamare (Emérito); Haroldo Castelo Branco Ferreira (Contribuinte); Dario Coelho (Emérito); José Maria Cavalcanti (Benemérito); Francisco de Paula Santiago Filho (Emérito); José Ferreira Lemos (Emérito); Jeronymo Baptista Bastos (Benemérito); Lauro Barreira (Emérito); Orlando Pessoa (Emérito); Oscar Borgerth Teixeira (Emérito); Oswaldo De Lamare (Emérito); Rogério Braga Filho (Emérito); Luiz Nobis Rodrigues Rego (Contribuinte); Newton Pereira Reis (Emérito); Samuel Coelho de Souza (Emérito); Álvaro Burgos Gameiro de Campos (Emérito); Lauro Sodré Viveiros de Castro (Proprietário); Wlademir Loureiro Bernardes (Proprietário).
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Garrincha e Borer - Marechal Hermes - Boletim Oficial BFR no 235 jan/mar 1979


Paulo Amaral e Carvalho Leite - Marechal Hermes
Prefeito Marcos Tamoio
Homenagem a Patesko

Presidente Charles Borer recebe homenagem

Banco de reservas

Primeiro gol oficial em Marechal Hermes feito por Dé
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«GLORIOSO» É O NOME DE MARECHAL HERMES 
Por ocasião da inauguração de Marechal Hermes, a «Revista do Botafogo», a título de curiosidade, distribuiu pela numerosa assistência ali presente, uma chapa a fim de que fosse sugerido o nome para o novo campo do clube. Queríamos saber a opinião do torcedor, já que muita gente tinha o seu ponto de vista pessoal, apresentando vários nomes. A promoção foi, diga-se de passagem, um sucesso, despertando, durante a solenidade, então realizada, grande interesse, com a colocação dos votos nas diversas urnas ali instaladas. A chapa dizia apenas o seguinte: «Eu sugiro que o campo de Marechal Hermes se chame  .............. 

RESULTADO DA APURAÇÃO 
«Borezão», 1.396; «Glorioso», 256; «Garrincha», 36; «Nilton Santos», 30; Xandão», 28; «Fogão de Marechal Hermes», 28; «União», 21; «Estrela Solitária», 19; «Botafogo» F.R.», 13; «Carlito Rocha», 12; «Luizão», 7; «Robertão», 5; «Figueiredo», 4; «Paulo Cezar», 3; «Solitário», 1; <6x0», 1; «Tenente Pulguerio», 1. E outros 50 nomes com 1 voto. Acontece, porém, que antes da apuração das urnas, o Presidente Charles Borer foi ao microfone e se antecipou, declarando que o nome já estava escolhido: «GLORIOSO». E assim ficou oficialmente designado o campo de Marechal Hermes, nome, aliás, muito bem escolhido e já conhecido de todos. 
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ETERNA FIDELIDADE: 
50 ANOS DE BOTAFOGO! 

Na solenidade da inauguração de seu Estádio em Marechal Hermes, em 21 de outubro de 1978, o Botafogo de Futebol e Regatas promoveu uma homenagem àqueles que, por mais de 50 (cinquenta) anos permaneceram no Clube, mantendo a mais absoluta fidelidade e amor ao alvinegro pendão do nosso afeto. 
Assim, naquela ocasião, tivemos a grande satisfação de convidar cada um dos prezados companheiros para receber, de público, o louvor e reconhecimento do Glorioso pela eterna fidelidade a ele dedicada, através de significativa plaqueta, com a inscrição de seu nome, que jamais será esquecido, em qualquer época. Foram eles: 
Augusto Paranhos Fontenelle (Fundador); Emanuel de Almeida Sodré (Fundador); Carlos Martins da Rocha (Grande Benemérito); Paulo Antonio Azeredo (Grande Benemérito) ; João Lyra Filho (Grande Benemérito); Benjamin de Almeida Sodré (Grande Benemérito); Henrique Carlos Meyer (Grande Benemérito) ; Mario Ferreira (Grande Benemérito); Armando Victor Ebraico (Benemérito) ; Carlos Eduardo Osório (Benemérito) ; Gastão Hugo Teixeira Lobão (Benemérito); Jorge Ferreira dos Santos (Benemérito); Luiz Dias (Benemérito); Oswaldo Pessoa (Benemérito) Roberto de Lyra Tavares (Benemérito); Alkindar Dutra de Castilho (Benemérito); Paulo Teixeira Soares (Benemérito); Althemar Dutra de Castilho (Grande Benemérito); Alfredo Silva (Proprietário); Oswaldo do Rego Macedo (Proprietário); Raul do Rego Macedo Sobrinho (Emérito) ; Carlos Leal Burlamaqui (Emérito); Abelardo De Lamare (Emérito); Haroldo Castelo Branco Ferreira (Contribuinte) ; Dario Coelho (Emérito); José Maria Cavalcanti (Benemérito) ; Francisco de Paula Santiago Filho (Emérito); José Ferreira Lemos (Emérito); Jeronymo Baptista Bastos (Benemérito); Lauro Barreira (Emérito) ; Orlando Pessoa (Emérito); Oscar Borgerth Teixeira (Emérito) ; Oswaldo De Lamare (Emérito); Rogério Braga Filho (Emérito); Luiz Nobis Rodrigues Rego (Contribuinte); Newton Pereira Reis (Emérito) ; Samuel Coelho de Souza (Emérito); Alvaro Burgos Carneiro de Campos (Emérito); Lauro Sodré Viveiros de Castro (Proprietário); Wlademir Loureiro Bernardes (Proprietário). 

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 235 janeiro a março de 1979
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PARECE ATÉ UM SONHO

O magnífico placar, semi-eletrônico, gentilmente oferecido pelo Banco Itaú, inaugurado no "GLORIOSO", em Marechal Hermes, por ocasião do jogo contra a Seleção Uruguaia, dos novos, com a esplêndida vitória do Botafogo por 4 x 0. Parece um sonho que já tenhamos, até, depois da perda de General Severiano, um estádio iluminado. Foi, sem dúvida, uma obra meritória e arrojada da atual administração do Clube. Um verdadeiro marco histórico do soerguimento patrimonial do Botafogo de Futebol e Regatas, para orgulho de todos os legítimos botafoguenses. 
MAL. HERMES JÃ É UMA REALIDADE 
Depois do magnífico estádio de futebol, em Marechal Hermes, com a inauguração dos refletores, o Botafogo está agora concluindo ali uma sede de apoio, para atender, inclusive, aos sócios de toda aquela zona, hoje um grande reduto botafoguense. Teremos vestiários, sala de musculação, sala de recuperação e sauna. Isto, do primeiro ao terceiro módulo, já em fase de acabamento. Do quarto ao sexto módulo serão construídos um salão de Bancas e um restaurante. Nos outros três — são nove módulos ao todo — as demais dependências que se fizerem necessárias. A área, toda ela já coberta, mede 980 metros quadrados. Dentro de pouco tempo tudo estará funcionando. É um exemplo de trabalho e dedicação de fácil comprovação. Quem não acreditar em todas essas benfeitorias do Clube que compareça ao "GLORIOSO" para constatar tudo isso. Não esqueçam que saímos da estaca zero, no início da atual administração. Parece Mesmo um milagre o nosso soerguimento patrimonial. E até com um jogo internacional em Marechal Hermes, fato inédito na história do futebol carioca. 

Acervo particular Roberto Castro Barbosa
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 236 de agosto de 1979
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Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 238 de maio de 1980
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UM CRIME 



Há coisas que realmente só acontecem ao Botafogo. Com a incorporação do Muriqui Praia Clube o nosso patrimônio foi enriquecido, há três ou quatro anos, em mais de 45 milhões de cruzeiros, com um terreno de 1.186 metros quadrados, com duas frentes, sendo uma para o mar e outra para a Estação Ferroviária, com uma área construída de 700 metros quadrados, constantes de salão de festas, bar, restaurante, banheiros e duas salas para escritório. Em troca dessa incorporação, o Botafogo apenas concedeu alguns títulos de sócios-proprietários, ganhando, de qualquer forma, mais uma sede a ser usada como lazer pelos seus associados nos fins de semana. Na época de sua incorporação sofreu ainda algumas reformas, inclusive pintura. Por que então se condenar uma transação com tanto ódio, que nada custou ao Botafogo e que poderia ganhar uma porção de novos sócios? Cometeram ali um grande crime: tudo foi depois abandonado. Roubaram tudo, nem as telhas escaparam. Tudo virou ruína. Só souberam fazer acusações, inclusive de que a sua incorporação era uma manobra eleitoreira. Era um quintal da residência de verão do ex-presidente, que nada acrescentou ao Botafogo. Quanta miséria! Se houve algum erro na incorporação de Muriqui pior foi o seu total abandono. Jogou-se fora valioso patrimônio. Quanto vale hoje aquele terreno? Tudo por questão pessoal, retaliações inúteis. Enfim, tudo isso só acontece mesmo no Botafogo. Na foto, um aspecto daquele imóvel do Clube, depois das reformas ali procedidas, de grande repercussão na época, eis que em Muriqui só existe um grande clube em funcionamento, o que possivelmente muito favorecia aquela nossa sede balneária. Nada se tentou nesse sentido. A politica do ódio foi muito maior. 
Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 243 de junho de 1984
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Um comentário:

  1. Belo trabalho. Muito bem feito e boas postagens. Histórias que muitos não conhecem sobre este time que muito contribuiu e continua contribuindo para o esporte em nossa cidade/Estado e Nação.
    Parabéns `a vc e ao glorioso Botafogo.

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