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domingo, 15 de março de 2020

CAMPEÃO DE TERRA MAR E AR


    O ano de 1962 que assinalava vinte anos da realização da maior aspiração botafoguense, que foi a fusão, o destino quis marca-lo como o mais vitorioso da história do Botafogo.
    Jamais, em tôda a vida, o Botafogo despertou, como no ano de 1962: mais forte do que nunca, mais coêso de que sempre e mais vitorioso do que em todos os tempos.
    Se voltarmos, uma a uma, as páginas da agenda botafoguense de 1962, encontraremos sobejos motivos de júbilo e de reconhecimento.
    Cuidando do aperfeiçoamento esportivo de nossa juventude no Aeromodelismo, no Arco e Flecha, no Atletismo, no Basquetebol, no Escotismo, na Esgrima, no Futebol, no Halterofilismo, no Judô, na Natação, no Pólo-Aquático, no Remo, no Volibol e no Xadrez, o Botafogo, teve altamente compensado o seu esforço, pois, foram 365 dias de lutas e vitórias, em que batemos vários recordes e conquistamos muitos campeonatos, torneios e provas clássicas, em todos os esportes, fazendo tremular o pendão alvi-negro no mastro da vitória com nossos irresistíveis triunfos no espaço, nos “stands”, nas pistas, nas quadras, nos “campings”, nas pranchas, nos gramados, nos tablados, nos dojôs nas piscinas, nos mares e nos tabuleiros. No entanto, foi necessário o esfôrço, a perseverança, e a cooperação dos botafoguenses, para podermos paralelamente as vitórias consolidar-nos financeiramente; para que o patrimônio moral do Clube estivesse sempre incólume, e o material melhorado e acrescido; foi necessária a Concórdia, em que a família alvinegra, aumentada, de várias centenas de pessoas, congregando-se em tôrno da causa comum, concorresse para maior prestígio do nosso pavilhão; foi necessário a cordialidade social-esportiva, em que mantivemos as nossas relações amistosas com todos os co-irmãos, sem renunciar ao dever de perseverar os direitos do Botafogo, quando êstes estiveram em litígio; foi necessário, finalmente, o sacrifício e a renúncia do todos pelo bem do Botafogo.
    O Botafogo foi a preocupação permanente dos que pela Estrêla Solitária propugnaram. Todos estiveram com êle, diáriamente, no pensamento, procurando realizar e acertar, sem vaidades e estardalhaços.
   Glorificou-se o Botafogo, com os brilhantes resultados obtidos em bem da coletividade, sem arredar-se de sua linha írrepreensível de conduta moral.
  Conquistando os campeonatos de Futebol, que simboliza o de Terra o de Remo, que é o de Mar e o de Aeromodelismo, no Ar, o Glorioso, marcou feito inédito em todo o mundo.
  Quando nos preparamos para o labor de outra temporada, encarando o sol que nasce, bonançoso, é preciso não esquecer que, com os resultados obtidos no ano que passou, a responsabilidade de todos é maior.
   Mas marcharemos com a inabalável confiança nos destinos gloriosos do Botafogo, que entra em nova caminhada, mais em condições de eternizar-se do que nunca e com os firmes propósitos de ver a Estrêla Solitária reluzir cada vez mais fulgurosa e ainda, cônscio do dever de conservar o prestigioso e original titulo de Campeão de Terra, Mar e Ar.

Fonte: Boletim Oficial do Botafogo no 195 de fevereiro de 1963

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