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sexta-feira, 13 de março de 2020

CANTINHO DA SAUDADE

 Este espaço destina-se a nos relembrar de épocas passadas que nos trazem saudades, nostalgia e porque não dizer tristeza pois foram tempos que somente quem pode vivenciar sabe o valor de tudo.









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- Não gosto que me tratem de Tarzan, pois me chamo Otacílio. Atendo pelo apelido apenas por uma questão de gentileza. Vou pedir um favor aos amigos: esqueçam-se do Tarzan e lembrem-se somente do Otacílio. Mas o fato é que "batizado" como Tarzan êle se tornou conhecido como o vibrante chefe da torcida botafoguense. Grita, briga, bate (e apanha) pelo seu alvinegro. Nascido na cidade mineira de Grão Mogol (5 de setembro de 1927), está no Rio desde 1951. Tarzan nunca perdeu sequer um jôgo ou treino do seu clube favorito. Êle avisa a quem ainda não sabe: 
- O Botafogo não me dá nada para organizar a torcida. Fogos, faixas e bandeiras saem tudo do meu bolso, 35 mil cruzeiros (mais ou menos) foi quanto gastei no campeonato passado. Sôbre o novo símbolo do Botafogo:
- Em homenagem ao Atlético mineiro, lancei o "galo carijó" que agora é o novo símbolo do Botafogo. Chega dêsse negócio de "pato". É bom que todos saibam que o Botafogo há muito tempo deixou de ser "pato": virou galo de briga, e dos bons! Tarzan considera que a torcida influi muito no resultado das pelejas e que sem a ajuda de fans entusiastas um clube não pode ser campeão. É amigo de todos os outros chefes de torcida (Jaime de Carvalho, do Flamengo, Dulce Rosalina, do Vasco, Paulista, do Fluminense, etc.), mas às vêzes êles se estranham, cada qual puxando a brasa para suas sardinhas.. . A propósito. Tarzan contou: 
— Uma vez, quando cheguei no Maracanã para assistir a um Botafogo x Vasco, notei que a torcida cruzmaltina já estava colocada. Então, acompanhado por 10 rapazes fui para o mesmo local, tentando tomá-lo, pois achava que ali era o nosso lugar. Acontece que os vascaínos não pensavam como nós e em pouco estava aceso o estopim para a briga, que finalmente nos deu a posição desejada. Depois, os torcedores cruzmaltinos foram chamar a polícia e nós, cordialmente, fomos convidados a sair. Da briga acabou sobrando uma amizade que dura até hoje principalmente com D. Dulce Rosalina. O pessoal da torcida do Vasco até me homenageou com um escudo (de ouro) do Botafogo. Sabe lá o que é isso?. O segundo clube de Tarzan é o quadro de aspirantes do Botafogo, o terceiro é o juvenil e o quarto é, pela ordem, o infanto-juvenil... Apontando seus jogadores preferidos, Tarzan citou Nílton Santos em primeiro lugar, vindo a seguir Garrincha, Paulinho, Pampolini, Garrinchinha (do aspirante), etc. Estranhamos que Didi não figurasse na "lista" mas a explicação não demorou: 
— Admiro o Didi da seleção brasileira e não o Didi do Botafogo. Enquanto com a camisa do meu clube é raro ver-se uma partida em que êle atue bem, com vontade de ganhar, no selecionado Didi se transforma. Qual o motivo? Acaso nossa camisa é indigna dêle? Acho uma honra para qualquer jogador vestir a camisa do Botafogo. Longe de mim achar que Didi não é um craque. É realmente um dos melhores que o mundo já viu. Mas, se medirmos sua categoria pelo que êle realiza no Botafogo, o julgamento terá que ser diferente. Mostrando contrariedade, Tarzan prossegue no seu desabafo: 
—Uma vez êle disse pela Emissora Continental que eu era um mau botafoguense, apenas porque cometi o "crime" de criticá-lo. Didi afirmou que iria pedir à diretoria que proibisse minha entrada no clube. Não me importo que isso aconteça, quero ver é me barrarem nos campos. Sempre comprei meu ingresso e nunca mereci favor pessoal de ninguém do Botafogo. Mas não será por essas coisas, simples bobagens, que perderei o amor que tenho pelo meu Botafogo. Êle está acima de tudo. Encerrando a conversa: 
— Quero agradecer, em nome dos botafoguenses de todo o Brasil, o esforço que a atual diretoria tem desenvolvido em favor do nosso clube. Prova é que a torcida do Botafogo é a que mais cresce no Brasil. Êste ano, para incentivar os rapazes nos jogos do campeonato, teremos nossa bandinha de música, graças a Deus tudo obra do meu esforço pessoal.

Fonte: Revista do Esporte nº 20 de 25 de julho de 1959
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Acervo particular Roberto Castro Barbosa
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Album de figurinhas copa do mundo de 1958













Acervo particular Roberto Castro Barbosa

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PAI DO ANO  

Em festa promovida pelo Departamento Social, o Dr. Carlos Alberto Bitenconrl Pereira, foi eleito o Pai do Ano do Botafogo. Na foto, o Presidente Charles Borer entrega a placa comemorativa ao nosso querido "Malazzo" que, feliz da vida, tem ao seu lado a sua esposa, D. Arlete Borges Pereira e suas filhinhas Renata e Adriana. Nossos parabéns.

Acervo Particular: Luiz Filipe Carneiro de Miranda
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 234 de julho/setembro de 1978
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