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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

NOTICIAS DA SEMANA



 Ontem, dia 17 de julho vi na internet e posteriormente na tv que o Flamengo fechou uma parceria com o Sesc e vai ter o técnico Bernardinho no comando de seu time feminino principal.  Ainda não absorvi totalmente essa noticia. Não sei se estou sentindo raiva, incredulidade ou decepção. Todos sabem que Bernardinho é botafoguense assumido e lamentavelmente com toda certeza o veremos ser campeão no nosso maior rival.  Mas deixando sentimentos de lado vamos analisar friamente a questão. Esse acerto foi em razão somente financeira pois o flamengo tem caixa no momento para bancar tal acordo ou foi também pela visão dos dirigentes rubro negros que enxergando alem do presente momento viram que essa parceria dará muitos mas muitos frutos principalmente em marketing.  Fico pensando comigo: e o Botafogo por que não se movimentou para trazer o botafoguense Bernardinho para defender as cores do clube que ele publicamente já por diversas vezes se disse torcedor? incompetência? amadorismo? falta de visão do futuro? desinteresse  pois só foca no futebol? Creio que uma junção de tudo. Não se pode trabalhar apenas quando se tem dinheiro em caixa pois a falta dele é que revela o verdadeiro empreendedor, arrojado, visionista. Que o Botafogo atravessa uma enorme e série crise financeira que se arrasta há longos anos é de conhecimento geral  mas o nome, a história, o carisma, a competência do Bernardinho são fatores fundamentais e decisivos para se conseguir patrocínio e bancar um projeto desse.  Será que o Botafogo tem no seu setor de marketing pessoas preparadas com conhecimento, arrojo, dinamismo, disposição para desenvolver um projeto como esse que o Flamengo está fazendo? Trabalhei durante muitos anos no Botafogo como assessor da diretoria, diretor e depois funcionário em todos os departamentos exceto o de futebol. Vi e acompanhei de perto inúmeros vice presidentes e diretores dos mais diferentes setores e departamentos mas nenhum deles exige o conhecimento, a competência, o arrojo e visão de futuro como o de Marketing. E tem que ser gente do ramo. Não adiante colocar nesse cargo alguém que não conheça totalmente a área por mais bem intencionado e dedicado que possa ser.  Eu creio que é exatamente isso que está faltando ao Botafogo não só nessa área  mas como num todo.  Estão todos presos ao presente imediatista. Estão fixado pelo projeto S/A. Também espero e muito que dê certo e tire o Botafogo dessa situação mas até hoje não ouvi nem vi ninguém mencionar um plano B, ou seja, caso a S/A não decole, ( e antes que digam que estou torcendo contra esclareço que é justamente o contrário) o que torço e muito para que se concretize, quais são os planos do clube diante dessa possibilidade? Sei perfeitamente que o futebol é o carro chefe de todos os clubes mas não podemos ignorar as outras áreas que também dão visibilidade e marketing.  Exemplo do basquete no momento.  Com o time montado pelo nosso ex jogador Léo Figueiró, o Botafogo mesmo sem caixa conseguiu patrocínio para montar uma excelente equipe e que   conseguiu vaga para disputar a Liga Sul Americana e isso foi notícia em vários programas esportivos e os jogos além de televisionados lotaram o ginásio Oscar Zelaya provando que a torcida também comparece e incentiva e muito outros esportes.  Agora quanto ao Bernardinho só nos resta lamentar e torcer por ele mesmo estando defendendo as cores do nosso arquirrival.

Retificação comentário acima. Para completar a informação e fazer justiça a quem merece o Vice-Presidente de Esportes Gerais sr. Alexandre Brito e o Diretor de Esportes Gerais sr. Gláucio Cruz se mobilizaram e tornaram viável a formação do atual time de basquete comandada pelo Léo Figueiró. Mesmo numa época de crise financeira fica o exemplo de que com esforço, dedicação e ousadia se pode montar um bom projeto. Eles conseguiram um patrocínio da TIM.

Angelo Antonio Seraphini -  20/07/2020 - Criador do blog
O Botafogo vem investindo para ter uma equipe forte para a sequência da temporada. Após o japonês Honda, o marfinense Kalou foi confirmado para o Campeonato Brasileiro.

Com a chegada dos reforços internacionais, o número de sócios-torcedores vem crescendo. Atualmente, o Botafogo ultrapassou a marca de 31.000.

O presidente Nelson Mufarrej exaltou a mobilização dos alvinegros.


"A equipe do programa de sócio-torcedor tem buscado atrair novos associados e a campanha do mutirão está apresentando resultados interessantes. Estamos em uma espiral positiva desde o anúncio do Salomon Kalou, e a mobilização em prol de novos sócios é muito importante. É uma fonte de receita fundamental e todos têm trabalhado para continuar com essa crescente nos números", disse ao Globoesporte.com.
O meia Bruno Nazário foi outro que rasgou elogios a torcida pela marca de sócios-torcedores.

"É muito legal. A gente vem passando por um momento tão difícil, os torcedores ajudando os funcionários com a dificuldade que estamos passando. Parabéns a todos, a gente tem que crescer cada dia mais. Tenho certeza que vai dar tudo certo", declarou.


O Botafogo vem treinando sob o comando do técnico Paulo Autuori visando início do Campeonato Brasileiro. A estreia alvinegra será contra o Bahia, no Nilton Santos

Fonte: Gazeta Esportiva do dia 21/07/2020

Essa situação em relação ao numero de sócios torcedores é semelhante a maré dos oceanos, ele vai e volta pois está ligada diretamente a performance do time de futebol. Quando êle vai bem, aumenta o numero de sócio torcedores, quando vai mal diminui. TRabalhei durante muitos anos no Botafogo FR em todos os departamentos com exceção do futebol e pude ver e sentir de perto a verdadeira relação sócio/clube.  Sei perfeitamente que o futebol é o carro chefe dos clubes mas o sócio contribuinte aquele que frequenta e usufrui daquilo que o clube oferece é totalmente diferente da relação com o sócio torcedor. O sócio real do clube, contribuinte, proprietário, emérito etc.. etc.. é quem tem a relação verdadeira não importando na maioria do caso se o futebol vai bem ou não. Essa outra categoria de sócio aprecia tb outros esportes como voley, basquete, natação, polo aquático etc... É nessa fatia que os clubes, na minha humilde opinião, deveriam investir pesado e assim ter uma fonte de receita firme e fixa sem oscilações de acordo com a maré. Muitos clubes de futebol pelo Brasil não tem um time de futebol de expressão mas possuem um quadro social muito superior a muitos grandes clubes. Mas infelizmente a mentalidade dos nossos dirigentes parace estar fixa e direcionada apenas e tão somente para o futebol. Vamos esperar e torcer para que esse quadro mude e póssamos ter um clube forte em todas as áreas não apenas no futebol.

Angelo Antonio Seraphini, 21/07/2020 - Criador do blog

TIM redireciona verba para projetos de cultura, e basquete do Botafogo corre risco de acabar.

Forte baque no basquete do Botafogo. O contrato com a TIM, que gerava mais de R$ 3 milhões por ano ao basquete, mudou por decisão da empresa após a renovação e os valores passarão a ser repassados a projetos de cultura. Campeão sul-americano e com bons resultados, o basquete alvinegro pode ser interrompido. A informação é do site “Globoesporte.com”.
O basquete custa mais de R$ 4 milhões ao ano, valor que era coberto pelo patrocínio da TIM e parceria com a Ambev. O contrato com a empresa de telefonia era via lei de incentivo.
Com o novo formato, o Botafogo não poderá investir mais a verba de TIM em esportes. Havia uma corrente interna que defendia que o dinheiro deveria ir para o futebol, uma vez que o patrocínio era no número da camisa do time profissional, ou para a base.
Com a crise, o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Brito, e o diretor de esportes, Gláucio Cruz, se desligaram de seus cargos na última semana. O ala Cauê Borges está de saída para o Paulistano.
Fonte: Site FogãoNet
Infelizmente essa é a triste e lamentávelo situação do nosso querido fogão. Já conseguiram acabar com a equipe de voley masculino adulta e agora parece vão conseguir extinguir esse grande projeto que depois de longos anos elevou o basquete do Botafogo a nível nacional e internacional. Parabéns a diretoria do clube que a cada dia que passa prova sua total e completa incapacidade de gerir e administrar um grande clube.
PS: O ultimo que sair apague a luz.
Angelo Antonio Seraphini 29/07/2020 - Criador do blog

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Leandrinho alega atrasos salariais e vai à Justiça do Trabalho para tentar rescisão com Botafogo

Valor da causa ultrapassa um milhão de reais, e clube tem cinco dias para se manifestar
O meia Leandrinho entrou com um processo na Justiça do Trabalho para conseguir a rescisão de contrato com o Botafogo. O jogador de 23 anos alega atrasos salariais referentes aos meses de novembro e dezembro de 2019 e parte de março, abril, maio e junho de 2020, além de 13º e férias do ano passado.


A informação foi inicialmente publicada pelo site "Fogo na Rede". O valor da causa ultrapassa um milhão de reais. O clube foi intimado a se manifestar em até cinco dias. Veja abaixo o despacho do juiz Robert de Assunção Aguiar.
Leandrinho tem 47 jogos e 15 gols com a camisa do Botafogo entre 2016 e 2020. Nesta temporada, o meia só participou de uma partida. Após duas temporadas sem grande destaque no Botafogo devido a uma sequência de lesões, ele deu a volta por cima no Sport e bateu seu recorde de partidas em uma temporada: jogou 38 vezes em 2019, marcando três gols.
O rendimento o fez voltar ao Bota, com quem tem contrato até o fim do ano. Mas, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, o jogador passou a treinar separadamente do elenco e não estava nos planos do clube para o restante da temporada.


Fonte: Globo.com 10/07/2020

Tudo bem que ele já estava fora dos planos para a próxima temporada mas é mais um exemplo da administração caótica que vem sendo feita no nosso glorioso. Esperamos que não venha a ser o início de outras ações do tipo mas ganhando a causa o valor que ele terá direito só vai aumentar o déficit financeiro da já combalida situação financeira do clube.

Angelo Antonio Seraphini 29/07/2020 - Criador do blog
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O comentário da semana  não poderia ser outro e trata do fim do basquete adulto masculino do Botafogo FR. Projeto corajoso e vitorioso que chega ao fim de maneira abrupta e precoce do mesmo modo como foi com o voley masculino adulto no inicio do ano. Não consigo me conformar com a incapacidade total das pessoas que "dirigem" o clube, sua total falta de comprometimento com as tradições e a história do Botafogo FR. Parece que estão ali para "passar tempo" como uma ida ao cinema, a praia etc... Segundo a limitadíssima visão dessas pessoas, parece só existir o futebol com se ele fosse capaz de gerir toda a gloria e renome do clube. A dívida só aumenta e agora, provavelmente com essas dispensas haverá mais ações trabalhista para que seus direitos sejam honrados mas não existe essa preocupação pois como todos sabem há décadas que esse tipo de atitude vem sendo adotada e vai explodir numa outra gestão e a atual diretoria ao término de seu mandato vai sair lisa, leve e solta legando mais dividas e situações desesperadoras para o já combalido passivo do clube. O tempo nos ensina muita coisa mas a essa casta de "dirigentes" não aprende ou não faz questão de aprender com as atitudes erradas de gestões passadas. Eleições se aproximam e vamos começar a ouvir aquela lenga lenga de todo "politico em época de eleição". Promessas, promessas e mais promessas que ao serem eleitos simplesmente vão cair no mar do esquecimento e tudo volta a dantes no quartel de Abrantes. Ou os verdadeiros botafoguenses, aqueles que amam o Clube, sua história, seu passado se levantem e se unem em prol de uma solução benefica para toda essa balbúrdia administrativa ou em breve (torço para estar redondamente errado) veremos nosso querido e amado Botafogo a caminho da insolvência.
Angelo Antonio Seraphini - 04/08/2020 - Criador do blog
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Bom dia nação alvinegra.
O ex-nadador Claudio Abtibol e outros ex-atletas da natação e do polo-aquático, entre eles o ex-nadadores Eduardo Alijó Neto, neto do ex-presidente Paulo Azeredo, Valdir Mendes Ramos, Carlos Antonio Azevedo entre outros,  estão à frente do projeto SOS MOURISCO MAR, onde pretendem reativar as atividades não só da piscina olimpica como tambem de todo o complexo esportivo do Mourisco Mar fechado no início deste ano por problemas de vazamento da piscina olimpica. Vamos nos unir a eles para que esse patrimônio do Botafogo FR não continue nas condições em que ele se encontra no momento. Não podemos deixar que um patrimônio como esse que na época de sua inauguração foi considerada a piscina mais moderna da América do Sul, continue fechada e abandonada.













































Como era até o início desse ano



Assim está nesse momento

Angelo Antonio Seraphini 21/08/2020 - Criador do Blob
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A HISTÓRIA DO BONECO "MANEQUINHO"

Manequinho - Mascote do Botafogo FR
Manequinho é o nome popular de uma estátua que está situada em frente à sede do clube Botafogo de Futebol e Regatas, no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Representa um menino urinando e foi inspirada pelo Manneken Pis, que enfeita uma esquina de Bruxelas, na Bélgica. Em 2002, a estátua foi tombada como patrimônio pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro História Manneken Pis, a estátua original em Bruxelas, na Bélgica.


Com 1 metro de altura, a estátua foi esculpida, originalmente, em 1908, por Belmiro de Almeida, e esteve instalada na Praça Floriano, no Rio de Janeiro, até 1927, quando foi transferida, por ser considerada uma afronta aos bons costumes, para a praia de Botafogo, próximo à sede do Mourisco do então Clube de Regatas Botafogo.

Mascote do Botafogo

A imagem passou a ser relacionada ao time alvinegro no Campeonato Carioca de Futebol de 1957, quando um torcedor vestiu a estátua com a camisa do Botafogo. A partir daí, os torcedores passaram a considerá-la como mascote e, toda vez que o Botafogo é campeão, a estátua é vestida novamente.

Furto e refundição

Contudo, em 1990, a estátua foi furtada e destruída. Uma nova estátua foi então executada pela fundição de Amadeu Zani, a partir do molde original de Belmiro de Almeida, e instalada em 1993. Em 1994, o Manequinho foi transferido para sua localização atual: a praça em frente ao palacete de General Severiano, que havia sido retomado pelo clube naquele ano.

Vandalismo e adoção

Em 2008, após um ato de vandalismo, furtou-se o órgão sexual da peça.  A estátua foi, então, levada para restauração. Na data de sua recolocação, no início de novembro daquele ano, o clube do Botafogo assumiu a manutenção do monumento.

Fonte: WikipediA
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O Manequinho foi esculpido em 1906 por Belmiro de Almeida. O próprio autor narra como nasceu a sua obra num livro sobre o Rio Antigo (Correa, s/d: 164):

“Há dias, encontrando-me com o Belmiro de Almeida, na Tabacaria Lourdes, pedi-lhe o histórico da sua fonte e, prontamente, me satisfez o desejo.

Quer que fale do meu boneco, que o povo carioca batizou de ‘Manequinho’? Pois então escuta: foi em casa de um amigo que observei a sua filhinha ensaiando os primeiros passos na alameda do jardim e notei uma coisa curiosa na proporção das crianças, nessa idade; têm o tronco muito maior do que as pernas, o que não se verificava na formosa menina. Assim, pensei no “Mannekin Pis” de Bruxelas e comecei a modelar o meu Manequinho, servindo-me do modelo da menina.

Terminado o trabalho e passando o gesso, pensei em fundi-lo a cera e retocá-lo para o bronze; não encontrei, porém, nessa época, quem pudesse executar o meu desejo, e quando fui a Paris, em 1911, levei o referido gesso, que foi elogiado pelo professor La Vernne e outros, em meu atelier à Rua de Bagneux nº 7; nessa ocasião recebi também a visita do saudoso Nilo Peçanha e de outros caros brasileiros. Aí mandei fundir em bronze a estátua e quando retocava a cera, fiz as alterações onde achei conveniente. A primeira fundição perdeu-se no momento de ser vazada em bronze. Depois ainda fundi outro exemplar, em cuja cera modifiquei a expressão do rosto.

A história do Manequinho (I)

O Manneken Pis de Bruxelas significa, em língua popular local, "o garoto que urina." A história conta que um garoto que se perdeu foi encontrado pelo pai, rico burguês, cinco dias depois, nu e urinado em público, e o pai teria mandado esculpir uma estátua de pedra no local aonde foi encontrado.

A estatueta é mencionada em um texto de 1452. Em 1689 as autoridades locais solicitaram ao escultor Jêrome Duquesnoy que realizasse essa estatueta em bronze. Célebre hoje em dia, o Manneken Pis é vestido por ocasião das festividades da cidade de Bruxelas, podendo-se visitar um museu situado na praça principal da cidade cujo vestiário do “garoto que urina” contém mais de 780 vestimentas.

A estátua foi roubada por soldados ingleses em 1745 e encontrada na cidade de Gramont, roubada por granadeiros franceses em 1747 e abandonada em frente a uma taberna. Informado do acontecido, o rei Luiz XV deu lhe uma roupa de marquês e nomeou-o ‘Chevalier de l´Ordre de Saint Louis’. Era brigadeiro de honra de vários regimentos e essa nomeação obrigava a tropa a prestar-lhe continência.

Em 1817 verificou-se novo roubo da estátua. Antoine Lycas, autor da ‘façanha’, foi condenado perpetuamente a trabalhos forçados. Muito popular e querida, a estatueta é o símbolo mais significativo da cidade de Bruxelas.

Pensa-se, erradamente, que a estatueta do ‘Manequinho’ existente em frente à sede do Botafogo de Futebol e Regatas seja uma réplica absoluta do Manneken Pis, que habita numa esquina da Rue de l'Etuve com a Rue de Chêne. Porém, há algumas diferenças significativas: a estatueta belga é muitíssimo menor, já que possui apenas vinte centímetros, enquanto o Manequinho possui cerca de um metro de altura; a estatueta belga representa um menino que tem uma cabeça enorme, desproporcional ao corpo, enquanto o Manequinho tem as proporções do corpo de um menino perfeito; a estatueta belga usa a mão esquerda para orientar o jato de urina, enquanto o Manequinho possui as duas mãos livres e urina livremente.


Quer que fale do meu boneco, que o povo carioca batizou de ‘Manequinho’? Pois então escuta: foi em casa de um amigo que observei a sua filhinha ensaiando os primeiros passos na alameda do jardim e notei uma coisa curiosa na proporção das crianças, nessa idade; têm o tronco muito maior do que as pernas, o que não se verificava na formosa menina. Assim, pensei no “Mannekin Pis”de Bruxelas e comecei a modelar o meu Manequinho, servindo-me do modelo da menina.


Lembrando-me que os artistas do mundo civilizado dedicavam as suas obras às pessoas gratas e amigas, como fazem entre nós os poetas e escritores, dediquei uma ao meu amigo e a outra ao Prefeito Rivadávia Correia. Em 1912, expus a estátua no edifício de Cinema Pathé, na Av. Rio Branco, e no dia da inauguração compareceu o Marechal Hermes da Fonseca, Presidente da República.

Em 1914 foi colocado o Manequinho na praça Floriano, sobre dois degraus, conforme manda a estética; sob minha orientação colocaram também uma torneira, a fim de regular a pressão da água, que deverá ser inconstante."

Na peça original estava gravada a seguinte inscrição: “Homenagem ao carácter reto e independente do Dr. Rivadávia Correia”.

No período de 1919, o prefeito Paulo de Frontim, como seu primeiro cuidado, foi retirá-lo, mandando-o para um depósito. Num país tropical, onde se bebe água todos os instantes, a imprensa falou, a Sociedade Brasileira de Belas Artes protestou, mas tudo em vão.

Contudo, na gestão do Dr. Aloar Prata (1922), foi novamente colocada a fonte na praça pública, mas no fim da praia de Botafogo, pois o lugar antigo estava tomado pelo “Manecão”, e a inteligência artística da Prefeitura instalou a fonte sem os dois degraus, parte integrante da composição artística. Assim, jaz a minha fonte, o meu querido Manequinho, num canto sujo de Botafogo.”

Fontes principais:
http://ashistoriasdosmonumentosdorio.blogspot.com/2010/05/uma-estatua-simbolo-dos-cariocas.html
http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema_2:128
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manequinho
http://rio-curioso.blogspot.com/2007/04/manequinho.html
http://www.rioquepassou.com.br/2005/09/21/manequinho-cinelandia-anos-10/
Magalhães Correa (s/d). Terra Carioca – Fontes e Chafarizes. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
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A festa do Manequinho 
Volta de estátua atrai políticos e causa confusão 
Ausente desde o dia 27 de julho, o botafoguense Manequinho foi muito festejado, quando voltou ontem, ao seu lugar cativo, no Mourisco. Na inauguração da réplica da estátua roubada, no entanto, ao lado de botafoguenses autênticos —como dona Eugênia Nascimento, de 104 anos —, políticos lutaram e gritaram muito para assumir a paternidade de um dos mais conhecidos símbolos do Rio. 
O novo Manequinho, com 30 quilos de bronze e valor de Cr$ 200 mil, é exatamente igual ao levado pelos ladrões há dois meses e foi doado pelo diretor da Bolsa de Artes do Rio, José de Almeida Coimbra. Ele foi esculpido em 45 dias pela Fundição Zani, que possui o molde original. Em meio a toda a confusão, o prefeito Marcelo Alencar apareceu para descerrar a placa comemorativa, colocada pela Fundação de Parques e Jardins. Botafoguense, Marcelo levou uma amarelada camisa número 3 do Botafogo, cedida por Nilton Santos — ex-craque do clube e da seleção brasileira — para vestir o Manequinho. 
Não faltaram lances engraçados, superstições e personagens folclóricos. Dona Eugênia Nascimento ficou quase três horas sentada ao lado da estátua, vestida com a camisa do Botafogo e dizendo que só sairia dali depois de ver o prefeito beijar o boneco. "Ele precisa da benção do prefeito", dizia ela. Os chefes de torcidas organizadas se uniram para expulsar os cabos eleitorais de vários candidatos, que tentavam fazer ouvir seus apelos por votos, enquanto os torcedores cantavam o hino do Botafogo. Tamanho foi o barulho, que motoristas de três carros se envolveram em batidas e acaloradas discussões, ao pararem na pista próxima para ver a festa botafoguense. 
Carlos Mesquita

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
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Manequinho é adotado pelo clube
Monumento, que é um símbolo do Botafogo, até então era mantido pela Prefeitura do Rio de Janeiro

Finalmente o Botafogo poderá dizer que o Manequinho é seu. O clube formalizará nesta quarta-feira a adoção do monumento instalado em 1927, que fica em frente à sede de General Severiano, e que tornou-se um mascote alvinegro. A estátua até então estava sob os cuidados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A informação é do site oficial do Botafogo.

A assinatura de formalização da adoção do Manequinho pelo Botafogo acontecerá às 10h, junto à Prefeitura do Rio de Janeiro. Estarão presentes à cerimônia, além do presidente Bebeto de Freitas, o secretário municipal de Meio Ambiente, Célio Lupparelli, e o presidente da Fundação Parques e Jardins, Osmar Caetano. A partir de então, caberá ao clube a manutenção do monumento.

O evento também marcará a restauração da estátua. Em setembro, o Manequinho foi depredado, tendo o pênis retirado por vândalos. A obra foi orçada em R$ 5 mil.

Fonte: globo.com
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"MANEQUINHO” está de volta a Botafogo! Conforme prometeram Diretor do Departamento de Parques e Jardins, Sr. Gildo Alves Borges, foi recolocada no jardim da Praia de Botafogo, ao lado da nossa sede do Mourisco, a tradicional estátua do “MANEQUINHO”, perto do local onde anteriormente se encontrava, e de onde fôra retirada para permitir a construção do viaduto Pedro Álvares Cabral, que liga as pistas internas da Praia de Botafogo com a AV. Pasteur.

JA É TRADIÇÃO 

O escultor Belmiro de Andrade foi quem em 1911 criou o nosso "MANEQUINHO". É que muitos afirmam tratar-se de uma cópia da famesa estátua de “Maneken Piss”, esculpida em 1690, existente numa praça de Bruxelas e que, segundo a lenda, foi mandada esculpir por um principe local cujo filho, criança ainda, desaparecera. Desesperado com as buscas infrutíferas, o príncipe fêz uma promessa de mandar erguer uma estátua da criança na posição exata em que seu filho fôsse encontrado. O menino foi encontrado fazendo “pipi" e a promessa foi cumprida.

O nosso "MANEQUINHO” está ligado aos acontecimentos esportivos da cidade e principalmente ao BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, clube do bairro, onde, ha muito, o “MANEQUINHO” esta localizado, ou melhor, desde a administração do prefeito Alaor Prata.

Na década de 1922, quando foi levada para o Mourisco, a estátua era um símbolo para os remadores do BOTAFOGO DE REGATAS, que :faziam ponto no antigo Bar Sereia, na esquina da Praia de Botafogo com a Rua Voluntários da Patria, e vestiarn-na com a camisa alvi-negra sempre que levantavam um campeonato, o que acontece até hoje.

Sempre mudando de lugar por causa de obras, uma vez na Cinelandia e três no Mourisco,  "MANEQUINHO” tem agora seu lugar fixo e definitivo. Muitas pessoas tentaram levar essa tradicional estátua para outros pontos da cidade, mas prevaleceu a tradição. Essa estatua converteu-se em simbolo dos torcedores e jogadores do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. A sua retirada sería na verdade um crime contra a história do bairro nos últimos anos  principalmente do nosso clube, que saiu em sua defesa. Todo time de futebol que levanta o campeonato da cidade procura também vestir sua camisa no “MANEQUINHO", que, inclusive, já vestiu a camisa da CBD, nas duas vêzes que o Brasil foi campeão do mundo.


Agradecemos, daqui, a volta do "MANEQUINHO"

Fonte: Boletim Oficial do Botafogo no 220 de novembro de 1969


VOLEY TOTAL

BOLICHE FEMININO


 
MENINAS  ATÉ 6 ANOS

1º lugar - Lêda Regina de Oliveira de Moraes (G); 2º, Marise Maria Lima Câmara  (E.S.); 3º;   Lúcia  Helena  Carneiro da Cunha (G); 4º Margarida Maria  de   Lima  Câmara   (E.S.)  tendo participado   Regina  Barcelos Ribeiro.

MENINAS DE 7 a 9 ANOS

1º lugar - Ana  Maria  Lopes  d'Ornelas (G) ; 2º Eliane  Barros  Carvalho (G); 3º, Magaly da Silva Reis (G); 4º Lucrécia Rodrigues Guimarães (E.S.).

Participaram: Dália Maria de Barros, Isabel Cristina Sampaio, Maria Luiza  Gonçalves Malheiros, Selma   Dias Praga e, Maria Regina Pereira Simões

MOÇAS DE 15 a 17 anos.

1º lugar - Maria  Helena  de  Souza (G);  2º,  Maria  de Lourdes  Pieroti (G); 3º, Rosemeri Serrano  (E.S.); 4º, Lilian Ferreira dos Santos (E.S.).

Participaram Célia  Regina  Ribeiro da Costa, Eloisa Vidal Rosas, Elizabeth P. da Cunha,  Marilda  de  Araujo Gonçalves, Solange Augusto VeroI, Yêda Cavalcanti de  Albuquerque; Alzira de Almeida e lsabel Murtinho. 

Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 169 de dezembro de 1960

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A HISTÓRIA DO BOTAFOGO

Botafogo FR sua história
A HISTORIA DO BOTAFOGO

A história do Botafogo remete ao século XIX, mais precisamente 1891, quando membros egressos do Clube Guanabarense, criado em 1874, criaram o Grupo de Regatas Botafogo, tendo como um de seus fundadores o remador Luiz Caldas, conhecido como Almirante. Logo após o falecimento de Caldas, o grupo foi regulamentado como Club de Regatas Botafogo. O clube tinha como sede um casarão, atualmente demolido, no sul da praia de Botafogo, encostado ao Morro do Pasmado, onde hoje termina a avenida Pasteur.
1a Sede do Clube de Regatas Botafogo

No dia 12 de agosto de 1904, paralelamente ao clube de regatas, surgia também no bairro de Botafogo um novo time de futebol, o Electro Club, criado por iniciativa de Flávio Ramos e Emmanuel Sodré, dois jovens entre 14 e 15 anos que estudavam juntos no Colégio Alfredo Gomes. Pouco mais de um mês depois, o nome da agremiação foi alterado para Botafogo Football Club, por sugestão da avó materna de Flávio, conhecida como Dona Chiquitota.

Botafogo de Futebol e Regatas
Nascido da união entre o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club, o Botafogo de Futebol e Regatas foi fundado oficialmente no dia 8 de dezembro de 1942, dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira do clube. A fusão entre as duas agremiações já era estudada desde 1931, mas durante muitos anos foi combatida porque pessoas ligadas aos dois clubes, como o historiador Antônio Mendes de Oliveira Castro, do remo, e João Saldanha, do futebol, garantiam que o Regatas estava "infiltrado de torcedores do Fluminense", que é, dentre os maiores rivais do alvinegro, o único que nunca teve um departamento ligado a esse esporte.



                   Time do Botafogo em 1906, o primeiro a usar
                                      o uniforme listrado.

Na década de 1940, entretanto, a união dos clubes foi motivada por conta de uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942, o clube de regatas e o de futebol se enfrentavam em uma partida de basquete, válida pelo Campeonato Carioca. O atleta Armando Albano, um dos principais jogadores do Botafogo Football Club e da Seleção Brasileira, saiu atrasado do trabalho e chegou à quadra com o jogo já em andamento, no final do primeiro tempo. Durante o intervalo, Armando se abaixou para pegar uma bola e caiu desfalecido na quadra. Prontamente o jogador foi levado ao vestiário e a partida recomeçou. Porém, após alguns minutos tentando trazê-lo de volta à vida, a notícia de sua morte interrompeu o confronto quando o placar marcava 23–21 para o clube de futebol. A decisão de parar o jogo foi tomada pelo Botafogo de Regatas, que abdicou da disputa para que Albano tivesse como homenagem uma última vitória. Envolvidos em uma profunda atmosfera de comoção, os dirigentes das duas agremiações optaram pela união dos clubes. Duas frases marcantes foram eternizadas na época:

"Nas disputas entre os nossos clubes só pode haver um vencedor, o Botafogo!"
— Eduardo Góis Trindade, presidente do Botafogo Football Club.
"O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?"
— Augusto Frederico Schmidt, presidente do Club de Regatas Botafogo.
A partir dessa data, começou o procedimento para a fusão, oficializada cerca de seis meses depois. A partir de então, surgia o Botafogo de Futebol e Regatas, com algumas alterações: a bandeira permaneceu com as listras horizontais em preto e branco, mas o escudo com as letras BFC entrelaçadas foi substituído por um retângulo preto com a Estrela Solitária em branco. O novo escudo fez mudança semelhante, incorporando o símbolo máximo do remo ao formato do distintivo de futebol, agora em fundo preto e contorno branco.

Fonte: Site WikipédiA.org

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A FUNDAÇÃO DO GLORIOSO

A 12 de agosto de 1904, no velho Largo das Leões, nasceu o Botafogo Football Club que, assim, comemora, este mês, cinqüenta e cinco  anos de lutas gloriosas, com o seu alvinegro pavilhão coberto de louros e vitórias épicas.

Foram seus fundadores os então adolescentes Flávio Ramos, Emanuel Sodré, Álvaro e Octávio Werneck, Arthur  César de Andrade, Jacques  Raymundo, Vicente Licínio Cardoso, Lourival Costa, Eurico Viveiros de Castro, Augusto Fontenelle, Carlos Bastos Neto e Basílio Viana Junior. 













Hermann Palmeira                            Miguel de Pino Machado

A idéia da fundação de um clube, brotou do cérebro de nosso querido Flávio Ramos que, em aula de álgebra do tradicional Colégio Alfredo Gomes, passou um bilhete ao seu colega Emanuel Sodré, propondo a referida fundação, recebendo, logo, entusiástica acolhida.
General Severiano 1913

E, a 12 de agosto, no chalet do casarão em ruínas do Conselheiro Gonzaga, surgia o grêmio, sendo eleita a primeira diretoria, com Flávio Ramos, na presidência, Octavio Werneck, na vice-presidência, Jaques Raymundo, na secretaria e Álvaro Werneck, na tesouraria, logo substituída, em setembro, por nova direção, com Alfredo Guedes de Melo na presidência e a adoção do nome de BOTAFOGO, por sugestão da inesquecível avó de Flávio - D. Francisca Teixeira de Oliveira - em substituição ao de Electro Club, inicialmente adotado para aproveitamento de um talão de recibos que pertencera a uma sociedade extinta.

Nosso primeiro campo foi a via publica, isto é, o próprio Largo dos Leões, com suas palmeiras imperiais servindo de balizas, substituído pela rua Conde de Irajá, em exíguo terreno sito ao lado da residência do General Lauro Sodré.

E o clube tornou forma, quando o vulto extraordinário de Joaquim Antonio de Souza Ribeiro, a convite do inolvidável Alfredo Chaves, aceitou a sua presidência, em junho de 1905, sucedendo às rápidas presidências de Guedes de Melo, José Paranhos Fontenelle e Waldemar Pereira da Silva.

Nesse mesmo ano era fundada a primeira entidade da cidade - a Liga Metropolitana de Futebol e entre os seus fundadores, encontrava-se o nosso BOTAFOGO, que, em 1906, já participava valentemente do primeiro campeonato carioca, alugando, em março, um novo campo, o da rua Real Grandeza, onde hoje ergue-se a Vila Montevidéu.

Em 1907, derrotando sensacionalmente o Fluminense por 4x2, o BOTAFOGO com o mesmo empatava no primeiro posto da tabela, arrostando com as arbitrariedades da diretoria da Liga que, ilegalmente, sem função estatutária para tal, desejava impor o critério do goal-average para o desempate.

Convocada uma assembléia geral, a 28 de outubro, nossos oponentes estranhamente evitaram a discussão final do assunto, retirando-se da Liga que, de fato, dissolveu-se sem proclamar  o campeão do ano.

A fundação da nova Liga Metropolitana, em 1908, encontrou em nossa presidência, Edwin E. Hime Junior e o clube  instalou-se no glorioso e inesquecível Campo da Voluntários da Pátria , onde existe hoje a rua General Dionisio, e onde, em 1910, novamente e  desde 1909, sob a presidência de Souza Ribeiro, levantou de maneira irresistível e empolgante o campeonato da Cidade, recebendo, do entusiasmo das multidões, o título de Glorioso, que até hoje orgulhosamente ostenta. 
Voluntários da Pátria em 1909

Em 1911, quando tudo levava crer seria repetida a façanha, um incidente de campo, fez o BOTAFOGO, presidido pelo Dr. Alberto Cruz Santos, desfiliar-se  da Liga e enfrentar airosamente a situação, preliando em matches interestaduais  com a A.A. das Palmeiras, S.C. Americano e o S.C. Germania, os grandes clubes paulistas da época. 

Mas perdendo o arrendamento do campo, em fins de 1911, o BOTAFOGO viu-se , no ano seguinte, face à mais  trágica situação  de sua história, quando a nova diretoria, com Joaquim de Lamare na presidência e o inquebrantável comandante Hermann Palmeira na vice-presidência, fez prodígios de heroísmo para a sobrevivência do Clube, sem campo, sem sede, sem os atrativos de bons jogos e quase sem sócios.

Restava-lhe , porém, sua formidável equipe, com Álvaro Werneck, Edgard Dutra, Edgar Pullen, Rolando e Abelardo de Lamare, Lulu Rocha, Juca Couto, Emanuel, Benjamin e Lauro Sodré, CarIos Vilaça e tantos outros - que disputando o campeonato da Associação de Futebol do Rio de Janeiro, a modesta entidade criada pelo dinamismo do homem que fizera do seu próprio Iar a sede do clube -  Hermann Palmeira - manteve acessa a chama do heroísmo e da fidelidade, forjando de maneira  inconfundível a personalidade botafoguense, diferente de todas as outras. 

Já em fins de 1912, um pugilo de heróis, o "comitê de salvação” conseguia arrendar o terreno de General Severiano, onde hoje se erguem nossas magníficas dependências,  erigindo esplêndido  campo e ótimas  arquibancadas, inauguradas em 1913 quando, pacificada a situação e feita a fusão das duas entidades, volveu o BOTAFOGO à Metropolitana, para prosseguir sua gloriosa rota.

No pouco espaço de que dispomos, não podemos relembrar toda essa rota, mas rapidamente recordaremos que pela presidência do Glorioso, de 1913 à fusão de 42, passaram os vultos de Joaquim de Lamare, até meados de 1914; Miguel de Pino Machado, em 1914; o grande Souza Ribeiro, em 15 e 16; novamente Pino Machado, em 17 e 18, quando teve esplêndida administração e ampliou nossas arquibancadas; Renato Pacheco, em 19, 20 e 21; Samuel de Oliveira, em 22; Paulo Azeredo, em 23; Gabriel Bernardes, em 23 e 24; Oldemar Murtinho, em 25; Paulo Azeredo - O Presidente de Ouro no formidável período de dez anos -  1926-36 quando deu ao Clube a posse definitiva de General Severiano, a monumental sede colonial e os campeonatos de 1930-32-33-34, e 45; Darke de Mattos, em 1936; Sergio Darcy, outro grande Presidente, de 37 a 39, quando erigiu o nosso estádio; João Lyra  Filho em 1940-41; Benjamin Sodré em 41e Eduardo Trindade em 1942.

E hoje- BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS - sob o comando do mesmo extraordinário chefe do passado  Paulo Azeredo -  prossegue, o Glorioso, sua irresistível marcha para os mais altos Destinos.


Fonte: Boletim Oficial do BFR no 153 ago 1959
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ELIANE MARlA STUDART, que concorrerá, pelo BOTAFOGO, ao concurso "Senhorita Rio" 1969. Esteve reunida em nossa sede com as representantes dos clubes cariocas, quando promoveu um verdadeiro mini-show. ELIANE é carioca, estudante do Centro Social Feminino, onde estuda secretariado, tem 19 anos de idade, ioga volei, gosta de natação e de montar a cavalo. Adora todas as músicas, pois elas fazem parte de nossa época ou geração, músicas alegres e trepidantes. Cantou com muita graça e foi muito aplaudida, inclusive na interpretação de "Cantiga por Luciana" e "Juliana", musicas do último Festival Internacional da Canção. Nas fofos, por ocasião da sua apresentação ao quadro social do BOTAFOGO e quando, na mesma festa, era enfaixada pela Sra. Bemvindo Sampaio.

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PARABÉNS BOTAFOGO

Imaginem o Rio de Janeiro em 1894, na virada da República, na efervescência das paixões politicas e das mudanças. Nesse ano, surgiu no Rio de Janeiro, na enseada de Botafogo, um clube que tinha a Estrela Solitária como guia de seus grandes feitos - o Club de Regatas Botafogo.
Em 1904, estudantes do Ginásio Alfredo Gomes, com média de idade de 14 anos, resoiveram fundar o Clube do novofempo que se iniciava - o Botafogo Football Club. Dai para a frente foi só crescimento e o Clube se ñxou no Bairro do mesmo nome, com seu campo em General Severiano a partir de 1912, enriquecendo a vida esportiva do Rio de Janeiro e dando à juventude oportunidades valiosas à pratica dos desportos e à convivência sadia em seu quadro social.
Em 1942, a 8 de dezembro, os dois alvinegros, com o mesmo nome e com a vocaçao da vitória realizaram a Fusao e surgiu esse gigante chamado BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS.
Falar em BOTAFOGO é falarem paixão pelo futebol, o esporte que conquistou milhões no Brasil inteiro e que projetou o Glorioso até no cenário mundial, principalmente por ter sido ele o maior provedor de craques para a conquista do Trlcampeonato Mundial pelo Brasii.
Escusado dizer aqui o nome dos astros que brilharam nos campos, nas quadras, nas piscinas e nas raias. A maioria se lembra deles com amor e saudade.
Eis que, após a tempestade, ressurge o BOTAFOGO, revigorado, iluminado, pelos seus leais colaboradores e torcedores; e, como o filho pródigo volta o Sede, preparado às novas conquistas, às bem-aventuranças do novo ciclo de vida.
O Bota de hoje não é só fogo, mas Alma renovadora da vida esportiva e social . A nova Diretoria nâo mede esforços para eleva-lo à posiçao de destaque no cenario nacional, com a construçao, em sua sede, de áreas de lazer, quadras, piscinas, concentração e, para não fugir à tradição do local, um campo de futebol para treinamento.
Com ele o Brasil vibra, a torcida cresce e se entusiasma. A Diretoria traça rumos positivos, renovadores, o Clube se expande, e, com o apoio de todos, revigora o  seu centro sócio-cultural. A volta de sua Revista nos dará  também o privilégio de conhecê-lo melhor, no seu passado e no seu presente.
Boa sorte ao nosso querido BOTAFOGO, e parabéns a todos os seus leais torcedores.


Fonte: Revista Oficial do Botafogo no 245 de 1994
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

BOTAFOGO F.R. DÉCADA DE 40

 




O Só os 6x0 puderam lembrar ao Clube de Regatas do Flamengo que ostentava um título de bi-campeao... Mas já era tarde para cortar uma vitória espetaculosa na estréia dos botafoguenses.
Comentário de CEZAR AUGUSTO
Hernandes, Oswaldo, Luzitano, Zarcy, Negrinhão, Afonsinho, Otavio, Heleno, Limoeirinho e Reginaldo

A verdadeira atração da segunda rodada éra e foi a apresentação da esquadrão botafoguense. Era indisfarçavel a anciedade dos seus fans e a curiósidade geral. Na equipe alvinegra tudo deveria ser novo. A começar pelo técnico Martin Oliveira. E a circunstancia de não ter o Botafogo realizado um unico amistoso, e tao somente treinos, contribuía para essa expectativa. O C. R. Flamengo, bi-campeao da cidade, adversário da estreia deveria ser, pois, uma legitima estreia. O campo de S. Januário pegou, assim, uma enchente. Lá se ajuntaram botafoguenses, rubro-negros,  também tricolores e americanos, já que a outra peleja reuniria esses contendores, proporcionando uma renda que foi além dos 100.000 cruzeiros. A praça de desportos vascaina apresentava um belo aspecto; bem lotada, o gramado de um verde uniforme e agradável,  e uma noite tépida e estrelada.
E tudo isso serviu para dar tons mais fortes ao estupendo triunfo botafoguense. Os comandados de Martin, como que desconhecendo a fibra dos adversarios, e revelando o maior destemor ao honroso título que ostentavam, atiraram-se, desde o primeiro momento a um ataque incessante, do que resultou logo no primeiro tempo um algarismo gigante no marcador: 6-0. Os flamengos, como que assaltados de surpreza, entregaram-se  completamente, facilitando ao Botafogo o domínio territorial e técnico. No período final, então, os rubro-negros resolveram impedir  que a vitória assumisse vulto ainda maior e opuseram uma resistencia chegando a conquista de 2 tentos. Deste modo, caminhando a testa do lote, sem ponto perdido, o Botafogo apresentou-se como um dos candidatos  mais poderosos. 

PANORAMA TECNICO

E aqui temos um flagrante notável: É deJurandyr pagando a Gritta uma das muitas apostas que perdeu durante o jogo C.R. Flamengo x Botafogo F.R.. É que Jurandyr não "acreditava" na pontaria dos alvinegros, e vae daí... Galdino achou tudo muito engraçado.
A vitória alvinegra foi brilhante, sem duvida, embora o aspeto técnico não fosse brilhante. O triunfo foi mais psicológico que técnico. Era natural que o esquadrão flamengo não se sentisse confiante e sim prudente. Faltariam, dos titulares, Jurandyr, Bigua, Pirillo e Perácio. Os seus substitutos, sem desfrutarem de categoria elevada, deveriam deante de qualquer debilidade do Botafogo, usar e abusar da torça moral que o título de bi-campeão deveria incutir em cada um, por certo. De modo que a única arma seria a surpreza. E'ra necessário que os jogadores fossem transformar a prudência em confiança. Era indispensavel abalar-lhes o animo, o que traria dupla conseqüência! queda dos flamengos e porta aberta a vitoria botafoguense. 
Se esse plano existiu, teve sucesso 100%. Logo aos 3 minutos de gogo Afonsinho e Reginaldo haviam levado 2 tentos a credito do Botafogo. Daí em diante não houve dos rubro negros senão resistência passiva, enquanto o marcador subia assustadoramente. A retaguarda dos calções pretos sem preocupar com o ataque do Flamengo, onde apenas Zizinho tentava articular algo, assim mesmo em auxilio da defesa e não com proposito imediatamente ofensivo. Enquanto isso, a vanguarda estabelecia nada menos de cinco cabeças de ponte no territorio inimigo e bombardeava incessantemente as posições flamengas. Quirino, na aza media direita, deixava cámpo aberto a ação do estreante Reinaldo, permitindo-lhe um verdadeiro "carnaval", como se diz em gíria futebolística. Jayme, preocupado um auxiliar Bria e Newton, incumbidos da marcação  de Limoeirinho e Afonsinho, facilitava o desenvolvimento de Otávio, este, alias, um titular impressionante como elemento de amparo do ataque e auxiliador da retaguarda. Para completar o quadro desolador da equipe  bicampeã, os atacantes ou não desciam para ajuda aos companheiros da defesa ou se o faziam, era sem a menor noção de oportunidade ou colocação. Parecia, mesmo, que havia desinteresse, indiferença pela contenda. Veio o período final Os alvinegros, como conseqüência lógica de um primeiro tempo movimentadissimo, cheio de fintas, costuras e infiltrações   rapidas, diminuíram o ritmo. Do outro, Flávio Costa naturalmente zeloso do amor proprio do esquadrão, fizera as modificações imperiosas e permissiveis em face do material humano disponivel: Jaci deslocado para o médio direito afim de vigiar Reginaldo, vindo Tião para seu posto e Gulter substituindo Newton.
A palestra no vestiário deveria ter sido, também, algo séria, pois os jogadores voltaram ao campo demonstrando, então, que desejavam jogar... As alterações surtiram efeito, e maiores apareceram até porque, já o dissemos, os do "glorioso" diminuiram a movimentação com que vinham forçando o prelio. Zizinho foi, neste período, verdadeiramente dinâmico. Não havia instruções especiais ou plano de "campanha" a cumprir. Por isso desdobrou-se em todos os setores do campo. Mas não houve resultado que satisfizesse. O Flamengo marcou dois tentos, mas nem sequer empatou o jogo e isto foi o que objetivavam os botafoguenses, que sustentaram o tempo derradeiro sem grandes esforços, garantindo uma vitoria espetáculosa. Deve-se uma referencia aos valores individuais novos apresentados pelo Botafogo, dentre os quais tiveram desempenho apreciável Oswaldo, Negrinhão e Reginaldo, Otávio, Limoeirinho e Afonsinho, bem como Heleno foram excelentes, mas já são nossos conhecidos, só Luzitano não convenceu. DETALHE: As equipes disputaram o jogo com esta constituição: CR. Flamengo — Luiz (depois Dolly), Artigas e Newton (Guntter no 2º tempo); Quirino (Jacy no 2º tempo), Bria e Jayme; Nilo, Zizinho, Djalma, Jacy (Tião no 2º tempo) e Vévé. Botafogo F.R. — OswaIdo Hernandez e Luzitano; Zarcy Santamaria e Negrinhão, Atonsinho, Otávio Tovar( no 2º tempo), Heleno, Limoeirinho e Reginaldo.

Fonte: Jornal Sport Illustrado nº 310 de 16 de março de 1944
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1º de Julho de 1894

 A data acima, a mais antiga data desportiva do Brasil, marca o início das gloriosas atividades, do nosso querido Botafogo, esse clube que é um dos monumentos dos desportos pátrios e um lutador incansável pelo aperfeiçoamento moral e físico da nossa mocidade e que constitui para nós, botafoguenses, um motivo de orgulho, de admiração e de incondicional amizade. 

Tem sido fiel o Botafogo em sua longa trajetória aos princípios e ás normas desportividade daqueles que o fundaram em um momento de inspiração patriótica e saberá sem dúvida continuar digno de seus altos e imperecíveis destinos a que o levaram a fé, a dedicação o entusiasmo dos que têm a honra e a felicidade de servirem o pavilhão alvinegro aureolado pela gloria. 

O antigo Clube de Regatas Botafogo, ex-Grupo de Regatas Botafogo, é oriundo do antigo Clube de Regatas Guanabara, este fundado o 9 de Agosto de 1874 e, após muitos e muitos anos de lutas, sacrificios, vitorias empolgantes e triunfos memoraveis, pela fibra e dedicação dos seus componentes, tornou-se um dos mais importantes e poderosos clubes do Brasil, cuja fusão com o seu co-irmão, o antigo Botafogo Foot-Ball Club, clube de identicas lutas e sacrifícios semelhantes, veio constituir essa instituição dos nossos entusiasmos comuns e dos nossos cuidados constantes, o Botafogo de Futebol e Regatas, vitorioso e eterno. As 13 horas do dia 1º de julho de 1894, presentes 22 (vinte e dois sócios), foi iniciada a sessão de instalação do nucleo primeiro do Botafogo de Futebol e Regatas e a homenagem dos botafoguenses de hoje aos botafoguenses de ontem constitui na promessa que fazemos e que cumpriremos de que entregaremos o Botafogo aos botafoguenses de amanhã tal como o recebemos, forte, poderoso, leal, exemplo de fibra e de desportividade.

Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungstedt

Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 48 de julho de 1945

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12 de Agôsto de 1904 


Walter Fazzoni
Fernandes dos Reis (Mato Grosso )
Henrique Fernandes
Torquato (Dunga)
Ephigênio de Freitas Bahiense (Geninho)
Renato Goulart Pereira
Marcos

Há quarenta e um anos, num vetusto solar bem  no estilo brasileiro, residência de familia ilustre e tradicional, em meio a incredulidade austéra dos mais velhos e o entusiasmo juvenil de seus fundadores, nasceu o BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE. Talvez por isto mesmo, conservou pela vida  em fóra esta maneira de ser, fraternal e hospitaleira, na palavra de seus homens ha solidariedade estreita entre os consócios e até na arquitetura da séde social que nos lembra uma ampla casa de fazenda, de avarandado acolhedor e aberto onde nas datas maiores e nas festas comemorativas, várias gerações se reunem para  evocações enternecidas, onde se traçam planos, se estruturam projétos e se debatem problemas, que se acaloram em discussões e divergências, pára terminar em amistosa confraternização. 
Assim é o BOTAFOGO! Desta maneira de ser personalissima e singular, nasceu por certo tua maior força e o obstinado entusiasmo adolescente que te fez resistir aos tropeços iniciais dos passos incertos e indecisos, forjou tua estrutura e definiu tua linha de ação que se traduz numa existência fecunda e gloriosa, bandeira de luta, de ideal e de fé! 
Aqui, nas gerações que se sucedem os exemplos se repetem. Esta adolescência bronzeada que em liças ardorosas e leais, na forja olímpica dos esportes, num cenário de sol e de luz enrijecem a tempera de magnificos caracteres, nos recorda nossos vultos maiores, que também aqui chegaram em uniformes escolares, sobraçando livros acadêmicos e olharam, depois, a vida de frente, enfrentando-a com os olhos abertos para os horizontes do futuro, e notáveis e ilustres, vestem hoje uma tóga, enobrecem uma catedra, comandam multidões. 
Lampejam em teus brazões, glórias imortais e abrigas em teu listrado pavilhão, tatalando feliz e festivo, exemplares personalidades e elites dirigentes que orientam os destinos de várias entidades esportivas da pátria. 
É de hontem o exemplo de atlétas alvi-negros que trocaram a jaqueta pelo uniforme de campanha, e os campos de esportes pelos de batalha, integrando a FAB e a FEB e que estão de regresso agora, cobertos de glórias e de explendidos lauréis para o culto da pátria e exemplo das gerações Botafoguenses. 
Ao teu patrimônio um outro se juntou-o do Clube de Regatas Botafogo - e pugnando por um só ideal, alentado por um só propósito, visando um objetivo unico o bem da pátria, o amor da pátria, e a grandesa da pátria, caminha o Botafogo de Futebol e Regatas para a frente, olhos fitos no heroico pendão alvi-negro, ao brilho da Estrela Solitária, que bem simboliza o céu, altura de nosso último objetivo e derradeiro ideal.

Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungstedt
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 49 de agosto de 1945
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O Botafogo aos seus atletas expedicionarios 

Partiram os nossos expedicionários. Si A saudade amargurava-lhes a alma, nos que ficaram ela também angustiava o coração. 
E lá se foram todos, levando no pensamento a imágem da Pátria e a certeza dos dias tenebrosos, tonitroantes e enlouquecedores que os esperavam em terras estranhas, onde nos campos, nas quebradas de montanhas, em todas a parte, palmilhando asperas estradas, iam sem saber si elas os conduziriam á morte ou á gloria, dar combate ao inimigo feroz e cruel. 
Com êsse pugilo de bravos da nossa brava  gente, ia também um pedaço do nosso Botafogo, dêste nosso Botafogo que não poupa esforços, nem mede sacrificio nas grandes horas e que sempre vibra, dando exemplos dignificantes, nos grandes momentos historicos da nossa nacionalidade. 
Sete de nossos atlétas, dos mais valorosos, integravam aquela expedição que demandava destino ignorado. Não os teriamos tão cedo, ou jamais, pelejando ardorosamente pelas nossas vitórias, sob o calor dos nossos aplausos, ao dos seus "fans" e dos da multidão entuziasmada, porém, ao mesmo tempo que isso nos amargurava, sentiamo-nos orgulhosos, vendo-os também eleitos da Pátria, nos uniformes do nosso glorioso Exercito, disciplinados e decididos, ombro a ombro com os heroicos soldados das Nações Unidas, esmagar os tiranos que ameaçavam estrangular, asfixiar a liberdade dos povos. 
E de que seriam bravos na luta, não nos padecia duvida, pois, valentes como todos os outros, eles tinham ainda em seus peitos a chama vivificadora do nosso lema: — PELO BRASIL COM O BOTAFOGO! 
Dias, longos mêses de angustia decorreram para todos nós da hora da partida dêsses queridos rapazes. 
Sofriamos as mesmas agruras dos seus entes queridos, que a todos procuravamos assistir, como se formamos uma só familia, transmitindo-lhes as noticias que nos chegavam e dando-lhes, sempre que necessario, conforto moral. Surgiu, afinal, a Vitoria e com ela, logo em seguida, veio o regresso da nossa gloriosa F.E.B. e dos nossos rapazes, os nosso atlétas oficiais e pracinhas, que prouvéra a Deus restituir-nos todos. 

Preparamo-nos, então, para recebe-los carinhosamente como mereciam, organisando um programa de festas e homenagens, que tendo inicio no abraço que lhes levámos ainda estavam barra á fóra, seguiu-se mais tarde, da recepção em a nossa séde, a qual compareceram acompanhados de suas familias e onde assistiram a uno magnifico "show", ocasião em que, recebidos delirantemente pelo nosso seleto quadro social, foram saudados por Paula e Silva, esse extraordinário botafoguense que, com tanto carinho e dedicação exerce as funções de Diretor Social; de um jantar na Urca, oferecido pelos Diretores do Botafogo, tendo a grande assistencia que ali se encontrava participado das nossas justas alegrias, ao ter conhecimento de suas presenças naquele Grill, onde foram delirantemente aplaudidos; de um almoço realisado em nossa séde e oferecido pelos nossos consocios e fans, sendo, então, enaltecidos os seus feitos e carinhosamente saudados pelos benemeritos botafoguenses Drs. João Lyra e Augusto Frederico Schmitd, cujas palavras cheias de fé e orgulho patriotico, fizeram vibrar de eletrisante entusiasmo os convivas que ai se reuniram.
Prosseguindo, ainda, nessas manifestações de regosijo, não olvidamos também de render graças a Deus pelo regresso desses nossos atlétas, pois, com essa intenção foi celebrado um oficio religioso na Matriz de Santa Terezinha de Jesus. tendo o Monsenhor Dr. Henrique de Magalhães produzido brilhante oração gratulatoria. E por ultimo, marcando o encerramento das justas e merecidas homenagens esses nossos atlétas, realisamos, com soberbo e grandioso encantamento, o de BAILE DA VITORIA DAS NAÇÕS UNIDAS, do qual compartilharam, especialmente convidados, os Comandantes Oficiais da nossa gloriosa Força Expedicionaria Brasileira. 
Goulart, Marcos, Geninho, Walter, Dunga, Maato Grosso e Milton são esses os amigos do nosso Botafogo, os nossos e atlétas-pracinhas, que, retornando dos campos da Italia, dê novo, encontram-se no nosso convivio como bons e ardorosos, botafoguenses e dignos brasileiros. 

Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungstedt
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 51 de outubro de 1945
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