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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

A HISTÓRIA DO BOTAFOGO

Botafogo FR sua história
A HISTORIA DO BOTAFOGO

A história do Botafogo remete ao século XIX, mais precisamente 1891, quando membros egressos do Clube Guanabarense, criado em 1874, criaram o Grupo de Regatas Botafogo, tendo como um de seus fundadores o remador Luiz Caldas, conhecido como Almirante. Logo após o falecimento de Caldas, o grupo foi regulamentado como Club de Regatas Botafogo. O clube tinha como sede um casarão, atualmente demolido, no sul da praia de Botafogo, encostado ao Morro do Pasmado, onde hoje termina a avenida Pasteur.
1a Sede do Clube de Regatas Botafogo

No dia 12 de agosto de 1904, paralelamente ao clube de regatas, surgia também no bairro de Botafogo um novo time de futebol, o Electro Club, criado por iniciativa de Flávio Ramos e Emmanuel Sodré, dois jovens entre 14 e 15 anos que estudavam juntos no Colégio Alfredo Gomes. Pouco mais de um mês depois, o nome da agremiação foi alterado para Botafogo Football Club, por sugestão da avó materna de Flávio, conhecida como Dona Chiquitota.

Botafogo de Futebol e Regatas
Nascido da união entre o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club, o Botafogo de Futebol e Regatas foi fundado oficialmente no dia 8 de dezembro de 1942, dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira do clube. A fusão entre as duas agremiações já era estudada desde 1931, mas durante muitos anos foi combatida porque pessoas ligadas aos dois clubes, como o historiador Antônio Mendes de Oliveira Castro, do remo, e João Saldanha, do futebol, garantiam que o Regatas estava "infiltrado de torcedores do Fluminense", que é, dentre os maiores rivais do alvinegro, o único que nunca teve um departamento ligado a esse esporte.



                   Time do Botafogo em 1906, o primeiro a usar
                                      o uniforme listrado.

Na década de 1940, entretanto, a união dos clubes foi motivada por conta de uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942, o clube de regatas e o de futebol se enfrentavam em uma partida de basquete, válida pelo Campeonato Carioca. O atleta Armando Albano, um dos principais jogadores do Botafogo Football Club e da Seleção Brasileira, saiu atrasado do trabalho e chegou à quadra com o jogo já em andamento, no final do primeiro tempo. Durante o intervalo, Armando se abaixou para pegar uma bola e caiu desfalecido na quadra. Prontamente o jogador foi levado ao vestiário e a partida recomeçou. Porém, após alguns minutos tentando trazê-lo de volta à vida, a notícia de sua morte interrompeu o confronto quando o placar marcava 23–21 para o clube de futebol. A decisão de parar o jogo foi tomada pelo Botafogo de Regatas, que abdicou da disputa para que Albano tivesse como homenagem uma última vitória. Envolvidos em uma profunda atmosfera de comoção, os dirigentes das duas agremiações optaram pela união dos clubes. Duas frases marcantes foram eternizadas na época:

"Nas disputas entre os nossos clubes só pode haver um vencedor, o Botafogo!"
— Eduardo Góis Trindade, presidente do Botafogo Football Club.
"O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?"
— Augusto Frederico Schmidt, presidente do Club de Regatas Botafogo.
A partir dessa data, começou o procedimento para a fusão, oficializada cerca de seis meses depois. A partir de então, surgia o Botafogo de Futebol e Regatas, com algumas alterações: a bandeira permaneceu com as listras horizontais em preto e branco, mas o escudo com as letras BFC entrelaçadas foi substituído por um retângulo preto com a Estrela Solitária em branco. O novo escudo fez mudança semelhante, incorporando o símbolo máximo do remo ao formato do distintivo de futebol, agora em fundo preto e contorno branco.

Fonte: Site WikipédiA.org

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A FUNDAÇÃO DO GLORIOSO

A 12 de agosto de 1904, no velho Largo das Leões, nasceu o Botafogo Football Club que, assim, comemora, este mês, cinqüenta e cinco  anos de lutas gloriosas, com o seu alvinegro pavilhão coberto de louros e vitórias épicas.

Foram seus fundadores os então adolescentes Flávio Ramos, Emanuel Sodré, Álvaro e Octávio Werneck, Arthur  César de Andrade, Jacques  Raymundo, Vicente Licínio Cardoso, Lourival Costa, Eurico Viveiros de Castro, Augusto Fontenelle, Carlos Bastos Neto e Basílio Viana Junior. 













Hermann Palmeira                            Miguel de Pino Machado

A idéia da fundação de um clube, brotou do cérebro de nosso querido Flávio Ramos que, em aula de álgebra do tradicional Colégio Alfredo Gomes, passou um bilhete ao seu colega Emanuel Sodré, propondo a referida fundação, recebendo, logo, entusiástica acolhida.
General Severiano 1913

E, a 12 de agosto, no chalet do casarão em ruínas do Conselheiro Gonzaga, surgia o grêmio, sendo eleita a primeira diretoria, com Flávio Ramos, na presidência, Octavio Werneck, na vice-presidência, Jaques Raymundo, na secretaria e Álvaro Werneck, na tesouraria, logo substituída, em setembro, por nova direção, com Alfredo Guedes de Melo na presidência e a adoção do nome de BOTAFOGO, por sugestão da inesquecível avó de Flávio - D. Francisca Teixeira de Oliveira - em substituição ao de Electro Club, inicialmente adotado para aproveitamento de um talão de recibos que pertencera a uma sociedade extinta.

Nosso primeiro campo foi a via publica, isto é, o próprio Largo dos Leões, com suas palmeiras imperiais servindo de balizas, substituído pela rua Conde de Irajá, em exíguo terreno sito ao lado da residência do General Lauro Sodré.

E o clube tornou forma, quando o vulto extraordinário de Joaquim Antonio de Souza Ribeiro, a convite do inolvidável Alfredo Chaves, aceitou a sua presidência, em junho de 1905, sucedendo às rápidas presidências de Guedes de Melo, José Paranhos Fontenelle e Waldemar Pereira da Silva.

Nesse mesmo ano era fundada a primeira entidade da cidade - a Liga Metropolitana de Futebol e entre os seus fundadores, encontrava-se o nosso BOTAFOGO, que, em 1906, já participava valentemente do primeiro campeonato carioca, alugando, em março, um novo campo, o da rua Real Grandeza, onde hoje ergue-se a Vila Montevidéu.

Em 1907, derrotando sensacionalmente o Fluminense por 4x2, o BOTAFOGO com o mesmo empatava no primeiro posto da tabela, arrostando com as arbitrariedades da diretoria da Liga que, ilegalmente, sem função estatutária para tal, desejava impor o critério do goal-average para o desempate.

Convocada uma assembléia geral, a 28 de outubro, nossos oponentes estranhamente evitaram a discussão final do assunto, retirando-se da Liga que, de fato, dissolveu-se sem proclamar  o campeão do ano.

A fundação da nova Liga Metropolitana, em 1908, encontrou em nossa presidência, Edwin E. Hime Junior e o clube  instalou-se no glorioso e inesquecível Campo da Voluntários da Pátria , onde existe hoje a rua General Dionisio, e onde, em 1910, novamente e  desde 1909, sob a presidência de Souza Ribeiro, levantou de maneira irresistível e empolgante o campeonato da Cidade, recebendo, do entusiasmo das multidões, o título de Glorioso, que até hoje orgulhosamente ostenta. 
Voluntários da Pátria em 1909

Em 1911, quando tudo levava crer seria repetida a façanha, um incidente de campo, fez o BOTAFOGO, presidido pelo Dr. Alberto Cruz Santos, desfiliar-se  da Liga e enfrentar airosamente a situação, preliando em matches interestaduais  com a A.A. das Palmeiras, S.C. Americano e o S.C. Germania, os grandes clubes paulistas da época. 

Mas perdendo o arrendamento do campo, em fins de 1911, o BOTAFOGO viu-se , no ano seguinte, face à mais  trágica situação  de sua história, quando a nova diretoria, com Joaquim de Lamare na presidência e o inquebrantável comandante Hermann Palmeira na vice-presidência, fez prodígios de heroísmo para a sobrevivência do Clube, sem campo, sem sede, sem os atrativos de bons jogos e quase sem sócios.

Restava-lhe , porém, sua formidável equipe, com Álvaro Werneck, Edgard Dutra, Edgar Pullen, Rolando e Abelardo de Lamare, Lulu Rocha, Juca Couto, Emanuel, Benjamin e Lauro Sodré, CarIos Vilaça e tantos outros - que disputando o campeonato da Associação de Futebol do Rio de Janeiro, a modesta entidade criada pelo dinamismo do homem que fizera do seu próprio Iar a sede do clube -  Hermann Palmeira - manteve acessa a chama do heroísmo e da fidelidade, forjando de maneira  inconfundível a personalidade botafoguense, diferente de todas as outras. 

Já em fins de 1912, um pugilo de heróis, o "comitê de salvação” conseguia arrendar o terreno de General Severiano, onde hoje se erguem nossas magníficas dependências,  erigindo esplêndido  campo e ótimas  arquibancadas, inauguradas em 1913 quando, pacificada a situação e feita a fusão das duas entidades, volveu o BOTAFOGO à Metropolitana, para prosseguir sua gloriosa rota.

No pouco espaço de que dispomos, não podemos relembrar toda essa rota, mas rapidamente recordaremos que pela presidência do Glorioso, de 1913 à fusão de 42, passaram os vultos de Joaquim de Lamare, até meados de 1914; Miguel de Pino Machado, em 1914; o grande Souza Ribeiro, em 15 e 16; novamente Pino Machado, em 17 e 18, quando teve esplêndida administração e ampliou nossas arquibancadas; Renato Pacheco, em 19, 20 e 21; Samuel de Oliveira, em 22; Paulo Azeredo, em 23; Gabriel Bernardes, em 23 e 24; Oldemar Murtinho, em 25; Paulo Azeredo - O Presidente de Ouro no formidável período de dez anos -  1926-36 quando deu ao Clube a posse definitiva de General Severiano, a monumental sede colonial e os campeonatos de 1930-32-33-34, e 45; Darke de Mattos, em 1936; Sergio Darcy, outro grande Presidente, de 37 a 39, quando erigiu o nosso estádio; João Lyra  Filho em 1940-41; Benjamin Sodré em 41e Eduardo Trindade em 1942.

E hoje- BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS - sob o comando do mesmo extraordinário chefe do passado  Paulo Azeredo -  prossegue, o Glorioso, sua irresistível marcha para os mais altos Destinos.


Fonte: Boletim Oficial do BFR no 153 ago 1959
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ELIANE MARlA STUDART, que concorrerá, pelo BOTAFOGO, ao concurso "Senhorita Rio" 1969. Esteve reunida em nossa sede com as representantes dos clubes cariocas, quando promoveu um verdadeiro mini-show. ELIANE é carioca, estudante do Centro Social Feminino, onde estuda secretariado, tem 19 anos de idade, ioga volei, gosta de natação e de montar a cavalo. Adora todas as músicas, pois elas fazem parte de nossa época ou geração, músicas alegres e trepidantes. Cantou com muita graça e foi muito aplaudida, inclusive na interpretação de "Cantiga por Luciana" e "Juliana", musicas do último Festival Internacional da Canção. Nas fofos, por ocasião da sua apresentação ao quadro social do BOTAFOGO e quando, na mesma festa, era enfaixada pela Sra. Bemvindo Sampaio.

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PARABÉNS BOTAFOGO

Imaginem o Rio de Janeiro em 1894, na virada da República, na efervescência das paixões politicas e das mudanças. Nesse ano, surgiu no Rio de Janeiro, na enseada de Botafogo, um clube que tinha a Estrela Solitária como guia de seus grandes feitos - o Club de Regatas Botafogo.
Em 1904, estudantes do Ginásio Alfredo Gomes, com média de idade de 14 anos, resoiveram fundar o Clube do novofempo que se iniciava - o Botafogo Football Club. Dai para a frente foi só crescimento e o Clube se ñxou no Bairro do mesmo nome, com seu campo em General Severiano a partir de 1912, enriquecendo a vida esportiva do Rio de Janeiro e dando à juventude oportunidades valiosas à pratica dos desportos e à convivência sadia em seu quadro social.
Em 1942, a 8 de dezembro, os dois alvinegros, com o mesmo nome e com a vocaçao da vitória realizaram a Fusao e surgiu esse gigante chamado BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS.
Falar em BOTAFOGO é falarem paixão pelo futebol, o esporte que conquistou milhões no Brasil inteiro e que projetou o Glorioso até no cenário mundial, principalmente por ter sido ele o maior provedor de craques para a conquista do Trlcampeonato Mundial pelo Brasii.
Escusado dizer aqui o nome dos astros que brilharam nos campos, nas quadras, nas piscinas e nas raias. A maioria se lembra deles com amor e saudade.
Eis que, após a tempestade, ressurge o BOTAFOGO, revigorado, iluminado, pelos seus leais colaboradores e torcedores; e, como o filho pródigo volta o Sede, preparado às novas conquistas, às bem-aventuranças do novo ciclo de vida.
O Bota de hoje não é só fogo, mas Alma renovadora da vida esportiva e social . A nova Diretoria nâo mede esforços para eleva-lo à posiçao de destaque no cenario nacional, com a construçao, em sua sede, de áreas de lazer, quadras, piscinas, concentração e, para não fugir à tradição do local, um campo de futebol para treinamento.
Com ele o Brasil vibra, a torcida cresce e se entusiasma. A Diretoria traça rumos positivos, renovadores, o Clube se expande, e, com o apoio de todos, revigora o  seu centro sócio-cultural. A volta de sua Revista nos dará  também o privilégio de conhecê-lo melhor, no seu passado e no seu presente.
Boa sorte ao nosso querido BOTAFOGO, e parabéns a todos os seus leais torcedores.


Fonte: Revista Oficial do Botafogo no 245 de 1994
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Um comentário:

  1. Incrível, Angêlo!!! Precisamos fazer algum episódio para o canal utilizando esse material!

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