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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

A HISTÓRIA DO BONECO "MANEQUINHO"

Manequinho - Mascote do Botafogo FR
Manequinho é o nome popular de uma estátua que está situada em frente à sede do clube Botafogo de Futebol e Regatas, no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Representa um menino urinando e foi inspirada pelo Manneken Pis, que enfeita uma esquina de Bruxelas, na Bélgica. Em 2002, a estátua foi tombada como patrimônio pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro História Manneken Pis, a estátua original em Bruxelas, na Bélgica.


Com 1 metro de altura, a estátua foi esculpida, originalmente, em 1908, por Belmiro de Almeida, e esteve instalada na Praça Floriano, no Rio de Janeiro, até 1927, quando foi transferida, por ser considerada uma afronta aos bons costumes, para a praia de Botafogo, próximo à sede do Mourisco do então Clube de Regatas Botafogo.

Mascote do Botafogo

A imagem passou a ser relacionada ao time alvinegro no Campeonato Carioca de Futebol de 1957, quando um torcedor vestiu a estátua com a camisa do Botafogo. A partir daí, os torcedores passaram a considerá-la como mascote e, toda vez que o Botafogo é campeão, a estátua é vestida novamente.

Furto e refundição

Contudo, em 1990, a estátua foi furtada e destruída. Uma nova estátua foi então executada pela fundição de Amadeu Zani, a partir do molde original de Belmiro de Almeida, e instalada em 1993. Em 1994, o Manequinho foi transferido para sua localização atual: a praça em frente ao palacete de General Severiano, que havia sido retomado pelo clube naquele ano.

Vandalismo e adoção

Em 2008, após um ato de vandalismo, furtou-se o órgão sexual da peça.  A estátua foi, então, levada para restauração. Na data de sua recolocação, no início de novembro daquele ano, o clube do Botafogo assumiu a manutenção do monumento.

Fonte: WikipediA
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O Manequinho foi esculpido em 1906 por Belmiro de Almeida. O próprio autor narra como nasceu a sua obra num livro sobre o Rio Antigo (Correa, s/d: 164):

“Há dias, encontrando-me com o Belmiro de Almeida, na Tabacaria Lourdes, pedi-lhe o histórico da sua fonte e, prontamente, me satisfez o desejo.

Quer que fale do meu boneco, que o povo carioca batizou de ‘Manequinho’? Pois então escuta: foi em casa de um amigo que observei a sua filhinha ensaiando os primeiros passos na alameda do jardim e notei uma coisa curiosa na proporção das crianças, nessa idade; têm o tronco muito maior do que as pernas, o que não se verificava na formosa menina. Assim, pensei no “Mannekin Pis” de Bruxelas e comecei a modelar o meu Manequinho, servindo-me do modelo da menina.

Terminado o trabalho e passando o gesso, pensei em fundi-lo a cera e retocá-lo para o bronze; não encontrei, porém, nessa época, quem pudesse executar o meu desejo, e quando fui a Paris, em 1911, levei o referido gesso, que foi elogiado pelo professor La Vernne e outros, em meu atelier à Rua de Bagneux nº 7; nessa ocasião recebi também a visita do saudoso Nilo Peçanha e de outros caros brasileiros. Aí mandei fundir em bronze a estátua e quando retocava a cera, fiz as alterações onde achei conveniente. A primeira fundição perdeu-se no momento de ser vazada em bronze. Depois ainda fundi outro exemplar, em cuja cera modifiquei a expressão do rosto.

A história do Manequinho (I)

O Manneken Pis de Bruxelas significa, em língua popular local, "o garoto que urina." A história conta que um garoto que se perdeu foi encontrado pelo pai, rico burguês, cinco dias depois, nu e urinado em público, e o pai teria mandado esculpir uma estátua de pedra no local aonde foi encontrado.

A estatueta é mencionada em um texto de 1452. Em 1689 as autoridades locais solicitaram ao escultor Jêrome Duquesnoy que realizasse essa estatueta em bronze. Célebre hoje em dia, o Manneken Pis é vestido por ocasião das festividades da cidade de Bruxelas, podendo-se visitar um museu situado na praça principal da cidade cujo vestiário do “garoto que urina” contém mais de 780 vestimentas.

A estátua foi roubada por soldados ingleses em 1745 e encontrada na cidade de Gramont, roubada por granadeiros franceses em 1747 e abandonada em frente a uma taberna. Informado do acontecido, o rei Luiz XV deu lhe uma roupa de marquês e nomeou-o ‘Chevalier de l´Ordre de Saint Louis’. Era brigadeiro de honra de vários regimentos e essa nomeação obrigava a tropa a prestar-lhe continência.

Em 1817 verificou-se novo roubo da estátua. Antoine Lycas, autor da ‘façanha’, foi condenado perpetuamente a trabalhos forçados. Muito popular e querida, a estatueta é o símbolo mais significativo da cidade de Bruxelas.

Pensa-se, erradamente, que a estatueta do ‘Manequinho’ existente em frente à sede do Botafogo de Futebol e Regatas seja uma réplica absoluta do Manneken Pis, que habita numa esquina da Rue de l'Etuve com a Rue de Chêne. Porém, há algumas diferenças significativas: a estatueta belga é muitíssimo menor, já que possui apenas vinte centímetros, enquanto o Manequinho possui cerca de um metro de altura; a estatueta belga representa um menino que tem uma cabeça enorme, desproporcional ao corpo, enquanto o Manequinho tem as proporções do corpo de um menino perfeito; a estatueta belga usa a mão esquerda para orientar o jato de urina, enquanto o Manequinho possui as duas mãos livres e urina livremente.


Quer que fale do meu boneco, que o povo carioca batizou de ‘Manequinho’? Pois então escuta: foi em casa de um amigo que observei a sua filhinha ensaiando os primeiros passos na alameda do jardim e notei uma coisa curiosa na proporção das crianças, nessa idade; têm o tronco muito maior do que as pernas, o que não se verificava na formosa menina. Assim, pensei no “Mannekin Pis”de Bruxelas e comecei a modelar o meu Manequinho, servindo-me do modelo da menina.


Lembrando-me que os artistas do mundo civilizado dedicavam as suas obras às pessoas gratas e amigas, como fazem entre nós os poetas e escritores, dediquei uma ao meu amigo e a outra ao Prefeito Rivadávia Correia. Em 1912, expus a estátua no edifício de Cinema Pathé, na Av. Rio Branco, e no dia da inauguração compareceu o Marechal Hermes da Fonseca, Presidente da República.

Em 1914 foi colocado o Manequinho na praça Floriano, sobre dois degraus, conforme manda a estética; sob minha orientação colocaram também uma torneira, a fim de regular a pressão da água, que deverá ser inconstante."

Na peça original estava gravada a seguinte inscrição: “Homenagem ao carácter reto e independente do Dr. Rivadávia Correia”.

No período de 1919, o prefeito Paulo de Frontim, como seu primeiro cuidado, foi retirá-lo, mandando-o para um depósito. Num país tropical, onde se bebe água todos os instantes, a imprensa falou, a Sociedade Brasileira de Belas Artes protestou, mas tudo em vão.

Contudo, na gestão do Dr. Aloar Prata (1922), foi novamente colocada a fonte na praça pública, mas no fim da praia de Botafogo, pois o lugar antigo estava tomado pelo “Manecão”, e a inteligência artística da Prefeitura instalou a fonte sem os dois degraus, parte integrante da composição artística. Assim, jaz a minha fonte, o meu querido Manequinho, num canto sujo de Botafogo.”

Fontes principais:
http://ashistoriasdosmonumentosdorio.blogspot.com/2010/05/uma-estatua-simbolo-dos-cariocas.html
http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema_2:128
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manequinho
http://rio-curioso.blogspot.com/2007/04/manequinho.html
http://www.rioquepassou.com.br/2005/09/21/manequinho-cinelandia-anos-10/
Magalhães Correa (s/d). Terra Carioca – Fontes e Chafarizes. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
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A festa do Manequinho 
Volta de estátua atrai políticos e causa confusão 
Ausente desde o dia 27 de julho, o botafoguense Manequinho foi muito festejado, quando voltou ontem, ao seu lugar cativo, no Mourisco. Na inauguração da réplica da estátua roubada, no entanto, ao lado de botafoguenses autênticos —como dona Eugênia Nascimento, de 104 anos —, políticos lutaram e gritaram muito para assumir a paternidade de um dos mais conhecidos símbolos do Rio. 
O novo Manequinho, com 30 quilos de bronze e valor de Cr$ 200 mil, é exatamente igual ao levado pelos ladrões há dois meses e foi doado pelo diretor da Bolsa de Artes do Rio, José de Almeida Coimbra. Ele foi esculpido em 45 dias pela Fundição Zani, que possui o molde original. Em meio a toda a confusão, o prefeito Marcelo Alencar apareceu para descerrar a placa comemorativa, colocada pela Fundação de Parques e Jardins. Botafoguense, Marcelo levou uma amarelada camisa número 3 do Botafogo, cedida por Nilton Santos — ex-craque do clube e da seleção brasileira — para vestir o Manequinho. 
Não faltaram lances engraçados, superstições e personagens folclóricos. Dona Eugênia Nascimento ficou quase três horas sentada ao lado da estátua, vestida com a camisa do Botafogo e dizendo que só sairia dali depois de ver o prefeito beijar o boneco. "Ele precisa da benção do prefeito", dizia ela. Os chefes de torcidas organizadas se uniram para expulsar os cabos eleitorais de vários candidatos, que tentavam fazer ouvir seus apelos por votos, enquanto os torcedores cantavam o hino do Botafogo. Tamanho foi o barulho, que motoristas de três carros se envolveram em batidas e acaloradas discussões, ao pararem na pista próxima para ver a festa botafoguense. 
Carlos Mesquita

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
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Manequinho é adotado pelo clube
Monumento, que é um símbolo do Botafogo, até então era mantido pela Prefeitura do Rio de Janeiro

Finalmente o Botafogo poderá dizer que o Manequinho é seu. O clube formalizará nesta quarta-feira a adoção do monumento instalado em 1927, que fica em frente à sede de General Severiano, e que tornou-se um mascote alvinegro. A estátua até então estava sob os cuidados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A informação é do site oficial do Botafogo.

A assinatura de formalização da adoção do Manequinho pelo Botafogo acontecerá às 10h, junto à Prefeitura do Rio de Janeiro. Estarão presentes à cerimônia, além do presidente Bebeto de Freitas, o secretário municipal de Meio Ambiente, Célio Lupparelli, e o presidente da Fundação Parques e Jardins, Osmar Caetano. A partir de então, caberá ao clube a manutenção do monumento.

O evento também marcará a restauração da estátua. Em setembro, o Manequinho foi depredado, tendo o pênis retirado por vândalos. A obra foi orçada em R$ 5 mil.

Fonte: globo.com
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"MANEQUINHO” está de volta a Botafogo! Conforme prometeram Diretor do Departamento de Parques e Jardins, Sr. Gildo Alves Borges, foi recolocada no jardim da Praia de Botafogo, ao lado da nossa sede do Mourisco, a tradicional estátua do “MANEQUINHO”, perto do local onde anteriormente se encontrava, e de onde fôra retirada para permitir a construção do viaduto Pedro Álvares Cabral, que liga as pistas internas da Praia de Botafogo com a AV. Pasteur.

JA É TRADIÇÃO 

O escultor Belmiro de Andrade foi quem em 1911 criou o nosso "MANEQUINHO". É que muitos afirmam tratar-se de uma cópia da famesa estátua de “Maneken Piss”, esculpida em 1690, existente numa praça de Bruxelas e que, segundo a lenda, foi mandada esculpir por um principe local cujo filho, criança ainda, desaparecera. Desesperado com as buscas infrutíferas, o príncipe fêz uma promessa de mandar erguer uma estátua da criança na posição exata em que seu filho fôsse encontrado. O menino foi encontrado fazendo “pipi" e a promessa foi cumprida.

O nosso "MANEQUINHO” está ligado aos acontecimentos esportivos da cidade e principalmente ao BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, clube do bairro, onde, ha muito, o “MANEQUINHO” esta localizado, ou melhor, desde a administração do prefeito Alaor Prata.

Na década de 1922, quando foi levada para o Mourisco, a estátua era um símbolo para os remadores do BOTAFOGO DE REGATAS, que :faziam ponto no antigo Bar Sereia, na esquina da Praia de Botafogo com a Rua Voluntários da Patria, e vestiarn-na com a camisa alvi-negra sempre que levantavam um campeonato, o que acontece até hoje.

Sempre mudando de lugar por causa de obras, uma vez na Cinelandia e três no Mourisco,  "MANEQUINHO” tem agora seu lugar fixo e definitivo. Muitas pessoas tentaram levar essa tradicional estátua para outros pontos da cidade, mas prevaleceu a tradição. Essa estatua converteu-se em simbolo dos torcedores e jogadores do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. A sua retirada sería na verdade um crime contra a história do bairro nos últimos anos  principalmente do nosso clube, que saiu em sua defesa. Todo time de futebol que levanta o campeonato da cidade procura também vestir sua camisa no “MANEQUINHO", que, inclusive, já vestiu a camisa da CBD, nas duas vêzes que o Brasil foi campeão do mundo.


Agradecemos, daqui, a volta do "MANEQUINHO"

Fonte: Boletim Oficial do Botafogo no 220 de novembro de 1969


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