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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

BOTAFOGO F.R. DÉCADA DE 50





Preparação fisica área dos fundos do Palacete de Gal. Severiano

 Torneio Rio-São Paulo. 

Em prosseguimento do interessante torneio Rio-São Paulo, o Botafogo disputou os seguintes encontros: 
BOTAFOGO X PORTUGUEZA — Em 22-1-50. Local: São Januário. Resultado: Portuguesa, 5 x 3. Quadro: Ary; Marinho e Jair; Rubinho, Avila e Juvenal; Hamilton (Baiano), Geninho (Souza), Zezinho, Octavio e Reinaldo (Demóstenes). Artilheiros: Zézinho, Octavio e Geninho. 
BOTAFOGO X PALMEIRAS — Em 29-1-50. Local: São Januário. Resultado: Botafogo, 3 x 0. Quadro: Oswaldo; Gerson e Santos (Jair); Rubinho, Avila e Juvenal (Richard), Hamilton, Geninho, Zézinho, Octavio e Jaime. Artilheiros: Zézinho, 2 e Jaime. 
BOTAFOGO X VASCO DA GAMA — Em 5-2-50. Local: São Januário. Resultado: Vasco, 3x2. Quadro: Oswaldo; Marinho e Santos; Rubinho, Avila e Juvenal, Paraguaio (Hamilton, Baiano), Geninho, Zézinho, Octavio (Sousa) e Jaime. Artilheiros: Zezinho e Hamilton 
BOTAFOGO X FLAMENGO — Em 11-2-50. Local: General Severiano. Resultado: Empate, 2 x 2. Quadro: Oswaldo; Gerson (Marinho) e Santos; Rubinho, Avila e Juvenal; Hamilton (Néca), Geninho, Zézinho, Octavio e Jaime (Reinaldo). Artilheiros: Juvenal e Octavio. 
BOTAFOGO X CORINTIANS — Em 15-2-50. Local: Pacaembú. Resultado: Empate, 1 x 1. Quadro : Oswaldo, Gerson e Santos; Rubinho, Avila e Juvenal (Richard), Zézinho, Geninho, Neca (Hamilton), Octavio e Jaime (Reinaldo). Artilheiro: Octavio. 
Proxima excursão 
Muito breve o nosso quadro de profissionais realizará interessante excursão, devendo estrear a 15 de março na Venezuela, onde disputará três jogos, seguindo, após, para Cuba, onde preliará outras três vêzes. Possivelmente, de Cuba, nossa delegação seguirá para o México, sendo que dêste país talvez siga para a Suécia, afim de cumprir o amável convite do Malmoe. 

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 90 de março de 1950
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OS PRESIDENTES DO BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS 

1942 — 1952 
Foram os seguintes os Presidentes do Botafogo no decênio decorrido: 
1º — Dr. Eduardo de Goes Trindade (8-12-42 a 7-1-44) 
2º — Dr. Adhemar Alves Bebiano (7-1-44 a 14-2-47) 
3º — Dr. Oswaldo Costa (14-2-47 a 2-1-48) 
4º — Carlos Martins da Rocha (2-1-48 a 2-1-52) 
5º — Dr. Ibsen de Rossi (2-1-52).
A COMISSÃO QUE ELABOROU A FUSÃO 
Foi a seguinte a comissão que elaborou, em Dezembro de 1942, o projeto de fusão entre os dois Botafogo: 
Presidente, Dr. Luiz Aranha. Membros; — Pelo Clube de Regatas Botafogo — Dr. Ibsen De Rossi, Tasso Moreira e Dr. Antonio Sá de Miranda Faria. Pelo Botafogo Football Club — Dr. Paulo Azeredo, Dr. Sergio Darcy e Dr. Rivadavia Corrêa Meyer. 
A mesa que dirigiu a sessão dos dois conselhos deliberativos reunidos ,foi presidida pelo Dr. Alvaro Werneck, benemérito dos dois clubes e secretariado pelo Comandante Eurico Viveiros de Castro, benemérito do Botafogo F . C. e pelo saudoso Alvaro do Rego Macedo, benemérito do C. R. Botafogo. 
A DIRETORIA DE 1943 
A primeira Diretoria do Botafogo de Futebol e Regatas, eleita logo após a fusão de 8 de Dezembro de 1942, foi a seguinte: Presidente, Dr. Eduardo Trindade 
— Vice-Presidente, Augusto Frederico Schmidt 
— Departamento de Comunicações, Dr. Fernando Vidal Leite Ribeiro 
—1º Secretário, Dr. Alfredo d'Escragnolle Taunay 
— 2º Secretário, Leslie A. Parkes 
— Propaganda, Joel Presidio 
— sub diretor, Francisco Romano e Armando Ruy Barbosa 
— Finanças, Luiz Dias 
- 1º Tesoureiro, Cyro Lima Ramos 
— 2º Tesoureiro, Ildefonso Silveira 
— Patrimônio, José Felix da Cunha Menezes 
— Social, Emilio Hidal; - Sub Diretores, Aylton Carvalho Dias e Eurico Corrêa 
— Jurídico, Francisco Antonio Coelho 
— Desportos Terrestres — Diretor, Jeronymo Bastos 
— Sub Diretores; Futebol Profissional, Adhemar Bebiano 
— Futebol Amador, Darniz Paranhos de Oliveira 
— Basket-balL, Althemar Dutra de Castilho 
— Volley-balL, Mario Borges de Araujo 
- Tenis, Luiz de Andrade Ramos 
— Esgrima, Alvaro Lucio de Arêas 
— Atletismo, Victor Cardoso 
— Linha de Tiro, João Marques Pereira 
— Desportos Aquáticos — Diretores, Luiz Aranha — Sub-Diretores — Remo, Ary Torres Guimarães 
— Natação, Mauricio Andrade Eekenn 
- Water-polo, Hercilio Colaço. 
O Conselho Consultivo e Fiscal tinha como membros efetivos Paulo Azeredo, Antonio Sá de Miranda Faria, Eurico Viveiros de Castro, Ibsen De Rossi, Miguel Couto Filho, Fernando Quintella, Henrique Carlos Meyer, Alvaro Werneck, Homero Borges da Fonseca e Alvaro do Rego Macedo e, como suplentes, Lourival Duarte do Carmo, Daniel A. de Brito, Alceu de Oliveira Castro, Gabriel de Souza Aguiar, Alinio Salles, Victor Guisard, Mario Godoy, Mario Ferreira, Alberto Ruiz e Tasso Moreira.

Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 99 de dezembro de 1952
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OS PRESIDENTES DO BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS 
1942 — 1952 
Foram os seguintes os Presidentes do Botafogo no decênio decorrido: 
1º — Dr. Eduardo de Goes Trindade (8-12-42 a 7-1-44) 
2º — Dr. Adhemar Alves Bebiano (7-1-44 a 14-2-47) 
3º — Dr. Oswaldo Costa (14-2-47 a 2-1-48) 
4º — Carlos Martins da Rocha (2-1-48 a 2-1-52) 
5º — Dr. Ibsen de Rossi (2-1-52).
A COMISSÃO QUE ELABOROU A FUSÃO 
Foi a seguinte a comissão que elaborou, em Dezembro de 1942, o projeto de fusão entre os dois Botafogo: 
Presidente, Dr. Luiz Aranha. Membros; — Pelo Clube de Regatas Botafogo — Dr. Ibsen De Rossi, Tasso Moreira e Dr. Antonio Sá de Miranda Faria. Pelo Botafogo Football Club — Dr. Paulo Azeredo, Dr. Sergio Darcy e Dr. Rivadavia Corrêa Meyer. 
A mesa que dirigiu a sessão dos dois conselhos deliberativos reunidos, foi presidida pelo Dr. Alvaro Werneck, benemérito dos dois clubes e secretariado pelo Comandante Eurico Viveiros de Castro, benemérito do Botafogo F . C. e pelo saudoso Alvaro do Rego Macedo, benemérito do C. R. Botafogo. 
A DIRETORIA DE 1943 
A primeira Diretoria do Botafogo de Futebol e Regatas, eleita logo após a fusão de 8 de Dezembro de 1942, foi a seguinte: Presidente, Dr. Eduardo Trindade 
— Vice-Presidente, Augusto Frederico Schmidt 
— Departamento de Comunicações, Dr. Fernando Vidal Leite Ribeiro 
—1º Secretário, Dr. Alfredo d'Escragnolle Taunay 
— 2º Secretário, Leslie A. Parkes 
— Propaganda, Joel Presidio 
— sub diretor, Francisco Romano e Armando Ruy Barbosa 
— Finanças, Luiz Dias 
- 1º Tesoureiro, Cyro Lima Ramos 
— 2º Tesoureiro, Ildefonso Silveira 
— Patrimônio, José Felix da Cunha Menezes 
— Social, Emilio Hidal; - Sub Diretores, Aylton Carvalho Dias e Eurico Corrêa 
— Jurídico, Francisco Antonio Coelho 
— Desportos Terrestres — Diretor, Jeronymo Bastos 
— Sub Diretores; Futebol Profissional, Adhemar Bebiano 
— Futebol Amador, Darniz Paranhos de Oliveira 
— Basket-balL, Althemar Dutra de Castilho 
— Volley-balL, Mario Borges de Araujo 
- Tenis, Luiz de Andrade Ramos 
— Esgrima, Alvaro Lucio de Arêas 
— Atletismo, Victor Cardoso 
— Linha de Tiro, João Marques Pereira 
— Desportos Aquáticos — Diretores, Luiz Aranha — Sub-Diretores — Remo, Ary Torres Guimarães 
— Natação, Mauricio Andrade Eekenn 
- Water-polo, Hercilio Colaço. 
O Conselho Consultivo e Fiscal tinha como membros efetivos Paulo Azeredo, Antonio Sá de Miranda Faria, Eurico Viveiros de Castro, Ibsen De Rossi, Miguel Couto Filho, Fernando Quintella, Henrique Carlos Meyer, Alvaro Werneck, Homero Borges da Fonseca e Alvaro do Rego Macedo e, como suplentes, Lourival Duarte do Carmo, Daniel A. de Brito, Alceu de Oliveira Castro, Gabriel de Souza Aguiar, Alinio Salles, Victor Guisard, Mario Godoy, Mario Ferreira, Alberto Ruiz e Tasso Moreira.

Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 99 de dezembro de 1952
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Um dia de 1953

Dia 24 de outubro de 1953. Botafogo x Bangu pela 16ª rodada do campeonato carioca. Garrincha já era uma figuraça no Botafogo e nesse dia o seu futebol subiu ao pódio mais alto.

Vinícius e Nilton Santos estabeleceram o placar do 1º tempo: Botafogo 2x0 Bangu. Mas o melhor estava para vir.

Iniciada a 2ª parte, Garrincha fez 3x0 aos 47’ através de um belíssimo gol olímpico – uma raridade no Estádio do Maracanã. E cinco minutos depois Garrincha dribla vários adversários e assinala 4x0.

O 5x0 chegou novamente com Garrincha cobrando uma penalidade máxima com direito a paradinha, que mais tarde seria aperfeiçoada por Pelé. Vinícius, que abrira o placar, fecha-o com 6x0 a passe de Garrincha!

Um jogão do futebolista mais imprevisto do mundo!

O Botafogo alinhou com Gílson, Gérson e Nilton Santos; Araty, Bob e Juvenal; Garrincha, Geninho, Carlyle, Jayme e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.

Pesquisa de Rui Moura; Fontes: Blogue Mundo Botafogo e RSSSF.
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DIÁRIO DE UM BOTAFOGUENSE NO CINQUENTENÁRIO

1º  DE JULHO DE 1954 

Na linda e invernal manhã de quinta-feira, primeiro de julho, o BOTAFOGO iniciou o seu grandioso programa de comemorações, com solenidades patrióticas e comoventes, que provocaram lágrimas de emoção a quasi todos os presentes. 

Precisamente às 8 da manhã, com militar pontualidade, surgiu em Wenceslau Braz, a figura ilustre e altamente simpática de S. Excia., o Ministro da Marinha, Almirante Renato de Almeida Guillobel, para a cerimônia do hasteamento do Pavilhão Nacional no belíssimo mastro de aço que, em nome da gloriosa Armada Nacional, ofereceu ao Clube. 

Com uma salva de vinte e um tiros e sob os acordes do Hino Nacional, executado pela Banda da do Corpo de Bombeiros, gentilmente cedida pelo seu ilustre comandante, o nosso prezado consócio Coronel Henrique Saddock de Sá, foi hasteado o símbolo sagrado da Pátria, pelas mãos do Sr. Almirante Guillobel. 

Ao mesmo tempo, subiam as três bandeiras alvi-negras, a do Botafogo de Futebol e Regatas, pelas mãos de seu Presidente, o Dr. Paulo Azeredo: a do Botafogo Football Club, pelas do Almirante Benjamin Sodré, o nosso grande e leal Mimi do passado e a do Club de Regatas Botafogo, o glorioso "Vovô", que completava exatamente o seu sessentenário, pelas do benemérito Tasso Pinto Moreira. 

A Banda executou ainda com esmero o antigo Hino do Botafogo F. C. e o Dr. Paulo Azeredo, emocionadíssimo e ardendo em febre, presza, como se achava de forte gripe, usou da palavra, saudando o Ministro da Marinha, que agradeceu em belo improviso, frisando o seu orgulho ter sido um modesto defensor do BOTAFOGO, "embora sem o brilho dosSodrés". 
Discurso do Presidente Paulo Azeredo 

"Exmo. Sr. Almirante Renato Guilhobel, M.D. Ministro da Marinha Minhas Senhoras, Prezados consócios. 

Inicia hoje o Botafogo de Futebol e Regatas as comemorações das datas magnas dos clubes que, reunidos um dia sob a mesma bandeira possibilitaram a associação em nome da qual vos falo. 

Estamos aqui reunidos para inaugurar o mastro de cujo topo se desfraldarão as bandeiras do Botafogo de Regatas e do Botafogo F. Cu de que originàriamente se iniciaram as gloriosas e memoráveis jornadas, dos nossos maiores. 

Símbolo da união de interesses, de patrimônios moral e material de duas grandes entidades, perene na sua finalidade porque argamassados com o esforço, a energia e o sacrifício dos construtores da sua grandeza.
As bandeiras que pendem desse belo monumento representam sessenta anos de um e cincoenta de outro dos Botafogo que iniciaram a jornada, em nossa metrópole. 

Por êles passaram gerações e gerações de jovens, que adextraram os seus músculos e fortaleceram o seu ânimo ao contato das práticas esportivas. 

Muitos e muitos seguiram ao mesmo tempo ou mais tarde a carreira das armas e dali partiram para a afirmação das personalidades que hoje marcam e dignificam em todos os postos, as gloriosas forças armadas da nossa pátria. 

Em V. Excia., Sr. Almirante Guilhobel, que é exatamente um desses botafoguenses aos quais nos referimos, desejamos simbolizar o atleta alvi-negro, exemplo das virtudes e dos impulsos generosos do nosso corpo associativo, na demonstração, no exemplo vivo e constante da virtude que em si encerra o esporte na preparação da juventude brasileira. 

A programação dos festejos das nossas maiores datas ora se inicia com a inauguração deste grandioso mastro que guarnece a nossa bela séde. E neste passo, é de resaltar, devemos a V. Excia. integralmente, dádiva de tão grande expressão. 

Acolhendo de imediato o pedido que lhe dirigimos, quiz V. Excia. ofertar ao clube em nome da nossa gloriosa Marinha de Guerra, a feitura e colocação de tão esplendido monumento em nossa séde, como que perpetuando em nossas dependências sociais, a gratidão e o carinho dos que passaram pelas nossas fileiras e guardaram para sempre o amor ao pavilhão alvi-negro. 

É natural, portanto, a comoção de que somos tomados ao agradecer a V. Excia., em nome de todo o Botafogo, a realização dessa tão expressiva oferta. 

Para nós perpetuará o símbolo da perfeita união, da completa fusão dos gloriosos patrimônios de que somos atuais detentores, e apontará para cima, rumo aos mais altos desígnios, a estrada que será para o futuro, a concretização dos ideais que nos legaram os nossos maiores.
 
Em seguida, dirigiram-se todos à séde, onde foi servido champagne e finos doces e salgados, retirando-se, algum tempo após, o Sr. Almirante Guillobel, acompanhado até ao portão do Club por todos os presentes. 

Várias fotografias foram feitas junto ao mastro reunindo, sob viva emoção, nossos queridos fundadores os cracks do passado, os três irmãos Sodré e a Diretoria de 54. 

Às 9 horas, nova impressionante cerimônia, já agora no Mourisco profusamente embandeirado e sob a música da Banda da Policia Municipal: o lançamento da pedra fundamental do magestoso ginásio e sede daquele local, causando sensação a exposição da maquete do monumental trabalho de Oscar Niemeyer.
Também pontualmente chegou S. Excia., o Coronel Dulcidio do Espirito Santo Cardoso, D.D. Prefeito do Distrito Federal, acompanhado do Dr. Mario Cabral, Secretário da Viação e do Dr. Edgard Soutello, chefe do Serviço de Túneis.

E, entre uma multidão de botafoguenses, de tôdas as gerações, presentes os sete fundadores vivos do Botafogo F. C., nossos queridos Alvaro Werneck, Arthur Cesar de Andrade, Augusto Paranhos Fontenelle, Carlos Bastos Netto, Emanuel de Almeida Sodré, Flávio da Silva Ramos e Jacques Raymundo Ferreira da Silva; os veteranos Benjamin e Lauro Sodré, Anselmo Mascarenhas, Professor Costa Carvalho, Mário Ferreira, Adherbal de Souza Bastos, Edgar e Clovis Soares Dutra, Miguel Rafael de Pino e Carlos Martins da Rocha (a quem o "Biriba", de manta negra e estrêla solitária, fez comovente festa); o Dr. Gilberto Cardoso, Presidente do Flameng ; o Dr. Sylvio Corrêa Pacheco, pelo America F. C.; O Dr. Alcides Paiva, Presidente dos Veteranos Cariocas; João Havelange, Presidente da Federação Metropolitana de Natação; inúmeras autoridades e desportistas, foi cimentada a pedra fundamental, pelo Exmo. Sr. Prefeito, saudado por magnífico discurso de nosso benemérito vice-presidente Dr. Ibsen De Rossi.

Discurso proferido pelo Vice-Presidente Ibsen De Rossi por ocasião do lançamento da pedra fundamental do Mourisco

"A festa que emoldura esta solenidade, decorre de dois imperativos a que se impusera a direção do Botafogo de Futebol e Regatas.

O primeiro é o termo firmado entre a Prefeitura desta cidade e o clube — referente aos terrenos onde ora nos achamos, em virtude do qual se encontram definitivamente resolvidos os assuntos a êles pertinentes.

O segunndo é a perpetuação do ideal dos beneméritos fundadores do Club de Regatas Botafogo, quando a 1º de Julho de 1894, em local próximo a êste, ali, na encosta da colina, deram-lhe existência legal e jurídica, mercê de Deus, nunca mais interrompida.

A instituição fundamental, — incorporada em 8-12-1942, com o agrado e o aplauso de seus sócios, ao Botafogo Football Club, fazendo surgir o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas — segue-se, sessenta anos decorridos, o lançamento da pedra fundamental de sua séde náutica do Mourisco.

É, pois, grata a oportunidade de anunciar que, em breve, estará erguida neste local, o mesmo em que por tantos anos se desenvolveram as gloriosas atividades aquáticas, a sede nova, para orgulho dos continuadores dessa obra de abnegados fundadores.

Hoje todos nós, botafoguenses, vibramos de comoção à passagem das seis decadas do Botafogo de Regatas.

Dizemos bem — todos nós do Botafogo — porque antes dêsse movimento de fusão, participavamos quase todos, a ambos os quadros sociais. 

Nós mesmos, ora na administração do clube e presidindo as festividades comemorativas, pertenciamos, também, ao remo, aqui, no alvinegro náutico e participavamos da intensa vida da sua garage e do seu salão. 

Aqui acompanhamos a nossa geração esportiva, enrigecendo os músculos ao sadio contato com o mar e seguimos os exemplos dos maiores. que se esforçaram por solidificar a obra esboçada, a fim de transmiti-la, ainda maior, se possível, aos que nos sucederem na preservação do patrimônio moral e material do Clube. 
O Dr. Ibsen De Rossi pronunciando sua oração no lançamento da pedra fundamental do Mourisco, presente o Prefeito, Coronel Dulcidio Cardoso. 

Do que aprendemos ao contato quotidiano e amável de companheiras e amigos, temos a dizer que o Botafogo sempre foi escola de civismo, com alto espírito esportivo, de hábitos sadios, adquiridos nas lutas do mar forjados no exemplo dos companheiros na audácia advinda das lutas cor os elementos da natureza, no destemor à porfia das disputas — em poucas palavras, no sadio hábito de competir, sem abatimento, ao defrontar adversário mais aguerrido e sem a sedutora embriaguês pela gloria de ser vencedor. 

Graças a êsses hábitos, que entraram, sem nos apercebermos, em nossa própria vida, podemos dizer que em todos os ramos de atividade humana, no bairro, na metrópole, nos Estados, em todo o Brasil em suma o Botafogo de Regatas exerceu poderosa influência na formação de personalidades. Que o digam os que militam nas profissões liberais, nas artes, na literatura, na imprensa, na política, nas esferas administrativas em tôdas as suas gradações, nas atividades produtoras do comércio, da indústria e por fim, nas gloriosas fôrças armadas.

Hoje, mais do que nunca, na época que atravessamos, necessário é que essa escola prossiga com firmeza em sua ação benfazeja, plantando as sementes sadias dêsses frutos que nos transmitiram nossos maiores. 

É o que ora fazemos, reunidos nesta festa, para lançarmos essas sementes na pedra fundamental dêsse monumento que há de ser a séde náutica do Mourisco.

Esperamos que aqui continuem a sentir aqueles impulsos generosos formadores do caráter e do apuro das gerações do futuro, preparando os homens para as lutas da vida — mirando sempre o dever e o respeito às instituições. 

Devemos dizer que nos sentimos felizes em tornar realidade um sonho que não é sômente nosso, mas de nossa própria e extremecida cidade. 

Para essa realização nada seria possível, se não contassemos com a esclarecida razão e descortinio do grande Prefeito Coronel Dulcidio Cardoso, dos ilustres membros da Câmara Municipal e da Prefeitura, aos quais rendemos o preito da nossa gratidão. 

Nossos agradecimentos, também, à Imprensa escrita e falada e, a todos quantos trouxeram com a sua presença, o interêsse e o estímulo pelo desenvolvimento do programa administrativo, na consagração dessa efeméride com que iniciamos as comemorações das datas de que vos falamos". 
Encerraram-se as cerimônias no velho salão da antiga séde, em ruinas, que tanta nobreza teve, sendo trocados brindes ao espoucar do champagne, tendo S. Excia., o Sr. Coronel Dulcidio, para apressar o início das obras, aceito o oferecimento de nosso querido Coronel Saddock de Sá, que propoz executar prontamente a demolição pelo Corpo de Bombeiros. 

Foi um grande dia, inesquecível manhã, comovedora reunião, em que os novos disputavam autógrafos de Carlito Rocha, de Benjamin Sodré, de Paulo Azeredo, de Flávio Ramos, de todos os representantes de nosso glorioso passado, nas páginas do Boletim de Julho; festa que reuniu em comovedora comunhão, avós, filhos e netos, servidores ardentes do BOTAFOGO, indomável e eterno! 


GRANDE NOTICIA 

Durante os festejos do lançamento da pedra fundamental do Mourisco, correu célebre uma grande notícia, que foi confirmada no correr de tão inesquecível dia.

É que o nosso abnegado benemérito Dr. Miguel Couto Filho, Exmo. Ministro da Saúde enviára ao Presidente Paulo Azeredo, o Aviso número 402, de 30-6-54, do Ministério da Saúde, comunicando que tomara tôdas as providências para o cumprimento da Lei n. 289, de 29-10-36.

A referida lei autorizou o Poder Executivo a ceder por aforamento, no BOTAFOGO, o terreno confrontante com o nosso estádio, estabelecendo que a cessão seria feita progressivamente à medida que a respectiva área fosse se tornando desnecessária aos Serviços de Saúde Pública Federal. 

O Ministro Miguel Couto Filho considerando que os terrenos não são mais necessários aos ditos serviços, oficiou à Prefeitura, atual ocupante dos mesmos, para que se transferisse para outro local e ao Ministro da Fazenda, para que seja feita a cessão ao BOTAFOGO, o que, uma vez providenciado, aumentará extraordinàriamente o patrimônio do Clube. 

Grande gesto, pois, de nosso querido benemérito! 




Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº106 de setembro/otubro/novembro de1954 











Acervo Particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 106 de set//out/ nov de 1954
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Os botafoguenses de um modo geral, andam com os nervos à flor da pele e uma expressão, sempre mais para pornográfica na ponta da língua. Da insónia, da falta de apetite, dificilmente se livram. E somente com muito esforço se furtam a um desabafo tipicamente bocageano. E resmungam e praguejam e vociferam sua ira contra tudo e contra todos. Falam do sistema como de uma atrocidade de um homem contra toda uma equipe. E garantem que não demora muito a equipe alvi-negra estará sofrendo do mesmo mal que liquidou a Traviata. E o responsável pelo sistema, sendo Zezé Moreira, sobre sua cabeça desabam as maiores pragas, as posturas mais  violentas, às vêzes, aliás, em bom vernáculo, já que grandes poetas e grandes romancistas enfrentam a mesma odisséia. Qual seja: torcem pelo Botafogo. E é um nunca mais acabar ele mau humor, de batebocas, de pé atrás, de dedo emriste. Uma grita danada por causa de Casnok que não fêz os goals que devia fazer. E manda vir Rodrigues. E Rodrigues passou pelo "placard" em "brancas nuvens”. Pau em Rodrigues. E Garrincha, mais discussão por causa do "garotão" da Raiz da Serra, que, se passa por três, quer passar por quatro e acaba perdendo a bola. E Nilton Santos, que falhou num lance. Os botafoguenses desgrenhados, não acreditam mais em ninguém. E Zezé Moreira, "cheio" de tanta "onda", "cheio" de repetir inutilmente tais e tais inutilmente tais e tais instruções, refletindo sôbre a situação toda, considerando a agitação que atordoa os craques alvinegros, chegou a seguinte conclusão: o Botafogo estava de calos quentes. E foi convocado um calista. Porque não há herói que lute, jogue com alma, com sentimento, se está torturado pela dor atroz de calos e mais calos quentes.

Fonte: Revista Manchete Esportiva nº 0002 de 1955
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Ademir da Guia ( o 4º de pé da esquerda para direita) na equipe infantil do Botafogo FR no ano de 1958

Fonte: Site de fotos Pinterest
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O HINO DO BOTAFOGO 


Apos a estrondosa vitoria do BOTAFOGO sobre o Flamengo por 5x0, causou surpresa a muitos, uma declaração de Adhemar Bebiano, de que o hino do BOTAFOGO não era o de autoria de Lamartine Babo, mas sim um outro. 
Nada mais certo. Sem que nisso vá a menor desconsideração a Lamartine Babo, a verdade e que o hino oficial do BOTAFOGO, que alias foi muitas vezes tocado e cantado nos festejos do Cinquentenario, e muito mais antigammente, pertencendo ao inesquecivel Eduardo Souto, tetra de Octacilio Gomes, tendo sido pela primeira vez entoado a 29 de junho de 1921, em uma vesperal realizada em General Severiano, na presidencia Renato Pacheco. 
A referida festa, organizada pelas Senhoras Oldemar Murtinho, Francisco Romano, Anterior Las Casas e Bernardino de Carvalho, marcou época em nosso tendo sido oferecida ao BOTAFOGO, uma rica bandeira de seda, que foi conduzida pela senhorita Lygia Raposo Murtamo (hoje, senhora Enio Jardim) e paraninfada por Bernardino de Carvalho e Lucia Monteiro. 
Tambem, na ocasião, usaram da palavra, o saudoso Miguel de Pino Machado, enaltecendo a ação de Lulu Rocha a frente de nossas equipes e Oldemar Murtinho, oferecendo o pavilhão.
Verifica-se, pois, que BOTAFOGO possue o seu hino oficial há trinta e cinco anos e que não foi a referencia ao Campeonato de 1910 que existe no hino de Lamartino Babo que motivou a atitude de Adhemar Bebianno, pois tal referência, para um clube que ama a tradição, jamais poderia diminui-lo, mas tão somente a restauração da verdade histórica.
Rio de Janeiro, 10 de Outubro de 1956 
llmo. Sr. 
Dr. Paulo Azeredo 
DD. Presidente do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS 
Nesta 
Dr. Paulo Azeredo: 
É difícil começar uma carta com a finalidade desta creio, mesmo, ser quase impossível a um homem conseguir expressar com clareza o que lhe vai na alma por um gesto de gratidão, sendo porta-voz de uma família inteira: a família de Eduardo Souto. 
Nome venerado por nós, que temos no seu exemplo o nosso exemplo, pelo que foi ele como dignidade, como bondade e como artista. Deixou coma herança maior um nome querido pelo mais humilde ao menos humilde. Esse o legado que mais nos orgulha. 
Feito esse pequeno preambulo, já percebeu o senhor a que pretendo me referir de maneira especial nessa carta, que só objetiva levar ao senhor o muito obrigado da família de Eduardo Souto ao Botafogo. 
Mas, para poder dar maior ênfase a esse agradecimento, vou tentar recordar as motivos que realmente dão força a nossa gratidão. 

Corria o ano de 1939 e a nosso Clube — nós somos Botafogo — com um esquadrão espetacular conseguia grandes vitórias, após o que, ouvíamos o hino feito por papai. Era eu novo nessa época, da facto de um grande botafoguense, chamado Ricardo Chaves, que foi, se não me engano, seu colega de colegio. Em 1948, eu e a querida companheira de minha vida e de Botafogo, ouvimos no "nosso" campo, após a memorável conquista de mais um campeonato, o hino do Botafogo, que ajudou glorificar aquela inesquecível campanha. 
Daí para cá, não conseguimos mais ouvir o verdadeiro hino do Glorioso. A explicação veio hoje, através de declarações da Diretoria publicada nos jornais, após aquela sensacional vitória de sabado.  
Quando meu pai faleceu, em 1942, recebemos em casa uma mensagem do Botafogo que nos comoveu profundamente. Simples e sinsera. Tinha sido a única agremiação a se lembrar daquele artista que dera o melhor de sua inspiração ao país onde nascera. Recebeu meu pai, quando no apogeu de sua carreira e muito tempo depois de partir, muitas homenagens. A que mais nos tocou a sensibilidade foi a do Botafogo porque não esqueceu, naquele momento, um homei que tinha sido esquecido por quase todos aqueles que se diziam seus amigos. 
Portanto, pode o senhor avaliar a emoção com que recebemos a vitória de sábado, que inclusive, coincidiu com o aniversário de minha filha. 
Quando soubemos dos motivos pelos quais não tocaram o chamado "hino" alvi-negro, emoção difícil de explicar apossou-se de nós todos. Era mais um gesto do nosso Clube, através de seus Diretores. Gesto raro, peculiar a homens de coração generoso. O Botafogo confirmava 14 anos após quem era a autor seu hino. 
Só nos restava fazer o que agora fazemos — oferecer ao Botafogo uma gravação do seu verdadeiro hino. Creio que essa gravação está de acordo com a atitude da Diretoria, pois musicalmente será feita com o que de mellor existe: — Radames Gnatalli fará a orquestração. A orquestra e o coro da Radio Nacional se incumbirão da execução. A família de Eduardo Souto contraiu dívida para com o Botafogo e a resgatará de  coração agradecido. 
Assim que tivermos o disco em mãos o entregaremos ao senhor que, juntamente com os seus companheiros de Diretoria, representa de maneira exata o passado, o presente e o futuro do nosso querido Botafogo. 
Muito obrigado, Dr. Paulo Azeredo. Assino esta carta em nome de minha Mãe, de meu irmão e de minha família, e especialmente, no nome de meu inesquecível Pai. 
Nelson Souto 

Hino Oficial

Letra de Octacílio Gomes e música de Eduardo Souto.

Botafogo Gentil!
Pura Glória do esporte brasileiro
A expressão mais viril
Da energia e do brio verdadeiro!
A lutar com afã
Tu farás, corrigindo a juventude,
Que o Brasil de amanhã
Seja a pátria da força e da saúde
Teu futuro e teu passado
Defendidos sem repouso
Façam sempre respeitado
Esse teu nome glorioso!
O alvinegro pendão,
O caminho a apontar-nos da vitória
Do Cruzeiro o clarão
As estrelas traduza a nossa glória!
Não te falte jamais
Da ousadia a nobreza e o puro fogo
Que o primeiro, entre os mais,
Há de ser ó glorioso Botafogo.

Acervo particular Alceu Oliveira Castro Jungsted
Fonte: Boletim Oficial do BFR nº 1196 de 1956
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BOTAFOGO F.C. DÉCADA DE 1907 à 1912

 


COLOCAÇÃO DO BOTAFOGO
Campeonato Carioca 1906-1971
AMADORISMO
1906 — 4º lugar
1907 — Campeão
1908 — 2º lugar
1909 — 2º lugar
1910 — Campeão
1911 — O Botafogo retirou—se da Liga de Esportes Atléticos depois de disputar três jogos.
1912 — Campeão da Associação de Futebol do Rio de Janeir“
1913 — 2º lugar -
1914 — 2º lugar
1915 — 4º lugar
1916 — 2º lugar
1917 — 5º lugar
1918 — 2º lugar
1919 — 3º lugar
1920 — 4º lugar
1921 — 4º lugar
1922 — 4º lugar
1923 — 8º lugar
1924 — 4º lugar
1925 — 4º lugar
1926 — 6º lugar
1927 — 4º lugar
1928 — 3º lugar
1929 — 6º lugar
1930 — Campeão 
1931 — 4º lugar 
1932 — Campeão
1933 — Campeão 
1934 — Campeão 
1937 — 6º lugar 
1938 — 6º lugar 
1939 — 4º lugar 
1940 — 4º lugar 
1941 — 3º lugar 

Acervo particular Angelo Antonio Seraphini
Fonte: Revista Os grandes clubes brasileiros nº 13
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Campeonato Carioca 

Amadorismo 

CAMPEONATO CARIOCA - 1907 

Jogos - Fluminense (0 a 3 e 4 a 2), Internacional (2 a O e WO), Paissandu (5 a 3 e 3 a 1). Total de jogos 5, vitórias 4, derrota 1. Gols pró 14, contra 9, saldo 5. Jogaram: Raul Teixeira Rodrigues (5), Otávio Werneck (5), Normann Hime (5), Luís Martins da Rocha (5), Flávio Ramos (5), José Ataliba Sampaio (5), Gilbert Hime (5), Emanoel Sodré (5), Álvaro Werneck (4), António Werneck (3), João Batista Canto (3), Eurico Viveiros de Castro (1), F. H. Millar (1), Ernest Coggin (1), C. Monteiro de Barros (1), Rolando de Lamare (1). Total: 16 Jogadores. Artilheiros: Flávio Ramos (6), Emanoel (3), Raul (2), Ataliba (1), Canto (1), Gilbert (1). 

CAMPEONATO CARIOCA --1910  

Jogos - América (1 a 4 e 3 a 1), Fluminense (3 a 1 e 6 a 1), Haddock Lobo (7 a O e 11 a 0), Riachuelo (9 a 1 e 15 a1), Rio Cricket (6 a 0 e 5 a 0). Total de jogos 10, vitórias 9, derrota 1. Gols pró 66, contra 9, saldo 57. Jogaram: Hugh. Edgar Pullen (10), Rolando de Lamare (10), Benjamim Sodré (10), Emanoel Sodré (10), Lauro Sodré (10), Dinorah Cândido de Assis (9), Luís Martins da Rocha (9), Carlos Lefévre (9), Abelardo de Larnare (9), Décio Vicari (8), Othon Baena (6), Ernest Coggin (4), Cândido Viana (2), Maurício Silva (2), Flávio Ramos (1), José Gonçalves do Couto (1), Total: 16 jogadores. Artilheiros: Abelardo (22), Décio (14), Benjamim Sodré (11), Rolando (6), Emanoel (3), Lauro (3), Luís Rocha (2), Dinorah (2), Flávio Ramos (2), Lefévre (1). 

CAMPEONATO CARIOCA ---1912  

Jogos - Americano (1 a 3 e 2 a 0), Catete (6 a 2 e WO), Germânia (1 a 0 e 10 a 0), Internacional 

(9 a 0 e WO), Paulistano (4 a 0 e 8 a 1). Total de jogos 8, vitórias 7, derrota 1. Gols pró 41, contra 6, saldo 35. Jogaram: José Gonçalves do Couto (8), Rolando de Lamare (7), Edgar Soares Dutra (6), Carlos de Pino (6), Benjamim Sodré (6), Lauro Sodré (6), Alvaro Werneck (6), César Gonçalves (6), Carlos Vilaça (6), Osvaldo de Lamare (4), Hugh Edgar Pullen (4), Luís Martins da Rocha (4), Carilto Rocha (3), António Soares Dutra (2), Artur Cabral (2), Carlos Hasche (2), Mário Pinto Guimarães (2), António de Sousa Bandeira (1), Emanoel Sodré (1), Eugênio Lopes Rodrigues (1), Eduardo Alexander (1), Luís de Paula e Silva (1), Nilo Rasteiro (1). Total: 23 jogadores. Artilheiros: Mimi Sodré (10), Vilaça (8), Pino (5), Lulu Rocha (3), Osvaldo (3), Rolando (2), Couto (1). Não há registro de 9 gois, contra o Germânia (1 a 0) e Paulistano (8 a 1). 

Acervo particular Angelo Antonio Seraphiniu

Fonte: Revista Grandes Clubes Brasileiros nº 13 

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TIME CAMPEÃO DE 1939

No Campeonato Carioca de Basquetebol de 1939, o BOTAFOGO FOOTBALL CLUB, após árdua campanha conquistou brilhantemente o título. Na foto, o diretor Newton Machado Vieira e o técnico Togo Renan Soares (Kanela), ladeando os campeões: José Oscar Zelaya Alonso, Aloysio de Souza Bastos, Mário Alves da Fonseca Filho (‘Babá’), Ary dos Santos Furtado (‘Pavão’), Adamo Bertulli, Armando Albano, Althemar Dutra de Castilho (‘Teté’), e Carmino de Pilla.

Créditos: Foto do arquivo do Botafogo de Futebol e Regatas.
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BOTAFOGO F.C. DECADA DE 40

 


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Haroldo, um encestador notavel inicialmente, depois que deixou o Flamengo, trocou o basket  pelo samba e, alcançando succeso no sector sambista, ficou alheio ao movimento do basket durante largo tempo. No anno passado, porem, reappareceu nas quadras, defendendo um team do Botafogo o team Luis Aranha), num torneio extra. E conseguiu mais um titulo de campeão para a sua collecção. Concluído o "extra", afastou-se novamente, e não acompanhou os "filhos pródigos" na volta ao Botafogo.


Pila, o outro "az" do passado que acaba de voltar ao seu antigo club, foi o que defendeu mais de um club durante o seu período de affastamento das hostes rubro-negras. Primeiramente no Carioca, por onde disputou duas temporadas. No alvi-rubro da Gavea Pilla produziu boas performances, que o credenciaram ao interesse de outros clube. E assim em 39, surgiu no Botafogo F. C, onde, ao lado de Haroldo, foi campeão pelo team Luiz Aranha.

Fonte: Jornal O Globo Sportivo nº 88 ano III de 1940
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 DE VICENZI voltou a brilhar no basket. O basketballer alví-negro é ainda um ás, tendo se destacado nos prelios de quarenta e três. O team do Botafogo ocupa a liderança do certame carioca, cujo final está sendo disputado no corrente ano. O Vasco, mais uma vez, é o adversário mais serio do "five" alvi-negro. Salvo surpresa nos segundos finais do match entre cruzmaltinos e botafoguenses, tudo indica que o Botafogo volte a ganhar o título máximo, conquistando assim o bi-campeonato. E De Vicenzi terá concorrido decisivamente para esta nova conquista.

O "CÉREBRO" DO "FIVE" BOTAFOGUENSE 

O campeonato da Federação Metropolitana de Basketball vem oferecendo uma disputa emocionante. Basta dizer que o Botafogo de Football e Regatas é o lider um ponto apenas à frente do Vasco. Tal equilíbrio de forças tem exigido um esforço exhaustivo dos teams, em beneficio para o lado técnico dos matches. Para o sucesso da brilhante campanha do Botafogo de Football e Regatas, Raul de Vicenzi, figura destacada em varias jornadas internacionais, tem sido o principai colaborador. É ele apontado como o "cérebro" do "estrela solitária", tendo exibido na temporada de 1943 todos os recursos técnicos que o celebrizaram. Em 42 sua produção foi menor, e isso porque assumiu compromissos, como o tiro de guerra, que forçosamente vieram a prejudicar suas atividades esportivas. 

Fonte: Jornal O Globo Esportivo de 07 de janeiro de 1944

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Santamaria. 

Fonte: Jornal O Globo Esportivo de 04 de fevereiro de 1944

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O sucesso da "Prova Popular de Natação "A Noite"


Abel Ely Gazio (Botafogo) Eduardo Antonio Alijó (Fluminense) e Paulo Fonseca e Silva (Fluminense) 

Já se tornou uma atração na vida esportiva da cidade a "Prova Popular de Natação", promovida pelos nossos brilhantes colegas de "A Noite". A competição deste ano alcançou o mesmo sucesso dos anos anteriores,  servindo para estimular a prática do salutar esporte em nosso meio. Nada menos de três centenas de amadores, entre os quais diversos ases da nossa aquática participaram da prova, a qual vem consagrar um novo valor. Na verdade, Abel Ely Gazio, herói da competição, era completamente desconhecido e seu feito é tanto mais digno de registo quando se sabe que competiu com nadadores da classe de Paulo Fonseca e Silva, campeão sul-americano de nado de costas e Eduardo Alijo, atualmente nosso melhor nadador em longas distancias. 

AS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES 

O vencedor foi Abel Ely Gazio, representante do Botafogo, que completou o percurso de maneira destacada. O primeiro lugar na categoria feminina pertenceu a Marcilia de Albuquerque, do Fluminense. Como concorrente avulso, classificou-se em 1º lugar Francisco Barcelos Dias. Na categoria dos militares foi vencedor Leonidio dos Santos Amaral, pertencente ao Forte da Lage. Na classificação por equipe, sagrou-se vencedor o Fluminense, e o Vasco teve o título de equipe mais numerosa. Os dez primeiros colocados foram os seguintes: 1º Abel Ely Gazio, do Botafogo; 2º Paulo Fonseca e Silva, do Fluminense; 3º Eduardo Antônio Alijó, do Fluminense; 4º João Amadeu Conceição, do Vasco; 5º João Gentil Filho, do Fluminense; 6º João Marquês, do América F. C; 7º Armando Bandeira de Lima, do Fluminense; 8º Luiz Carlos Magalhães, do Tijuca; 9º Edison Peres, do Guanabara, 10º Pedro Afonso Mibiele do Fluminense.

Fonte: Jornal O Globo Esportivo nº 284 de 11 de fevereiro 1944

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FRANQUITO ?uma sensação



A OPINIÃO CATEGORIZADA DE ZEZE' MOREIRA SOBRE O TITULAR DA MEIA-DIREITA DOS BOTAFOGUENSES 

Ainda nem Martin concluiu os preparativos e já se qualifica Franquito de titular? Ora, o Botafogo, mesmo, não tem a menor idéia da constituição da sua equipe, como pode ser Franquito titular? E mas apezar dos pezares, Franquito já é o titular da meia direita. Primeiro, porque ha dois anos o esquadrão alvi-negro luta por um bom elemento para o posto e, depois, porque esse bom elemento é Franquito. Meia dúzia de exibições desse crack dos pampas serviram para provar que não foram vãos os esforços do preparador Martin nem do grêmio de Bebianno no sentido do seu engajamento em Wenceslau Bras.    Deve acabar — deve, não está acabado — uma das questões mais sérias da direção técnica. No campeonato passado, então, a ausencia de um bom elemento para a posição chegou a tomar feições de desastre para os botafoguenses. Todos os recursos, dentro dos disponíveis, foram tentados, e todos resultaram inúteis. Quase todos os atacantes foram esperimentados. Até Bolinha, um aspirante vindo do America F. C, teve uma oportunidade. Que o problema foi resolvido foi? Ninguém duvida disso, pelo menos os alvi-negros não duvidam. E a propósito, aqui vae uma palestra mantida com o veterano Zézé Moreira, assim com ares de entrevista, da qual foi Franquito a figura central. E o ex-pivot alvi-negro com essa solicitude e atenção que tanto cativam não se furtou a uma opinião formal. Então Zézé, você acha que Franquito é o tal ? Bem, que seja o tal é difícil, mas que será uma sensação no campeonato, é seguro. A minha opinião é personalíssima, é claro mas Franquito foi uma verdadeira descoberta para o Botafogo. Tem tudo que um jogador pode desejar e necessita para ser grande. Juventude, agilidade, manejo de bola, malícia, enfim... Franquito empolgará qualquer um, como nos tem empolgado nos treinos. É possivel que sobrevenha um inesperado qualquer. O nervosismo irreprimível de uma estreia, por exemplo. Temo-lo visto apenas com o campo vasio. E nós sabemos, sobejamente, o que representa uma assistência enchendo um campo de futebol. Mas acredito na sua classe. E Martin pôde confiar nele, como podem confiar todos os alví-negros. Franquito será, não apenas a solução de um problema do conjunto, mas uma autentica sensação para o campeonato carioca de 44. Aguardem e verão. E vamos seguir o conselho de Zézé Moreira quanto à promessa de Franquito, que vemos na gravura, entre Laranjeira e Luzitano.

Fonte: Jornal Sport Illustrado ano 6 numero 307 de 24 de fevereiro de 1944


Carlos Santamaria

Uma praia possivelmente, concorra para melhorar o teu joelho. "Eu fui a Mar del Plata. E não obtive melhora. De regresso alguém me falou de um remédio definitivo. "Qual é?. "Tens que operar-te, Santa. Opera-te o quanto antes. Pelo menos tirarás uma prova dos nove". Entre amedrontado e acovardado, decidi-me a chegar ao fim da jornada. Extraiam-me os meniscos". Um ano esteve Carlos Santamaria aguardando o momento de recomeçar. Tentou faze-lo algumas vezes, e na última teve que deixar o treino capengando. "Não era com atletas capengas que o River esperava tirar campeonatos". Assim surgiu Malazzo, o half da reserva, um jogador como muitos, mas como poucos também, pela regularidade. "Tocou a minha vez de chorar. Eu não concebia tamanho desaponto. Deixar Minella, deixar Barnabé, deixar Wergfiker, deixar o River, meu Deus, em plena mocidade". Naquele dia chorei de verdade. Longa e sinceramente. Não chegou a decorrer muito tempo, porem, e o Fluminense mandou apanhá-lo vencido em Buenos Aires. "Eu vim correndo louco por uma reabilitação. Obtive-a, aqui, graças ao sol de Copacabana. Este clima realizou o que todos os médicos acharam impossível. E a minha maior, ventura foi, depois de tudo ver que o River me mandava uma carta com dinheiro e instruções para uma fuga sensacional. Eu, besta, fugi vontade talves, de ir à forra... Quando retornei, o quadro era outro, o ambiente era outro, e o football também havia mudado. Nem Minella, nem Wergfiker, nem Barnabé. Fiquei sozinho entre novatos. E eles me derrotaram!". 

O MEU SEGREDO ESTÁ NA NOÇÃO DE RESPONSA BILIDADE 

Hoje, eu não posso dizer que seja um homem pobre. Não sou pobre porque guardei quase tudo. Como e durmo às custas do ordenado e dos prêmios, e guardo as "luvas". É isto que um crack deve fazer, e no Brasil a gente pode muito bem fazer Isso sem dificuldade. No Brasil a gente encontra amigos de verdade. Encontra jornalistas que nos fazem bem somente pelo prazer de fazer o bem, em troca de uma boa noticia. Somente uma boa noticia". Ai está uma parte do segredo das vitorias de Santamaria. É uma partícula do segredo de sua independência. "O resto é questão de ter noção de responsabilidade. Ser perseverante, ter sempre necessidade de fazer as coisas melhor, é outro detalhe importantíssimo na questão. E ter como arma principal, contra o "mau olhado", a confiança cega em nós mesmos. Vocês podem me achar abobado, ingênuo, criança. Devo ser tudo isto. E é isso, confesso, que faz com que eu tenha o pensamento sempre voltado para a vitoria. Ainda agora eu espero ser campeão rendo graças a Deus pela oportunidade de me fazer   capitain do team do Botafogo. Para mim não pode haver maior demonstração de confiança — não me dispensaram, nunca, igual honra, nem mesmo na minha pátria, onde fui mais do que um crack, onde pese a modéstia fui um ídolo.

Fonte: Jornal O Globo Esportivo de 10 de março de 1944

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O Botafogo de 44 resgatou com juros uma velha dívida...



Artigas controla a bola enquanto Jaey marca Reginaldo

CLÁSSICO Flamengo e Botafogo, depois da cisão, já teve dois periodos. O primeiro, quando o alvi-negro vencia muito, teve a sua fama em verso e musica. Depois veio a segunda e os rubro-negros fartaram-se de marcar placards de quatro contra o glorioso. Ha três anos que assim acontece e há três anos que os adeptos do Botafogo esperavam pela "revanche". Era uma velha divida que merecia ser resgatada. Em 44, com a salda de Domingos do team Flamengo, acreditava-se que era chegado o momento. Acreditava-se, mas não muito... Todavia aconteceu. Seis vezes a bola foi às redes do Flamengo. seis vezes representando seis goals. A principio os alvi negros não quiseram crer. Como era possível tanto goal numa só 5 noite, quando eles haviam feito falta em menores parcelas em oportunidades outras. O team agia com absoluta segurança e amontoava tentos. Aos 2 minutos, Affonsinho conquistara o primeiro e Reginaldo o segundo, aos 4 minutos. Coube a Heleno duas vezes seguidas  nos minutos 8º e 11º minutos  fazer a contagem chegar a quatro a zero. Depois mais um goal de Reginaldo aos 18 minutos e outro de Affonsinho  quando faltavam menos de tres minutos para  o para final do 1º tempo. Os milhares, centenas de torcedores do Flamengo estarão tristes com o revés contundente. Ainda que na segunda fase houvesse uma diminuição da diferença, com os goals de Zizinho e Tião aos 20 e 23 minutos embora o Botafogo não tivesse aumentado o numero de  tentos apesar dos elementos que faltavam a equipe. Nada disso servirá de consolo. Perdendo o macth deixou-se quebrar uma série que parecia não ter fim. Ficava com a derrota no match do Relâmpago, a derradeira “chance!  do time freguês.  Não adianta que Jurandyr, Biguá, Pirillo e Perácio estejam ausentes. Isso pode explicar o insucesso, mas não  trará a vitoria. E para rebater o motivo o adversário aprsentará a razão da ausência de Laranjeira, Papetti, Geninho o e Franquito. Eles - dois quadros – faltaram quarta feira e não estão livres de ficar ausentes em outras oportunidades. Certo é que onze contra onze, com os elementos de que puderam lançar mão, os rubro-negros foram batidos amplamente. Haverá outras oportunidades. Os resultados daqui em diante, porem, não terão o poder de destruir o feito dos velhos e novos botafoguenses, irmanados no onze de 44. O Botafogo, com os seis a dois, resgatou com juros uma velha divida... 

TEAMS, JUIZ E RENDA 

Dirigiu o encontro o juiz Mario Viana, que teve ótima atuação. Os quadros eram estes: 

FLAMENGO — Luiz (no 35º minuto da primeira fase, Doly, do team de juvenis); Artigas e Nilton, (no intervalo, Guàlter); Quirino (no intervalo Jacy), Bria e Jayme; Nilo, Zizinho, Djalma, Jacy (no intervalo Tião) e Vevé. 

BOTAFOGO — Oswaldo: Hernandez e Lusitano; Zaroy, Santamaria e Negrinhâo; Affonsinho, Octavio (no segundo tempo Tovar), Heleno, Limoeiro e ReginaJdo. Renda —- CrS 100,287,00. 

Domínio absoluto do Botafogo na primeira fase e equilíbrio no período final. Pontos altos das equipes: Santamaria, Negrinhão, Zarey os ponteiros e o comandante botafoguense; Zizinho, Jayme e Tião no Flamengo.

Fonte: Jornal O Globo Esportivo de 10 03 de 1944

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Encerrou-se com brilhantismo o primeiro turno do campeonato de basquete da cidade. Iniciado em 1º de agosto o certame ofereceu na ultima 6ª feira, dia 15, a rodada final de sua 1ª fase. E não há duvida de que o fez com um autentico “fecho de ouro”, que foi o choque Botafogo x Flamengo, por todos os títulos o maior do turno. 


Guilherme e Marcos procurando livrar-se da marcação de Armando e Lenk

Maior porque decidiu a liderança; porque acusou a maior renda,  porque ofereceu o desenrolar  mais renhido e empolgante. O Botafogo vencendo o rubro-negro por 31 x 28 honrou  suas credenciais de bi-campeão da cidade  e terminou o turno, na liderança com ponto na frente do Flamengo e do Riachuelo, empatados. Os rubro-negros e os azuis foram aliás, as grandes surpresas, do campeonato. Enquanto o Botafogo apenas se esperava o dele se poderia esperar, diante dos inegáveis va\lores que o integram, Flamengo e o Riachuelo com dois teams quase que improvisados, marcaram feitos de grande expressão durante o desenvolvimento. O  rubro-negro reuniu alguns elementos de Juiz de Fora, Helio Tiburcio, Helio Henrique e Jairo ao lado de veteranos como Adamo e Lenk e outros elementos esforçados mas sem cartaz como Armando o papai do Botafogo de Regatas e Joel e conseguiu formar que alertou os “fans” na sua quarta vitória no campeonato   sobre o Fluminense, ganhou méritos  consagratórios no triunfo sobre o Vasco e consolidou definitivamente esses méritos na luta duríssima que sustentou com o alvi-negro. 

 O Ríachuelo, perdendo Ruy de Freitas, injegavelmente um grande jogador, recuou Floriano para a "guarda", e ressuscitando Herminho ( o antigo Sapinho) e Gustavinho e armou um team que está fazendo forca tendo imposto ao Botafogo, a sua única derrota do campeonato. O Flamengo e o Riachuelo, aliás, salvaram o campeonato já que o Fluminense, abalado por questões internas, dos jogadores com a direção técnica com a direção técnica, e o Vasco, perdendo Alfredo logo após a segunda rodada e sem Timbira, não confirmaram a produção que deles se esperava pela campanha na classificação.


Tovar preparando-se para encestar 

O tricolor, contudo, ensaiou uma reação abatendo o Riachuelo no encerramento do turno o que poderá se tornar mais positiva no returno. E o Tijuca também não confirmou o cartaz construído na temporada interestadual e na classificação, só conseguindo mesmo um feito de grande relevo a a vitória sobre o Flamengo que até então era o lider invicto com 6 vitórias em seu arquivo.  Quanto aos demais concorrentes ao certame -  America, Aliados e Atlética, cumpriram a campanha que deles se esperava. E a não ser que se verifiquem grandes surpresas, a situação para o returno não oferecerá maiores alterações. 

VALORES INDIVIDUAIS QUE IMPRESSIONARAM

Alem dos elementos de classe já comprovada como Guilherme, Afonso, Évora, de Vincenza,  Pacheco,  Chico, Adilio, Marinho, etc. apareceram em relevo no certame alguns elementos novos como Jairo e Helio Tiburcio, no Flamengo, Algodão e Nilson no Vasco.

A classificação dos teams:

1º LUGAR — Botafogo, com 7 vitorias, 1 derrota; 300 pontos pró e 219 contra. Saldo 81 pontos.

2º LUGAR — Flamengo, com 6 vitórias, 2 derrotas; 283 pontos pró e 254 contra. Saldo de  29 pontos.

2º LUGAR — Riachuelo,  com 6 vitórias, 2 derrotas: 267 pontos pro e 239 contra. Saldo 28 pontos.

3º LUGAR — Fluminse, com 5 vitórias e 3 derrotas; 294 pontos pró e 268 contra. Saldo 26 pontos.

4º LUGAR — Tijuca com 4 vitórias e 4 derrotas;  278 pontos pró 257  contra. Saldo 21 pontos.

4º LUGAR — Vasco da Gama com 4 vitorias e 4 derrotas: 247 pontos pro 243 contra. Saldo 4 pontos.

5º LUGAR - America com 3 vitórias e 5 derrotas; 265 pontos pro e 264 contra. Saldo 1 ponto.

6º LUGAR - Aliados com 1 vitória e 7 derrotas ; 247 pontos pró e 310 contra. Defict de 63 pontos.

7º LUGAR – Atlética 8 derrotas; 223 pró e 349 contra. Defict 126. 

Fonte: Jornal O Globo Esportivo nº 317 de 22 de setembro de 1944

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